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Valar = deuses?

Eriadan

Well-Known Member
Talvez minha questão seja mais de sondagem do que de espera de uma resposta definitiva: é correto ser usar "deuses" como sinônimo de Valar?

Tomando-se algumas mitologias como referência, como a grega e a nórdica, podemos dizer que têm o mesmo perfil, os deuses destas e os Valar. Apesar disso, nunca vi (talvez uma pequena citação não-conclusiva n'O Silmarillion) eles serem associados diretamente a deuses: possivelmente este não fosse o propósito de Tolkien. Se houver informações definitivas sobre isso, gostaria muito de ouvi-las.

Mas enfim, pesquisando por opinião, estava aqui fazendo alguns textos, e penso sempre na possibilidade de os leitores serem totalmente leigos em Tolkien. Portanto, o uso do termo "deuses" é preferível a "valar", já que este exige sempre um aposto assim que usado, para evitar que o leitor perca o interesse pela leitura por não entendê-la ou ter sempre que voltar a uma citação para relembrar. Vocês, que têm algum conhecimento de Tolkien, quando vêem, em vez de Valar, deuses: preferem, ficam indiferentes ou desaprovam?
 
Os Valkar não são deuses, o único deus é Eru Ilúvatar, porém, os homens, que não conheciam Ilúvatar, quando souberam dos poderes de Arda, chamaram-nos deuses, porém, eles não o são.
 
Os Valkar não são deuses, o único deus é Eru Ilúvatar, porém, os homens, que não conheciam Ilúvatar, quando souberam dos poderes de Arda, chamaram-nos deuses, porém, eles não o são.
Mas rapaz, depende da concepção de "deus": com o [d] minúsculo. Os Valar se assemelham muito em função e perfil aos deuses gregos e nórdicos, e sob essa concepção eles poderiam ser chamados "deuses".
 
Eles são seres divinos. Não é difícil tomá-los por deuses, levando em conta seus poderes.

Do ponto de vista grego/nórdico/egípcio antigos, eles seriam deuses, mas do ponto de vista cristão (ponto de vista de Tolkien), eles são anjos muito poderosos.
 
Talvez minha questão seja mais de sondagem do que de espera de uma resposta definitiva: é correto ser usar "deuses" como sinônimo de Valar?

Tomando-se algumas mitologias como referência, como a grega e a nórdica, podemos dizer que têm o mesmo perfil, os deuses destas e os Valar. Apesar disso, nunca vi (talvez uma pequena citação não-conclusiva n'O Silmarillion) eles serem associados diretamente a deuses: possivelmente este não fosse o propósito de Tolkien. Se houver informações definitivas sobre isso, gostaria muito de ouvi-las.
desaprovam?

Vamos lá, vou explicar como eu acredito que seja: "O mestre Tolkien, era um cara muito religioso e cristão, assim como Galileu, mas como Galileu, além do fato de ser Cristão,também era um amante da natureza, ele acriditava que mesmo sendo Deus, um ser unipotente, deveriam haver espiritos ajudando ele. Acredito que Tolkien tinha a mesma ideia na cabeça. Ele devia achar que Deus era o único, como Eru em sua história, mas mesmo sendo único ele não passava de um mero espectador contemplando a sua criação". Mas isso tudo é só o que eu acho.
 
Mas enfim, pesquisando por opinião, estava aqui fazendo alguns textos, e penso sempre na possibilidade de os leitores serem totalmente leigos em Tolkien. Portanto, o uso do termo "deuses" é preferível a "valar", já que este exige sempre um aposto assim que usado, para evitar que o leitor perca o interesse pela leitura por não entendê-la ou ter sempre que voltar a uma citação para relembrar. Vocês, que têm algum conhecimento de Tolkien, quando vêem, em vez de Valar, deuses: preferem, ficam indiferentes ou desaprovam?

Eu acho que não dá pra substituir valar por deuses... justamente porque tolkien era cristão e como eu li em algum tópico aqui o próprio professor via a sua obra como fundamentalmente como cristã.

aqui vai uma sugestão: pq vc não faz uma frase explicativa (ou um pequeno trecho)sobre os valar e aí encaixa no início de cada texto que vc for falar deles? vc põe a informação no início do texto e aí vai caber ao leitor lembrar dela.. vc não precisa ficar botando aposto toda hora.
 
Tolkien pretendia construir uma mitologia que representasse nosso mundo há milhares de anos atrás. Os valar, seres angélicos em sua essência, foram chamados de deuses pelos humanos. Seus poderes, papel, etc., tornam viável imaginar que ao longo dos anos, a verdadeira história e papel dos valar foi se dissipando e as culturas humanas os absorveram como deuses em mitologias mais "recentes". A verdadeira mitologia foi dissipando como um mito.

A essência da obra de Tolkien é monoteísta. Ele chama em uma das cartas os valar de seres angélicos. Já houve até um fórum aqui que essa questão foi muito debatida.
 
Essa divisão de "deus" e "Deus" só existe pra diferenciar o nome do deus cristão; no aspecto de poder ou representação é tudo deus.

Apenas que ficaria estranho escrevermos "... e quando o deus Deus resolveu se fazer carne...", ou "... só à um deus, e seu nome é Deus..." (:think:)
 
Como disse Erulasto, Tolkien quis criar uma mitologia que representasse de certa forma o nosso mundo, para Tolkien cristão só há um Deus, que criou todo o restante de seres, assim como ele colocou na sua obra. Mesmo os Valar sendo de certa forma os "construtores" de Arda tudo depende da vontade e dos planos de Eru, todas as idéias dependem do único, assim os outros não podem ser "deuses", talvez sejam servos a serviço de um deus.
 
