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Um Hobbit Preto n’O Senhor dos Anéis da Amazon

Essa matéria sobre domínio público é bem interessante. Do jeito que a Warner vai mal, não vai ter interesse em brigar na justiça para prorrogar os direitos dos comics originais. Até porque, a lei não se aplica as várias versões que Batman e Superman sofreram ao longo das décadas. Mas vai dar para fazer umas HQ's bem bacanas seguindo o estilo do Darwyn Cook como ele fez em Mulher-Gato, que tornou padrão o atual uniforme dela com os óculos sobre a cabeça, e a Liga da Justiça da era de ouro. Hoje em dia, o que mais tem é fanart, comércio de roupas e brinquedos piratas com essas IP da DC por todo o mundo.

Eu li os sete volumes da Moça-Maravilha Yara Flor, dá pra passar o tempo. A história da briga entre tribos de amazonas, com Eros bancando Cuck da guria e com a Hera fazendo seus trambiques já foi muito explorada nas revistas da Diana. É tinta nova em muro velho. Tinha potencial, mais foi pro ralo. Da Núbia só li o volume um. Fraco. Mas já que comecei, vou terminar. E depois rever Cleopatra Jones pra desver a Núbia.

Liga da Justiça Sombria só li dois volumes. Equipe com personagens que tem histórias próprias nunca funcionam. Um ou outro acaba idiotizado pra dar destaque a outro.

Que obsessão pelo filme do Rei Arthur. Foi legal, foi. Mostrava ele num contexto mais histórico como legionário romano que deu origem ao mito e menos fantasioso e cavalheiresco do trovador Chrétien de Troyes? Sim, mostrou. Mas para por aí. O poeta francês não fez o ciclo arturiano mirando as pessoas do século 21 e sim as poucas pessoas letradas e cultas do século 12. Tanto é que ele é o criador do romance moderno e influnciou e influencia milhares de escritores até hoje.
 
Que obsessão pelo filme do Rei Arthur. Foi legal, foi. Mostrava ele num contexto mais histórico como legionário romano que deu origem ao mito e menos fantasioso e cavalheiresco do trovador Chrétien de Troyes? Sim, mostrou. Mas para por aí. O poeta francês não fez o ciclo arturiano mirando as pessoas do século 21 e sim as poucas pessoas letradas e cultas do século 12. Tanto é que ele é o criador do romance moderno e influnciou e influencia milhares de escritores até hoje.
O interesse pelo filme do Fuqua não é por seu valor intrínseco como "cinema" mas como exemplar da desconstrução da noção de Matéria da Bretanha como "mito de formação" nacionalista com uma noção monolítica e uniforme de cultura, "raça" ou religião da forma com que tinha sido cooptado ou ressignificado pelo governo anglo normando da Grã-Bretanha em relação a suas raízes célticas*.

*https://escholarship.org/content/qt6qq8m3js/qt6qq8m3js.pdf

Vc reparou, por exemplo, que a estrutura dele é praticamente a mesma do Duna do Frank Herbert?
E eu não comentei lá no tópico sobre pq Tolkien achava Duna repugnante que o Duna podia ser visto como releitura às avessas do SdA?


E, portanto, estando nessa posição, o filme se tornou um precursor dessa tendência de reconfigurar o Legendarium do Tolkien num padrão mais evidentemente multiculturalista? Uma noção que já existia em estado embrionário no SdA e que, talvez, tenha sido um fator a mais pra tornar o Tolkien meio avesso a escrever uma continuação? Elementos esses que a adaptação do PJ suprimiu em excesso?

E o lance é que uma noção pós moderna das idéias que embasaram o Chrétien e demais escritores e poetas do ciclo pode, sim, ter ressonância pra um mundo globalizado multicultural do século XXI. A série da BBC do Merlin, por exemplo, não realinhou a lenda do Arthur num padrão reminiscente do Smalville? E não fez isso admitidamente*, inclusive?

