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Um "novo" continente é descoberto no Pacífico. Composição? Lixo.

Primula

Moda, mediana, média...
Chamaram de "sopa", mas achei melhor chamar de continente...

http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/1997/artigo71923-1.htm

Isto É disse:
A sopa de lixo no Pacífico
Cabem dois EUA na plataforma de sujeira encontrada no oceano e formada sobretudo por resíduos de plástico

LUCIANA SGARBI

Foi durante uma alegre competição de barco a vela que o oceanógrafo americano Charles Moore se deparou com algo trágico: um gigantesco depósito de lixo em pleno mar. "Fiquei impressionado, de repente estava no meio daquilo. Para onde eu olhava, via lixo", diz ele. A 500 milhas náuticas (cerca de 920 quilômetros) da costa da Califórnia, no oeste dos EUA, esse depósito estava e ainda está lá. A primeira e mais importante questão é saber como essa mancha se formou e cresceu. A primeira e mais importante resposta, impressionante e assustadora, é que a grande sujeira que muitas vezes se tenta esconder debaixo do imenso tapete de mar é fruto da falta de consciência ambiental - um dia ela aparece e bóia, um dia a atitude predatória vem à tona, ainda que seja em meio a uma tranqüila regata. "Toda vez que eu ia ao deque via coisas boiando. Como nós conseguimos sujar uma área tão enorme?", pergunta Moore. O especialista que passou anos em seu barco estudando essa área (do Havaí até quase o Japão) revela que a mancha tem mais de dez anos. E suas proporções são assustadoras: "Ali existem cerca de 100 milhões de toneladas de detritos." A formação desse megaentulho, apelidado pelos especialistas de "sopa plástica", é atribuída a dois fatores combinados: ação humana e ação da natureza. Os pesquisadores contabilizam que um quinto dos resíduos foi jogado de navios ou plataformas petrolíferas, e inclui itens como bolas de futebol, caiaques, sacolas plásticas e restos de naufrágios. O restante veio da terra. No mar, esse lixo flutuante acabou se agrupando por influência das correntes marítimas. E então ficou vagando.

Ironia do destino, Charles Moore era herdeiro de uma família que fez fortuna com a indústria do petróleo, e o plástico que compõe a tal "sopa" é feito justamente a partir de petróleo - demora aproximadamente 300 anos para se decompor. Hoje, Moore vendeu o seu negócio e se tornou um ativista ambiental, criando nos EUA a Fundação de Pesquisa Marítima Algalita. O diretor de pesquisa dessa fundação, o ativista ecológico Marcus Eriksen, relata a impressão que teve quando viu pela primeira vez a imensa lixeira: "Parece uma ilha de lixo plástico sobre a qual se pode andar. É uma sopa de plástico, uma coisa sem fim que ocupa uma área que pode corresponder a até duas vezes o tamanho dos EUA." Pode ser que os milhões de toneladas tenham passado despercebidos pelas autoridades ambientais e sua tecnologia - translúcida, a mancha flutua rente à linha da água e, por isso, pode ser imperceptível aos satélites. Mas, de acordo com o Programa Ambiental da ONU, detritos de plástico constituem 90% de todo o lixo flutuante nos oceanos. Estima-se que 46 mil peças de plástico provoquem anualmente a morte de mais de um milhão de aves e de outros 100 mil mamíferos marinhos. Seringas, isqueiros e escovas já foram encontrados no estômago desses animais depois de mortos.

A gravidade do problema soou como um alarme aos ouvidos de especialistas de todo o mundo. O oceanógrafo David Karl, da Universidade do Havaí, pretende coordenar uma expedição para estudar o problema ainda este ano, pois acredita que esse lixo no Pacífico já formou um novo habitat marinho. Tão cedo, porém, essa situação não será resolvida. A área, conhecida como "giro Pacífico norte", é um local onde o oceano é calmo devido aos poucos ventos e aos sistemas de pressão extremamente altos. Essas condições naturais estariam "segurando a sujeira". "Da mesma forma que ela está presa naquele redemoinho, a sociedade está presa a maus costumes", diz Moore. E com razão: até pesquisadores da Agência Espacial Americana (Nasa) e de agências russas estão acostumados a despejar toneladas de resíduos de suas espaçonaves no oceano Pacífico. A nave russa Progress M-59, por exemplo, teve seus fragmentos carbonizados e lançados ao mar - uma tonelada de lixo. Em forma de chuva de metal incandescente, os destroços caíram em uma zona entre a Oceania e as Américas (a mesma região da sopa) e, assim, o caldo de trambolhos e quinquilharias foi ganhando proporções cada vez maiores.

