Tyrion será a mente por trás da destruição de Porto Real?

[Johnni Xavier]

Saudações. Após um ano desde o fim da série Game of Thrones, surge entre os fãs questionamentos em relação aos rumos tomados por alguns personagens, além de comparações quanto ao caráter destes personagens nos livros e na série. Um personagem que foi bastante amaciado (ou, diria, até castrado) nas últimas temporadas foi Tyrion Lannister. Nos livros, Tyrion assume um lado mais sombrio e vingativo, principalmente no final do terceiro livro, quando descobre o que houve com sua primeira esposa, Tysha, e, em decorrência disso, assassina Shae e seu pai, Tywin. Aparentemente, a ideia dele é se juntar à Daenerys Targaryen e oferecer seus serviços como um conselheiro e estrategista, desde que a Rainha dos Dragões lhe desse a vingança contra a nobreza de Porto Real, que o condenou a vida toda. Essa personalidade violenta que Tyrion assume parece mais condizente com o final da série, quando Daenerys queima impiedosamente Porto Real e boa parte de seus habitantes. Se na série, a tomada de decisão da Mãe dos dragões pareceu ser abrupta e incoerente com a personalidade da personagem (tanto que Tyrion assiste a tudo horrorizado), nos livros este destino parece mais verossímil se Tyrion manter a personalidade vingativa e aconselhar Daenerys.
Aparentemente, os livros já traçavam aos personagens um caminho mais linear de degradação moral, com Tyrion aconselhando e transformando a Quebradora de Correntes em uma genocida. Talvez, para os produtores série, não seria interessante transformar em um super vilão um personagem muito popular e amado pelos fãs.

 

[Neoghoster Akira]

Creio que na busca por expandir os detalhes da narrativa por meio do caos o Martin decidiu em algum momento passar por cima até mesmo dos desejos de vingança pessoal dos personagens principais incluindo Tyrion, Arya e outros aumentando o nível de perigo do mundo mas sem antes permitir desenvolver os temas para a audiência.

Porque em teoria a forma da batalha final (pelo que vinha sendo oferecido desde o primeiro livro) deveria incluir "trucidar sem dó" até mesmo quem estivesse buscando descontar danos do passado vindos de alguém (dando a entender que na luta dos poderes eternos de Westeros os humanos são pouca coisa ou nem isso) mas definitivamente essa parte não ficou clara nem entre produtores e nem na mente do autor (que não tinha terminado os livros).