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Vislumbre da arte

Goba

luszt
Vou começar essa discussão por causa do Eric, ou Fox aqui no fórum. Eu tenho falado com ele bastante acerca desse assunto, e seria foda conseguir mais umas opiniões aqui, tanto porque estou escrevendo sobre isso aqui.

A arte é universal. Ela usa desde lingüagens de expressões universais até trata sobre temas irremediavelmente universais. Ou pelo menos assim deveria ser... mesmo?


A arte é lingüagem, e como qualquer lingüagem, não é de compreensão universal. Algumas formas de arte exigem tanto estudo para que se possa apreciá-la que ela se isola em um punhado de admiradores que tentam, bem, imitá-la.

Já outras formas de arte são tão dinâmicas que muitas formas de expressão dela fogem do que eu considero arte e caem no campo de objetos decorativos ou simplesmente non-sense.

Aliás... qual o limite entre arte e ferramenta de arte? Por exemplo, qual o limite entre uma pintura artística e uma simples pintura? Qual o limite entre música artística e só música?

Vou parar de questionar aqui, senão fica um saco. Vou falando mais coisa mais pra frente.



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Dois tópicos em uma madrugada? Credo. :eek:
 
Não acredito nessa elitização da arte, pode-se considar toda e qualquer criação humana como sendo arte, o que varia é a qualidade, que depende principalmente da carga de conhecimento e técnica que o criador põe na obra e o impacto que essa tem no "interlocutor".

E, para que eu possa continuar a discussão, exemplifique-me uma pintura artística e uma simples pintura...
 
Eu não consigo considerar qualquer criação do homem como arte, não mesmo. Para mim, arte está intimamente ligada à expressão, seja de idéias ou sentimentos. Um conto não é arte se não expressar algo... nem que seja o sentimento de um personagem do conto.

Logo, uma pintura de arte expressa algo, uma simples pintura, não. Um vaso, por exemplo. Dependendo de como ele é pintado, ele pode ser considerado arte... mas muitos dos vazos são apenas pinturas, se tornam pinturas decorativas.
 
acho q posso estar errado... mas se eu nao me engano, Oscar Wilde diz q "arte eh tudo akilo q o homem faz sem nenhum proposito...."


creio q concordo com ele...


agora quanto a arte ser universal... bem tenho certeza q nao eh... afinal sao poucos os acidentais q suportam musicas como as da Yoko Ono aquelas musicas q mais parecem q estao desafinadas... isso pq a forma como a nossa cultura ocidental marca o ritmo e a musica eh diferente das dos orientais... (eh bem verdade q eles tem coisas lindas) mas muitas das q tem nao agradam aos nossos padroes.

portanto arte eh uma questao de padroes...


agora quanto ao lance de pintura normal para pintura arte... bem acho q se vc olhar profundamente vc acha coisas interessantes em qualquer pintura.... mesmo q seja q o pintor era canhoto e portanto vc pode reparar para q lado estao indo as suas pinceladas.... portnato volto ao Oscar Wilde "tudo q o homem faz sem proposito algum eh arte".




Dwarf
 
Ainda que não nos agrade certos padrões de arte, eles fazem parte de uma lingüagem, de certo modo, universal. Por mais regional que seja, uma vez que a arte é lançada ao mundo, ela deixa de ser exclusiva, ao ponto que é objeto de algum interesse.

Eu não consigo concordar com o Oscar Wilde. Por mais que se observe certas nuances, elas muitas vezes podem não nos dizer nada - aí eu não acredito no valor da arte. Se ela não expressa absolutamente nada, nem mesmo curiosidade sobre o padrão das pinceladas, ela não pode ser arte, sob meu ponto de vista.

E sem propósito algum? Nããão... a arte pode não ter propósito em certos casos, mas muitas vezes ela pode ser até mesmo partidária. Ao menos para mim, que vejo algumas dissertações como formas de arte. Definitivamente discordo de Oscar Wilde.
 
Acho que a elitização da arte é algo criado por pessoas que desejavam ser especiais. Restringir as interpretações de uma obra de arte a poucoss caminhos pra que poucos o percorram. Aí ele restringe, ele percorre e ele é especial.

Pra mim arte é algo que me transmite beleza. Mas uma beleza ampla. Pode ser uma beleza triste ou uma beleza de tormenta. Eu considero arte as esculturas em barro feitas por artesãos do vale do jequitinhonha e, acho que todos concordam, não considero arte bibelôs de bisquit. Não porque os artesãos são mais pobres e sofridos que uma dona de casa, mas porque eu consigo ver coisas no que eles fazem. Mas eu não digo de qualquer artesão, nem de qualquer escultura.

