Não Loth... eu criei o tópico porque o assunto estava se espalhando por outros tópicos que não tinham nada a ver e não ia demorar até a própria moderação transferir os posts para um tópico à parte para não desviar o assunto dos demais.
Aranel, leve as coisas menos ao pé da letra. E desarme-se um pouco. Eu não estava te criticando por abrir o tópico, só quis dizer que é apenas mais um - de tantos na Valinor - que não vai levar a lugar algum. Eu estudo numa federal, tenho um puta orgulho disso. Você estuda numa particular e tem um puta orgulho disso. Alguém vai convencer o outro de que está errado? Não. Então vamos andar em círculos. Mas, né, isto é um fórum, e é o que fazemos de melhor, caso contrário não estaríamos aqui.
EM TEMPO: NÃO, eu NÃO DISSE que você está tentando convencer alguém.
O seu exemplo é justamente o motivo pelo qual NÃO SE DEVE generalizar.
E como tratamos de um tema deste sem um mínimo de generalização? Fazendo um levantamento de todas as instituições públicas e privadas?
Ô BEEEEEELLLLL!! Chama o IBGE aí!
Sinceramente... eu fiquei horrorizada com o que vi estudando em uma faculdade estadual. O pior exemplo - pra citar só um - foi a professora de Antropologia que não falava coisa com coisa, era uma bicho-grilo doida e mais parecia Sibila Trelawney. A maioria dos outros profs também eram muito ruins.
Isso é uma generalização (já que falamos nisso). De todos que conheço que estudam numa pública - e eu conheço é gente -, no máximo uns cinco não estão satisfeitos. Mas insatisfeitos DE VERDADE. Reclamar dos problemas todos reclamamos, afinal, são nossos impostos que pagam aquilo. Mas a enorme maioria não tem a menor intenção de sair de lá sem o diploma. Conheci professores fdp, mas conheço alguns que coloco no altar do templo acadêmico, de tão fodásticos são. Então, prefiro ignorar os ruins e sugar o máximo que posso dos bons.
Já os professores de História Antiga, Média, História Econômica e Psicologia eram
, mas devido à
falta de estrutura eles não conseguiam dar aulas que valessem à pena e que permitissem 100% de absorção da matéria.
Já fiz aula de dança no corredor, por falta de "estrutura". Mas ainda assim não troco meu curso pelos dois particulares de Dança que tem aqui no Rio não.
Meus vizinhos, que estavam prestes a se formar em História, eram um bando de loucos, bêbados e drogados contra os quais 2x fui obrigada a abir B.O.
Um deles chegou a invadir meu quarto.
Quando souberam do BO me imploraram para retirar a queixa pois isso impediria que eles participassem de concurso público e a única coisa que consegui pensar é que eu teria HORROR se um deles um dia pudesse se tornar professor de um filho meu!
Exemplares de boçais encontra-se em todo lugar. Independente de cor, sexo, religião, time de futebol, universidade ou curso. Tenho absoluta certeza de que eles também existem nas particulares.
Logo... se formar na pública também não é garantia de ser um excelente profissional, assim como se formar na particular não é garantia de ser mal profissional. Existem, sim, faculdades públicas PÉSSIMAS! (e, infelizmente, eu caí em uma delas) Até porque, se fossem assim TÃO boas quanto gostam de alardear estariam entre as top 100 internacionais.
Argumento complicado o seu. Se as públicas não são boas por não estarem entre as 'top 100 internacionais' - tomando isso por parâmetro -, as privadas muito menos. No rank das 200 melhores do mundo, a única latino-americana que aparece é brasileira - e pública. (
Fonte)
A maioria é: "OBA! Estou longe de casa, posso fazer o que quiser e não devo satisfação a ninguém" Até que um dia a conta da vida bate na porta: as consequências!
Isso também. Mas né, cada um escolhe seu caminho e, como você bem disse, arca com as consequências. Isso não entra aqui no debate, acho.
Onde eu disse que estava na particular por protesto???
De novo: Menos interpretação ao pé da letra. Você falou que diplomas de universidades públicas valem mais nas empresas porque os RH's são preconceituosos. E eu quis dizer que reclamar pura e simplesmente não vai mudar isso nunca.
