• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Ulisses (James Joyce)

Pips

Old School.
Ulisses

O que acontece de extraordinário em um único dia de nossas vidas? Será que devíamos viver cada dia como se fosse o último? Mas se for último para que realizar coisas memoráveis e se elas irão desvanecer junto com nosso corpo na terra? Acontece que Leopold Bloom vive um dia extraordinário por justamente ser ordinário e comum. Um dia como outro qualquer: 16 de Junho de 1904, no livro Ulisses de James Joyce.

A obra transcorre pelas 18 horas (cada episódio leva uma hora do dia) na capital da Irlanda, Dublin, passando por diversos pontos da cidade e traçando um paralelo com a Odisséia de Homero2. Leopold Bloom é um judeu que trabalha com propaganda, casado com a maravilhosa, e famigerada Marion, chamada intimamente como Molly, uma estonteante cantora. Com ela teve Milly sua única filha. Bloom é também fanático por gatos e come apenas órgãos internos de animais (rim de carneiro é um de seus favoritos). Em outro canto da cidade vive Stephen Dedalus, um jovem intelectual que retornou a Irlanda e leciona aulas de histórias, enquanto tenta escrever suas teses e viver de pub em pub com seu amigo Buck Mulligan. Bloom e Stephen estão prestes a se encontrar durante esse 16 de Junho por Dublin.

Continue lendo...
 
Gostaria de saber se alguém aqui do Meia já leu o livro “Ulisses” de James Joyce.
Indicaram-me este livro pra ler, mais antes que eu o faça quero saber mais sobre ele.
 
Reportando dento...
http://www.meiapalavra.com.br/showthread.php?tid=2642&page=2
Nesse tópico eu postei uma espécie de bibliografia pra se entender o livro...
Comecei a fazer um mini-resumo dos capítulos, mas parei por n motivos (considere n=0)
 
Acabei de saber pelo twitter que esse ano sai a tradução do Caetano Galindo para Ulysses pela Companhia das Letras. Eu lembro que ainda estava na faculdade quando saiu a conversa de que a tradução estava pronta, mas parece que no ano que era para sair a dele saiu de uma outra tradutora ou algo que o valha, e pelo visto a tradução foi para a gaveta. Muito bom saber que a Companhia vai publicar, porque até onde sei o Caetano trabalhou duro nessa tradução, estudando muito do Joyce (chegou até a ir para a Irlanda fazer pesquisa, se eu não me engano). Enfim, ótima notícia.

E não, ainda não li. :dente:
 
Esse ano? Ish... Ferrou com meus planos de compras :S
Esperemos que ele tente manter a musicalidade e a linguagem chula do Ulisses: os pontos mais importantes que nenhum tradutor preservou de forma fidedigna: cada um puxou o tapete para um lado diferente...

mas se bem que minha meta não é mais ler traduções: se eu tiver que revisitar o Ulisses, será no original mesmo... Chega de ler o monólogo masculino e não perceber a musicalidade dos pensamentos do Stephen ou ler As Sereias como um capítulo normal!
 
o caetano acabou de dizer no twitter: 10 anos que a tradução está esperando uma editora pra sair.

@cialetras Maravilha dar a notícia! foram 10 anos até meu Ulysses achar essa casa. E com coordenação de são Britto e edição de dom Conti!
 
é, tb acredito q minha leitura dele fica pro fim do mundo. :sacou:
 
a treta da tradução do Caetano não é nem por causa de que a outra ia sair, foram problemas com direitos autorais. Mas agora em 2012 Ulysses entra em domínio público, e aí fica susse.
 
Este é o livro mais difícil que já tentei ler. Talvez quando eu estiver com 60 anos, aposentado, sábio e mais preparado para ler algo tão culto.

Vou guardar minha cópia até lá.
 
Começou com S, com M... Filho de uma puta...

Sim... Parece ser uma boa tradução. Depois do trabalho eu dou uma olhada nas palavras valises e na musicalidade das sereias.

___

As palavras valise aparentemente não são tão engenhosas como as do Houaiss, mas se formos observar bem, as do Joyce também não são: tratam-se quase que de aglutinações de palavras, dispensando o hífen ou coisa assim.

A musicalidade, evidente, perdeu-se muito para com o original, mas é possível notar um esforço válido do tradutor para se preservar este aspecto...

