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Vem aí uma nova revista literária

Ana Lovejoy

Administrador
É comum ouvir de editores e produtores de livros que a imprensa tem cada vez menos espaços dedicados aos livros. A constatação é real e é comprovada quando se vê que os principais jornais do país, por exemplo, abriram mão dos seus suplementos literários. Buscando corrigir isso, Paulo Werneck se associou à editora Fernanda Diamant e vão lançar uma revista mensal dedicada exclusivamente aos livros. Essa informação foi revelada pela coluna Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo. A ideia, segundo noticiou a colunista, é publicar lançamentos, resenhas e também ensaios de política, economia e cultura. "Queremos tratar bem o viciado em leitura, que não vai se curar nunca", disse Werneck à coluna.

http://www.publishnews.com.br/materias/2016/09/28/vem-ai-uma-nova-revista-literaria
 
dou todo apoio do mundo pra qualquer iniciativa dessas, ainda mais num país onde editoras falem e têm de transformar livros em aparas pq nem assim o negócio desencalha. MAS de uns tempos pra cá não consigo deixar de que essa insistência em vias impressas, e mesmo esse discurso sempre meio fúnebre por trás, um tanto quanto antiquada... temos ótimos sites em circulação que conseguem suprimir o conteúdo da maior parte dos veículos impressos de literatura. claro que o público ainda não os consome de forma regular, e claro que, repito, é bom continuar insistindo, mesmo pq historicamente nossa literatura se desenvolveu lado a lado com o jornal (p.ex. se os grandes romances do Machado não fossem primeiro veiculados no jornal, uma coisa é certa: eles teriam OUTRA forma). enfim. é só mesmo um sentimento... de que a gente acaba dando holofote demais para uma forma de veiculação crítica que há pelo menos uns 10 anos não é mais a central no contexto contemporâneo. acho que a gente só vai conseguir realmente negociar com a contemporaneidade, só vamos conseguir *~~começar~~* a entender o que tá rolando na vida literária se deixarmos de ficar tanto à roda desse circuito que deve ter baqueado lá pra meados do século passado (ou seja, essa coisa de que a literatura só existe por vias impressas, impressas, impressas).
 
é um negócio que sempre comento: é impressionante o quanto de liberdade a internet acaba oferecendo para quem escreve (seja lá o que for) e mesmo assim não conseguimos nos libertar das limitações de formatos antigos. um site pode comportar resenhas tipo aquela que a camila fez para a bio do lou reed recentemente, não há preocupação com números de caracteres porque a formatação é diferente. mas ainda assim, "revista digital" parece não significar a mesma coisa, ou pelo menos não receber a mesma atenção/respeito de uma revista impressa. é curioso.

aí você tem casos como o rascunho e o suplemento pernambuco, que disponibilizam na internet o conteúdo completo da versão impressa. oras, precisa da versão impressa? por quê? o importante não é o conteúdo, o texto, o que está escrito ali? eu, por exemplo, pago o rascunho mais para ajudar a manter o projeto mesmo, até porque acabo lendo só pela internet. talvez o que tenham calculado é que pessoal só está disposto a pagar se estiver no papel, pois respeitam mais o formato, seria, na cabeça deles, o que diferencia um blog feito por amador de um negócio feito por profissionais.

enfim, eu gosto da ideia de um outro canto sobre literatura, seja onde for, mas entendo totalmente seu questionamento sobre a insistência em vias impressas, mavericco.
 
Eu acho a ideia bem interessante...

Bom, quanto a dar mais valor pra livros impressos, no meu caso, é igual a cds de musica. Eu baixo musicas e talvez não me importasse em comprar só o digital, mas gosto de ter o encarte, de ter o álbum físico. Não considero o virtual amador, mas sem duvida acho o impresso, ou o "sólido" uma experiencia mais rica.
Pra mim não é apenas ler o livro, é o cheiro de livro novo(ou velho, se for de sebo), é o cheiro do encarte também, no caso do cd e por ai vai...
 
Desculpa, @Ana Lovejoy , voltei todo estrambolhado rs.

mas, de qualquer forma, falando mais uma vez apenas por mim, eu gosto de ter as revistas guardadas. Uma coisa que os sites, até onde sei, não oferecem é ter uma copia do que é publicado conosco no formato exato em que saiu... Claro, eu posso voltar no site pra ver de novo, mas e se o site morre, eu nunca mais vou ter o que estava la... Gosto de ter as coisas comigo. E também, se o site passa por uma reformulação e as imagens usadas na aparência antiga são removidas, eu posso ler o que estava la, mas não ter mais a mesma aparência. Pra mim, essas coisas tem valor.

Fora isso, não sei explicar, mas parece existir uma certa beleza ou magia maior nas coisas impressas, como se fossem mais reais... O que talvez seja parte do pensamento do seculo passado, que o Mavericco comentou. Não consigo colocar em palavras melhor que isso, mas enfim...

Bom, e até hoje eu leio com muito mais facilidade em papel do que em tela, isso também faz uma diferença...

Enquanto numa revista eu poderia ler, sei la, 10 resenhas de livros direto, num site, na segunda já to com a vista cansada e quero parar...
A leitura no computador exige que fiquemos muito tempo com olho fixo na tela, enquanto que em outras atividades do computador, podemos variar o foco do nosso olhar e até tira-lo da tela regularmente e isso faz com que a vista não canse. Ai acabo escolhendo fazer outras coisas no computador, celular, tablet, etc, ao invés de ler muitos textos...
 

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