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Um Hobbit Preto n’O Senhor dos Anéis da Amazon

Uma fanfic de um bilhão de dólares só pra trazer ao mundo os Hobbits Tribalistas? Quem diria, hein? Vivi pra ver o comércio de pele negra ressurgir com todo o vigor na segunda década do século 21! Ao invés de navios, agora as vendas se dão por Pix ou via streaming.
Mano essa série tá muito esculhambada!! Chamar isso de Senhor dos anéis, é reescrever Tolkien com Papel higiênico!!
 
Fazer uma obra com adaptações, personagens criados que "orbitam" , os principais é uma coisa, agora, reescrever um conto dando a uma personagem o protagonismo que ela não tem, colocando personagens que nem deveriam estar lá(anacronismo), pra mim é um desrespeito com o LEGENDARIUM. Tudo isso em nome de uma pauta identitária maluca. Esta série receberá um FLOP GIGANTE. Poderia ser chamada assim: GALADRIEL EM BUSCA DO QUE SE PERDEU!
 
Parece bem interessante até pq foi feito antes dos filmes do PJ.

Tem o problema de não levar em conta a leitura retroativa, considerando o Silmarillion, então, cai naquelas de achar que os Elfos são "completamente bons", imaculados e "arianos" no sentido negativo do termo.

Não toma em consideração personagens como Eol, Caranthir e muito menos os demais pérfidos fëanorianos além de não incluir os numenorianos negros na equação.

 
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Entrei no fórum pela primeira vez hoje pq apesar de gostar do universo desde que assisti A Sociedade no cinema despertando meu interesse em comprar os livros não me aprofundei pra valer e quero muito.
Daí fui ver os tópicos e quando entrei na guia da série esse aqui tava entre os recentes.
Tive que olhar duas vezes se não tinha entrado em algum Chan da vida pq oq chamam de rage tem outro nome onde moro. Que doideira.
 
Se relaciona de perto com a extensão em que a mitologia de Tolkien em seu estágio de desenvolvimento final "avançado" se coadunava com uma mitologia "para a Inglaterra".


E esse outro discursa sobre a extensão em que o "Medievalismo" seria chave pra apreciar ou adaptar Tolkien.

 

 
Bom, se rolou com o Rei Arthur da série Cursed- A Dama do Lago da Netflix...


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Arthur e Guinevere de Cursed e Merlin da BBC respectivamente



E lá vamos nós...


Sinceridade....eu começo até a curtir a molecagem pq os supremacistas brancos arrancam os cabelos das imaculadas frontes caucasianas... :D

Eu vejo a iniciativa como os Colour Blind casting de O Mahabharatta e de adaptações mais recentes da vida de Ana Bolena, por exemplo.
 
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Bom, se rolou com o Rei Arthur da série Cursed- A Dama do Lago da Netflix...


Ver anexo 96198
Arthur e Guinevere de Cursed e Merlin da BBC respectivamente




E lá vamos nós...


Sinceridade....eu começo até a curtir a molecagem pq os supremacistas brancos arrancam os cabelos das imaculadas frontes caucasianas... :D

Eu vejo a iniciativa como os Colour Blind casting de O Mahabharatta e de adaptações mais recentes da vida de Ana Bolena, por exemplo.
Ilmarinen, se vai sinalizar virtude, troque pelo menos o seu avatar. Acho ruivos extremante ofensivos a minha cútis negra e meu cabelo ruim.
 
Ilmarinen, se vai sinalizar virtude, troque pelo menos o seu avatar. Acho ruivos extremante ofensivos a minha cútis negra e meu cabelo ruim.
Não acho que me divertir com a noção de que pessoas que saem falando que a cor branca da pele dos personagens é condição sine qua non pro simbolismo e idéias centrais do Tolkien agem como "supremacistas brancos" como o do vídeo no último post seja "sinalizar virtude".

É mais apontar lógica falaciosa mesmo. Onde há um completo desvio no sentido de trocar continente por conteúdo e os fins pelos meios utilizados.

Os "Monsterized saracens" da mitologia do Tolkien era um artíficio pra dar verosimilhança numa midia não audiovisual e trazer ecos dos mitos e da história do noroeste europeu não um pseudo clamor por arregimentação e pureza etnocêntricas Pró identitarismo Europeu ocidental e laivos eugênicos aplicável pros dias de hoje como essa galera mais extremista costuma alegar ( ou como era, explicitamente, a intenção do Robert E. Howard* quando fez o mesmo que Tolkien e potencialmente o influenciou em parte). Era pra ser um "atalho" pra facilitar assimilação e conceitualização imaginativa e dar ressonância com os materiais fontes que o Tolkien conhecia bem.

* Como o conto abaixo de 1931 ilustra muito bem.



Thesis title: “The Creative Uses of Scholarly Knowledge in the Writing of J.R.R. Tolkien

Mas isso não devia impedir que as pessoas pudessem imaginar a mesma história, enredo e personagens transcorrendo nas mesmas linhas gerais num contexto etnocêntrico completamente diferente. Como Hamlet pode ser adaptado tanto como um excelente filme "nórdico", o Northman e como The Bad Sleep Well do Kurosawa assim como Macbeth virou tanto filme com Orson Welles e o Trono Manchado de Sangue de Kurosawa.


