Gente, por favor, LEIAM OS ABSURDOS QUE VOCÊS ESTÃO POSTANDO. Entendo que vocês não são da área, então opinam baseados em lendas ou ditos populares, entretanto vamos parar para refletir antes de propagar qualquer coisa. Sêmos críticos!
Tem que ter sim, fui numa dentista que deu duas anestesias e não conseguiu aplicar no lugar certo.
Morfindel,
1) Dentista não é médico.
2) Nem toda a anestesia local "pega" de primeira, ou segunda, às vezes é só na terceira, então pode ter sido erro de técnica tanto quanto não ter sido.
3) Uma prova tornaria o dentista/médico/veterinário mais capaz de aplicar uma injeção com anestésico? Ou, quem sabe, por acaso, talvez seja mais prudente e menos custoso treiná-los melhor durante a graduação para que erros como este, se forem erros, não aconteçam mais?
Sim, concordo que deveria ter uma prova na prática também, mas conhecimentos teóricos avançados e uma prova bem preparada se a pessoa não tiver aprendido direito na faculdade ela não consegue fazer.
Nihal, sabe quantas escolas de Medicina existem no Brasil? 180! Sabe quantos médicos se formam por ano no Brasil? 15.794! Você acha
mesmo que seria aplicável um exame teórico e outro prático uniformes e de qualidade para toda essa gente? Você acha que, caso houvesse Exame de Ordem para médico, seria justo aplicar a mesma prova para o cara formado no Amazonas, acostumado com a epidemiologia local e que jamais sairá de lá, e para o formando do Rio Grande do Sul, um estado de clima frio, doenças próprias e muito mais acesso a exames complementares (raio-x, ressonância, tomografia, etc) que o primeiro?
É tudo muito, Muito, MUITO inviável e utópico.
Totalmente a favor!!!
O que levanta essa questão é muito mais que descuido ou descaso: é a formação de profissionais sem o mínimo de embasamento técnico/teórico antes de clinicar em pessoas de fato. E isso acaba recaindo sobre as faculdades, mas devemos lembrar de que
quem faz a faculdade é o aluno.
Mas Seiko, você não acha que está defendendo a ordem errada de conserto do aprendizado? Não começamos a arrumar uma casa toda estragada pelo teto, assim como não deveríamos garantir a qualidade dos profissionais da saúde com um Exame de Ordem. Como dito acima, seria mais fácil e menos oneroso pro governo se houvesse maior investimento na capacitação do profissional
durante a graduação.
Um cara bem formado, com experiência, que fez estágios e tals, a gente pode soltar em quase qualquer lugar que ele se vira... Um cara que sacrificou sua parte prática do curso médico (os 2 últimos anos) para estudar para um Exame de Ordem sairá pior do que se não tivesse essa seleção. Decora-se tudo para a prova e esquece no dia seguinte, seria um vestibularzão fajuto. Isso só daria margem à abertura de cursinhos para passar no Exame da Ordem dos Médicos, como existe pro Direito (esses cursinhos Damazio, se não me engano), e como já existe para passar nas Residências Médicas.
É priorizar um pseudo-conhecimento em detrimento da prática, sendo que conhecimento a gente corre atrás
ad eternum, e prática sem a responsabilidade de um profissional a gente só tem durante a graduação.
Fala isso não, meu querido. Erro médico a terra cobre [arrepios]. Essa prova prática seria essencial quando o médico começa a clinicar, antes da especialização, saca? Estamos falando de erros básicos, como o que citei (injetar medicamento intramuscular via intravenosa).
Pra isso, Seiko, existem os dois últimos anos do curso médico, o chamado Internato. Nele o acadêmico passa pelas diversas enfermarias de diversas especialidades para aprender sua prática, suas rotinas, seus macetes, o que minimizaria sua chance de cometer um desses absurdos citados por ti.
Este conhecimento vem como um processo, um
continuum, não deve(rá) ser medido com uma prova no final do curso. Ao longo deste os estudantes já são avaliados, devidamente ou não.
O melhor termômetro da qualidade de um médico são seus pacientes. Conversa com o paciente atendido por um bom médico, e com o atendido por um médico razoável, e sente a diferença... Até o olhar muda para falar do médico capacitado (em conhecimento, prática, ética e empatia).
Algo assim durante o período de residência?
Durante o período de residência não, derm, este
seria o período de residência. Na Residência Médica temos avaliações periódicas e atendemos sob a constante orientação de médicos-professores staffs, que inclusive ganham uma bonificação para ensinarem o aluno e/ou o médico residente os macetes da especialidade.