Aliás, tive e tenho professores realmente fantásticos!!!
Idem. Quase todo mundo que faz o que gosta, eu acho.
Então, sim, eu defendo e exijo respeito com veemência e paixão à minha faculdade (o que frequento e o que estagiei no passado), ao meu curso, aos meus professores e colegas por conhecer de perto o valor que eles tem e não só por mim!
E o mesmo fazem os que estudaram feito cornos pra passar num vestibular, sofreram com a falta de estrutura, mas conseguiram se formar em universidades públicas. Isso não deveria incomodar tanto.
Mas isso não me impede de "lutar em outros fronts". Eu acredito, sim, no poder da conscientização. Quanto mais consciente for a sociedade, menor será o preconceito!
Só acho que você está escolhendo armas erradas pra isso. Você tá escolhendo atacar aqueles de quem você discorda e que, sob seu ponto de vista, são os causadores do preconceito. Só que fazendo isso você não está angariando simpatia pra sua causa, pelo contrário.
O problema é que temos um país com um ciclo vicioso - e venenoso - na educação: má educação de base -> alunos despreparados para a faculdade -> maus profissionais, maus professores e também maus pais que vão enviar para a escola alunos cada vez mais mal educados e que vão ter cada vez menos estrutura (seja em casa ou na escola).
Com isso eu concordo.
Não posso afirmar que não tenha, mas eu não tive contato com esse tipo de faculdade.
Nem eu com o tipo de faculdade pública que você descreve.
Ele disse sair formado!
Com essa frase ele quis dizer que o curso seria puxado... e é de fato bastante puxado, até porque o mercado é muito exigente!
Bel respondeu por mim.
Você precisa conhecer meus professores... É aquilo que eu falei lá em cima, não se pode fazer esse tipo de afirmação sem conhecimento de causa.
E talvez você os meus. Brincamos de Lattes?
Não sei como é no mundo da dança, mas sei como anda o mundo fotográfico!
Quando cursos novos surgem é preciso, sim, gente do mercado E acadêmicos para dar aula, dependendo da disciplina.
Em História da Arte é fácil achar mestres e doutores.
Em Fotografia, não. Quem tem que dar aula são os fotógrafos da velha guarda como meu pai e o professor citado. Na época deles não existiam faculdade para a área e nem sequer cursos de fundo de quintal. Eles aprenderam na raça, no sistema de mestre (profissional da área mais velho) e aprendiz, comprando livros e mais livros sobre fotografia, arte e um pouco de física. Em suma, foram pioneiros, autodidatas. Estes precisam ser respeitados e valorizados!
De que adianta para ele - na profissão que exerce - um doutorado em História da Arte ou Publicidade? São áreas parecidas e interligadas, mas que para um fotógrafo não tem efeito prático, apenas de status.
Se não me engano, não há mestrado em Dança no Brasil - mas certamente não há doutorado na área. E nem por isso se deixa de exigir titulação dos professores. Os últimos professores sem mestrado (pelo menos na UFRJ) já corrigiram isso há alguns anos. A maioria agora está se doutorando, e a quantidade de doutores no quadro está aumentando. Isso é norma, isso é exigência pra qualidade do curso e da universidade.
O fato de não haver stricto sensu na área não os impede de se titular. Eu estou fazendo Mestrado em História, e pretendo seguir por aí no doc. Há mestres em Ciência da Arte, Antropologia, Filosofia, inclusive um dos professores de DANÇA está se doutorando em BIOQUÍMICA. Nada a ver? Não é bem assim. É claro que não vou me arriscar a falar de uma área que eu não domino, que é a Fotografia. Mas a importância da titulação não é pura e simplesmente se formar doutor na área X. A importância da titulação é de formar acadêmicos e pesquisadores com
didática específica pra universidade. Sabe, a fundamentação pedagógica do curso de Dança da UFRJ foi criada por uma professora de Ginástica Ritmica da Ed. Física. O curso em si foi criado pela filha dela - que, por sinal, dá aula até hoje. Ela só tem a graduação - em Ed. Física -, mas é um monstro de conhecimento (ela é filha de quem criou aquela bagaça que todo mundo estuda, ou seja). E é também uma das professoras mais problemáticas do quadro, porque simplesmente se recusa terminantemente a se enquadrar nas regras da Academia. Ela tem altos embates com professores e alunos, porque o método de ensino dela já tá totalmente defasado.
