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Eleições 2014 Urna eletrônica tem falhas, afirmam especialistas em debate sobre voto impresso

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Seiko-chan

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Urna eletrônica tem falhas, afirmam especialistas em debate sobre voto impresso

A urna eletrônica tem falhas que permitem ataques e manipulações de dados, disseram nesta terça-feira (15) especialistas em segurança digital ouvidos pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). Para eles, o voto impresso poderia aumentar a segurança das eleições.

O voto impresso a partir das eleições de 2014 foi estabelecido em mudança na lei eleitoral sancionada em 2009. A previsão está suspensa desde 2011 por decisão liminar – ou seja, provisória – do Supremo Tribunal Federal (STF), e um projeto em análise no Senado propõe que a impressão do comprovante pela urna eletrônica seja abolida de vez.

Especialistas ouvidos a pedido do relator da proposta, senador João Capiberibe (PSB-AP), apontaram falhas na urna eletrônica e defenderam o voto impresso como uma medida eficiente para combater fraudes.

Pedro de Rezende, professor de Matemática e Criptologia da Universidade de Brasília, explicou que a urna eletrônica foi um avanço, mas o Brasil parou na primeira geração, enquanto já existe a terceira, que permite auditoria de todos os votos contabilizados.

Já Amílcar Brunazo Filho, moderador do Fórum do Voto Seguro na Internet, negou que a introdução do voto impresso vá tornar as eleições mais demoradas.

- O voto impresso já vem sendo usado na Argentina, no México e na Venezuela, o Peru está testando, a Bélgica, os Estados Unidos, eles usam o voto escaneado, não impresso, mas é equivalente. E todos eles apresentam resultados rapidamente, não tem nada dessa história que vai demorar, que vai atrasar, que vai dar problema – afirmou Amílcar Filho.

Diego Aranha, também professor de Ciências da Computação da UnB, coordenou testes públicos do software de segurança do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E alertou para vulnerabilidades que ele considera “infantis” no sistema, as quais permitem até identificar em quem o eleitor votou.

- Se alguém consegue monitorar a ordem que os eleitores votam e ele é capaz de recuperar os votos em ordem após a eleição, apenas examinando informação que não é privilegiada, informação pública, ele consegue correlacionar exatamente quem votou em quem. Essa fraude do sigilo do voto obviamente permite, não é?, o retorno de uma versão digital do que a gente chama de voto de cabresto no Brasil – observou Diego Aranha.

O deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que foi o autor do projeto quando era senador, compareceu à audiência e classificou os temores de violação das urnas como “paranoia”.

- Existe uma certa paranoia nessa questão da urna eletrônica. Esses mesmos problemas que são apontados, de criptografia, eles existem no Imposto de Renda eletrônico, que é feito pela internet. Quer dizer, o que nós temos que fazer é evoluir, sim. Mas evoluir na segurança, evoluir no tipo de criptografia – afirmou Eduardo Azeredo.

O senador João Capiberibe, no entanto, está convencido de que há falhas que precisam ser resolvidas e defendeu que os gastos com a implantação do voto impresso são um investimento em segurança.

– Não tem custo que pague uma fraude eleitoral. Porque quem frauda eleição é quem tem muito dinheiro para fazer isso. Então você retira a possibilidade de uma representação mais ampla da sociedade brasileira. E já é muito restrita.

No mesmo debate, Diego Aranha observou que ainda que há pontos centrais que podem ser usados para fazer fraudes em larga escala, afetando várias urnas. Ele disse também que a impressão do voto é uma ferramenta para fazer auditorias e para evitar manipulação dos dados.

Reportagem de Roberto Fragoso, da Rádio Senado


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Durante essa semana, a idoneidade do sistema de voto eletrônico foi posta em xeque.Como sempre, ufanismo partidário e um lado, ceticismo de outro, mas o principal é o quanto a democracia está ameaçada, diante de um sistema eleitoral comprovadamente falho, e pergunta-se há quanto tempo estaríamos sendo vítimas de fraude eleitoral.

Entra em cena uma 'solução', embora paliativa para o problema: imprimir ou não o voto?

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Fonte:
http://www12.senado.gov.br/

Mais sobre o assunto:
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Não tive, ou não encontrei, opção de criar uma enquete neste tópico. Algum moderador faria a gentileza, por favor? :mrgreen:
 
E a gente zuando os americanos quando apareciam votando com aqueles cartões perfurados... e olha o resultado. Se for comprovada a possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas, o Brasil está a mercê de políticos corruptos que só faziam de conta que disputavam as eleições de forma democrática, desde a implantação do sistema.
 
Então as pesquisas eleitorais é que não estavam sendo fraudadas?
:think:
 
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Várias e várias pesquisas e laudos técnicos já botaram em xeque o sistema de urnas eletrônicas.
Só não vejo muita utilidade na impressão do voto. A verdade mesmo é que todo e qualquer sistema pode ser fraudado e será caso alguém queira muito fazer isso. Obviamente meios eletrônicos facilitam muito mesmo, especialmente se não contarem com toda sorte de criptografia, conexão segura e tudo mais.
 