Mas rapaz, depende da concepção de "deus": com o [d] minúsculo. Os Valar se assemelham muito em função e perfil aos deuses gregos e nórdicos, e sob essa concepção eles poderiam ser chamados "deuses".

Cara, o problema é que mesmo alguns homens como os númenorianos sabiam da existência de Ilúvatar, então para eles e para os eldar é errado chamar os Valar de deuses, porém, para os orientais, incultos que não sabiam de ilúvatar, os avari que também não sabiam nada dele, e todo esse povo, talvez seja "correto" compará-los a deuses, já que eles não sabiam o que um deus era realmente.
 
Resumindo o que já foi dito, numa visão monoteísta, tal como a de Tolkien eles não podem ser chamados de deuses, porque só existe um deus perfeito e eles são servos (anjos desse mesmo deus).

Numa visão Politeista, eles serão deuses que derivam de um deus pai ou deus principal, tal como zeus ocupa o papel no Olimpo (embora com algumas diferenças).

Agora é só escolher como prefere ver os Valar?
 
Escolher não, Tolkien deixa bem claro que os Valar são "poderes angelicais" em uma das Cartas.

Qual delas? Ah vc têm que pesquisar... a graça é essa! :g:
 
Ok, a opinião de vocês vai me proporcionar um bom trabalho neste instante: trocar todos os "deuses" por "anjos"*. :mrgreen: Agradeço a todos que opinaram.


* 90% deu preferência a "seres angelicais" em vez de "anjos". Só não me venham dizer que o primeiro termo é obrigatório!!!
 
Eu acho que, na visão de Tolkien, visão cristã, não existem deuses, apenas Deus, Eru, que, como é descrito no Silmarillion, criou os Ainur (alguns dos quais mais tarde se tornaram os Valar, "os poderes"). É nesse sentido que tolkien os designa de seres angelicais, pois possuem a essência dos anjos, são puro espirito. No entanto, não é totalmente errado chamar deuses aos Valar, e isso explica-se com o uso que Tolkien faz da mitologia na sua visão cristã:

Antes de Deus se ter feito Homem, os homens não podiam chegar a Deus, não o podiam conhecer. Tinham a consciência do Mistério, sabiam que havia algo de superior, mas que nunca deixou de ser Mistério. Tolkien encaixa os mitos pagãos nessa consciência, nessa reminescência que o homem tem de Deus. Por isso, como Tolkien dizia a C. S. Lewis, os mitos não são mentiras, são fragmentos incompletos da verdade que vem de Deus.

Isto aplica-se também aos Valar, a única maneira dada aos homens e aos elfos de poderem apreender Eru Iluvatar, e nesse sentido uma bela imagem dos deuses dos mitos pagãos. Não há portanto mal nenhum em designar os Valar por deuses...

Por outro lado, este é um problema de semântica de raiz cultural indo-europeia (Deus e deus(es) surgiu apenas no contexto do Deus judaico e dos deuses pagãos), não se encontra esse problema na semântica élfica. (Eru vs Valar seria o problema mais parecido, e obviamente desprovido de sentido...)

Por essa razão, mas sobretudo por uma questão de gosto, eu nunca traduzo Valar (acho que posso ser considerado um purista).
 
Ok, a opinião de vocês vai me proporcionar um bom trabalho neste instante: trocar todos os "deuses" por "anjos"*. :mrgreen: Agradeço a todos que opinaram.
* 90% deu preferência a "seres angelicais" em vez de "anjos". Só não me venham dizer que o primeiro termo é obrigatório!!!
Não que seja obrigatório, mas é o termo usado pelo próprio autor. Existe uma diferença sutil entre "seres angélicos" e "anjos" que já foi debatida em outro tópico do fórum.
 
Olha...levando em consideração que eles não influiam na vida dos seres da T-M sem o consentimento de de Eru (lembrando que Eru já havia mostrado a sua obra aos Valar e eles sabiam sobre algumas coisas que iriam acontecer) e lembrando também que tudo que os Valar faziam tinha Eru como essência... Acho que é simples afirmar que eles não eram Deuses (não tinha dominio completo sobre suas vidas ou sobre a vida dos outros seres) e sim seres angelicais...
 
Acho que é simples afirmar que eles não eram Deuses (não tinha dominio completo sobre suas vidas ou sobre a vida dos outros seres) e sim seres angelicais...

Atenção: Os deuses das diversas mitologias também não tinham dominio completo sobre as suas vidas ou as dos outros seres, e isso nota-se muito na mitologia greco-romana. Os deuses eram tão escravos do Fado, do destino, como os Homens. Nisso os Valar têm mais dominio sobre si, pois foram criados livres. Aliás se Melkor se revoltou foi porque o pôde fazer, era livre.
 
Atenção: Os deuses das diversas mitologias também não tinham dominio completo sobre as suas vidas ou as dos outros seres, e isso nota-se muito na mitologia greco-romana.

Acredite a relação não é coincidência, é intencional. os Valar foram tornados "deuses" para homens com o passar dos tempos, aumento da ignorância e o desaparecer dos antigos ensinamentos. Por isso que é tão fácil traçar paralelos entre os valar e praticamente quanquer panteão antigo. E aqui Tolkien colocou mais um pouco de suas crenças, pois uma vez que os Valar não eram deuses, quem os considerava deuses (ou suas histórias e representações posteriores), ou seja, os politeístas, estavam completamente errados.

Não deixa de ser igual à história Número/Atalantë/Atlântida.
 
Quanto a discussão de serem ou não livres, entrasse em uma discussão teológica, levando-se em conta que a obra tem fundamento eminentemente teológico. Mas, é certo que há a constatação do livre arbítrio mesmo entre os Valar.
 

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