E Smallville, logo de cara, não colocava uma Lana Lang com traços tendendo pro oriental e um Pete Ross negro, junto com um Luthor com EXTREMA tensão homoerótica com o Clark protagonista**? E essa tensão não foi reproduzida no Merlin da BBC, inclusive entre o Arthur e o Merlin ( que são da mesma idade nessa versão)?

A série da BBC tb não colocou uma maior diversidade racial lá? E não foi a adaptação midiática do mito ou lenda de Arthur mais bem sucedida no domínio do audiovisual nos últimos 30 ou mais anos enquanto esse sucesso andou eludindo os escritórios estadunidenses de Hollywood?

Lesson Plan #09

Black in Camelot (Racial Diversity inHistorical England & Arthurian Legend)


Multiculturalism, Diversity, and Religious Tolerance in
Modern Britain and the BBC’s Merlin


*


**



Inclusive Smallville vai estar fazendo seu retorno como série animada:

 
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O interesse pelo filme do Fuqua não é por seu valor intrínseco como "cinema" mas como exemplar da desconstrução da noção de Matéria da Bretanha como "mito de formação" nacionalista com uma noção monolítica e uniforme de cultura, "raça" ou religião da forma com que tinha sido cooptado ou ressignifiado pelo governo anglo normando da Grã-Bretanha em relação a suas raízes célticas.

Vc reparou, por exemplo, que a estrutura dele é praticamente a mesma do Duna do Frank Herbert?
E eu não comentei lá no tópico sobre pq Tolkien achava Duna repugnante que o Duna podia ser visto como releitura às avessas do SdA?


E, portanto, estando nessa posição, o filme se tornou um precursor dessa tendência de reconfigurar o Legendarium do Tolkien num padrão mais evidentemente multiculturalista? Uma noção que já existia em estado embrionário no SdA e que, talvez, tenha sido um fator a mais pra tornar o Tolkien meio avesso a escrever uma continuação? Elementos esses que a adaptação do PJ suprimiu em excesso?

E o lance é que uma noção pós moderna das idéias que embasaram o Chrétien e demais escritores e poetas do ciclo pode, sim, ter ressonância pra um mundo globalizado multicultural do século XXI. A série da BBC do Merlin, por exemplo, não realinhou a lenda do Arthur num padrão reminiscente do Smalville? E não fez isso admitidamente*, inclusive?

E Smallville, logo de cara, não colocava uma Lana Lang com traços tendendo pro oriental e um Pete Ross negro, junto com um Luthor com EXTREMA tensão homoerótica com o Clark protagonista**? E essa tensão não foi reproduzida no Merlin da BBC, inclusive entre o Arthur e o Merlin ( que são da mesma idade nessa versão)?

A série da BBC tb não colocou uma maior diversidade racial lá? E não foi a adaptação midiática do mito ou lenda de Arthur mais bem sucedida no domínio do audiovisual nos últimos 20 anos enquanto esse sucesso andou eludindo os escritórios estadunidenses de Hollywood?

Lesson Plan #09

Black in Camelot (Racial Diversity inHistorical England & Arthurian Legend)

Multiculturalism, Diversity, and Religious Tolerance in
Modern Britain and the BBC’s Merlin


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Como valor intrínseco de cinema, Rei Arthur Desconstruído não tem. É mediano. E falha miseravelmente em tentar passar a mensagem de que o objetivo era criticar cooptação dos mitos, que a Inglaterra não tem e sim muitas crônicas, estórias, contos e romances feitos e contados entre diversas tribos — pelo governo Anglo-saxônico. Tem cenas de ação e fotografia belíssima, coisa que o Fuqua trabalhou muito bem.

E, convenhamos, ficar debatendo ressignificado de mitos de terras com milênios de história e fazer reducionismo disso para criticar o atual estado de coisas não é o caminho.

Desconstruir é fácil, qualquer um com um mínimo de compreensão de leitura e escrita pode fazer. Recriar e fazer as pessoas realmente refletirem sobre a questão após o filme, isso Rei Arthur não fez.

O seriado Merlim estava na Netflix, não assisti. Depois de Coração de Cavaleiro, evito qualquer série que usa o mesmo visual.

