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Um Hobbit Preto n’O Senhor dos Anéis da Amazon

Mas não tem. Os melhores da equipe de produção têm crédito por um ou dois episódios no currículo e outro só estão lá por terem trabalhado na mesma produção.
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Vamos lembrar que todo mundo, inclusive o par de irmãos de Stranger Things, já foram, em algum ponto, novatos ainda não postos à prova. Eles e a galera que fez o Avatar Last Airbender tb saíram do anonimato pro estrelato de uma vez só.

Falta de créditos anteriores e relativa inexperiência não significam, necessariamente, incompetência. Caras como o Quentin Tarantino, o James Cameron e outros tantos já provaram isso antes.

Eu sei que a galera da Time Warner avaliou uma porrada de pitches de outros criadores junto com as dos showrunners da série da Amazon, inclusive, ao que parece, uma do Joe Michael Straczynski* do Babylon 5 e dos comic books do Thor com Olivier Coipel.

*https://www.gamespot.com/articles/lord-of-the-rings-tv-show-sense8-creator-wants-to-/1100-6458068/

Será que é tão inconcebível que um salto quântico desses possa ocorrer com uma franquia do Tolkien de novo? A gente só vai saber o grau de conhecimento e expertisement deles quando eles vierem mesmo a público pra serem entrevistados coisa e tal enquanto a gente estiver vendo a performance deles com o produto em si. Mas concorrência bem gabaritada eles tiveram de sobra até serem escolhidos.

Por isso eu vou manter o meu voto de confiança pros tais

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Para entrar no clima Elring:



Lembrando,inclusive, que esse é o gênero pelo qual o neto do Tolkien optou.


SALKE: Despite all the noise around Lord of the Rings, the deal only closed like a month ago. But in the meantime, I’ve sat with Simon Tolkien for a couple of hours, and (Amazon TV executive) Sharon (Tal Yguado) has spent tons of time with them. She had spent the last couple of months meeting anyone who had said, I’m really passionate about it and I want to get in and talk about the show and what’s possible. I think you’ll see us honing in on a strategy in the next month, which might involve a group of writers. Clearly, there’ll be someone in charge, but it involves the estate and Peter Jackson, and there’s a lot of conversations.

Eu, pessoalmente ia gostar de ver uns crossovers desse tipo. Parece que é daí de onde vieram certos atributos do arquétipo do Ranger Escocês do Aragorn


E lembrando que uma das influências pro climão do SdA pertencia ao gênero.




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Dada a escassez de material sobre como o elemento dos hobbits negros vai ser incorporado, isso tudo acaba virando foco de um esforço pra entender o contexto dele pra série da Amazon.

Qual seria a pegada da série, mesmo que não seja exatamente novidade no sentido estrito do termo. Eles estão mesmo sendo super-sigilosos com a coisa. A minha contribuição pro tópico virou uma tentativa, talvez vã, pra discernir o diferencial que fez com que os showrunners fossem escolhidos no meio de tantas propostas concorrentes.

Acho que esse abaixo foi o melhor artigo compilando informação sobre os Showrunners ( inclusive link pra uma entrevista de um deles onde ele fala sobre a influência da fé mórmon em cima do seu trabalho):


Sobre os Hobbits maori, conceitualmente, acho que eles estão conectados com o Homo floresiensis que tb são de uma Ilha do Pacífico Sul e acabaram sendo apelidados de hobbits.




Em termos de liberdades com o cânon será que o Shadow of Mordor seria um possível template e precursor?

Tão aí dois artigos comentando as liberdades criativas tomadas no game, aparentemente com avaliações divergentes


 
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E, só pra ficar balanceado, vamos botar um pouco da abordagem "Arruinado pra sempre" para dar uma pincelada de comicidade


 
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Sobre os Hobbits maori, conceitualmente, acho que eles estão conectados com o Homo floresiensis que tb são de uma Ilha do Pacífico Sul e acabaram sendo apelidados de hobbits.
Não tenho dúvidas disso, inclusive isso tem um propósito bem desenhado para mim.
Em termos de liberdades com o cânon será que o Shadow of Mordor seria um possível template e precursor?
Não seria, é. Um pino cai e vai derrubando os outros.
 
