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Verão tardio (Luiz Ruffato)

Möller

Recém-chegado
Vi que já falaram sobre o Ruffato aqui, especificamente sobre Eles eram muitos cavalos. Vou seguir, portanto com a discussão sobre o autor.​

Recentemente, tive o prazer de ler Verão tardio.
Site do Grupo Companhia das Letras disse:
O verão tardio, sexto romance de Luiz Ruffato, é uma história de inadequação. Depois de mais de vinte anos, Oséias, um homem abandonado por mulher e filho, decide regressar a sua cidade-natal, Cataguases, em Minas Gerais. Durante seis dias, seguimos passo a passo suas andanças, visitas a familiares, encontros com velhos personagens locais. A sombra do suicídio de uma de suas irmãs, Lígia, e a comunicação falha com praticamente todos a sua volta acompanham suas tentativas de reatar os fios do passado. Em meio a um Brasil que parece ir do projeto à ruína a todo momento, O verão tardio propõe uma reflexão sobre uma sociedade em que as classes sociais romperam completamente o diálogo e, como afirma um de seus personagens, se tornaram “planetas errantes” prontos para entrarem em rota de colisão e se destruírem.

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Eu já li muita coisa com a qual me identifiquei nessa vida, mas nada nesse nível. As representações da classes sociais que o autor propõe são certeiras.

Para quem cresceu em cidade pequena, cidade de interior, é fácil enxergar a própria infância, a própria adolescência, as próprias relações familiares, as relações de trabalho do entorno. E, infelizmente, o rumo que as relações sociais tomaram.

Eu nunca havia lido nada do Ruffato, tô positivamente surpreso. Agora quero devorar tudo do cara!

Duas leituras úteis à discussão:
 
Fiquei curioso agora, depois de ler este seu tópico e esse primeiro link que você postou.
Já aproveito para destacar dois pedacinhos:
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Esto último parágrafo é só um bônus porque me lembrou de um filme muito bom chamado O Cidadão Ilustre. :lol:
Ademais, por acaso vi esse livro aí também mencionado nesta lista, enquanto eu passeava pela Bula.
Outro autor de quem só tenho ouvido elogios é o Alberto Mussa. Também preciso visitá-lo um dia em breve.
 
Esto último parágrafo é só um bônus porque me lembrou de um filme muito bom chamado O Cidadão Ilustre. :lol:
Eu nunca assisti! Vou colocar na minha lista.

Falando em filmes, descobri que dois romances do Ruffato já foram adaptados pro cinema: Estive em Lisboa e Lembrei de Você e Redemoinho. Também não os assisti, mas pretendo fazer isso em breve.
Ademais, por acaso vi esse livro aí também mencionado nesta lista, enquanto eu passeava pela Bula.
Verão Tardio é o único da lista que li. Vou dar uma olhada nos outros.
Outro autor de quem só tenho ouvido elogios é o Alberto Mussa. Também preciso visitá-lo um dia em breve.
Também nunca ouvi falar do Alberto Mussa.

E tem gente que supeita da qualidade da literatura contemporânea, especialmente a brasileira. tsc tsc.
 
Também nunca ouvi falar do Alberto Mussa.
E tem gente que supeita da qualidade da literatura contemporânea, especialmente a brasileira. tsc tsc.

Quando pesquisei pelo nome do Mussa aqui no fórum, deparei-me com estas palavras do Edney Silvestre:
Somos a nova grande literatura a ser descoberta pelo restante do mundo. Temos a vitalidade e a originalidade que a literatura norte-americana teve no início do século 20. Aqui, na literatura que se faz no Brasil, estão os novos Hemingways, Bellows, Fitzgeralds, Trumbos que podem encantar os leitores dos outros continentes. Temos uma diversidade e riqueza de temas, estilos e autores como nenhuma outra literatura no mundo neste momento. Alberto Mussa, Luiz Ruffato, Milton Hatoum: que outra literatura contemporânea pode começar citando obras da qualidade desses três autores, um carioca, um mineiro, um amazonense? O que precisamos é prosseguir com os programas de incentivo às traduções surgidos há pouco, aumentá-los, criar centros culturais de nossa língua no exterior, a exemplo do que os alemães fazem com o Instituto Goethe.
 
Vou te dizer que já li dois do Hatoum: Órfãos do eldorado e A noite da espera. Os dois são excelentes. Sobre o segundo, que apresenta uma narrativa ambientada no regime militar brasileiro, tô trabalhando em artigo que correlaciona os eventos da ficção com os registrados pela historiografia.

Li Órfãos e Dois irmãos do Hatoum. A escrita dele é muito boa, te envolve na história e nunca dá respostas, fica sempre algo nebuloso, ambíguo. Quanto ao Ruffato e ao Mussa, não li nada deles ainda.

Bah, tenho que trabalhar nesse mesmo sentido com um ensaiozinho que contemple a obra da Maria Pilla, Volto na semana que vem. Vou usar o livro da Eurídice Figueiredo, A literatura como arquivo da ditadura brasileira.
 
Li Órfãos e Dois irmãos do Hatoum. A escrita dele é muito boa, te envolve na história e nunca dá respostas, fica sempre algo nebuloso, ambíguo. Quanto ao Ruffato e ao Mussa, não li nada deles ainda.

Bah, tenho que trabalhar nesse mesmo sentido com um ensaiozinho que contemple a obra da Maria Pilla, Volto na semana que vem. Vou usar o livro da Eurídice Figueiredo, A literatura como arquivo da ditadura brasileira.
Tô com Dois Irmãos aqui pra ler também. Pretendo começar logo.
 

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