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Um livro é...

Artanis Léralondë

Ano de vestibular dA
Achei interessante essa reportagem =]

[size=medium]Um livro amigo é...[/size]

Ninguém discute a importância dos
clássicos. Mas, em certas horas, até
Freud recorria a companheiros mais
humildes – e mais queridos



Reginaldo Teixeira

"...AQUELE QUE ME IMPULSIONA A LER CADA VEZ MAIS"
SIMONE SPOLADORE
Atriz

• Retrato do Artista Quando Jovem,
de James Joyce
• Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar
• Água Viva, de Clarice Lispector
• Alice no País das Maravilhas,
de Lewis Carroll
• Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão, de Hilda Hilst
• Poesia Completa, de Jorge de Lima

Em 1906, um editor de Viena escreveu a Sigmund Freud para lhe pedir uma lista de dez bons livros. O pedido intrigou o fundador da psicanálise. Como não lhe foram fornecidos maiores detalhes sobre que espécie de levantamento se desejava, Freud fez uma interpretação pessoal do que seria adequado incluir na lista. "A meu ver, seu texto põe um acento especial na palavra bons, e com esse predicado o senhor quer caracterizar os livros com que nos relacionamos do mesmo modo que com bons amigos", refletiu ele na carta que enviou ao editor juntamente com suas indicações. No recém-lançado Os Dez Amigos de Freud, uma obra ensaística em dois volumes (Companhia das Letras; 426 e 424 páginas; 75 reais), o carioca Sergio Paulo Rouanet analisa a fundo os títulos que integram a célebre lista. Ele traça a biografia de seus autores, analisa os textos sob o ponto de vista literário e mostra seus intercâmbios com a teoria psicanalítica. Inspirada pela idéia original de Freud, VEJA convidou cinco personalidades – que têm em comum o fato de ser leitores vorazes – a apresentar suas listas pessoais de livros marcantes: a atriz Simone Spoladore, o ator Tony Ramos, o humorista Marcelo Madureira (da turma do Casseta & Planeta), o autor de antologias literárias Ítalo Moriconi e o próprio Rouanet (veja quadros). Por questão de espaço, eles tiveram de elencar somente seis obras. Mas como identificar o livro "amigo" de que fala Freud? Numa definição breve, trata-se daquele que causou um prazer especial quando foi lido, e que continua a ser fonte de conhecimento e alegria ao longo da vida. Com o qual, enfim, o leitor mantém uma relação tão íntima que a sua simples presença na estante proporciona uma sensação de conforto.


Nando Teixeira

"...AQUELE QUE A GENTE CONHECE NA JUVENTUDE E NOS ACOMPANHA PELA VIDA TODA"
MARCELO MADUREIRA
Humorista

• Urupês e Cidades Mortas, de Monteiro Lobato
• Os Maias, de Eça de Queiroz
• Obras Completas, de Fernando Pessoa
• Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez
• Triste Fim de Policarpo Quaresma,
de Lima Barreto
• Cazuza, de Viriato Correia

À primeira vista, o que chama atenção na seleção de Freud é sua despretensão. Nela figuram livros de autores datados do século XIX, como o russo Dmitri Merejkovski e o holandês Eduard Douwes Dekker (ou Multatuli). Mesmo quando aponta autores de primeira grandeza, Freud opta por suas obras menores. Do francês Émile Zola, escolheu o irrelevante Fecundidade, em vez de um épico do porte de Germinal. Do americano Mark Twain cita Esboços, e não Huckleberry Finn ou Tom Sawyer. Isso ocorre porque, em sua visão, o "bom amigo" não é necessariamente um clássico literário ou um livro que tenha revolucionado o conhecimento. É inegável que ler uma daquelas obras obrigatórias das ciências humanas, como Crítica da Razão Pura, do filósofo alemão Immanuel Kant, pode ser uma experiência enriquecedora do ponto de vista existencial. O mesmo vale para romances como Ulisses, do irlandês James Joyce, e Grande Sertão: Veredas, do brasileiro Guimarães Rosa. Mas, apesar da importância, esses clássicos são leituras árduas e cansativas para a esmagadora maioria das pessoas. Como diz Freud, alguns desses livros suscitam "um temor reverencial, uma sensação da própria insignificância diante da grandeza alheia". Ou seja: eles desempenham muito mais o papel de um professor severo que o de um amigo do peito.