Vi todas as temporadas de Smallville e não fiquei de pau duro vendo uma careca branca em cena. Mas gostei muito da interpretação do ator de Lex Luthor e dos embates antológica que tinha com o pai. Se tivessem feito 3 ou 4 temporadas, seria perfeita.
 
Como valor intrínseco de cinema, Rei Arthur Desconstruído não tem. É mediano. E falha miseravelmente em tentar passar a mensagem de que o objetivo era criticar cooptação dos mitos, que a Inglaterra não tem e sim muitas crônicas, estórias, contos e romances feitos contados entre diversas tribos — pelo governo Anglo-saxônico. Tem cenas de ação e fotografia belíssima, coisa que o Fuqua trabalhou muito bem.

O Fuqua comentou que a Disney interferiu demais no filme e que ele não pôde fazer o que queria lá. Mesmo assim as idéias multiculturalistas estão presentes pra quem estiver prestando atenção. Afinal de contas, vc mesmo não falou que o entretenimento não deixa espaço pras palestras e muita coisa precisa ser lida nas entrelinhas? Mas esses subtextos influenciam as pessoas num nível subliminar ( e quiçá mais profundo) justamente por causa disso. Cabe é à crítica escrever e dissertar esmiuçando o conteúdo. É exatamente o que a Laura Crossley fez tão bem.








Lendo a literatura crítica em torno do Merlin da BBC a gente vê uma versão prequel de toda a discussão sobre a multiculturalidade e diversidade no Anéis do Poder da Amazon que estamos tendo agora.

Eu mesmo ainda não vi a série do Merlin que está na Neflix. Smallville deveria ter sido mesmo uma série com no máximo cinco anos que foi quando eu deixei de acompanhar. Inclusive eu vou fazer um esforço pra fazer o catch-up. Com as duas, se bobear.

Tenho certeza que vou me divertir.







Ah, e parte de toda a questão que rodeia a "historicidade" de Arthur envolvida nos bastidores do filme do Fuqua e que tem a sua ressonância e intertextualidade com o SdA literário e cinematográfico pode ser acompanhada aí



 
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No contexto da mudança do local de filmagens de SdA-OAdP da Nova Zelândia pro Reino Unido deve ser interessante saber alguns dos motivos aí:


Da Núbia só li o volume um. Fraco. Mas já que comecei, vou terminar. E depois rever Cleopatra Jones pra desver a Núbia

Gostei da Cleopatra Jones. Vou procurar os filmes pra assistir. Eu gostei do segundo Blackula que vi outro dia.

E aí está o vídeo mais recente do professor Corey Olsen discutindo o trailer teaser da série da Amazon:

 
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Vi todas as temporadas de Smallville e não fiquei de pau duro vendo uma careca branca em cena. Mas gostei muito da interpretação do ator de Lex Luthor e dos embates antológica que tinha com o pai. Se tivessem feito 3 ou 4 temporadas, seria perfeita.

Clark and Lex in Smallville. Especially in the earlier seasons.
  • The Ho Yay in Smallville gets kind of funny when you watch the Audio Commentary on the DVDs and realize that the writers/producers not only know what's going on with the subtext, but actually make it intentional. For example, on the audio commentary of the "Pilot" episode, someone actually says "We just like the idea of them kissing here." when Clark gives Lex CPR, and in "Red," someone else brings the viewer's attention to the... very "appreciative" look Lex gives Clark after his wardrobe change. In the Truth commentary, Allison/Chloe mentions how "cute" they look together. Three out of four times, in the audio commentary someone will mention the Ho Yay of Smallville, proving that it's not all in the head of hyperactive fangirls.

