Meia Palavra
Usuário
Ler Kafka é um exercício angustiante, que exige do leitor a perseverança de segui-lo em suas narrativas cheias de aporias que parecem ter abandonado a esperança há bastante tempo, enquanto usa dessa desesperança para arrastar o leitor para enxergar a existência de um prisma bastante estarrecedor.
O autor tcheco teve uma vida atribulada pela relação complicada com o pai, pela acabrunhante e monótona vida de trabalhador com rotina, exigências e repetições esvaziadas de sentido; e, relacionamentos cheios de idas e vindas (com direito a dois noivados fracassados [com a mesma mulher!]). Quando se olha a partir da vivência de Kafka e sua experiência em relação à humanidade, suas narrativas e seu pessimismo fatalista não chocam mais tanto, mas um novo tipo de choque sobre nós se abate: que as condições que tornaram Kafka o que ele foi não são lá tão diferentes das que nós vivemos hoje em dia.
Há de se convir que muita coisa aconteceu no mundo desde as primeiras décadas do século XX, não há como negá-lo; entretanto, por outro lado, havemos de convir que há muito de kafkiano em nossa realidade, basta sabermos enxergar seus contornos e detalhes sombrios para entender porque o autor é tido, ao lado de Joyce e Proust, como um dos mais importantes escritores do século XX.
CONTINUE A LER ESSE ARTIGO NO BLOG MEIA PALAVRA
O autor tcheco teve uma vida atribulada pela relação complicada com o pai, pela acabrunhante e monótona vida de trabalhador com rotina, exigências e repetições esvaziadas de sentido; e, relacionamentos cheios de idas e vindas (com direito a dois noivados fracassados [com a mesma mulher!]). Quando se olha a partir da vivência de Kafka e sua experiência em relação à humanidade, suas narrativas e seu pessimismo fatalista não chocam mais tanto, mas um novo tipo de choque sobre nós se abate: que as condições que tornaram Kafka o que ele foi não são lá tão diferentes das que nós vivemos hoje em dia.
Há de se convir que muita coisa aconteceu no mundo desde as primeiras décadas do século XX, não há como negá-lo; entretanto, por outro lado, havemos de convir que há muito de kafkiano em nossa realidade, basta sabermos enxergar seus contornos e detalhes sombrios para entender porque o autor é tido, ao lado de Joyce e Proust, como um dos mais importantes escritores do século XX.
CONTINUE A LER ESSE ARTIGO NO BLOG MEIA PALAVRA