“um hobbit negro?”

Eu não me importaria, desde que ele fosse um hobbit de verdade! Um homem do interior, rural, simples, afeito a seus prazeres pessoais como beber cerveja ou fumar.

Se ele tiver esse essência hobbit, não importa sua cor.
 
“um hobbit negro?”

Eu não me importaria, desde que ele fosse um hobbit de verdade! Um homem do interior, rural, simples, afeito a seus prazeres pessoais como beber cerveja ou fumar.

Se ele tiver esse essência hobbit, não importa sua cor.
Sim, se fosse um hobbit negro ou qualquer outra cor, sem um propósito, não teria importancia alguma. Apenas várias pessoas aleatórias contratadas para fazer um papel. O problema desse pessoal é que nada é natural mas premeditado para algo que não tem nada a ver com o assunto.
 
“um hobbit negro?”

Eu não me importaria, desde que ele fosse um hobbit de verdade! Um homem do interior, rural, simples, afeito a seus prazeres pessoais como beber cerveja ou fumar.

Se ele tiver esse essência hobbit, não importa sua cor.

Pois é, mas pelo que falaram parece que não vai ser o caso:

(...) de forma que somos uma população nativa de Pés-peludos, nós somos Hobbit mas chamados de Pés-peludos, somos multiculturais, somos uma tribo e não uma raça, então somos pretos, asiáticos e pardos e mesmo alguns Maori.

Bem distante do que os hobbits remetem: um povo pacato, onde todo mundo conhece todo mundo, interioriano, pouquíssimas mudanças, etc. Não é pequena a probabilidade de acabarem subvertendo o espírito das histórias.

Outra coisa que, do pouco que saiu, parece ir por esse caminho, é o sexo. Tá com toda cara que Tom Budge, que interpretaria Celebrimbor,[1] saiu por algo relacionado a isso.


Somada as duas coisas, parece que tão indo por um caminho GoT mesmo.

Mas há alguma esperança:[2]

”Nudity is sparse and not sexualised,” a “spy report” obtained by TheOneRing said. “This artistic choice represents very dark thematic material suggestive of concentration camp-type visuals of victims, a harrowing portrayal of the corruption of the Elves by dark powers to ultimately become Orcs.”

Talvez as cenas do Celebrimbor fossem por aí. Mas se assim for, a reação do Tom Budge parece exagerada.
 
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Pois é, mas pelo que falaram parece que não vai ser o caso:



Bem distante do que os hobbits remetem: um povo pacato, onde todo mundo conhece todo mundo, interioriano, pouquíssimas mudanças, etc. Não é pequena a probabilidade de acabarem subvertendo o espírito das histórias.

Outra coisa que, do pouco que saiu, parece ir por esse caminho, é o sexo. Tá com toda cara que Tom Budge, que interpretaria Celebrimbor,[1] saiu por algo relacionado a isso.


Somada as duas coisas, parece que tão indo por um caminho GoT mesmo.

Mas há alguma esperança:[2]



Talvez as cenas do Celebrimbor fossem por aí. Mas se assim for, a reação do Tom Budge parece exagerada.
O que me assusta para realmente achar que a série tem problemas de roteiro (construção de personagens, expansão de mundo, etc) é o fato de um ator, desconhecido, pular fora de um projeto multimilionário, pertencente à uma franquia (bilionária) mundialmente conhecida, icônica no mundo pop, com milhões de fãs espalhados pelo globo.

Ou o camarada é insano para perder uma oportunidade de carreira sem igual, pois mesmo interpretando um personagem menor, essa é uma chance que milhares de atores desconhecidos buscariam agarrar com unhas e dentes para crescer pessoal-profissionalmente; ou algo de errado existe na série para agradar a cartilha fantabulosa do politicamente correto do mundo do entretenimento e o artista preferiu sair diante da constatação.

