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Vestibular X Literatura

Artanis Léralondë

Ano de vestibular dA
Uma coisa que sempre me encuca é esta Literatura para o Vestibular, às vezes, parece algo bom e às vezes algo ruim :think:

"Estudantes precisam ser cobrados, diz professor
O professor Wellington Soares não concorda que o vestibular atrapalhe o interesse dos estudantes pela literatura. Ele vê a lista de obras solicitadas pelas universidades nos vestibulares como um fio condutor para a formação de novos leitores. “Acredito que tudo é válido, assistir a seminários, peças de teatro, até mesmo ler os resumos, desde que se leia o livro também. Essa lista dos livros das universidades é positiva de várias formas, aqui no Piauí, inclusive, faz com que obras sejam reeditadas, como é o caso de “Ataliba o Vaqueiro”, de Francisco Gil Castelo Branco; “A Cidade Substituída”, de H. Dobal e “Sangue”, de Da Costa e Silva, que são obras antigas e não existiam mais no mercado. Por causa do vestibular elas estão sendo lidas novamente”, comenta o professor.

Soares é realista ao dizer que, de todo o universo de pessoas que concorrem ao vestibular, apenas cerca de 20% lêem todas as obras literárias solicitadas. “Mas acho que não é não cobrando que eles vão ler. Acho que, se as universidades cobram, as escolas têm que cobrar. É interessante que as escolas funcionem em torno do vestibular: a partir do 1º Ano do Ensino Médio os estudantes têm que ler quatro obras por ano, isso é mais que a média dos brasileiros em geral, que lêem 1,8 livro por ano; já é um lucro. Ainda não é o ideal, mas é um começo”, defende Wellington Soares.

Colocar os livros no dia-a-dia das pessoas é outra idéia defendida pelo professor. De acordo com ele, qualquer estratégia é válida desde que se leve o livro até o leitor ou potencial leitor. “Essa idéia de colocar livros para vender no supermercado é excelente. O livro é um alimento também, é alimento para a alma; então nada mais certo do que estar à venda no supermercado. Acho que tem de ser oferecido em outros lugares, em farmácias, locadoras. Vendo os livros, as pessoas podem despertar para a leitura”, destaca.

Wellington Soares relembra o português José Saramago ao dizer que a leitura não pode ser forçada e diz que os adolescentes e jovens não lêem como deveriam, mas estão sendo despertados para a leitura e é possível que venham a se tornar bons leitores quando passar todo o estresse do vestibular. (NM)"


:rolleyes:
Bem, acho que o caminho não é a COBRANÇA, falo isso por mim, não acho divertido ter que ler algo forçado :eek:
Os professores poderiam discutir os livros de vestibular na sala de aula, mas, não lendo a biografia e lendo resumos somente..tem que diversificar: fazer debates,peças teatrais,apresentações,etc...fica ao meu ver, bem mais prazeroso ler as obras :lendo:

Porque, se jogar um Machadão pra gurizada ler já de cara, vão achar muito massante e tal...Na minha escola eles fizeram algo criativo com este livro, assim: Pegaram a famosa pergunta "Capitu traiu ou não"?.
Então, fizemos o um júri onde a Capitu iria ser julgada, teve advogados,platéia,o Escobar,etc...foi bem legal :joy:
Daí, os argumentos fomos tirando conforme íamos lendo o livro..até fora da sala de aula a polêmica corria solta hehehehehehe...
ahh chegamos a conclusão que ela não traiu hehehhehe...:lol:

Enfim...despertar a curiosidade :traça:

O que vocês acham?
A Literatura no vestibular ajuda ou não, a despertar o vício por livros?
 
Não acho que ajude, especialmente porque o aluno está mais preocupado com os "resumos" do que em ler a obra em si. E eu acho que já comentei por aqui, mas por exemplo, Sagarana, eu só fui gostar na faculdade. Acho que um dos poucos livros que conheci durante o cursinho e que me apaixonei perdidamente foi Angústia do Graciliano Ramos. Os outros, ou eu já tinha lido ou simplesmente não significaram nada para mim naquele momento.
 
Nada que é obrigado é bom. Lembro que fiquei traumatizado com Dom Casmurro por muito tempo por causa de um vestibular...
 