Conversando não sei com quem esta semana, sobre a proposta de tema de doc que meu orientador comentou comigo, essa pessoa disse "mas esse tema vai ser útil pra você depois?" Friamente falando, provavelmente não. Assim como o meu atual de mestrado muito provavelmente eu JAMAIS darei aula na Dança. Mas eu absorvi metodologia de pesquisa. Didática de ensino. Política acadêmica. Posso nunca na vida falar sobre Salomé numa aula de História da Dança, mas vou saber analisar um texto/vídeo e apontar os dados históricos que podem ser depreendidos deles, como esses dados influenciaram na criação da obra e organizar isso numa aula, ou num artigo, ou num livro. É
pra isso que serve o stricto sensu, não pra formar mega-ultra-hiper-blaster especialistas num tema ou numa área. É pra ampliar o leque de possibilidades de diálogos com seus alunos. Então, sob esse aspecto, eu sou terminantemente a favor da titulação. O cara pode ser mega foda em Fotografia - como minha professora é em Fundamentos da Dança - mas se não ampliar a visão da coisa, vai ficar sempre limitado àquele conhecimento mega foda, e ele acaba sendo enquadrado numa caixinha que é repassada ano após ano.
Portanto, sou plenamente contra a frase "então vá dar um curso", pois sou a favor da regulamentação da profissão! Por que? Porque cansei de ver trabalho mal feito, picareta estragando o mercado e afundando quem trabalha correta e honestamente!
Uma coisa é arte de museu - aí não precisa mesmo de regulamentação - outra bem diferente é trabalho remunerado!!!
Pensando assim eu deveria ser contra as academias de dança da tia teteca que tem por aí. Cuidado com isso, Aranel. Você trabalha numa área que também é artística. O fato de que pessoas que não têm a menor noção do que estão fazendo com uma câmera na mão se auto-denominem fotógrafos te irrita tanto quanto chamar as 'bailarinas do Faustão' de bailarinas irrita a mim. Mas sejamos racionais; um cara pode se dizer fotógrafo mas NUNCA vai fazer um trabalho de profissional - e vai embarcar no papo dele quem quer. Assim como aquelas mulheres de corpo bonito que ficam pra lá e pra cá reproduzindo movimentos sem sentido jamais vão conceitualizar um espetáculo. Nem todo mundo que ama fotografia encara uma graduação, assim como muita gente apaixonada por dança abandona o curso porque não encara toda a carga conceitual que há por trás daqueles "dois pra lá, dois pra cá". O cara que ama fotografia mas não quer a apurrinhação de um mestrado/doutorado pode, sim, dar cursos e se realizar profissionalmente, por que não? Eu mesma gostaria de fazer um curso, porque gosto de fotografar. Tenho uma camerazinha meia boca, que tá além da maioria de bolso, mas muito aquém das profissionais - mas ela me faz feliz, e tem vários botõezinhos pra mexer. As fotos que vou fazer do aniversário da minha amiga são uma coisa; as fotos que você faz pra um casamento são outra completamente diferente. Há mercado pros dois profissionais de ensino, cada um no seu quadrado.
Soube que ele foi despedido quando voltei ao curso 2 anos depois quando perguntei aos novos colegas de turma se eles tiveram aula com esse prof. Então perguntei se o professor novo era bom e me disseram que era uma bela merda!
Tinha curso superior, mestrado, doutorado (em alguma área relacionada ao curso), mas não tinha experiência, vivência em fotografia... Não era da velha guarda, não trabalhava na área, enfim... só achava que entendia do assunto. O que me disseram foi que ele COPIOU as apostilas do antigo professor e mandava os alunos lerem, mas não sabia responder NENHUMA dúvida mais profunda...
Então. Não vou defender um cara que não conheço. Mas sempre que um professor foda é afastado, não importa quão bom é o que vem a seguir, a turma SEMPRE rejeita. É uma má vontade natural. Esse poderia ser, de fato, uma merda. Mas ainda que não fosse, quase 90% de chance de ser rejeitado por outro motivo qualquer.