Tipo: vamos expandir o mapa do SDA colocando os atores negros/morenos para serem os reis e rainhas, nobres e guerreiros ferozes em Harad e domando os Mumakils como rito de passagem e coragem? Vamos fazer homenagens aos mitos e lendas da África (norte e subsaariana)?

Produtores: que nada, bota um hobbit negro/maori aí. Os hobbits viraram ícones da cultura pop, é mais facil para inclusão e diversidade. Worldbuilding, lore, ninguém quer saber disso não.

Vamos mostrar os povos, culturas e o misterioso oriente (Rhûn, Variags, Khand)? Imagina um ator asiático construindo Khamul - o oriental - a lá Gengis Khan. Presenteado com um dos 9 anéis por uma figura Prometeica andarilha e impactando a Terra-média. Imagina a ascensão de dinastias de reis que ficam invisíveis, que não envelhecem e lançam linhagens ditas semi-divinas endossadas por um "deus do fogo".

Produtores: bota um hobbit maori, bota um hobbit asiatico ou coloca o ator asiático como um elfo ou Númenoriano. Fica feio demonstrar Sauron utilizando-se de ideias e manipulação para cooptar as etnias não-brancas para sua causa. O ativismo wokeness vai reclamar.

Interessante é que o jogo do Shadow of War deu essa expandida de forma interessante (tirando as liberdade que eles tomaram em relação ao Lore):

O primeiro rei corrompido é uma mistura de Ar-pharazon + general de algum reino em Harad. O segundo é Helm mão-de-martelo, mas no meu headcanon podia ser algum rei em Rhovanion. O terceiro é Isildur, mas podiam substituir por algum Númenoriano que caiu na armadilha de Sauron. As últimas exploram o longínquo oriente talvez visitado pelo magos azuis.

O Sauron andarilho fazendo uma engenharia religiosa em toda Terra-média seria uma oportunidade de explorar a genesis dos mitos que permeiam o Legendarium: Númenor como uma homenagem a Atlântida (um quê de aspectos dos povos do mar da queda da Era do Bronze + cultura da Grécia pré Homérica); Rhovanion poderia ser uma homenagem aos povos proto-germanicos. Harad é norte da África + reinos subsaarianos.

Produtores: não, inclusão e diversidade é o mote dessa adaptação. E quem sugerir algo diferente ou criticar o caminho da adaptação é simplesmente um ista, um fóbico etc.

Vamos adaptar, mas mantendo o espírito cristão (católico) da obra, vamos externar os aspectos atemporais como amizade, superação, aventura, os aspectos anti-guerra etc?

Produtores: nada, vamos inserir o modernismo político niilista do século XXI. Vamos falar de política de gênero também. Vamos colocar tudo que vai de encontro ao espírito do Legendarium. Vamos usar a série como instrumento panfletário. Vamos fazer alegorias para Tolkien se revirar no túmulo. E quem reclamar é apenas um fã fanático-purista racista e homofóbico que vive no mundo da lua. O mundo é cínico demais para traduzir a essência das obras.
 
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Pois é. Dá pra inventar muita coisa e ainda assim ficar próximo dos livros, tanto no espírito quanto no lore. Pelo (pouco) visto tão se afastando dos livros em ambos os aspectos.
 
O que me assusta para realmente achar que a série tem problemas de roteiro (construção de personagens, expansão de mundo, etc) é o fato de um ator, desconhecido, pular fora de um projeto multimilionário, pertencente à uma franquia (bilionária) mundialmente conhecida, icônica no mundo pop, com milhões de fãs espalhados pelo globo.

