Re: [Discussão] Violência em Jogos vs. outras mídias
Acho que os posts do Cansli, Shazan e Kamus já resumem tudo oq tem pra ser dito sobre o assunto...
Mas só pra reiterar (e consolidar) os pontos abordados:
O preconceito ainda é de longe o maior responsável pela má fama dos videogames, principalmente por parte dos mais velhos, que não conseguem compreende-lo (entre muitas outras coisas) e preferem criticá-lo (meu pai, por exemplo, diz que videogames deixam as pessoas dementes (e eu incluso, é claro
))... Esse problema tende a se resolver a medida que essa geração dos 60+ for batendo as botas (por sinal já vão tarde), mas o problema não se resolve aí, pois além da implicância gratuita, existe também o desconhecimento sobre o assunto... as pessoas tendem a incriminar os videogames por diversos problemas sociais/comportamentais que já acontecem desde muito antes dos mesmos existirem, mas é muito mais fácil achar um culpado e crucifica-lo dq resolver o cerne da questão... é muito mais fácil dizer que o menino mimado ficou violento jogando dq assumir a culpa de uma má criação, por exemplo...
Essa matéria aí que a Ana postou eu nem considero... Aliás não levo em conta a opinião da mídia não especializada pra bosta nenhuma... É tudo opinião embasada em nada e não tem credibilidade alguma... Desisti totalmente dela na época da “febre de SDA”... era tanta matéria completamente ignorante do assunto que parei pra pensar “se esses jornalista imbecis nem sequer se dão ao trabalho de ler um livro pra escrever uma matéria sobre o mesmo, oq dirá opinar sobre questões mais relevantes”...
isso pq no caso de SDA eu consegui perceber os furos, por ser fã... imagina quantas outras coisas ditas pela mídia não são igualmente equivocadas e nós, por ignorância no assunto, assumimos como verdadeiras... é no mínimo alarmante...
Mas respondendo ao questionamento do tópico sobre os supostos males causados pelos jogos, minha opinião é a seguinte: Todo ser humano é exposto diariamente a todo tipo de influência externa do mundo... Se essa influência irá resultar em atos, dependerá exclusivamente da pessoa... Seria como ter uma espada que tem o poder de curar ou matar... mas na verdade a espada sozinha não faz nada, cabe ao portador da mesma escolher como usá-la...
Claro que existem variados tipos de influências; umas “positivas” e outras “negativas”, mas no fundo cabe a habilidade (ou inabilidade) pessoal de filtrá-las... No caso de crianças, precisa haver um cuidado especial, pois os “filtros” delas não estão bem formados ainda... logo eu não deixaria meu filho de 6 anos jogar um Doom 3 da vida, da mesma forma que não deixaria ele “ler” uma playboy ou assistir Jogos Mortais 17... Mas no fundo ainda acho que esses casos de “pessoas influenciadas por mídias profanas” a culpa recai muito mais sobre a pessoa dq qualquer outra coisa... O videogame foi apenas o gatilho de algo que já estava lá, e poderia ter sido acionado por diversas outras coisas... Ainda no exemplo de influência infantil, lembro que quando pequeno havia uma história (provavelmente uma lenda urbana) de um menino que gostava muito do Superman e certo dia teria ganho uma fantasia do herói e se jogado da janela, acreditando que poderia voar... Na época eu lembro de haver uma certa comoção em torno da história e os pais preocupados tiveram conversas com seus filhos explicando que não dá pra voar, que o Super era só de faz de conta, etc...
Considerando que a história fosse verdadeira e supondo que o menino não tivesse morrido, ele seria um forte candidato pra anos mais tarde, após horas jogando um shooter qualquer, pegar a arma do pai escondida no armário e sair matando pessoas, pois desde criança ele já não tinha capacidade de distinguir com clareza a realidade da ficção (pra quem não sabe, isso caracteriza, entre outras coisa, a psicose).
Com isso eu concluo o seguinte: Dê para toda criança uma fantasia de superman. As que se jogarem pela janela achando que podiam voar, eram psicóticos em formação e fizeram bem em morrer...
Agora só ficou faltando a opinião da criadora do tópico sobre o assunto, né!