Vanagristiel
With God I'm Alive!
Ok... essa foi uma fanfic que eu escrevi há alguns meses!! Me digam o que cê acham!! Essa é a primeira parte... as outras duas estarei postando em breve!!
Uma Longa Jornada – Parte 1/3
"Eu nunca vi Glorfindel com tanta raiva como naquele dia!” Aragorn disse, sua voz quase não saindo por causa das risadas. “Eu verdadeiramente temi pela vida do Elladan!”
"Ah, mas eu tenho certeza que tudo não passou de um acidente! Ele jamais faria aquilo de propósito,” Legolas conseguiu dizer, tentando se fazer entender entre gargalhadas.
“É claro que foi um acidente...” Aragorn respondeu com um sorriso. “Sempre é um acidente…”
Isso causou outro acesso de riso nos dois amigos.
Legolas e Aragorn já vinham tentando fazer essa viagem há bastante tempo. Os últimos dois anos haviam sido muito difíceis na Floresta das Trevas, não permitindo ao seu exército se privar de qualquer um de seus guerreiros, os quais estavam constantemente envolvidos em intermináveis patrulhas, lutando para combater o crescente mal que se espalhava por aquelas matas. E Aragorn, por sua vez, havia começado a sua vida como um guardião. Quase nunca voltando para casa, na sua luta constante contras as criaturas do Senhor do Escuro que ousavam cruzar o seu caminho, para mantê-los afastados das vilas e aldeias do Norte.
Mas agora finalmente, após muitos planos, aqui estavam eles, nas planícies de Harlindon, simplesmente desfrutando da companhia um do outro, conversando, caçando, fumando... Aragorn pelo menos, apesar dos muitos protestos por parte do elfo.
Depois que os risos esvaíram-se, os dois amigos permaneceram deitados na relva, olhando as estrelas que agora enfeitavam o céu como um cobertor cintilante de sonhos, tendo Eärendil como a sua mais brilhante jóia.
“A noite está linda,” Aragorn disse em um suspiro, satisfação evidente em sua voz.
"Aye. Elbereth tem sido graciosa esta noite,” respondeu o elfo, concordando com as palavras do guardião. “Já faz muito tempo desde a última vez que eu estive nesta região... mas agora eu recordo o porquê.”
“E qual seria o porquê, mellon nîn?" o jovem humano perguntou, desviando seus olhos do céu para melhor ver o seu amigo.
O elfo apenas deu de ombros. “Fora as estrelas, não há nada de mais pra se ver por aqui.”
O guardião voltou seus olhos para o céu, seus risos recomeçando.
“Eu estou falando sério, humano”, o elfo continuou, tentando soar ameaçador, mas incapaz de manter a seriedade na voz. “Da próxima vez que nós formos viajar, eu farei o planejamento.”
“Como desejar, Vossa Alteza,” Aragorn retrucou curvando de leve a cabeça e fazendo um movimento floreado com sua mão, na melhor imitação de uma reverência jocosa que ele conseguiu ainda deitado, e um grande sorriso estampado em seu rosto.
Legolas apenas expirou dramaticamente, balançando sua cabeça. “Guardiões…”
Aragorn estava para responder quando teve as suas intenções frustradas por um grande bocejo que lhe escapou dos lábios.
Legolas olhou para o seu amigo e sorriu. “É melhor que você descanse um pouco, Estel,” Disse o elfo, pondo-se de pé. “Eu ficarei com a primeira vigília”.
“Tem certeza? Você já ficou com a última. E a anterior,” Aragorn perguntou, não querendo sobrecarregar o amigo.
"Aye. Não se preocupe. Você sabe que caminhar sob as estrelas e por entre estas árvores é descanso suficiente para mim.”
Aragorn consentiu, aceitando com gratidão a chance de dormir e descansar um pouco. Mesmo depois de viver quase toda a sua vida entre elfos, ele jamais poderia entender como alguém poderia deixar de lado uma boa noite sono. Era um dos grandes prazeres da vida.
Ele ainda tinha os olhos fixos na figura de Legolas que se afastava quando percebeu uma mudança repentina na postura do elfo, que se tornou subitamente tensa, em alerta.
Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, ele ouviu a voz de Legolas num sussurro urgente, confirmando as suas suspeitas.
"Aragorn, nad no ennas." /Aragorn, algo se aproxima/
O humano ficou de pé em uma fração de segundos, ficando ao lado de seu amigo em instante. "Man cenich?" /O que você vê?/
Legolas ficou calado por um momento, seus olhos perscrutando a escuridão, estudando atentamente os seus arredores.
E assim que ele reconheceu a ameaça, a palavra saiu de sua boca como veneno. "Yrch." /orcs/
Aragorn imediatamente levou a mão para sua espada, pronto para desembainhá-la e ficar pronto para a iminente batalha, mas Legolas o deteve, dizendo em um tom baixo, não escondendo a sua preocupação.
