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Uma História de Amor e Fúria (2013)

Mohanah

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Uma História de Amor e Fúria” é um filme de animação que retrata o amor entre um herói imortal e Janaína, a mulher por quem é apaixonado há 600 anos. Como pano de fundo do romance, o longa de Luiz Bolognesi ressalta quatro fases da história do Brasil: a colonização, a escravidão, o Regime Militar e o futuro, em 2096, quando haverá guerra pela água. Destinado ao público jovem e adulto com traço e linguagem de HQ, o filme traz Selton Mello e Camila Pitanga dublando os protagonistas. O longa conta ainda com a participação de Rodrigo Santoro, na pele do chefe indígena e de um guerrilheiro.

Site Oficial: http://www.umahistoriadeamorefuria.com.br/

Estreiou no dia 5 de abril em alguns poucos cinemas. Na página deles no Facebook tem a lista de em quais cinemas está sendo exibido.

Segue abaixo o que achei do filme.

Achei Uma História de Amor e Fúria bem legal, apesar de um pouco ingênuo e simplista para um filme que se propõe revisar a história brasileira a partir do ponto de vista dos perdedores, partindo do princípio que a história oficial é sempre contada pelos vencedores.

O problema é que o filme coloca tudo na base do bem contra o mal. O protagonista é o escolhido pelos espíritos bons para enfrentar o grande espírito do mal que tenta dominar o mundo, por conta disso o cara nunca morre, sempre virando pássaro e revivendo quando encontra seu grande amor. Estranho, porque o cara deve combater o mal, mas o que o faz voltar a forma humana é a mulher que ele ama e não essa nobre tarefa, mas vamos em frente, toda história precisa de um romance.

São 4 saltos temporais no filme, começamos na época do descobrimento com o massacre dos indígenas pelo homem branco, depois passamos pelo Brasil Imperial com a Balaiada, seguido pela Ditadura Militar e fecha com uma especulação do que nos aguarda no futuro.

Os dois primeiros seguimentos foram os que mais me agradaram, a história ficou mais bem contada. A partir da parte que trata da Ditadura o filme começa a ficar corrido, o que faz com que fique confuso também. Aqui o casal não fica junto, ambos seguem rumos diferentes. E a história vai até os anos 80, mostrando um movimento popular que nasce nas favelas. O cara depois da anistia vira professor (muito clichê) e se junta a esse movimento, da qual faz parte um outro maluco que ele conheceu na cadeia. Em comum entre Ditadura e essa outra parte está o lance de assalto a banco, que é mostrado como um ato político de revolta contra o sistema. O tipo de coisa que não cabe na minha cabeça.

A última parte, que era a que mais prometia e a que eu mais estava esperando, foi bem decepcionante. Em 2096, as milícias dominaram tudo e se tornaram megacorporações com ações na bolsa e tudo mais. Outra megacorporação do mal é a que controla a água, ganhando fortunas com a exportação enquanto aqui a população morre de sede porque a água é vendida a um preço elevadíssimo.

Dessa vez nosso herói está vivendo a vida dele sem se meter em encrencas. Cansado de lutar e só se dar mal. O que obviamente muda quando ele descobre que seu amor faz parte de um grupo que luta pela democratização da água. Enfim, o filme termina com eles cercados no alto de um prédio e os dois saem de lá voando. Sim, porque o cara além de virar pássaro quando morre no corpo humano, também pode voar, é assim que ele descobre ser o escolhido lá no início quando ainda era índio.

A ideia de futuro proposta é bem interessante, mas faltou desenvolvimento. É tudo mostrado correndo, quase que de relance apenas. Aqui mais do que em qualquer outra parte o foco é muito no romance e o final é broxante, totalmente Deus Ex. Em todas as outras vidas, eles são sempre separados de forma violenta.

Mas apesar de todo o exposto acima, eu gostei muito do filme, vale o ingresso. É bom ver algo diferente em matéria de cinema nacional, que é tão pouco diversificado. Além da proposta da história, ainda temos o fato de ser uma animação. Apesar da qualidade técnica questionável, como leiga, eu achei bem bonito e me agradou.
 

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