Ecthelion
Mad
UEFA Euro 2004
PC
"O computador controla o time como um todo, e não apenas o jogador mais próximo do lance."
Com o aproximar das finais da Eurocopa 2004, marcadas para junho em Portugal, a idéia da Electronic Arts com "UEFA Euro 2004" foi de reaproveitar a estrutura criada a partir de "FIFA 2004", lançado no ano passado, e injetar um pouco de atualidade no lançamento. Não é preciso, aqui, confundir isso como uma tentativa de empurrar para o consumidor e apreciador dos bons jogos de futebol um produto requentado; trata-se, somente, de uma comodidade para os fabricantes que não deixa de resultar em um game desafiador e empolgante, mesmo que ao modo europeu.
Ao contar com um plantel das 51 equipes européias, "UEFA Euro 2004" permite que o jogador se embrenhe por uma das competições mais disputadas e acirradas do mundo, talvez, perdendo em importância, apenas para a Copa do Mundo. Além de poder competir desde a etapa eliminatória até as finais do campeonato, as opções de jogo surpreendem pelo número oferecido e também pela qualidade e precisão das opções.
Além da opção de disputar amistosos, de jogar toda copa européia ou apenas as suas finais, há várias possibilidades no novo modo "Situation", que permite ao jogador escolher, além do mando de campo, a situação do placar e o tempo restante de partida para assim tentar transpor o desafio. E para aqueles que gostam de se sentirem supremos dentro de campo, o modo "Fantasy" deixa que se reúna, dentro do mesmo time, os melhores jogadores de futebol europeu, numa espécie de permissão para montar um "time dos sonhos". Sem contar nos já batidos modos que deixam você praticar e disputar somente os pênaltis.
E os times entram em campo
Quando se põe "UEFA Euro 2004" para rodar, os menus de seleção são plasticamente bem feitos, além de eficientes. Depois de mexer nas configurações como bem entender, começa o espetáculo: a entrada em campo, o início da transmissão, tudo ficou muito mais cinematográfico e, porque não, bonito de se apreciar. Enquanto as câmeras passeiam de fora para dentro do estádio, passando pelas seleções perfiladas para a execução do hino, e as tomadas que vão do plano geral para o fechado, ganharam riqueza de detalhes. Tudo isso, e o jogo ainda nem começou.
Quando a bola começa a rolar, a possibilidade de movimentação em campo é perceptivelmente melhor que nas versões de "FIFA Soccer". Apesar de os espaços em campo ficarem menores ou maiores conforme o desenrolar da partida, por conta da marcação inteligente do computador/oponente, pode-se transitar com maior liberdade para criar jogadas.
Analisando os gráficos: a visão de jogo padrão, com câmera "tele", não permite ver a riqueza dos detalhes de "UEFA Euro 2004". Mas isso fica evidente nas animações, como os de replay e os de comemoração. As texturas estão bem definidas e permitem que se identifique os jogadores do time mesmo de longe.
Mais inteligentes
É importante dizer que a inteligência artificial do computador foi aprimorada nos meses que sucederam o lançamento de "FIFA 2004". O computador controla o time como um todo, e não apenas o jogador mais próximo do lance. Eles acompanham a jogada, dão piques e levantam o braço pedindo a bola, parecendo mais humanos.
A jogabilidade ainda não é tão livre quanto gostariam os jogadores. Muitas vezes o sistema de passe se mostra ineficaz, por exemplo, nos contra-ataques. Não há mais como definir a força do passe. Uma nova opção para passe em profundidade foi adicionada. No fundo, falta uma função de passe automático como se vê em "Winning Eleven", por exemplo.
Os dribles, apesar de não obedecerem uma lógica pré-estabelecida (o botão é um só), dependendo da velocidade, habilidade e direção tomada na hora em que se executa o comando, são uma ótima ferramenta para se livrar da marcação ou fazer jogadas mirabolantes. Drible da vaca, caneta, rolinho, pedalada, quase tudo é possível.
Em "FIFA 2004", como em muitos jogos de futebol, havia uma maneira padronizada de fazer gols, isto é, uma jogada infalível que o oponente não tem como defender. À primeira vista, "UEFA Euro 2004" não padece desse mal. Apesar de algumas curvas extraterrestres em chutes de longa distância, a lógica é muito parecida a de um jogo de futebol normal. Às vezes, até uma bicicleta acontece. Quanto aos desarmes, lançamentos e troca de jogadores, é como em qualquer outro jogo.
Já as jogadas de bola parada seguem o mesmo esquema de "FIFA 2004", principalmente nos escanteios: escolha o tipo de cruzamento, destino e mande o chute.
Moral ganha
Seja em amistosos ou na competição propriamente dita, há um medidor que chama a atenção em "UEFA Euro 2004": o de moral. Já usado em outros gêneros, ele condiz ao desempenho dos jogadores e serve como termômetro para a próxima. Os bons jogadores são menos suscetíveis à pressão e, como eles são muitos, o sistema não funciona muito na prática.
O som do jogo, como em qualquer lançamento da Electronic Arts, tem bom repertório com artistas como Dave Clarke, Nelly Furtado e Junkie XL. Mas o que impressiona mesmo é o som durante as partidas, principalmente no momento do hino, quando a torcida canta em uníssono.
Quanto às considerações finais de "UEFA Euro 2004", é um jogo bem-vindo para os amantes do gênero. Analisado isoladamente trata-se de um bom título, que carrega menos imperfeições que os lançamentos anteriores, mas tem-se a impressão de que poderia ser mais trabalhado. Quem sabe, isso se reflita em "FIFA 2005".
fonte: www.uol.com.br
PC
"O computador controla o time como um todo, e não apenas o jogador mais próximo do lance."
