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Eleições 2014 Urna eletrônica tem falhas, afirmam especialistas em debate sobre voto impresso

Você acha que deveria sair impresso seu voto?


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Segurança em votações é sempre um problema. Eu tinha lido mesmo que na internet alguns órgãos no exterior andam pensando em trazer de volta a velha máquina de escrever para alguns documentos tipo (For Your Eyes Only). Entretanto isso não protegeria a vulnerabilidade de parte do sistema.

Pelo que li, para minimizar o problema e tornar a corrupção mais visível alguns processos jurídicos nos EUA impõem obstáculos imprevisíveis no processo da votação. Tipo... 24 horas antes da votação alguns cargos chave poderiam ser sorteados pelo tribunal eleitoral para serem mudados e revezados por outras pessoas de formação semelhante, incluindo o técnico de informática. Não é 100%, mas atrapalha alguns esquemas sofisticados de sabotagem.
 
Verdade, mas de que adiantaria todo mundo ter seu voto impresso? Quem faria recontagem, em que situação?
Não me parece prático. Talvez... uma sugestão superficialmente considerada, o voto é impresso com um número único. Cada pessoa tem seu comprovante de voto com seu número. Então faz-se um portal de transparência eleitoral com todos os resultados de eleições e no qual você possa, com seu número, verificar se seu voto está computado corretamente.
Assim todo mundo pode fazer essa checagem em pessoa.
Obviamente esse método, com força de vontade e criatividade também poderia ser burlado...

Essa é uma solução excelente, se o método for aberto para várias entidades - entre ONGs, portais de notícias e inclusive governamentais.
Assim, se os resultados entre elas apresentarem uma discrepância muito grande, o povo tem como recorrer ou até mesmo solicitar um novo processo eleitoral.

Se tudo for feito em tempo real, como nas petições da Avaaz, por exemplo, onde o nome de quem assinou e o que escreveu aparece em tempo real e fica visível numa janela lateral por alguns minutos - mas nesse caso, apareceriam somente os últimos dígitos da chave secreta do eleitor, por exemplo - a possibilidade de fraude pode diminuir substancialmente.
 
melhor exemplo de como essas pesquisas falham foi o que aconteceu com o fruet na campanha de 2012. ele nem iria para segundo turno segundo as pesquisas. foi. e ganhou o segundo turno. http://g1.globo.com/pr/parana/eleic...erro-de-amostra-em-pesquisas-de-curitiba.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Biased_sample#Historical_examples
A classic example of a biased sample and the misleading results it produced occurred in 1936. In the early days of opinion polling, the American Literary Digest magazine collected over two million postal surveys and predicted that the Republican candidate in the U.S. presidential election, Alf Landon, would beat the incumbent president, Franklin Roosevelt, by a large margin. The result was the exact opposite. The Literary Digest survey represented a sample collected from readers of the magazine, supplemented by records of registered automobile owners and telephone users. This sample included an over-representation of individuals who were rich, who, as a group, were more likely to vote for the Republican candidate. In contrast, a poll of only 50 thousand citizens selected by George Gallup's organization successfully predicted the result, leading to the popularity of theGallup poll.

Another classic example occurred in the 1948 presidential election. On election night, the Chicago Tribune printed the headline DEWEY DEFEATS TRUMAN, which turned out to be mistaken. In the morning the grinningpresident-elect, Harry S. Truman, was photographed holding a newspaper bearing this headline. The reason the Tribune was mistaken is that their editor trusted the results of a phone survey. Survey research was then in its infancy, and few academics realized that a sample of telephone users was not representative of the general population. Telephones were not yet widespread, and those who had them tended to be prosperous and have stable addresses. (In many cities, the Bell System telephone directory contained the same names as the Social Register.) In addition, the Gallup poll that the Tribune based its headline on was over two weeks old at the time of the printing.

:lol:
 
Se fosse atribuído um ID ao voto no momento da realização e impresso um comprovante ao eleitor, apenas ele teria esse número. Nada amarria o número do voto ao eleitor. Apenas ele saberia seu número.
 