"Eles são muitos. Precisamos partir. Não seria sábio enfrenta-los em tamanha desvantagem.”
Ao ouvir tais palavras, Aragorn soube que seria tolice sequer tentar lutar. Para Legolas estar sugerindo que eles não enfrentassem esses inimigos, só poderia significar que certamente estava além de suas possibilidades.
Recolhendo rapidamente os seus poucos pertences, eles começaram a correr o mais rápido que seus pés conseguiam os levar, rumando para a direção oposta àquela de onde os sons vinham.
Eles estavam correndo há apenas alguns momentos, quando Legolas de repente parou, fazendo o humano quase tropeçar por cima dele.
"Por que estamos parando? Nós ainda estamos dentro do alcance deles. Nós temos que…”
Legolas ergueu uma de suas mãos, pedido silêncio, seu rosto uma máscara de concentração.
Quando ele falou de novo, o elfo foi incapaz de esconder a profunda preocupação que permeava a sua voz. “Mais orcs estão vindo dessa direção,” ele disse, virando-se para observar a área, franzindo o cenho. Ele puxou seu arco, rapidamente preparando uma flecha, e finalmente anunciou. “Estamos cercados”
Aragorn ainda estava desembainhando a sua espada quando Legolas começou a atirar flecha após flecha na direção das árvores, cada uma seguida por um grito grotesco, certificando a mira certeira do elfo.
Logo os orcs chegaram e uma batalha desesperada começou. Legolas deixara o seu arco de lado, manejando as suas adagas com uma precisão mortal. Aragorn brandia a sua espada, fazendo cair inimigo após inimigo com uma força incansável.
O número de orcs era surpreendente, forçando os dois amigos a lutarem com vigor, indo além dos seus próprios limites, e além do que eles próprios acreditavam serem capazes.
Legolas estava terminando com alguns orcs que o haviam cercado quando, ao olhar pra cima, seus olhos testemunharam o momento exato em que uma flecha afundou-se no peito de Aragorn, levando o homem aos seus joelhos.
Legolas sentiu como se tivesse recebido um soco no estômago. Ele tentou chamar por seu amigo, mas nada saiu de sua boca, tamanho o desespero que se apoderou de sua mente.
Mas esse momento de distração foi a sua desgraça. De repente, ele sentiu uma dor aguda no seu lado, seguida por outra cortando as suas costas.
O que aconteceu depois, o elfo não conseguiu entender exatamente. O que ele conseguiu perceber claramente foi ver-se no chão, sem poder levantar, com uma daquelas bestas de Udûn curvando-se sobre ele.
Ele viu a criatura levantar um grande porrete, e em seguida trazê-lo com velocidade em direção à sua cabeça. Depois disso, mais nada.
Continua…
"Ah, mas eu tenho certeza que tudo não passou de um acidente! Ele jamais faria aquilo de propósito,” Legolas conseguiu dizer, tentando se fazer entender entre gargalhadas.
“É claro que foi um acidente...” Aragorn respondeu com um sorriso. “Sempre é um acidente…”
Isso causou outro acesso de riso nos dois amigos.
Legolas e Aragorn já vinham tentando fazer essa viagem há bastante tempo. Os últimos dois anos haviam sido muito difíceis na Floresta das Trevas, não permitindo ao seu exército se privar de qualquer um de seus guerreiros, os quais estavam constantemente envolvidos em intermináveis patrulhas, lutando para combater o crescente mal que se espalhava por aquelas matas. E Aragorn, por sua vez, havia começado a sua vida como um guardião. Quase nunca voltando para casa, na sua luta constante contras as criaturas do Senhor do Escuro que ousavam cruzar o seu caminho, para mantê-los afastados das vilas e aldeias do Norte.
Mas agora finalmente, após muitos planos, aqui estavam eles, nas planícies de Harlindon, simplesmente desfrutando da companhia um do outro, conversando, caçando, fumando... Aragorn pelo menos, apesar dos muitos protestos por parte do elfo.
Depois que os risos esvaíram-se, os dois amigos permaneceram deitados na relva, olhando as estrelas que agora enfeitavam o céu como um cobertor cintilante de sonhos, tendo Eärendil como a sua mais brilhante jóia.
“A noite está linda,” Aragorn disse em um suspiro, satisfação evidente em sua voz.
"Aye. Elbereth tem sido graciosa esta noite,” respondeu o elfo, concordando com as palavras do guardião. “Já faz muito tempo desde a última vez que eu estive nesta região... mas agora eu recordo o porquê.”
“E qual seria o porquê, mellon nîn?" o jovem humano perguntou, desviando seus olhos do céu para melhor ver o seu amigo.
O elfo apenas deu de ombros. “Fora as estrelas, não há nada de mais pra se ver por aqui.”
O guardião voltou seus olhos para o céu, seus risos recomeçando.
“Eu estou falando sério, humano”, o elfo continuou, tentando soar ameaçador, mas incapaz de manter a seriedade na voz. “Da próxima vez que nós formos viajar, eu farei o planejamento.”