Ana Araujo


"...AQUELE QUE, MESMO NÃO SENDO EXTRAORDINÁRIO, CONTRIBUI PARA A FORMAÇÃO DE NOSSA CONCEPÇÃO DE MUNDO"
SERGIO PAULO ROUANET
Ensaísta

• Os Nenês D'Água, de Charles Kingsley
• Viagens e Aventuras do Capitão Hatteras, de Júlio Verne
• Cândido, de Voltaire
• O Pai Goriot, de Honoré de Balzac
• O Vermelho e o Negro, de Stendhal
• Dom Casmurro, de Machado de Assis

Assim, não surpreende que Simone Spoladore tenha se encantado com o James Joyce de Retrato do Artista Quando Jovem, que tem uma narrativa mais curta e infinitamente mais acessível que a do intricado livro que se tornou referência da obra do irlandês. "Tentei ler Ulisses, mas é tão complicado que nunca passei da página 10", confessa ela. Ítalo Moriconi, por sua vez, descobriu sua paixão pela literatura graças a obras como A Hora e A Vez de Augusto Matraga, um dos contos mais populares de Guimarães Rosa. "Só encarei Grande Sertão por obrigação profissional, quando já estava na faculdade", revela o organizador de antologias como Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século. É claro que o inverso também ocorre: encontrar um verdadeiro amigo num clássico do qual se tinha desconfiança. Foi o que ocorreu com Tony Ramos em relação a Dom Casmurro, de Machado de Assis. Em seus tempos de estudante, nos anos 50, o ator teve de ler o romance para um trabalho escolar. "Assim como ocorre com todo mundo nessa fase, tinha certeza de que ia ser um porre. Nem imaginava que dali em diante releria Dom Casmurro tantas vezes", diz ele.


Rafael Campos


"...AQUELE QUE ME FAZ FICAR PRESO A ELE ATÉ A ULTIMA PÁGINA E QUE NÃO ME CANSO DE REVISITAR"
TONY RAMOS
Ator

• Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez
• Meu Último Suspiro, autobiografia de Luis Buñuel
• Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século, de vários autores
• Dom Quixote, de Miguel de Cervantes (versão infanto-juvenil)
• Dom Casmurro, de Machado de Assis
• O Estrangeiro, de Albert Camus

Durante a infância e a adolescência é que se fixa o gosto pela leitura – e aí se descobrem também alguns dos livros que serão companheiros pela vida inteira, como demonstram as seleções feitas pelas personalidades. Quando indagado pela primeira vez quais seriam seus livros amigos, o ensaísta Rouanet lembrou-se de pronto dos autores que foram essenciais para sua formação intelectual, como Kant e o próprio Freud. Depois de remoer o tema, porém, trouxe à tona títulos bem mais inesperados, como Os Nenês D'Água, obra infantil escrita por Charles Kingsley, um clérigo inglês do século XIX. "Não é um livro extraordinário, evidentemente, mas teve grande importância na minha formação quando criança", explica ele. Em se tratando de "amizades" nostálgicas, o humorista Marcelo Madureira tirou do baú o empoeirado Cazuza, do maranhense Viriato Correia, narrativa infanto-juvenil das aventuras de um estudante lançada nos anos 30 e que faz parte da memória de várias gerações. "Ainda hoje, um clássico absoluto", diz ele.