É mais que sabido que nenhum sistema é perfeito, mas que seria bom ter uma outra alternativa de comprovação e não confiar 100% tudo no eletrônico isso realmente não dá.
 
Se fosse atribuído um ID ao voto no momento da realização e impresso um comprovante ao eleitor, apenas ele teria esse número. Nada amarria o número do voto ao eleitor. Apenas ele saberia seu número.
Mas aí surgiria pressão dos "coronéis" pra que os eleitores passassem o número. Tipo, "me mostra seu número aí pra saber em quem você votou".
 
Esse é um problema que aconteceria com qualquer tipo de comprovante impresso, mas ai não tem o que fazer. É complicado.
 
Sem contar que o argumento de "pedir recontagem em caso de suspeita de fraude" teria que ser algo muito sério e justificado. Caso contrário, todos os partidos teriam incentivo de pedir recontagem. Além disso, o julgamento do pedido teria que ser rápido, o que é uma premissa fantasiosa.

De qualquer forma eu tendo a achar uma boa idéia a impressão de comprovantes. A existência de coronéis é que deve ser combatida, não a comprovação do voto.
 
Concordo. Não acho que se deve evitar de tomar medidas de melhoria porque alguns vão usá-las de forma pervertida. Tem é que combater essa prática criminosa.
 
Não nego que a existência de coronéis deva ser combatida. Mas toda forma de ligar o eleitor ao seu voto é um risco à inviolabilidade do segredo eleitoral. A não ser que vivêssemos em uma sociedade perfeita - que, claro, não existem.

Quanto à questão das recontagens, recomendo a leitura do livro "Os números (não) mentem", principalmente dos capítulos sobre eleições. O livro traz também um apêndice muito bom sobre voto eletrônico, abordando inclusive a questão dos comprovantes impressos. Infelizmente, não estou com o livro aqui, mas na internet vocês devem achar. É uma leitura muito boa.
 
Última edição:
Sem contar que o argumento de "pedir recontagem em caso de suspeita de fraude" teria que ser algo muito sério e justificado. Caso contrário, todos os partidos teriam incentivo de pedir recontagem. Além disso, o julgamento do pedido teria que ser rápido, o que é uma premissa fantasiosa.

De qualquer forma eu tendo a achar uma boa idéia a impressão de comprovantes. A existência de coronéis é que deve ser combatida, não a comprovação do voto.


Postei o tópico mas ainda estou formando uma opinião mais concreta, graças às opiniões de vocês. Mas alguns motivos estão me levando a crer que a impressão do voto seja algo realmente positivo, pois a impressão por si só serviria, de alguma forma, para coibir os tipos mais simples de fraude eleitoral - não que vá resolver, mas tornará a fraude deslavada um pouco mais difícil de acontecer no sigilo necessário.

Creio que um sistema onde realmente possa ser inserido o voto (como citado na primeira página deste tópico pelo @Lucas Ferraz) por diversos partidos e órgãos diferentes, a recontagem possa ser solicitada obedecendo a alguns critérios, e quando a discrepância for considerada excessiva. Para isso servem os fiscais partidários.
 
Postei o tópico mas ainda estou formando uma opinião mais concreta, graças às opiniões de vocês. Mas alguns motivos estão me levando a crer que a impressão do voto seja algo realmente positivo, pois a impressão por si só serviria, de alguma forma, para coibir os tipos mais simples de fraude eleitoral - não que vá resolver, mas tornará a fraude deslavada um pouco mais difícil de acontecer no sigilo necessário.

Creio que um sistema onde realmente possa ser inserido o voto (como citado na primeira página deste tópico pelo @Lucas Ferraz) por diversos partidos e órgãos diferentes, a recontagem possa ser solicitada obedecendo a alguns critérios, e quando a discrepância for considerada excessiva. Para isso servem os fiscais partidários.

