Rubis disse:
Não, na verdade não é bem assim.
Não há mercado pra certas publicações, o único jeito de manter elas nas bancas é cobrando caro. Foi o que aconteceu com Hitman e Lobo há algum tempo atrás. As revistas não estavam se pagando e eles tiveram que aumentar os preços.
A Panini é diferente das editoras menores porque eles publicam os regulares mais famosos da Marvel e da DC, títulos que vendem, mas mesmo assim eles tiveram que fazer ajustes editoriais. O mar não tá pra peixe.
Agora, querer pagar 10 Reais num álbum de luxo com papel couché e capa cartonada é muita ingenuidade. É claro que títulos assim vão custar caro. Eles são caros lá fora também, a diferença é que lá tem muito mais gente que pode comprar.
Então a solução é publicar esses títulos com papel de jornal e capa mole? Isso é pior ainda, porque as pessoas que compram publicações de luxo não querem gastar dinheiro com merda, mesmo que seja pouco dinheiro. É pointless.
Por isso existem os dois tipos de publicação, as de luxo e as simples. Revistas regulares como X-Men, Hulk, Demolidor, Batman, etc não podem custar muito, porque os leitores vão comprá-las todo mês. Agora, publicações de luxo, como álbuns, minisséries, etc, não podem ser publicadas com uma editoração simples, porque senão elas perdem o apelo.
O problema é que muitos regulares hoje em dia custam relativamente caro, por volta de 8 reais, como 100 Balas, Preacher, etc. Mas é o único jeito de continuar publicando. A Opera Graphica (que publica 100 Balas), por exemplo, além de cobrar caro só distribui para as bancas filiadas ao HQ Club. Eles trabalham assim porque é o único jeito. É isso ou parar de publicar. Não é nenhum desejo de ferrar a vida dos leitores de hq. Eles fazem o que podem.
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