Ae :)

E tem aquela neura também, tipo quando eu li: O Fantástico na Ilha de Santa Catarina de Franklin Cascaes,o mesmo escreveu na língua coloquial de floripa de antigamente,ou seja,cheia de gírias e tal.Não dava para entender, então ficava encucada que não entendia o livro...é muito ruim.
Dá uma sensação de burrice :oops:
Isso é péssimo para o aluno!
 
A Literatura no vestibular ajuda ou não, a despertar o vício por livros?

Claro que não. O vício em livros desperta por prazer, quando você pega um livro totalmente aleatório e desconhecido porque não tinha nada pra fazer e acha ele ótimo, quando você se identifica com um personagem ou quando odeia outro... mas eu acho que a literatura no vestibular faz pelo menos os alunos lerem *alguma* coisa, nem que seja o resumo.
Porque sei lá, eu acho que é triste dizer isso, mas primeiro de tudo muita gente passa pelo ensino médio sem ter lido um livro inteiro, especialmente quem se interessa por exatas. Acha que quando chegar na faculdade isso não vai servir pra nada mesmo (que nem o pessoal de humanas faz com física :roll: ), e aí o resultado é que além de se ferrar no vestibular por não saber ler direito, os que passam acabam virando engenheiros que não conseguem escrever nada decente. Acreditem, eu leio coisas escritas por engenheiros todos os dias =P

Sem contar que também é dificil de admitir, mas o fato é que muita gente que hoje está prestando vestibular nunca vai chegar a ser viciada em livros. Quantos adultos vocês conhecem hoje em dia (tá, sem contar o fato de que viciados em livros se atraem, mas tira esse circulo de amizades pelo menos) que realmente gostam de ler, quem lêem por prazer? Na minha família mesmo, tirando eu e minha irmã - porque eu tinha que influenciar alguém - a maioria é do tipo que acha que auto-ajuda é literatura e que dois Paulo Coelho por ano é mais que o suficiente pra ser uma pessoa culta.
 
O que vocês acham?
A Literatura no vestibular ajuda ou não, a despertar o vício por livros?

Não acho que ajude a despertar o vício por livros, mas de certa forma faz com que a pessoa entre em contato com eles, seja na forma de resumos, de aulas, etc, o que já é bom. E isso, futuramente, talvez leve a pessoa a procurar o livro para de fato lê-lo.

Além disso, ter uma lista obrigatória para o vestibular leva vários colégios a adotarem esses livros como obras a serem lidas durante os anos letivos, e isso sim eu acho ótimo.
Sei que só posso falar por mim (e a maioria esmagadora dos meus ex-colegas de classe discordariam), mas ler um 'clássico' a cada bimestre desde o primeiro ano do colegial me deu a oportunidade de entrar em contato com obras fantásticas - mesmo que eu não tenha sabido apreciar naquele momento.

Exemplos de livros pelos quais eu me apaixonei (e dificilmente teria tido tempo livre ou disposição pra lê-los durante o colegial, com o tanto de coisa que se tinha pra fazer/estudar) foram Sagarana, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Macunaíma, Poemas de Alberto Caeiro, Capitães da Areia, e a lista vai longe...

Não acho que seja produtivo jogar 10 obras de leitura obrigatória para o vestibular (principalmente porque a galera do cursinho não lê MESMO), mas sou extremamente favorável a ter como obrigatória a leitura de determinadas obras durante o colégio, e isso deeeeesde séries menos adiantadas. Isso sim é capaz de estimular o gosto pela leitura.
 
Arwen disse:
Não acho que seja produtivo jogar 10 obras de leitura obrigatória para o vestibular (principalmente porque a galera do cursinho não lê MESMO), mas sou extremamente favorável a ter como obrigatória a leitura de determinadas obras durante o colégio, e isso deeeeesde séries menos adiantadas. Isso sim é capaz de estimular o gosto pela leitura.

É, acho que desde o começo adianta sim. A pessoa se acostuma a ler sempre, coisas variadas...
O que não dá é botar leitura obrigatória só no terceiro ano do colegial ou só no vestinular. Se o cara não leu a vida inteira, não vai ser agora que vai "consertar"
 
Acredito que ajuda, sim. Pelo menos para mim ajudou. Meu colégio sempre teve uma lista de livros (escolhida pelos alunos e professores) a serem lidos durante o ano, isso desde a quinta série. A maioria dos meus colegas lia porque logo após um certo prazo, tinha que ser feito um trabalho sobre o livro (desde folders a histórias em quadrinhos) que valiam nota.