Mas você não acha que a impressão do voto, afirmando em quem você votou, facilitaria (muito) a compra de votos?
Todos os benefícios do voto secreto (uma das características mais fortes da democracia) vão por água abaixo. :think:
 
Até onde entendo, o problema é que não existe nada físico que comprove os votos. E não estou nem falando de um comprovante individual. Na verdade, eu nem lembro direito como era na época do voto de papel, mas acho que nós não ficávamos com comprovante de nada. O fato, no entanto, é que os papéis estavam lá. Ao invés de emitir comprovantes individuais, as zonas eleitorais talvez devessem ser obrigadas a imprimir o resultado das urnas no final das votações, sei lá.
 
Se fosse atribuído um ID ao voto no momento da realização e impresso um comprovante ao eleitor, apenas ele teria esse número. Nada amarria o número do voto ao eleitor. Apenas ele saberia seu número.

Poderá resolver o problema do eleitor, mas nada impede uma fraude na totalização dos votos. Esquema antigo ( Proconsult x Brizola, eleições para governador do Rio de Janeiro 1982) Reportagem do JB de 2012:
27/11/2012 às 10h30 - Atualizada em 27/11/2012 às 11h02

Há 30 anos, 'JB' revelou escândalo do Proconsult e derrubou fraude na eleição
No retorno às eleições para governador, tentaram roubar os votos de Leonel Brizola

Jornal do Brasil
Maria Luisa de Melo

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Há 30 anos, uma tentativa de fraude na eleição para governador do Rio de Janeiro foi desbaratada graças ao trabalho das equipes do Jornal do Brasil e da Rádio JB. Com a ajuda de militares ligados aos órgãos de informação, tentou se evitar a vitória do esquerdita Leonel de Moura Brizola, favorecendo-se o candidato apoiado pelos militares, Wellington Moreira Franco. O esquema que ficou conhecido como "Proconsult" entrou na história como a primeira grande tentativa de fraude eleitoral através dos computadores.

O ano era 1982 e o país, debaixo do regime militar já há 18 anos, vivenciava a volta da eleição direta para a escolha dos governadores dos estados. No mesmo pleito, também foram escolhidos os deputados estaduais, deputados federais e um senador em cada unidade da Federação.

No Rio de Janeiro disputavam a cadeira de governador o candidato oficial do governo militar, Moreira Franco, representante do PDS (ex-Arena), partido de sustentação da ditadura militar que, à época, tinha na presidência da República o general João Figueiredo; o deputado federal Miro Teixeira (PMDB), herdeiro direto do então governador Chagas Freitas, mas que tentava passar a imagem de independente; o recém chegado do exílio (1979), ex-governador gaúcho, Leonel de Moura Brizola (PDT); a deputada federal, Sandra Cavalcanti (PTB), que iniciou sua vida política na UDN e no Lacerdismo; além do deputado federal cassado em 1976, Lysâneas Maciel, candidato pelo novato Partido dos Trabalhadores.

Fonte: http://www.jb.com.br/pais/noticias/...o-do-proconsult-e-derrubou-fraude-na-eleicao/

100% seguro, sem chance.
 
Pois é Ricardo. Como eu disse é possível fraudar mesmo assim, mas é uma medida interessante para adicionar algum nível de transparência na coisa toda. Sempre é possível, infelizmente.
 
@Grimnir , no começo da eleição, as urnas eletrônicas imprimem a zerésima: um documento que prova que nenhum candidato saiu com voto precoce. No final, são impressos cinco boletins (ou quantos forem necessários) com o resultado de cada uma, sendo que os fiscais dos partidos podem solicitá-lo.

Eu vejo a coisa como paranoia.

E mais: o Olavo pira nessa ideia de fraude em urna eletrônica. Ou seja, sou a favor de tudo que ele é contra.
 
Última edição:
Outra coisa que convém lembrar é que o voto secreto foi um grande avanço, uma conquista mesmo. Acho que a impressão de qualquer coisa que possa atrelar um eleitor ao seu voto, mesmo que seja um código, é um retrocesso.
 
Infelizmente eu já votei na enquete, mas o meu argumento era a necessidade de alguma evidência física antes dos dados digitais saírem das zonas eleitorais. Dada a informação do @Cantona, eu não vejo a mínima necessidade de imprimir comprovantes.
 

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