Ou o camarada é insano para perder uma oportunidade de carreira sem igual, pois mesmo interpretando um personagem menor, essa é uma chance que milhares de atores desconhecidos buscariam agarrar com unhas e dentes para crescer pessoal-profissionalmente; ou algo de errado existe na série para agradar a cartilha fantabulosa do politicamente correto do mundo do entretenimento e o artista preferiu sair diante da constatação.
Ainda tem gente com senso no mundo afinal. Nem todo mundo acha que as coisas são lixo descartável passivel de corrupção.
Vamos adaptar, mas mantendo o espírito cristão (católico) da obra, vamos externar os aspectos atemporais como amizade, superação, aventura, os aspectos anti-guerra etc?

Produtores: nada, vamos inserir o modernismo político niilista do século XXI. Vamos falar de política de gênero também. Vamos colocar tudo que vai de encontro ao espírito do Legendarium. Vamos usar a série como instrumento panfletário. Vamos fazer alegorias para Tolkien se revirar no túmulo. E quem reclamar é apenas um fã fanático-purista racista e homofóbico que vive no mundo da lua. O mundo é cínico demais para traduzir a essência das obras.
Cínico eu não diria. O mundo é cego. Cínico é quem entende tudo mais que perfeitamente e faz exatamente o contrário de propósito.
 
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Os mais ferrenhos opositores da idéia da criação de hobbits negros fazem as páginas mais esteticamente folhetinescas e sensacionalistas mas com a cobertura mais abrangente da tendência Color blind casting da atualidade. Pro bem e pro mal.


Emblematicamente representada na série da Ana Bolena da HBO e pela Bridgerton da Netflix. Color blind casting no caso de um Ana Bolena tende a me jogar fora da história mas acho que dá pra me habituar. Eu acho mais fácil aceitar quando assistimos a teatro filmado, como por rexemplo era o caso do elenco do Mahabharatta do Peter Brooks e Jean Claude Carriere que eu adoro*.

*


Mas páginas como essas abaixo, embora sejam ótimas pra compilar todos os argumentos contrários, acabam sendo, na minha opinião um tiro no próprio pé.


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É uma abordagem tão caricatamente racista que chega a ser cômica. E dada a natureza de supremacia branca com alinhamento trumpista da página não se podia esperar outra coisa mesmo.

Ainda mais usando frases tipo essa:

<<

Meet Jennifer Salke Amazon Studios CEO: Destroyer of Worlds and High Priestess of Wokeness>>​

Eu acho até interessante pensar que Tolkien e Terra Média estarão envolvidos dentro da controvérsia sendo uma viga mestra do gênero como um todo. Ressalta o valor da fantasia como ferramenta pra reconceptualizar e , quem sabe, ajudar a transformar o mundo.

Tema que será cada vez mais debatido à medida em que a fantasia literária e audivisual ganhar proeminência.
seção bônus abaixo






Mas falando em usar uma mitologia africana como base pra fantasia literária tem esse exemplo aí e eu, inclusive, comprei os livros.



Capaz de ter outros exemplos interessantes aí:

 
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Esse recurso de tokenização de personagens foi e é exaustivamente utilizado em filmes e séries com raríssimas adaptações bem-sucedidas, como foi o caso do Nick Fury em Vingadores. No geral, as trocas eram feitas em personagens secundários ou de inumeras versões de obras clássicas como Otelo ou Sonhos de Uma Noite de Verão.

Aqui não se trata de simplesmente torrar a pele alva dos Hobbits, e sim descaracterizar completamente a origem e a cronologia por completo para inseri-los em uma era e local onde não existem. Já virou fanfic ou peça de teatro amador filmada para jovens dinâmicos. Fora alguns leaks que fala. Sobre Galadriel dando rolezinhos por Eriador e Númenor.

O resultado é o mesmo que Cowboy Bebop teve, excesso de adjetivos “bold and daring” inundando as thumbs meses e meses antes da desgraça ser consumada. E depois, o mais constrangedor silêncio dos mesmos que defendiam com unhas e dentes a adaptação.
 
Sobre a série da Netflix de Cowboy Bebop....ainda não vi, mas não acho que a natureza e tropes de Bebop se traduzam excepcionalmente bem pro live action do mesmo jeito que, pelo jeito, foram possíveis de adaptar num Rurouni Kenshin e num Death Note ( o japonês, claro o da Neflix eu nem tentei ainda).