Parece ser uma excelente tradução, que preservou a linguagem chula, a variação linguística, as palavras valises e a musicalidade do livro. Falta agora uma boa introdução, o Gilbert Schema no final ou no começo, mapas de Dublin pra ajudar o marinheiro e uma capa dura (por favor, pelo amor de Deus, não me caguem em lançar Ulisses em brochura ;_; )
 
Ulisses, de James Joyce, é, talvez, uma das obras literárias mais famigeradas da modernidade. O livro é famoso como uma das obras venais do modernismo, não só na Irlanda, não só em língua inglesa, mas no mundo. Também é famoso por seu tamanho avantajado: dependendo da edição, pode variar entre oitocentas e mil páginas – e isso que trata sobre um único dia. Mas, provavelmente, o que o torna mais conhecido é o fato de ser um livro difícil.

Em qualquer lugar em que pessoas que tem a leitura por hábito se encontrem, ao se mencionar o tópico livros difíceis, o nome de Joyce surge, notadamente com Ulisses e com Finnegan’s Wake. A relação contrária também é verdadeira: ao mencionar que já li Ulisses, as pessoas costumam se espantar e mostrar certa admiração misturada com a descrença, e as fatídicas palavras ‘um dia eu ainda vou ler, mas ainda não estou pronto’.

O engraçado é que depois que você o lê – seja em alguma das traduções ou no original – uma das sensações que se corre o risco de sentir é o desapontamento. Não que o livro desaponte em qualquer sentido, é mais do que merecedor de todos os elogios e louvores que há quase cem anos vêm recebendo (ou talvez não tão quase assim: os elogios não vieram automaticamente com a publicação, já que o livro sofreu duras críticas no início), mas ele é mais fácil do que costuma ser dito por aí.

CONTINUE A LER ESSE ARTIGO NO BLOG MEIA PALAVRA
 
Assino em baixo: Ulisses não é um livro difícil. Se a alma não for pequena, então é só ir e ler. Passar além do Bojador.

É um livro engraçado, onde você acompanha os pensamentos de personagens que, evidentemente, nem sempre são fáceis de serem compreendidos. Nem você entende sempre os seus. Na primeira vez que li o Ulisses, pulei como um pônei maldito saltitante o capítulo III e o IX (o Cila e Caribde, não tenho certeza se é o IX). O Circe eu li aos pedaços. E hoje sou feliz, pois pude depois reler os capítulos, ainda que eu tenha a plena certeza de que nada sei -- mas que sei o suficiente pra dizer que li e de que, se não entendi tudo, é melhor assim.

A dica que eu posso tentar dar é: se não gostou da Telemaquia, você pode tentar pulá-la e ir direto pro capítulo IV, onde começa a parte do Bloom. Bloom é milhões de vezes mais carismático que a chatice ambulante do Stephen; a coisa com o Bloom só começa a dar uma complicada no Éolo (mas se você desconsiderar os "títulos" fica mais fácil ler) e depois do Sereias (ainda que tudo que você precisa seja de atenção e, em alguns casos, como no Gado de Sol, de ligar um pouquinho o piloto automático). Depois vem o Circe que é de fato meio malucão; mas se você não entender, ainda está entendendo tudo. Por fim, vem a última parte, Nostos, onde o Eumeu é tranquilo de ser acompanhado, o Ítaca talvez nem tanto (o Ítaca só é um capítulo excelente quando você relê o livro) e o Penélope, apesar de "omg, não tem pontos", é um dos mais fáceis do livro inteiro...

Agora quanto às traduções, eu continuo gostando muito da tradução do Houaiss por achar ela estar mais próxima de Joyce que qualquer outra tradução (além de ter, conforme o Haroldo e o Augusto de Campos sempre ressaltaram, o vanguardismo linguístico das palavras-valise e das construções gramaticais do Joyce [a Bernardina em muitos casos simplesmente desmantela a palavra valise!]). A do Gallindo tem tudo pra estar mais próxima do Ulysses; mas não estará nem um pouco tão perto da de Joyce quanto o Houaiss.
 
[align=justify]Sou doido para ler Ulisses, mas vou seguir aquela estrada que sugeriu o Mavericco (a saber: Dublinenses, Retrato de um Artista quando jovem e aí o tal do Ulisses), mas queria saber uma coisa (não sei se já foi perguntado aqui, não consegui localizar) mas, de 0 a 10 (sendo 0='não precisa'; e 10=é essencial) qual o nível de 'necessidade' de ler Ilíada ou Odisséia para encarar a tão famigerado livro de Joyce?[/align]
 
Esse é o problema das pessoas que querem ler e não começaram: achar coisas que precisam antes para ler Ulysses. Não é necessário ter lido A Ilíada ou conhecer a obra de Shakespeare. Há muitos detalhes no livro. Eu voto para ler sem medo, conhecer e se divertir porque é uma obra de humor. Agora se gostar e quiser se aprofundar você pode ler A Ilíada.

Eu só acho necessário ler Retrato de um artista quando jovem para saber o pano de fundo do Stephen.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo