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Turma da Mônica: Laços (2019)

Fúria da cidade

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Sinopse: Floquinho, o cachorro do Cebolinha, desapareceu. Ele desenvolve um plano infalível para resgatar o cãozinho, mas para isso vai precisar da ajuda de seus fieis amigos: Mônica, Magali e Cascão. Juntos, eles irão enfrentar desafios e viver grandes aventuras para levar Floquinho de volta para casa.

Estréia: 27/06/2019

Trailer:

 
Turma da Mônica - Laços
Missão cumprida - ★★★★½
por Francisco Russo


Tantas gerações cresceram lendo as histórias em quadrinhos da Turma da Mônica, ou vendo seus desenhos na televisão ou indo ao cinema acompanhar animações emblemáticas, como
A Princesa e o Robô. Para estes, mais que a familiaridade há o carinho existente com personagens que os ajudaram a crescer, seja divertindo ou até ensinando. Vê-los agora em carne e osso, mais que um sonho, é acima de tudo uma imensa responsabilidade. Afinal de contas, como respeitar toda esta turma que os acompanhou ao longo de tantos anos, sem deixar de lado a necessária atração aos mais jovens?

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A resposta começou a ser delineada em 2013, com o lançamento da graphic novel "Laços", de autoria dos irmãos Vitor e Lu Cafaggi. Nela, Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão (e tantos outros da turminha) foram apresentados em uma versão mais realista, como se existissem de fato. O sucesso foi tão grande que duas sequências vieram na esteira, "Lições" e "Lembranças", assim como a adaptação para o cinema. Para comandá-la, Daniel Rezende. Indicado ao Oscar como montador por Cidade de Deus, ainda virgem na direção - o ótimo Bingo - O Rei das Manhãs não havia sido lançado. Era uma aposta ousada, de lado a lado. Deu certo.

Fã inveterado de "Turma da Mônica - Laços", tal característica fica escancarada em cada minuto de sua adaptação cinematográfica graças ao profundo respeito com o qual o diretor trabalha o material que tem em mãos. Mais que apenas espelhar a bela aventura criada pelos Cafaggi, vai além ao trabalhar com extrema competência ícones tão profundamente marcados no imaginário coletivo, seja através de teorias, lembranças ou meras cenas emblemáticas. Como não abrir um sorriso ao ver Cascão saindo de dentro de uma lata de lixo ou quando Magali surge tentada por uma melancia? Como não rir ao ouvir a ingênua petulância tão condizente com Cebolinha em seu "gênio cliando"? Como não se encantar com a impressionante personificação de Giulia Benite como Mônica?

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Se o jogo já estava bem encaminhado, Daniel Rezende vai além. A partir de uma minuciosa direção de arte, trouxe à vida o bairro do Limoeiro e contornos reais a tantos personagens ficcionais, alguns de forma espantosa - é impressionante a caracterização de Fafá Rennó como Dona Cebola. Cuidadoso ao não propagar a violência, mantém a Mônica briguenta mas repercute tais momentos apenas através de onomatopeias e expressões de quem está à volta - um belo meio de contornar uma situação delicada nos dias atuais, sem trair a essência da personagem. Ao mesmo tempo em que constrói uma ambientação que flerta com o passado - o figurino dos pais, o telefone de gancho, a praça com coreto, o vendedor de balões -, dialoga com o presente através do gestual das crianças e expressões típicas do cotidiano, como "só que não". Insere, aqui e ali, easter-eggs de todo tipo para serem descobertos pelos fãs dos quadrinhos, sem jamais limitar quem não os perceba - dica: atenção às matérias nos jornais!

Há muito a ser elogiado em Turma da Mônica - Laços, em relação aos aspectos técnicos. Entretanto, mais importante ainda é a manutenção da essência do que é a Turma da Mônica em relação à amizade. Neste sentido, é também preciso elogiar não só a precisa seleção do elenco infantil mas, especialmente, o trabalho feito para que tal dinâmica do quarteto soe orgânica. Mais uma vez, ponto para o diretor e sua equipe.