That a literary work should mirror such conceptualizing is not a call
for readers to embrace it themselves. Nor, by the same token, does it offer
“proof ” of the author’s embrace of such conceptualizing. Understand-
ing should not, in my view, be confounded with advocacy.
Further, recent scholarship urges us not to equate the fictive mirror-
ing we have traced in the Secondary World of The Lord of the Rings with
the personal belief system of Tolkien the historical man. This is espe-
cially true since we have clear extra-textual evidence (such as personal
letters, lectures and essays from the Primary World) expressing his views
about race and marginalization (as Chance in particular has demonstrat-
ed) and about how the word “race” should be used and about whether
or not race has any link with language, culture and/or nation (as Fimi
has shown). The novel’s resolution celebrates the forgiveness and love
practiced by Aragorn in Gondor and Frodo in the Shire as well as the
empathetic imagination of Sam. These are the values that triumph, not
those implicit in Tolkien’s chosen methods of construction
Ou seja a "mimetização" das linhas de combate "racialistas" do nosso passado historiográfico global não era pra servir como base pra um escalonamento "etnológico" moralmente relevante nem pro mundo secundário e MUITO menos pro primário. O que a obra do Tolkien permite inferir claramente é que o que forma a corrupção de algumas "raças" ou espécies de povos falantes são condições geopolíticas e não cor da pele, vestuário ou estirpe "racial".

Então o alinhamento "moral" aparentemente racialista do Tolkien podia perfeitamente estar virado do avesso ou mesmo resultar num mix color blind se as condições geopolíticas fossem divergentes. Dar o race swapping nos personagens do Tolkien é uma excelente maneira de mostrar esse ponto importante da obra dele.


Na obra do Tolkien a miscigenação de raças não gera corrupção "verdadeira" , é JUSTAMENTE a segregação geopolítica das raças que gerou as divisões e o mal entre as raças diferentes e povos da Terra, uma situação criada sem querer pelos próprios Valar ao se retirarem pro Ocidente e deixarem a Terra-média oriental ao "Deus dará".

Meu conselho é entender esse tipo de iniciativa como algo análogo mesmo ao Mahabharata da dobradinha Peter Brook-Jean Claude Carriere onde se afirma que a escolha de elenco não é colour blind casting mas sim "colour rich".



Afora que dá margem a iniciativas como essa daí:

 
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Se o problema fosse só dar Race Swap, não haveria mal nenhum. A questão é que tanto os showrunners como a atual safra de roteiristas e diretores de hollywood é bater nessa tecla sem aprofundar as camadas dos personagens. A série é sofrível, os diálogos são pavorosos e nem o CGI dos cenários ajuda. E tudo raso. Eu basicamente sento e fico pensando que merda de enredo é esse?

E do que adianta apontar os insights e influências nas obras de Tolkien se os atuais detentores da franquia só querem panfletar na Terra-média? Até o seriado Merlin está anos-luz à frente da obra da Amazon.
 
Anéis de Poder e Merlin BBC...Eu, pessoalmente, curti os dois....

:astrogato:

Anéis de Poder ainda vai passar por um processo de sintonia fina que deve fazer da primeira temporada um prólogo "Ouro do Reno" pra um enredo menos viajado e díspar em relação ao canônico mas Merlin fez pequenos milagres com a escassez de recursos da BBC, apesar de ter deixado o grosso do character development da Morgana off-screen em parte por causa mesmo das limitações de orçamento.
 
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Como eu falei antes eu espero mesmo muitas comparações futuras entre Babylon 5 e os Anéis de Poder em termos de estrutura, metas, contexto dentro e fora dos bastidores de produção e acho que fica uma boa dica mesmo pra quem quiser investir o tempo em algo similar à proposta da série enquanto espera a estréia da segunda temporada pra início de 2024.


 
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Depois de toda a confusão que surgiu aqui nos rumores de que Rings of Power iria fazer algo estilo The Last Ringbearer and the Black Book of Arda achei bem interessante e divertido topar com isso aqui:


Uma série de dois livros que trabalha com análogos do Silmarillion e do SdA com os papéis de vilões e heróis trocados.

E já que estou falando dos russos, tem isso aqui tb:

 
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Aí embaixo case in point se tem gente que ainda duvida que "supremacistas brancos" estão, ávidos, por aí só esperando pra cooptar Tolkien pra uma cruzada pró delírios racialistas e eugênicos, cheios de essencialismo eurocêntrico completamente anacrônico pros dias de hoje.

Tolkien, como os outros, corrobora e nos volta a abrir os olhos à visão de um mundo pretérito e majestoso, de quando a terra era jovem e nossos ancestrais ários dominavam o orbe. A luz daquelas eras nos chega através de sua poesia trovadoresca como o eco de nosso passado mais distante e glorioso, e nos estende, ademais um delicadíssimo cordão dourado; um fio de Ariadne que nos reconduz a verdades profundas enterradas em nossa memória racial.
 
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