Um romance de horror à moda dos anos oitenta

[Luciano R. M.]

Eu ainda
me lembro
bem:
era uma noite
de sábado e
eu acabara
de sair da sua casa.
Esperava o ônibus:
sozinho, a rua
pouco iluminada.
Exceto pelo meu
cigarro. Exceto
pelo Saul Bellow
que eu tinha
debaixo do braço.

E veio
a matilha
de cães
raivosos.

Esquartejaram-me,
mataram-me.

Mas morri feliz:
tinha um cigarro,
tinha um livro
e tinha certeza
que você me ouviria gritar.

 

[imported_Cabal]

Cara, vc as vezes da medo :susto:
:hahano:

Muito boa como sempre.

 

[Luciano R. M.]

hahah Valeu, Cabal!

Mas medo? hahahaha Nunca tinha pensado nisso... haha
Se bem que aqui a idéia é essa...

 

[Fernando Giacon]

Nossa, meus parabéns hein Luciano! Como eu disse em outro comentário em um dos seus escritos, você tem uma jogada de cenas em sequência que dão muita ação e suspense ao poema, bem bacana mesmo.

 

[Thorondir]

Você tem mesmo muito ritmo, muita ação. Só achei que ficou nada-a-ver uma matilha de cães, poderia fazer uma metáfora que esteja mais para um romance de horror...

 

[Luciano R. M.]

Gracías pelos elogios, gente.

E obrigado pelo toque, Tauil... É que na real isso aconteceu: eu tava saindo da casa da minha namorada, esperando o ônibus, e veio um monte de cães loucos latindo e se atracando. A diferença é o fato (der) de que não fui atacado, mas eles estavam perseguindo uma cadelinha no cio. haha

 

[imported_?]

Você não morreria feliz na verdade. :hahano:

 

[Luciano R. M.]

É, tem isso também...

 

[Liv]

Foda. Simples assim. =}