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Apesar de tantos acertos, é também necessário apontar algumas inconstâncias. A maior delas, sem sombra de dúvidas, é o estranhíssimo tom esverdeado desbotado usado nos efeitos especiais do Floquinho. De ritmo intencionalmente mais lento, o filme por vezes carece de maior agilidade, especialmente quando o quarteto adentra a floresta - o que pode ser um problema especialmente ao público mais jovem, tão acostumado com o ritmo frenético dos recentes blockbusters. Além disso, há ausências sentidas em relação à graphic novel, como os flashbacks de Cebolinha quando bebê - até compreensíves, diante da dificuldade em rodar tais cenas - e o abandono das fantasias, que tanto marcam o lado lúdico das crianças na história dos Cafaggi.

Por outro lado, há o Louco. Em boa performance de Rodrigo Santoro, que se despe dos cacoetes habituais, a participação do personagem diverte pelo inusitado e também pelo jogo de câmeras implementado, potencializando a teoria com a qual o filme flerta escancaradamente. Há também a bela trilha sonora de Fabio Goes, não só pelas composições em tom de aventura mas, também, pela bela piada com uma canção bem conhecida da música popular brasileira. E há também brincadeiras divertidíssimas em torno das características dos personagens nas HQs, como a genial sequência envolvendo sapatos.

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A partir de sua devoção pessoal ao universo criado por Maurício de Sousa - que surge em breve participação especial -, Daniel Rezende construiu não só um filme que respeita profundamente ao fã, mas também uma aventura que não menospreza as crianças, ao tratá-las com sensibilidade e inteligência. De forte apelo nostálgico, seja pelo histórico da relação dos personagens com seus leitores ou mesmo pela ambientação proposta, com ecos do presente e do passado, Turma da Mônica - Laços é um filme encantador. Não se surpreenda se, ao assisti-lo, cair uma - ou duas - lágrimas, aqui e ali. O filme não só proporciona tal emoção, como é um projeto que toca fundo naquela sensação tão maltratada nos dias atuais que é ser brasileiro.

** Posts duplicados combinados **
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Alguém já viu?
Tô aqui na pilha, mas acho que ir ao cinema não rola.
Vou esperar o torrent kk :timido:
 
Tenho ouvido boas críticas. A escolha de elenco, pelo menos na caracterização, me espantou (costumo ser bem exigente com isso). Pretendo assistir na próxima semana.
 
eu me diverti assistindo, mas porque cresci lendo turma da mônica. se fosse um filme com personagens novas, como se estivessem apresentando a turma da mônica pela primeira vez eu acharia bem ruim. você acaba relevando muita coisa errada ali (a começar a atuação de todo mundo, até dos adultos) porque né, turma da mônica. mas rola uma vergonhazinha alheia em alguns momentos, mesmo com o fator nostálgico.

(adorei o louco.)
 
Eu tô começando a querer ir assistir esse em vez de Rei Leão - cujas primeiras impressões e notas em sites da crítica especializada são péssimas...

Ou talvez eu nem vá nos dois e só apareça nos cinemas em setembro pra Midsommar e It 2
 
Eu vou assistir sem nenhuma grande exigência dos atores e atrizes. Muito mais pela curiosidade e nostalgia de infância.

Acima de tudo, fico feliz do Maurício de Souza ter conseguido realizar esse sonho, pois ele não poderia morrer sem antes ter visto isso se concretizar.
 
Eu assisti na semana passada.

Eu acho que vale muito a pena se você for (ou tiver sido) fã da Turma da Mônica quando criança/adolescente. Eu adorava, inclusive minha mãe assinava as revistas em quadrinhos para mim. Aparecem alguns personagens dos quadrinhos. SPOILER: dos que fazem parte do core da Turma da Mônica, senti falta do Franjinha. Tem uma parte na história em que aparece um crânio de caveira, achei que a caveira ia começar a falar e ser o Cranicola
lol.gif
infelizmente era só uma caveira comum mesmo.
sad.gif
A propósito, ficou bem legal o Maurício de Souza fazendo um cameo, dando uma de Stan Lee.


