Luciano R. M.
vira-latas
Noite passada uma amiga disse que sonhou comigo,
e era um sonho em preto e branco no qual eu morria.
No sonho eu não passava
de um poetinha vagabundo,
com pretensões artísticas absurdas e metido a moderno.
Eu cometia algum crime indecifrável
mas a polícia sabia que
de qualquer modo eu era culpado
e por isso enchia meu corpo de balas.
Ela disse que eu sangrava na calçada até a morte
e isso lhe dava vontade de dormir comigo,
mas sendo um sonho ela já estava dormindo
enquanto eu estava morrendo.
Noite passada uma amiga disse que sonhou comigo,
eu era executado pela polícia por um crime indefinível.
Nem eu nem ela sabíamos que crime podia ser esse,
então conjeturamos que podia ser algo relacionado
à poesia, sadomasoquismo ou ainda enriquecimento de urânio.
Encaramos o sonho como algum tipo de visão do futuro
e, para que eu não morresse, ela decidiu que contrataria
um detetive gelado para investigar as coisas
que eu ainda não tinha feito.
e era um sonho em preto e branco no qual eu morria.
No sonho eu não passava
de um poetinha vagabundo,
com pretensões artísticas absurdas e metido a moderno.
Eu cometia algum crime indecifrável
mas a polícia sabia que
de qualquer modo eu era culpado
e por isso enchia meu corpo de balas.
Ela disse que eu sangrava na calçada até a morte
e isso lhe dava vontade de dormir comigo,
mas sendo um sonho ela já estava dormindo
enquanto eu estava morrendo.
Noite passada uma amiga disse que sonhou comigo,
eu era executado pela polícia por um crime indefinível.
Nem eu nem ela sabíamos que crime podia ser esse,
então conjeturamos que podia ser algo relacionado
à poesia, sadomasoquismo ou ainda enriquecimento de urânio.
Encaramos o sonho como algum tipo de visão do futuro
e, para que eu não morresse, ela decidiu que contrataria
um detetive gelado para investigar as coisas
que eu ainda não tinha feito.