V falando de V fica beeem característico.
Concordo com a parte que todos são especiais. Ele/ela deixa isso bem claro pela sua admiração pelas obras de arte, pelo conhecimento desenvolvido pelos "gênios" da humanidade. (coloco entre aspas porque a genialidade está apenas no fato de que eles recusaram-se a ver conforme mandaram, e viram conforme seus próprios olhos, vivenciaram as coisas conforme seus sonhos e idéias. De resto, eles são normais, pessoas comuns, ou seja, caímos de novo no conceito 'todo mundo é especial')
Apenas que como V somente abriu os olhos para a verdade em situação extrema, ele sabia que somente uma pessoa em tais condições seria capaz de enfrentar a si mesmo. Uma pessoa que tenha vida confortável (por mais que seja o conforto de rebanho esperando o abate) não vai querer sair do 'seguro' para a frigideira.
Mas a sequência que mais me impressionou foi na verdade o plano que ele fez para si mesmo: "fora com os destruidores então... eles não tem lugar em nosso mundo melhor"
Ele não vê a si mesmo como o herói da humanidade que irá colher os frutos de seu trabalho. Ele sabe o que é, e não nega hipocritamente que o que fez, apesar de tudo, o torna tão carniceiro quanto os de Larkhill. Apenas que é um carniceiro com um propósito e a consciência de ser um assassino. Ele não nega, não se justifica 'se não fosse eu, outro faria'. Talvez por isso ele tenha sido mais clemente com a doutora, pois viu nela algo de si (no caso dela, ela parou de ser hipócrita muito tarde) e como disse para o Prothero, V devia na verdade agradecer por ter feito aquilo com ele/ela.
E como disse Evey, ele fez porque precisava. Porque a humanidade precisava. E as vezes tem de fazer cirurgia sem anestesia se quiser salvar o coitado. V é realmente um cara que me abriu os olhos para muitas coisas. (praga! de tanto falar do personagem parece até que é de verdade... e o NOSSO V andando por aí não ajuda em nada.)