Sobre os Hobbits ....o Tolkien mesmo falou que, a la Homens Selvagens de Púkel, os Druadan, os Hobbits existiam desde bastante antes, só não entraram nas crônicas históricas remanescentes de períodos anteriores ao do ano 1050 da Terceira Era. E tb, claro, não viviam no Shire. Pelo menos não o grupo que emigrou de perto do rio Anduin. Mas será que, a la as hostes dos elfos das eras das Árvores, um certo grupo poderia ter ido parar na região do Shire ANTES, do mesmo jeito que os Vanyar e Noldor se adiantaram muito em relação aos Teleri e suas múltiplas subdivisões? E sido aniquilado durante a guerra entre Sauron e os elfos onde Sauron tentou um esquema de terra arrasada em Eriador?

Eu ainda tenho esperança de que a inclusão dos Hobbits tribalistas e de outros acréscimos retcons da série da Amazon possam, além de ter um mínimo de coerência com as possibilidades algo elásticas do cânon ( haja vista e não menção dos Druadan no Silmarillion e a inserção retroativa deles por Tolkien até em Númenor) vai ser algo do tipo não tão intrusivo como a diversidade por quotas de a Roda do Tempo ou de outras séries como Locke and Key.
 
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“um hobbit negro?”

Eu não me importaria, desde que ele fosse um hobbit de verdade! Um homem do interior, rural, simples, afeito a seus prazeres pessoais como beber cerveja ou fumar.

Se ele tiver esse essência hobbit, não importa sua cor.
Concordo com você totalmente! Acho que é bom um pouco de representatividade na série, atingir novos públicos e incluir um pouco das discussões atuais atrelando obra original a realidade que vivemos sempre é interessante. Não entendo o motivo de as pessoas estarem tão fervorosas quanto a isso, o fato de ter um personagem de outra cor não vai mudar a história em nenhum aspecto, na realidade acho bem positivo.
 
Just Right White:
The Lord of the Rings Franchise and Postmodern Race and Racism





mr dessert GIF


GIF by SB Nation
 
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The article also mentions the encouragement on the part of local British right wing groups to their members to see the film and offers Shapiro’s counter that all fans of Tolkien – whether of the novel or the films – who object to this reading of the work to make their own views heard (ibid.). For Rhys-Davies there is an irony in his becoming associated (much to his dismay [Ballinger 2004]) with a right-wing political group: in an article relating to his audience research project, Martin Barker (2005) revealed that audience members who named Gimli as their favourite character pointed to the fact that Gimli overcomes ingrained racial prejudice through his friendship with the Elf, Legolas (Orlando Bloom). As Barker explains, the character of Gimli in particular is linked to ideas of friendship but this is then extended to his being, “someone who overcomes (racial) prejudices in and through his friendship with Legolas” (Barker 2005: 371
As with any film, there exists the possibility for numerous readings; it is this problematic around the potential for appropriation by fascist and right-wing groups that is discussed here. Jackson’s filming of the novels also opens up a further discourse over the negotiating of postcolonial states, due to the overt identification of New Zealand with Middle-earth and the use of Maori actors in the roles of Orcs, particularly the actor Lawrence Makoare who performs the role of Lurtz in Fellowship. Lurtz’s visceral birthing scene establishes him as the abject other but also gives him and his Uruk-hai brethren a direct physical connection to the land of Middle-earth, which raises issues around colonisation and ownership. While Makoare’s features are heavily distorted and the figure of Lurtz is not constructed specifically as Maori, his body shape and the distinctive topknot distinguish the actor as being non-Caucasian.