Wet and ready, bro​


The title is something a shirtless teen Aquaman said to pouty lipped Clark Kent on Smallville last night. My god, they have finally gone from subtext to 144 point bold italicized flashing text (with serifs). On a season 4 DVD, the three "hot chicks" on the show even commented about the subtext: "Gee, Clark is always catching Lana's boyfriends." "Oh look, he's rescuing a shirtless, chained up Clark"

I never knew Superman was so gay


 
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Len Wein e Pérez estão num patamar bem acima do que é feito hoje. Quero que me diga um nome do staff da série da Amazon com o mesmo calibre dos dois, aí mudo rapidamente minha opinião.
George Pérez quando fez o plot da Wonder Woman ( Len Wein estava só dialogando a coisa e só ficou na função até Wonder Woman 16) tb era totalmente novato na função de roteirista e World Builder. E embora o trabalho dele tenha sido groundbreaking e de alta qualidade tb, inevitavelmente, fez coisas que tiveram repercussões negativas de médio-longo prazo.

As críticas que se fazem ao run dele são bem sumarizadas por essa postagem aqui, que tb, em contraste, exalta o trabalho de Brian Azzarello e Cliff Chiang

MelDyer
Darkseid's Lawyer Join Date Nov 2008 Location Mobile Posts 1,031 Bryan Azzarello's Big Picture, Why He's A Genius..And Why I'm Still Reading! When the dust of The Crisis On Infinite Earths cleared, George Perez re-introduced Wonder Woman as an Amazon messiah, ..empowered by the Greek gods to save Man's World from its most self-destructive impulses! Finding that the MEN of this new world were either (1) sexually inert buffoons, (2) colorful gay confidantes or (3) snarling, blood-thirsty, warmongering rapists,, this fresh-faced, virginal, new Wonder Woman leapt into the fray with both bracelets, ..scattering condescension and doe-eyed optimism, as she went! So high above us all, she was, that we couldn't hope to ever deserve her. "With a Glory of Gaea be with you," off into the rafters, like an aria or a rainbow-brite balloon (or pair of balloons), she soared! Yawn...

When she wasn't foiling the globally threatening schemes of the God of War, Ares, and the droll, sorceress-queen [Gag...spit...] cliche, Circe, Wondy was prancing and traipsing around in togas with her Amazons on Themyscira. What followed Perez's exit from the title was, with possible exception of the Bill Loebs run and one story (Second Genesis) by John Byrne, one storyline after another that did absolutely nothing to move the title narratively forward. Moving Diana into a floating bubble, a Manhattan penthouse and, finally (fatally) ..an embassy, and several ridiculously redundant battles with Circe, further cemented Perez's once fresh, optimistic re-envisioning into something he clearly never intended her to become, ..a boring, preachy, stick-up-the-butt, Wonder-messiah no one wanted to read, anymore.

Even that first truly promising, ground-breaking story arc from Gail Simone - the Genocide thing - ended in togas and faux-Elizabethan diatribes and platitudes on moldy, old, pillared and templed Paradise Island, ..fighting toga-clad Amazons, instead of new and intriguing super-villains! With yet another revelation of perfectly meaningless CRAP about Wonder Woman's blessed, messianic origin, the narrative reality of this series had, once again, started cannabilizing itself. Imploding. Yawn... Before Bryan Azzarello came along, Wonder Woman had become mired in the leading lady's own toga-clad, myth-inspired background and pretensious, high-falutin' characters with obscure literary pedigrees sophisticated folk should care about - Phobos, Deimos and Eris.

The New 52 reboot ripped Wondy free of all that, dumped her into a family of malcontent cosmic beings - the same Greek gods Marston gave us in the Golden Age of comics, ..but Vertigoized and Kirbyized into something entertaining! And the result is we have a series that, instead of imploding and regurgitating Wonder Woman's background, is moving her story perpetually forward into a larger world, ..where new stories can be told. This wasn't happening, with one story after another ending in togas, marble temples and Elizabethan pretensions and, somehow, always ..Paradise (damned) Island! While the stage upon which Azzarello is telling these stories is somewhat lacking in structure, at least, ..it's a BIGGER stage. I think that's saved this comic, and that's why I'm still reading. All done. I swear.

E foi ele próprio , o mesmo poster, que bem mais recentemente fez outra postagem pra relativizar e matizar o que ele tinha escrito aí em cima ( retoricamente ele havia feito aquilo pra enfatizar o lado bom do Azzarello pros saudosistas da fase do George Pérez).


