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UFRJ NÃO TERÁ SISTEMA DE COTAS NO VESTIBULAR
21/09/2004
Decisão anunciada ontem teve voto de 11 dos 13 membros do Conselho de Ensino de Graduação da universidade
Após seis meses de discussão, o Conselho de Ensino de Graduação se manifestou contra a adoção do sistema de cotas que destinaria uma parte das vagas para alunos negros, pardos e oriundos de escolas públicas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A decisão foi divulgada ontem pela universidade.
A decisão do conselho — formado por representantes dos professores, dos alunos e dos funcionários — é válida para o vestibular de 2005. Por 11 votos a dois, os integrantes do conselho manifestaram-se contrários à adoção de qualquer tipo de reserva de vagas ou estabelecimento de cotas nos cursos de graduação da UFRJ. Os conselheiros, no entanto, declararam apoiar a democratização do acesso aos cursos superiores desde que ela aconteça basicamente através de medidas voltadas para o aumento da oferta de vagas e do combate à evasão de alunos.
Os dois votos vencidos foram dos representantes dos alunos, Luciana Cristina de Souza e Luciano da Silva Barbosa. “Foi uma grande derrota para a democratização do acesso (às universidades). A avaliação que temos é que o conselho é ainda muito conservador em alguns pontos”, lamentou Luciano Barbosa em entrevista ao site do Sindicato dos Trabalhadores da UFRJ (Sintufrj).
O projeto do governo federal que cria o sistema de cotas está sendo analisado pelo Congresso. O ministro da Educação,Tarso Genro, disse ontem que respeita a decisão da UFRJ.
— Eu considero isso um ato de autonomia universitária. Agora, quando for lei federal, todas as universidades vão ter que se adaptar. Isso é um processo de elaboração e discussão dentro do estado democrático de direito — afirmou o ministro no “Jornal Nacional”.
Há pouco mais de um mês, O GLOBO noticiou que a Faculdade de Medicina da UFRJ já tinha deliberado contra o sistema de cotas e que havia uma grande resistência à medida na maior universidade federal do Brasil. Foi a primeira vez no país que a direção de um curso se manifestava publicamente contra qualquer tipo de reserva de vagas. A justificativa era que o sistema de cotas poderia afetar diretamente a qualidade do ensino da faculdade, que obteve conceito A nas últimas cinco edições do Provão.
Jornal: O GLOBO
21/09/2004
Decisão anunciada ontem teve voto de 11 dos 13 membros do Conselho de Ensino de Graduação da universidade
Após seis meses de discussão, o Conselho de Ensino de Graduação se manifestou contra a adoção do sistema de cotas que destinaria uma parte das vagas para alunos negros, pardos e oriundos de escolas públicas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A decisão foi divulgada ontem pela universidade.
A decisão do conselho — formado por representantes dos professores, dos alunos e dos funcionários — é válida para o vestibular de 2005. Por 11 votos a dois, os integrantes do conselho manifestaram-se contrários à adoção de qualquer tipo de reserva de vagas ou estabelecimento de cotas nos cursos de graduação da UFRJ. Os conselheiros, no entanto, declararam apoiar a democratização do acesso aos cursos superiores desde que ela aconteça basicamente através de medidas voltadas para o aumento da oferta de vagas e do combate à evasão de alunos.
Os dois votos vencidos foram dos representantes dos alunos, Luciana Cristina de Souza e Luciano da Silva Barbosa. “Foi uma grande derrota para a democratização do acesso (às universidades). A avaliação que temos é que o conselho é ainda muito conservador em alguns pontos”, lamentou Luciano Barbosa em entrevista ao site do Sindicato dos Trabalhadores da UFRJ (Sintufrj).
O projeto do governo federal que cria o sistema de cotas está sendo analisado pelo Congresso. O ministro da Educação,Tarso Genro, disse ontem que respeita a decisão da UFRJ.
— Eu considero isso um ato de autonomia universitária. Agora, quando for lei federal, todas as universidades vão ter que se adaptar. Isso é um processo de elaboração e discussão dentro do estado democrático de direito — afirmou o ministro no “Jornal Nacional”.
Há pouco mais de um mês, O GLOBO noticiou que a Faculdade de Medicina da UFRJ já tinha deliberado contra o sistema de cotas e que havia uma grande resistência à medida na maior universidade federal do Brasil. Foi a primeira vez no país que a direção de um curso se manifestava publicamente contra qualquer tipo de reserva de vagas. A justificativa era que o sistema de cotas poderia afetar diretamente a qualidade do ensino da faculdade, que obteve conceito A nas últimas cinco edições do Provão.
Jornal: O GLOBO