Oscar Cabral

"...AQUELE QUE NOS ENRIQUECE E AO MESMO TEMPO NOS DA PRAZER"
ÍTALO MORICONI
Organizador de antologias

• Morte em Veneza, de Thomas Mann
• A Hora e A Vez de Augusto Matraga, de Guimarães Rosa
• Hamlet e Macbeth, de William Shakespeare
• Cem Anos de Solidão,
de Gabriel García Márquez
• Malone Morre, de Samuel Beckett
• Laços de Família, de Clarice Lispector

Para Freud, é importante enfatizar, o bom livro não é aquele que proporciona apenas prazer. Muito mais do que isso, é aquele ao qual o leitor deve algo de sua concepção de mundo. Nesse sentido, ele é constitutivo da própria personalidade. Realmente, não é incomum que, ao se debruçar sobre um romance, uma pessoa tenha a sensação de estar diante de uma história que parece ter sido escrita exclusivamente para que ela pudesse construir a si própria e desvendar o mundo que a cerca. Isso ocorreu três anos atrás com Simone Spoladore, quando a atriz se preparava para filmar o longa-metragem Lavoura Arcaica, baseado na obra homônima do paulista Raduan Nassar. "Li o romance pela primeira vez por causa do filme e foi como se um raio tivesse caído sobre mim", diz Simone. "Desde então, é como se Lavoura Arcaica fizesse parte do meu corpo." Livros "amigos", como se vê, às vezes são mais próximos do que amigos de carne e osso.

Fonte:http://veja.abril.com.br/110603/p_124.html

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Bem, para mim o livro tb é como se fosse um bom amigo =]
e um modo de sair da realidade ^^

Aí vai o meu TOP6:

~Pollyanna
Eleanor H. Porter
~O Mundo de Sofia
Jostein Gaarder
~O dia do Coringa
Jostein Gaarder
~O Hobbit
Tolkien
~O Pequeno Príncipe
Antoine de Saint-Exupéry
~O Alienista
Machado de Assis

:tchauzim:
 
Muito boa reportagem, vale a pena ler...
Os meus livros AMIGOS acho que seriam:
-SHIBUMI-
-Trevanian
-INCIDENTE EM ANTARES-
-Erico Verissimo
-MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS-
-Machado de Assis
-DOM CASMURRO-
-Machado de Assis
-O PROFETA-
-Gibran
-A METAMORFOSE-
-Kafka

Tem livros até nem muito bons, mas eu acho que pelo momento que eu os li, eles deixaram uma sensação boa, e gosto de relembrar essa sensação quando os leio...
 
Tivornas disse:
Muito boa reportagem, vale a pena ler...
Os meus livros AMIGOS acho que seriam:
-SHIBUMI-
-Trevanian
-INCIDENTE EM ANTARES-
-Erico Verissimo
-MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS-
-Machado de Assis
-DOM CASMURRO-
-Machado de Assis
-O PROFETA-
-Gibran
-A METAMORFOSE-
-Kafka

Tem livros até nem muito bons, mas eu acho que pelo momento que eu os li, eles deixaram uma sensação boa, e gosto de relembrar essa sensação quando os leio...

Legal =D
Eu só li Incidentes em Antares e Dom Casmurro.
Vou colocar esses na lista para ler nas férias =D
Fiquei curiosa com o Shibumi o_O
 
Shibumi é um livro realmente muito bom, não muito comentado, mas em todas as bibliotecas públicas que já fui tem ele...
E se eu não me engano, estava sendo reeditado a um tempinho atrás...
 
Tivornas disse:
Shibumi é um livro realmente muito bom, não muito comentado, mas em todas as bibliotecas públicas que já fui tem ele...
E se eu não me engano, estava sendo reeditado a um tempinho atrás...

Anotei aqui para ler =D
 
Reportagem muito interessante mesmo!
E o detalhe: Cem Anos de Solidão muito bem cotado...

Top:

O Caçador de Pipas - Khaled Hosseini
A Menina que Roubava Livros - Markus Suzak
Cem Anos de Solidão - Gabriel Garcia Marquez
O Senhor dos Anéis - Tolkien
1984 - George Orwell
Se Houver Amanhã - Sidney Sheldon

Mas tem muito mais que me marcaram de uma forma ou de outra.
 

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