In classic Hollywood cinema, the relationship between the white protagonist and black minor characters is, at best, more often used to comment upon the character of the white man than explore the character of his black counterpart (Bogle 1991; Shohat and Stam 1994); by associating with black culture and characters, the essential decency of the white man is established. At worst, black characters are constructed to exemplify what is worst in human nature, frequently portrayed as the amoral savage – bloodthirsty, cruel and unthinking. These characteristics are certainly applicable to the brutal Orcs and Uruk-hai and so the honour and nobility of the Fellowship – and the attendant races of Middle-earth – is enhanced by comparison (although, it must be noted that in Jackson’s Rings, many Orcs are demonstrably not dark-skinned). Discourses around identity frequently include discursive strands on race, difference and ideology: who and what we are is partly defined through who and what we are not. Tolkien’s descriptions of the Orcs are, admittedly, very general and the overall impression of them is of blackened skin and disfigured faces, as opposed to the white skin and admirable physical characteristics of the Fellowship – a point that is developed in K.A. Dilday’s discussion of Rings:


“Elves, humans, hobbits and wizards were good for the most part. Orcs, trolls, and Sauron, the evil genius and lord of Mordor were smelly, ugly, and bad and none could shake their destiny. What was bred in the bone came out in the flesh.” (Dilday 2003: 2)




Entrevista com David Day :


— Do you have expectations for the upcoming series titled 'The Rings of Power'?

— I am looking forward to seeing what will be done with Tolkien’s Second Age of the Numenoreanss. My friend and fellow Canadian John Howe is the main conceptual artist on the series and will undoubtedly lead a team of spectacular illustrators. So I am excited by what their vision that world will reveal. Also, of course, as a writer I am interested what the writers will make of it all. The difficulty of course is that there is actually no one book or manuscript of the Second Age or on Numenor, but a series of notes and chronicles and allusions and hints concerning the Second Age of the Numenoreans and Elves that is spread out over nine different books and other commentaries.
 
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Esse textão da Laura Crossley era padrão nas aulas de Sociologia da faculdade: cansativo, cheio de referências a outros ensaios retirados de blogs de tendências duvidosas com alguma referência as cartas e falas de Tolkien - até a filha dele entrou na discussão - para dar um ar de credibilidade.

Aí, bate aquele déjà vu: “Onde li algo assim? ”

Não deu outra, a guria é praticamente um discípula de Theodor Adorno. Tá tudo ali, desde Teoria Estética, Crítica a Indústria Cultural e Dialética Negativa, sendo esta última a que propõe a “ emancipação do homem contra os vetores opressivos da sociedade moderna ” .

Coisa que ela faz ao questionar o uso de um ator maori :sacou: para interpretar o uruk-hai e a identificar o sotaque de um operário inglês nas falas do Ghrishnak.

Tá muito deep, Ilmarinen. Deixe as questões referente ao filme de 2003 em 2003.
 
Mas tem tudo a ver com os motivos que estão levando à inserção dos elementos de diversificação etnológica e cultural da TM como uma revisão da forma com que são retratados tradicionalmente.

As iniciativas da Amazon nasceram dessa discussão toda e o texto da Laura Crossley é um que até que se distingue de outros takes no sentido de que ele reconhece que a Terra-média do Tolkien, no ponto de Crise do SdA, caminhava pra uma multiculturalização e não no segregacionismo como foi entendido por outros críticos de então e da atualidade tb.

Compara com os twitters da Mariana Rios Maldonado.

E os textos foram feitos por ocasião da conclusão da trilogia do Hobbit em 2014. A treta com a cooptação direitista do mundo do Tolkien começou em 2002 mas não ficou restrito só a esse período não. É o que leva ao aproveitamento pelo polo oposto do espectro político-ideológico.

E ai que é justamente por causa de coisas como o Lúrtz-Maori que agora eles resolveram fazer alguns dos hobbits com traços desse extrato etnológico aí.

Acho que desde da trilogia do Hobbit que a galera do Peter Jackson meio que vinha tentando quebrar o clima ruim do fato de que traços maori tinham ficado associados aos Uruk hai



Eu prefiro bastante a profundidade densa da Laura do que a trollagem provocativa ou o pedantismo com que os fundamentos da revisão da roupagem Terra-média andaram sendo defendidos "academicamente" por aí.

 
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