“Como desejar, Vossa Alteza,” Aragorn retrucou curvando de leve a cabeça e fazendo um movimento floreado com sua mão, na melhor imitação de uma reverência jocosa que ele conseguiu ainda deitado, e um grande sorriso estampado em seu rosto.
Legolas apenas expirou dramaticamente, balançando sua cabeça. “Guardiões…”
Aragorn estava para responder quando teve as suas intenções frustradas por um grande bocejo que lhe escapou dos lábios.
Legolas olhou para o seu amigo e sorriu. “É melhor que você descanse um pouco, Estel,” Disse o elfo, pondo-se de pé. “Eu ficarei com a primeira vigília”.
“Tem certeza? Você já ficou com a última. E a anterior,” Aragorn perguntou, não querendo sobrecarregar o amigo.
"Aye. Não se preocupe. Você sabe que caminhar sob as estrelas e por entre estas árvores é descanso suficiente para mim.”
Aragorn consentiu, aceitando com gratidão a chance de dormir e descansar um pouco. Mesmo depois de viver quase toda a sua vida entre elfos, ele jamais poderia entender como alguém poderia deixar de lado uma boa noite sono. Era um dos grandes prazeres da vida.
Ele ainda tinha os olhos fixos na figura de Legolas que se afastava quando percebeu uma mudança repentina na postura do elfo, que se tornou subitamente tensa, em alerta.
Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, ele ouviu a voz de Legolas num sussurro urgente, confirmando as suas suspeitas.
"Aragorn, nad no ennas." /Aragorn, algo se aproxima/
O humano ficou de pé em uma fração de segundos, ficando ao lado de seu amigo em instante. "Man cenich?" /O que você vê?/
Legolas ficou calado por um momento, seus olhos perscrutando a escuridão, estudando atentamente os seus arredores.
E assim que ele reconheceu a ameaça, a palavra saiu de sua boca como veneno. "Yrch." /orcs/
Aragorn imediatamente levou a mão para sua espada, pronto para desembainhá-la e ficar pronto para a iminente batalha, mas Legolas o deteve, dizendo em um tom baixo, não escondendo a sua preocupação.
"Eles são muitos. Precisamos partir. Não seria sábio enfrenta-los em tamanha desvantagem.”
Ao ouvir tais palavras, Aragorn soube que seria tolice sequer tentar lutar. Para Legolas estar sugerindo que eles não enfrentassem esses inimigos, só poderia significar que certamente estava além de suas possibilidades.
Recolhendo rapidamente os seus poucos pertences, eles começaram a correr o mais rápido que seus pés conseguiam os levar, rumando para a direção oposta àquela de onde os sons vinham.
Eles estavam correndo há apenas alguns momentos, quando Legolas de repente parou, fazendo o humano quase tropeçar por cima dele.
"Por que estamos parando? Nós ainda estamos dentro do alcance deles. Nós temos que…”
Legolas ergueu uma de suas mãos, pedido silêncio, seu rosto uma máscara de concentração.
Quando ele falou de novo, o elfo foi incapaz de esconder a profunda preocupação que permeava a sua voz. “Mais orcs estão vindo dessa direção,” ele disse, virando-se para observar a área, franzindo o cenho. Ele puxou seu arco, rapidamente preparando uma flecha, e finalmente anunciou. “Estamos cercados”
Aragorn ainda estava desembainhando a sua espada quando Legolas começou a atirar flecha após flecha na direção das árvores, cada uma seguida por um grito grotesco, certificando a mira certeira do elfo.
Logo os orcs chegaram e uma batalha desesperada começou. Legolas deixara o seu arco de lado, manejando as suas adagas com uma precisão mortal. Aragorn brandia a sua espada, fazendo cair inimigo após inimigo com uma força incansável.
O número de orcs era surpreendente, forçando os dois amigos a lutarem com vigor, indo além dos seus próprios limites, e além do que eles próprios acreditavam serem capazes.
Legolas estava terminando com alguns orcs que o haviam cercado quando, ao olhar pra cima, seus olhos testemunharam o momento exato em que uma flecha afundou-se no peito de Aragorn, levando o homem aos seus joelhos.
Legolas sentiu como se tivesse recebido um soco no estômago. Ele tentou chamar por seu amigo, mas nada saiu de sua boca, tamanho o desespero que se apoderou de sua mente.
Mas esse momento de distração foi a sua desgraça. De repente, ele sentiu uma dor aguda no seu lado, seguida por outra cortando as suas costas.
O que aconteceu depois, o elfo não conseguiu entender exatamente. O que ele conseguiu perceber claramente foi ver-se no chão, sem poder levantar, com uma daquelas bestas de Udûn curvando-se sobre ele.
Ele viu a criatura levantar um grande porrete, e em seguida trazê-lo com velocidade em direção à sua cabeça. Depois disso, mais nada.
Continua…