E a gente zuando os americanos quando apareciam votando com aqueles cartões perfurados... e olha o resultado.

mas o método americano também já foi questionado >> http://en.wikipedia.org/wiki/2004_United_States_election_voting_controversies

eu tenho receio, não vou dizer que não, mas muito do meu receio vem do meu desconhecimento sobre o funcionamento das urnas. de qualquer forma, só acho que voltar para o esquema da cédula de papel como era antigamente aqui no brasil implicaria necessariamente em rever a questão da obrigatoriedade do voto, porque tipos, em 2012 foram cerca de 140 milhões de votos para a eleição para prefeitos e vereadores. já pensaram a quantidade de gente e de tempo para contar tudo isso de forma segura?

edit: em tempo, pelo que eu entendi, os hackers atuam quando os dados já foram passados para um computador. desse jeito mesmo com o voto de papel eles poderiam agir. porque supõe-se que os votos depois de contados serão passados para o computador, não? aí dá na mesma.

edit: hackers burros que quase deram a prefeitura de curitiba par ao ratinho junior :disgusti:
 
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Adicionada a enquete.

Obrigadão, Turgon! :abraco:

EDIT:
eu tenho receio, não vou dizer que não, mas muito do meu receio vem do meu desconhecimento sobre o funcionamento das urnas. de qualquer forma, só acho que voltar para o esquema da cédula de papel como era antigamente aqui no brasil implicaria necessariamente em rever a questão da obrigatoriedade do voto, porque tipos, em 2012 foram cerca de 140 milhões de votos para a eleição para prefeitos e vereadores. já pensaram a quantidade de gente e de tempo para contar tudo isso de forma segura?

É a mesma preocupação que tenho, assim como milhões de eleitores que valorizam o ato do voto, quando depararam com essa notícia.

De fato, num país onde a corrupção já está se tornando patrimônio cultural, retornar ao voto por cédula representa um retrocesso monstruoso, a meu ver. Me lembro de relatos de escrutinadores que dizem que não raro, eleitores passavam fezes nas cédulas, sem contar rasuras e inutilização da cédula. Ou seja: se já se tornou corriqueira a corrupção, o método utilizado é irrelevante.

Outra preocupação se junta a ela, quando pensamos o que mais pode ter sido fraudado, e por quanto tempo, a partir da utilização do voto eletrônico em plebiscitos e referendos? Isso vai muito além da birra que muitos possam ter contra o atual partido na Presidência, se trata de um caso de uma afronta à democracia,até mesmo à soberania nacional.
 
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Pois é @Ana Lovejoy, é uma questão bem complicada mesmo.
Eu ainda acho que o voto devia ser não-mandatório. Isso talvez ajudasse a melhorar as coisas, e fosse possível, se for realmente o mais aconselhável, retornar ao papel.
 
Mas hacker agindo em tempo real, ao mesmo tempo da impressão do comprovante em todas as urnas do país? Tem de ser ninja, hein... :lol:

mas seiko, me conta que eu não entendi: a ideia da impressão é qual? sai voto das urnas e depois vai ter fulano contando os votos impressos para ver se bateu? ou só em caso de suspeita de fraude? e como se configuraria a tal da suspeita de fraude? discrepância com pesquisas?
 
mas seiko, me conta que eu não entendi: a ideia da impressão é qual? sai voto das urnas e depois vai ter fulano contando os votos impressos para ver se bateu? ou só em caso de suspeita de fraude? e como se configuraria a tal da suspeita de fraude? discrepância com pesquisas?

Justamente isso tudo aí, Ana. Na teoria, funcionaria que é uma beleza.
Mesmo assim, do ponto de vista prático ando descrente, pois não sabemos nem mesmo sobre a confiabilidade das pesquisas.
 
As pesquisas eleitorais aqui dão errado pq eles fazem amostra por cota (entrevistas só nas capitais, por exemplo) e depois fazem as contas como se fosse amostra aleatória simples (pq assim a conta fica mais fácil). Nas últimas eleições eles chegaram a aumentar o tamanho da amostra, mas devem continuar fazendo conta errada...

Obs: quem contou isso foi uma professora minha da faculdade
 
As pesquisas eleitorais aqui dão errado pq eles fazem amostra por cota (entrevistas só nas capitais, por exemplo) e depois fazem as contas como se fosse amostra aleatória simples (pq assim a conta fica mais fácil). Nas últimas eleições eles chegaram a aumentar o tamanho da amostra, mas devem continuar fazendo conta errada...

Obs: quem contou isso foi uma professora minha da faculdade

melhor exemplo de como essas pesquisas falham foi o que aconteceu com o fruet na campanha de 2012. ele nem iria para segundo turno segundo as pesquisas. foi. e ganhou o segundo turno. http://g1.globo.com/pr/parana/eleic...erro-de-amostra-em-pesquisas-de-curitiba.html
 
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Mas hacker agindo em tempo real, ao mesmo tempo da impressão do comprovante em todas as urnas do país? Tem de ser ninja, hein... :lol:

Verdade, mas de que adiantaria todo mundo ter seu voto impresso? Quem faria recontagem, em que situação?
Não me parece prático. Talvez... uma sugestão superficialmente considerada, o voto é impresso com um número único. Cada pessoa tem seu comprovante de voto com seu número. Então faz-se um portal de transparência eleitoral com todos os resultados de eleições e no qual você possa, com seu número, verificar se seu voto está computado corretamente.
Assim todo mundo pode fazer essa checagem em pessoa.
Obviamente esse método, com força de vontade e criatividade também poderia ser burlado...
 

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