Apenas no primeiro ano do Ensino Médio é que foram escolhidos livros clássicos, como O Ateneu, mas sempre intercalados com leituras mais leves, como o próprio O Caçador de Pipas. Só mudou no Terceiro Ano, quando todos os livros escolhidos eram do Vestibular.

Eu não reclamava. Durante a sexta-oitava série eu fiz um trato com a professora, eu podia fazer os trabalhos com os livros da biblioteca (assim, ao invés de ler "A garota dos meus sonhos" eu lia Sidney Sheldon :dente:). No Ensino Médio, ter que ler os clássicos foi uma boa oportunidade, porque eu poucas vezes pensei em ler um clássico brasileiro. Sempre tinha alguma coisa mais interessante. Mas foi assim que eu descobri Machado de Assis, Clarice Lispector, Milton Hatoum, Érico Verissimo, entre muitos outros.

O problema é que mesmo com esse estímulo a leitura desde cedo, muitos dos meus colegas não estavam nem aí. Era muito mais fácil simplesmente procurar o resumo na Internet ou mesmo pedir para alguém contar a história. Apesar disso, acho que foi um dos melhores métodos, já que fez muita gente fazer ficha na biblioteca para pegar livros enquanto não precisava ler os clássicos.
 
Eu sou da opinião que a geografia, a história, a biologia, a física, a matemática, o português, o inglês e a química do vestibular são inúteis e nocivas. Para a literatura vale a mesma coisa. Não é o fato do vestibular em sim, mas o modo panaca, tosco e simplista demais que as coisas são cobradas que estraga.
 
Eu acho assim:

Para quem NÃO gosta de ler: É o puro terror, ficam até com um trauma rsr, sério mesmo..., deve ser uma porra, pra quem não gosta

Para quem GOSTA: É um prato cheio, é um oportunidade de conhecer os "tubarões" da literatura! Fica boas lembraças pro vestibulando!
 
Não necessariamente, Fernando. Eu amo ler, mas estou sofrendo com a leitura obrigatória desse ano! Acho que depende muito do livro que você tem nas mãos e o estilo que você mais gosta de ler.

Explicando: De que adianta ler um Machado de Assis, se você só gosta de Sabrina, Júlia e etc? ou do que adianta a comissão do vestibular colocar uma lista de autores, sendo que você nem gosta deles?

É um conjunto de fatores, sacam? :)
 
Carol disse:
Explicando: De que adianta ler um Machado de Assis, se você só gosta de Sabrina, Júlia e etc?
:lol:
Eu tenho um Júlia ou Sabrina ou sei lá o que guardado na gaveta há uns bons anos. Um amigo tava lendo para mim, mas nunca terminou.


É incrível como estas obras de vestibular são empurradas garganta abaixo.
Lembro que adquiri um trauma terrível de Clarice Lispector. Não sei se não tinha maturidade, mas ler Laços de Família foi extremenete horrendo. Na verdade, nem terminei.

Consegui superar esta aversão a Clarice no ano passado e hoje eu gosto. xD Apesar de ter uma relação de amor e ódio com ela. Asssim, acho que tô aprendendo a ler.

Mas ainda não tive coragem de sequer tocar em Laços de Família.
 
Pois é! A coisa já é forçada, dae fica complicado de aproveitar a leitura... salvo os casos de LF Veríssimo e Machadão! :grinlove:
 
Ahhh sim, entendo, mas vc concorda q tem coisas q nos aprendemos a gostar com o tempo? Claro, nem tudo...mas boa parte...eu odiava Machado, depois de mto sofrer, começei a gostar...demora essa transição, claro ele tá longe de ser um dos q eu mais gosto de ler, mas eu gosto mesmo assim! ^^
 
Eu acredito que na maioria das vezes nossa aversão por determinada obra ou autor, vai de nosso estado de espírito....de repente vc lê e não gosta, depois vc tenta novamente... e sua opinião muda....acho que o momento influencia bastante...no caso do vestibular, a pressão causa esse mal estar todo.....
 
gislene veiga disse:
Eu acredito que na maioria das vezes nossa aversão por determinada obra ou autor, vai de nosso estado de espírito....de repente vc lê e não gosta, depois vc tenta novamente... e sua opinião muda....acho que o momento influencia bastante...no caso do vestibular, a pressão causa esse mal estar todo.....


É esse ponto q eu qro chegar! É exatamente isso Gislene...é mto relativo...várias coisas influênciam no gosto por determinado livro...
 

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