Que é o mesmo tipo de coisa que o Tolkien, frequentemente, fazia ao defender um ponto de vista mais atenuado ou "nuanced", matizado em relação a um outro que tinha retoricamente defendido antes. Uma coisa para a qual o Tom Shippey já chamou a atenção mais de uma vez e que algumas pessoas tendem a se esquecer quando levam em conta tudo o que ele diz ao pé da letra em todos os casos e situações em cartas e ensaios.




Mel Dyer When we refer to the Perez Era, I think we tend to get its contributions mixed up with what came, after Mr. Perez left the title.

I typically refer to that period, as the Post-Perez Era or the Great Princession, because of the change in focus of storytelling. During that time, the Wonder Woman comic was about a quasi-mythical Amazon princess, who happened to be Wonder Woman; whereas, pre-Crisis, the story was about Wonder Woman, ..a superheroine, who happened to be an Amazon princess. This change in focus shaped the premise of the WW comic for the next twenty-plus years, and I think greatly limited what kind of stories writers could create for her.

George Perez revolutionized the WW comic for the better, by leaving some very specific things in place, when he left the title, ..and he is rarely given proper credit for all of them. In fact, more often, he is given credit for other things, which I found very problematic about the post-Crisis, that he had absolutely nothing to do with. I think there are even contributions that Brian Azzarello has recently made that continue things we praise George Perez for, ..but, because we're often unclear on exactly what Perez's contributions were, ..we typically overlook them, entirely.

George Perez did...

1) kill Circe, rip out her soul and blow it up, with the Golden Lasso
2) move Wonder Woman in, with a SUPPORTING CAST of regular humans, Doc Julia and Nessie, with visits from Etta Candy, Steve Trevor and a human-looking Lord Hermes, ..and the promise of frequent visits to Paradise Island
3) balance Wonder Woman's rogues gallery, with mortal supervillains, ..like Cheetah and a new, non-mythical Silver Swan
4) bring more dark, gritty, bloody violence to the comic, than ever seen, before

George Perez did NOT...

1) handpick Circe, as Wondy's arch-nemesis
2) set the Amazons and Paradise Island as her supporting cast and base-of-operations
3) saddle her with an all-mythical (Ares, Circe, etc) rogues gallery
4) immerse stories and characters in a light, fluffy, frilly 'Magic Pony' tone

I think, before we, again, ..fondly recall what we think made the Perez Era so superior to to the Chiang-Azzarello years, ..we should set the record straight.
 
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Ou seja, depois da Crise, ninguém sabe como trabalhar a Mulher-Maravilha sem resvalar ou apontar para os trabalhos do Pérez. Eu comprei uns dois volumes do Azzarello e Chiang, não me chamou a atenção a história que parecia uma versão bem macia de Deuses Americanos. Parece que o Azzarello deixou a criatividade e o trabalho de personagens secundários no tempo em que brilhava na Vertigo pra adotar o padrão rápido e rasteiro da DC. Uma hora eu termino de ler no on-line.

Não conheço nenhum escritor que não escolha um ponto de vista da sua história. Começo, meio e fim. Se começar a querer que uma pá de personagens deva ter seu momento de protagonismo, a história não anda. Quadrinhos não funciona assim. Se quer trabalhar vários personagens em múltiplas camadas, que faça uma crônica ou siga o modelo dos filmes do Alfonso Cuáron.

É impossível fazer isso em vinte e três páginas e mesmo que tenha carta branca da editora, corre o risco de afugentar os leitores. Se não ganhar nas primeiras páginas, pode esquecer.
 
Eu curti o Azzarello e o cruzamento que ele fez de Fúria de Titãs com God of War. A arte do Cliff Chiang é fantástica e até os fill-ins do Goran Sudzuka não ficaram aquém das expetativas. De maneira geral, eu gostei MAIS do que do Reboot do Rucka com Liam Sharp/Nicola Scott/ Bilquis Evely no Pós-Rebirth.