Mas eu acho que técnica também é importante, porque se não o sentimento me parece distorcido, sujo, vulgar, e o que me chega aos olhos me dá náuseas.

A linha que separa arte de lixo é fina. Tipo a linha que separa o mau gosto do quitch (num sei se é assim que escreve).

Acho q arte é um golpe de sorte.

Sorte na hora de nascer.

Tipo o Bob Dylan q eu tô escutando agora. Ele teve sorte ao nascer, já o Dinho Ouro Preto...
 
Então...


será que este tópico não ficaria melhor no fórum de artes, pois apesar de ser uma discussão que tem o teor do insônia, ainda estamos falando de arte.. e afinal não sei porque vocês evitam de postar naquele fórum, serve justamente para esses assuntos..

alguém pode me responder?
 
Põe lá, orc. É que eu geralmente clico no CdI direto... e como eu tava filosofando sobre arte, eu liguei a filosofia como tema, e coloquei aqui. Muda pra lá, acho melhor... fala sobre arte, afinal de contas, e lá achoo que pode atrair um público maior pra discussão, foi mal.

M.P. disse:
Acho q arte é um golpe de sorte.

Sorte na hora de nascer.

Sorte? Poxa... como você considera arte um golpe de sorte e ainda assim valoriza a técnica? Não acho que o estudo exaustivo que muitos artistas tiveram que ter para conseguir ter uma arte de destaque seja sorte. Achei estranha essa visão... :?
 
Goba disse:
E sem propósito algum? Nããão... a arte pode não ter propósito em certos casos, mas muitas vezes ela pode ser até mesmo partidária. Ao menos para mim, que vejo algumas dissertações como formas de arte. Definitivamente discordo de Oscar Wilde.

O Wilde sempre me soou como um cara esperto. Não acho que essa frase tenha um significado tão simplório quanto "na falta do que fazer, faça arte".

Maria Pretinha disse:
Acho que a elitização da arte é algo criado por pessoas que desejavam ser especiais. Restringir as interpretações de uma obra de arte a poucoss caminhos pra que poucos o percorram. Aí ele restringe, ele percorre e ele é especial.

Vide o poder da crítica no campo da arte contemporãnea hoje em dia.

E desde a época do Pollock. Possivelmente antes.

Num estalar de dedos a coisa vira arte e a arte vira coisa.

Logan Mcloud disse:
agora quanto a arte ser universal... bem tenho certeza q nao eh... afinal sao poucos os acidentais q suportam musicas como as da Yoko Ono aquelas musicas q mais parecem q estao desafinadas... isso pq a forma como a nossa cultura ocidental marca o ritmo e a musica eh diferente das dos orientais... (eh bem verdade q eles tem coisas lindas) mas muitas das q tem nao agradam aos nossos padroes.

A entonação oriental é usada tanto pras emoções quanto pros diferentes significados de uma mesma palavra. Logo, isso exige uma harmonia sonora anormal. Não é à toa que as melodias chinesas são tão mais complexas que as européias (em geral).

A Yoko Ono é puramente e irremediavelmente desafinada. A cacofonia das canções dela chega a ser uma piada de mal gosto se comparada com o controle tônico da música oriental.

logan mcloud disse:
portanto arte eh uma questao de padroes...

O próprio termo "arte" já virou algo tão amplo por tantos motivos (alguns bem reprováveis, por sinal) que usá-la pra fins de definição já é sem sentido.

Goba disse:
Sorte? Poxa... como você considera arte um golpe de sorte e ainda assim valoriza a técnica? Não acho que o estudo exaustivo que muitos artistas tiveram que ter para conseguir ter uma arte de destaque seja sorte. Achei estranha essa visão...

Olha, pode não ser o que ela quis dizer, mas pensei no seguinte.

Uma obra é tanto a amostra da habilidade técnica e criativa do artista quanto das suas próprias circunstâncias e ambientes.

O Grito não seria o que é não fosse o contexto no qual o Munch se encontrou durante sua infãncia (pai depressivo, família pobre) e depois, por exemplo.

Ou A Grande Onda não seria metade do que é caso o intrigado Hokusai não conseguisse acesso às pinturas paisagistas holandesas.
 
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