Engethor disse:
Eu não sei exatamente como é essa questão dos direitos, mas pelo que entendo o quadrinista não é o dono da obra nem dos personagens, nem tem o poder de decisão sobre ela, isso tudo cabe à editora. O artista tem direito a royalties e ao crédito pela criação do personagem/ história. Mas são as editoras que decidem como, quando e a quem vender os direitos de filmagem, além do merchandising etc, cabendo ao autor apenas uma pequena porcentagem. Mesmo com o processo dos ultimos anos de valorização de graphic novels e HQs mais autorais, as editoras ainda detêm muito poder. Para elas, o roteirista/artista ainda é uma peça de engrenagem facilmente substituivel.
Isso tem mudado ultimamente com personagens e histórias novas que vem surgindo por aí, já que os criadores vinham saindo em desvantagem.
Mas com os personagens mais antigos, não tem jeito mesmo.
Mas o caso do Moore é mais o lance do desrespeito com ele e o nome dele, já que ele não ta nem aí p/ os filmes e só pede p/ não colocar o nome de sem ele ta envolvido, simplesmente p/ vender.
Juntando isso com o desrespeito que as editoras tem quando ele ta trabalhando nas próprias revistas, ele acaba tendo que tomar uma atitude mais drástica, como foi o caso de levar Liga Extraordinária p/ outra editora.
O que rolou nesse caso, além do lance de V de Vingança, foi que, quando o seu selo (ABC) foi p/ a DC Comics, ele tinha um acordo em que os editores da DC não poderia se meter de forma alguma nas revistas escritas por ele, mas parece que a DC tirou páginas e editou alguns trabalhos.
O lace dos filmes foi só o ponto final nesse caso.
Esse caso dos criadores do Superman foi um acordo numa época distante, em que as editoras tinham toda a força. Pelo que li, eles venderam todos os direitos à editora, mas era um acordo que, pela lei (justamente para proteger os autores) poderia ser revisto dentro de umas décadas, que é a base dessa disputa judicial. Já o Stan Lee, por exemplo, numa época posterior, teve um contrato bastante vantajoso. E, se achar que não recebeu o que devia pelos direitos de merchandising, ele processa (como fez com a Sony/Columbia pelo merchandising do Homem-Aranha).
O caso do Superman foi isso mesmo.
Os criadores venderam os direito do personagem p/ a DC e uns anos atrás as famílias decidiram entrar numa briga judicial p/ que a DC pagasse os royalties pelas histórias feitas pelos criadores, que era republicadas de vez em quando.
Como o contrato da DC em cima do personagem acaba em tanto tempo, parece que as famílias entraram na briga p/ conseguir os direitos de volta e tão tentando um acordo com a DC p/ repassar os direitos outra vez p/ ela antes que eles caiam em domínio público, mas dessa vez, com participação nos lucros que a franquia trouxer.
O caso do Stan Lee é bem diferente. Ele já havia entrado num pocesso de cifras bem altas com a Marvel p/ ter os direitos sobre os personagens que ele criou e entrou num acordo em que teria participação no lucro que as franquias proporcionassem seja na mídia que for.
Mas parece que a Marvel não pagava a totalidade dos lucros determinada e começou outra briga judicial, que se não me engano tb já acabou.