Inclusive uma coisa que me dá ojeriza e "nojinho" de coisas na DC hj em dia é a noção deles terem inventado que o Superman atual é o Pós-Crise Pré-Flashpoint do Byrne-Stern-Jurgens com enxertos de continuidade do New 52 mas deixarem a versão Pós-Crise do Pérez da WW (e sua riquíssima ambientação o que é pior) basicamente suplantada-sobreposta com a iteração "updated" do Rucka... Sendo que eles poderiam PERFEITAMENTE ter os dois universos coexistindo de boa no "Omniverso" deles.

A versão do Rucka , de todas, na origem, é que a eu MENOS gostei até hj... Não que as histórias que vieram depois da origem não estejam sendo legais especialmente essas do Pós Metal, do Steve Orlando pra cá.
 
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O Superman dá pena de como ele é colocado nas revistas. All Star Superman era muito boa, mas não seguiram aquela revista. A Foice e o Martelo mostrou um Super bem autoritário e O que aconteceu ao Homem de Aço segue imbatível no seu storytelling. Esses Novos 52 passei batido, já tô saturado de crises e reboots, a última saga que li foi Zero Hora e foi com muita relutância após o Doomsday fake.

Essa WW do Greg Rucka eu só vi por alto e não tive interesse. Tem uma outra revista da WW de uma autora que não vou lembrar o nome que não achei no online.

Promethea é o que a WW deveria ser. Mas, os acho que os editores não lêem o que é produzido no cercadinho.
 
O problema é que uma WW como a do Pérez e como a Promethea do Alan Moore não pode existir no DCU sem que a sua missão de transformar o Mundo seja perpetuamente frustrada ficando numa roda de eterna manutenção do Status Quo.


Não é uma personagem que funciona bem num universo compartilhado de personagens corporativos...

Coisa que o Superman do All Star Superman e o Superman da Silver Age do Weisinger que lhe serviu de esteio conceitual tb não foram calibrados pra ser.
Eu sou fã do Superman do Byrne mas chamo o Superman do All Star de Surferman....Superman reconfigurado como o Silver Surfer.

BTW.... Olhe a Minisérie que o Straczynski fez do Surfista Prateado e compare com partes do All Star do Morrison...


Vc vai achar coisas interessantes.... assim, da mesma espécie como por exemplo algumas das mencionadas aqui:

 
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Huuuummmmm, Celebri(dade)mbor ou Ke Ele é Bimbor


A cena ia ficar ainda melhor com uns elfos negros no fundão... :P


E uns hobbits de cor tb usando aquele foles ia dar bem aquele climão de "inferninho"

Completa com isso e...

1647654969898.png


Voilá lembraremos de...



Agora coloca aí no fundo o "Enigma do Aço" de Basil Poledouris, tb chamado de A Bigorna de Crom e fica perfeito:


A @Kimberly Raabe vai adorar.
 
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Essa notificação não chegou ontem.

Huuuummmmm, Celebri(dade)mbor ou Ke Ele é Bimbor


A cena ia ficar ainda melhor com uns elfos negros no fundão... :P


E uns hobbits de cor tb usando aquele foles ia dar bem aquele climão de "inferninho"

Completa com isso e...

Ver anexo 92739


Voilá lembraremos de...



Agora coloca aí no fundo o "Enigma do Aço" de Basil Poledouris, tb chamado de A Bigorna de Crom e fica perfeito:



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Repostando esse aqui:

Inclusive diga-se de passagem.... até agora a gente só viu exemplares isolados de Hobbits ou Elfos negros e não uma tribo inteira deles andando por aí no meio do Noroeste da Terra-média. E certo nível de diversidade assim, pontual, sempre existiu até nos tempos medievais mais obscuros.

Como bem explicado aí:



E isso em se tratando da coisa mais próxima que a gente tem de um mito real do povo inglês que é a história do Rei Arthur e sua mais bem sucedida adaptação recente pra mídia audiovisual.

E de forma bem sintética aqui:

tb interessante https://repository.library.georgeto...getown_0076M_14506.pdf?sequence=1&isAllowed=y
 
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