A fiscalização para evitar agressões ao meio ambiente em geral costuma ser fraca, e mais inoperante ainda é a fiscalização que deveria proteger o ambiente marinho - a absurda sopa de lixo no Pacífico comprova esse fato. Convenções internacionais determinam que todas as embarcações devem manter em recipientes adequados os seus resíduos produzidos a bordo, sendo proibido (e passível de multa) o seu descarte no mar - a Marinha brasileira estabelece punições pecuniárias que vão de R$ 7 mil a R$ 50 milhões. Uma vez boiando nos oceanos, no entanto, esses resíduos passam a ser sujeira sem dono - como ponta de cigarro na rua. Ainda que se saiba a sua procedência, é impossível responsabilizar culpados. Por isso a fiscalização é teórica e ineficaz, por isso formam-se lixões como o do Pacífico, por isso a humanidade, feito suicida, emporcalha aquilo que é a principal condição biológica para a sua sobrevivência - a água.

Aqui eles comentem um deslise: a principal condição biológica é sim a água, mas o produto mais importante que os oceanos produzem para nossa sobrevivência não é a água potável, mas algo ainda mais importante:

Alguém consegue viver sem ar mais de 10 minutos?
 
Caraleo!

Vocês viram isso?

Tipo, é um verdadeiro continente, e não vejo solução a curto prazo para isso! São áreas gigantescas. Não tem como tirar de lá e jogar na terra! E isso está destruindo a vida marítima também! Talvez jogar o lixo no espaço, mas isso também seria um serviço "sujo" e poderia se voltar contra nós....

Alguém tem uma idéia?
 
Nossa, que absurdo! Será mesmo que tem como isso passar despercebido por satélites? Esse troço é enorme! Pois é, o mundo está se acabando.

Vou colocar a imagem que aparece na reportagem em spoiler:

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Anexos

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*Capanha adote uma criaça 2008*


Certas coisas fazem a gente perceber o quanto somos estúpidos em relação ao mundo em que vivemos. u.u
 
Mas mandar para o espaço, por enquanto, é impensável. A gente não deve ter nem espaçonaves, nem estações espaciais o suficiente, e talvez a energia para tal seja também uma questão complicada (Há, por meio de integração, alguma forma de fazer essa conta. Basta estimar a que distância da Terra se pretende jogar os dejetos. Se alguém se habilitar...).
 
*Capanha adote uma criaça 2008*


Certas coisas fazem a gente perceber o quanto somos estúpidos em relação ao mundo em que vivemos. u.u

Nem fala...eu ando muito indignada com tanta coisa...é engraçado como a humanidade pode destruir tudo aquilo que necessita pra sobreviver...

Ontem eu tava indo pra praia e vi uma mulher na minha frente jogar um saquinho de plástico no chão, sendo que ela estava do lado de um cesto de lixo...fiquei tão puta que não pensei duas vezes, puxei ela pelo braço, peguei o saquinho do chão, olhei pra cara dela e joguei o lixo no lixo...ela ficou me olhando, depois deu um sorrisinho amarelo e continuo andando sem dizer nada...

Pq as pessoas fazem isso? Será possível que mesmo com tudo que tem acontecido, com tantas notícias, ninguém vai aprender que já é tarde mas ainda podemos tentar prolongar nossa existência um pouco mais?
 
Nossa isso é verdade?

Uma coisa tão grande e descoberta só agora?
Tipo..tem avião e navios, petroleiros e tudo mais nessa rota e nunca ninguém viu?

Que coisa estranha porque é do lado do Japão.... Sei não..
 
Acredito eu que na verdade já tinham descoberto isso quando estava em menor proporção...mas desde qdo se preocupam com este tipo de coisa? Deu no que deu, "fechar os olhos", até que a coisa cresça e resulte num "continente de lixo". :roll:
 

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