Com o aproximar das finais da Eurocopa 2004, marcadas para junho em Portugal, a idéia da Electronic Arts com "UEFA Euro 2004" foi de reaproveitar a estrutura criada a partir de "FIFA 2004", lançado no ano passado, e injetar um pouco de atualidade no lançamento. Não é preciso, aqui, confundir isso como uma tentativa de empurrar para o consumidor e apreciador dos bons jogos de futebol um produto requentado; trata-se, somente, de uma comodidade para os fabricantes que não deixa de resultar em um game desafiador e empolgante, mesmo que ao modo europeu.
Ao contar com um plantel das 51 equipes européias, "UEFA Euro 2004" permite que o jogador se embrenhe por uma das competições mais disputadas e acirradas do mundo, talvez, perdendo em importância, apenas para a Copa do Mundo. Além de poder competir desde a etapa eliminatória até as finais do campeonato, as opções de jogo surpreendem pelo número oferecido e também pela qualidade e precisão das opções.
Além da opção de disputar amistosos, de jogar toda copa européia ou apenas as suas finais, há várias possibilidades no novo modo "Situation", que permite ao jogador escolher, além do mando de campo, a situação do placar e o tempo restante de partida para assim tentar transpor o desafio. E para aqueles que gostam de se sentirem supremos dentro de campo, o modo "Fantasy" deixa que se reúna, dentro do mesmo time, os melhores jogadores de futebol europeu, numa espécie de permissão para montar um "time dos sonhos". Sem contar nos já batidos modos que deixam você praticar e disputar somente os pênaltis.
E os times entram em campo
Quando se põe "UEFA Euro 2004" para rodar, os menus de seleção são plasticamente bem feitos, além de eficientes. Depois de mexer nas configurações como bem entender, começa o espetáculo: a entrada em campo, o início da transmissão, tudo ficou muito mais cinematográfico e, porque não, bonito de se apreciar. Enquanto as câmeras passeiam de fora para dentro do estádio, passando pelas seleções perfiladas para a execução do hino, e as tomadas que vão do plano geral para o fechado, ganharam riqueza de detalhes. Tudo isso, e o jogo ainda nem começou.
Quando a bola começa a rolar, a possibilidade de movimentação em campo é perceptivelmente melhor que nas versões de "FIFA Soccer". Apesar de os espaços em campo ficarem menores ou maiores conforme o desenrolar da partida, por conta da marcação inteligente do computador/oponente, pode-se transitar com maior liberdade para criar jogadas.
Analisando os gráficos: a visão de jogo padrão, com câmera "tele", não permite ver a riqueza dos detalhes de "UEFA Euro 2004". Mas isso fica evidente nas animações, como os de replay e os de comemoração. As texturas estão bem definidas e permitem que se identifique os jogadores do time mesmo de longe.
Mais inteligentes
É importante dizer que a inteligência artificial do computador foi aprimorada nos meses que sucederam o lançamento de "FIFA 2004". O computador controla o time como um todo, e não apenas o jogador mais próximo do lance. Eles acompanham a jogada, dão piques e levantam o braço pedindo a bola, parecendo mais humanos.
A jogabilidade ainda não é tão livre quanto gostariam os jogadores. Muitas vezes o sistema de passe se mostra ineficaz, por exemplo, nos contra-ataques. Não há mais como definir a força do passe. Uma nova opção para passe em profundidade foi adicionada. No fundo, falta uma função de passe automático como se vê em "Winning Eleven", por exemplo.
Os dribles, apesar de não obedecerem uma lógica pré-estabelecida (o botão é um só), dependendo da velocidade, habilidade e direção tomada na hora em que se executa o comando, são uma ótima ferramenta para se livrar da marcação ou fazer jogadas mirabolantes. Drible da vaca, caneta, rolinho, pedalada, quase tudo é possível.
Em "FIFA 2004", como em muitos jogos de futebol, havia uma maneira padronizada de fazer gols, isto é, uma jogada infalível que o oponente não tem como defender. À primeira vista, "UEFA Euro 2004" não padece desse mal. Apesar de algumas curvas extraterrestres em chutes de longa distância, a lógica é muito parecida a de um jogo de futebol normal. Às vezes, até uma bicicleta acontece. Quanto aos desarmes, lançamentos e troca de jogadores, é como em qualquer outro jogo.
Já as jogadas de bola parada seguem o mesmo esquema de "FIFA 2004", principalmente nos escanteios: escolha o tipo de cruzamento, destino e mande o chute.
Moral ganha
Seja em amistosos ou na competição propriamente dita, há um medidor que chama a atenção em "UEFA Euro 2004": o de moral. Já usado em outros gêneros, ele condiz ao desempenho dos jogadores e serve como termômetro para a próxima. Os bons jogadores são menos suscetíveis à pressão e, como eles são muitos, o sistema não funciona muito na prática.
O som do jogo, como em qualquer lançamento da Electronic Arts, tem bom repertório com artistas como Dave Clarke, Nelly Furtado e Junkie XL. Mas o que impressiona mesmo é o som durante as partidas, principalmente no momento do hino, quando a torcida canta em uníssono.
Quanto às considerações finais de "UEFA Euro 2004", é um jogo bem-vindo para os amantes do gênero. Analisado isoladamente trata-se de um bom título, que carrega menos imperfeições que os lançamentos anteriores, mas tem-se a impressão de que poderia ser mais trabalhado. Quem sabe, isso se reflita em "FIFA 2005".
fonte: www.uol.com.br
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