No começo eu estranhei demais as vozes dos personagens principais, da turma. Estava acostumado com a voz da animação, que é dublada por adultos. E os atores são crianças, então as vozes são bem diferentes. Além disso, acho que originalmente eles não são atores profissionais, então a atuação deles não ficou 100% natural.

No geral é um bom filme. As crianças que estavam na sessão pareceram se divertir bastante.
 
você acaba relevando muita coisa errada ali (a começar a atuação de todo mundo, até dos adultos)
Além disso, acho que originalmente eles não são atores profissionais, então a atuação deles não ficou 100% natural.
Bem, a atuação ruim dos adultos eu não esperava (poxa, são atores, né), mas a das crianças eu suspeitava, porque imaginei que a seleção de elenco tinha dado mais ênfase às características físicas do que à desenvoltura das crianças - e, a não ser que seja realmente muito constrangedor de tão ruim, eu até aprovo essa opção. Acho muito importante a fidelidade estética em iniciativas como essa, que mexem muito com a nostalgia.

Ainda bem que as críticas ao Louco estão sendo muito positivas, sempre foi meu personagem preferido.
 
Num filme em que as crianças são com sobras as grandes protagonistas do filme, logo imagino que a atuação dos adultos esteja balizada nelas, até porque se fosse o inverso, eles roubariam o protagonismo e quebrariam a magia nostálgica do filme. Por isso, antes de ver o filme não faço nenhuma cobrança de expectativa em relação a atuação deles.
 
Num filme em que as crianças são com sobras as grandes protagonistas do filme, logo imagino que a atuação dos adultos esteja balizada nelas, até porque se fosse o inverso, eles roubariam o protagonismo e quebrariam a magia nostálgica do filme. Por isso, antes de ver o filme não faço nenhuma cobrança de expectativa em relação a atuação deles.
Ah sim, não ter uma atuação de destaque é uma coisa, mas pelo que eu entendi do que a @Ana Lovejoy falou, o que aconteceu foi que eles acabaram justamente chamando a atenção pela atuação ruim. :lol:
 
Ah sim, não ter uma atuação de destaque é uma coisa, mas pelo que eu entendi do que a @Ana Lovejoy falou, o que aconteceu foi que eles acabaram justamente chamando a atenção pela atuação ruim. :lol:

as crianças estão ok. o papel delas é basicamente ser criança, então fora umas coisas mais forçadas dá para passar. mas aí vc pega a família cebola e meudeus. aliás, cada vez que aparece um dos pais, é fake pra caralho, do tipo "me ligaram hoje cedo pra vir aqui falar essas frases". e mesmo qdo está ok, fica uma sensação de desconforto, de coisa que não engrena muito bem. e é bizarro, porque são atores já com alguma experiência. a mãe da mônica é a mônica iozzi, o pai do cebolinha é o paulo vilhena. enfim, é uma experiência estranha: você fica todo emocionado de ver a turma da mônica nas telas e ao mesmo tempo fica pensando em quanto poderia ser melhor.

(tipo ver o hobbit? eiii, massa, é o hobbit. mas ao mesmo tempo: pqp, quéisso)
 
O fato é que estamos todos habituados há muito tempo aos quadrinhos e desenhos, e neles os adultos nem soam estranhos porque são todos bem caricatos e o nosso foco de atenção está mais nas crianças.

Já num filme, se vemos um(a) famoso(a) na tela, mesmo que sem querer, nós tendemos a desviar um pouco o foco e esperar uma atuação compatível com a experiência e fama dessa pessoa, mas não podemos esquecer nunca e acima de tudo aceitar que é um filme infantil, os diálogos necessitam estar compatíveis ao que sempre vemos nas estorinhas, ou seja, tudo é infantilizado mesmo e gostando ou não, isso limita bastante o ator adulto experiente que tem que se submeter a esse tipo de roteiro e se nivelar mais por baixo, sim... atuando mais abaixo do que normalmente atuaria.

O diferente é que estamos vendo adultos de carne e osso interpretando diálogos que normalmente passam desapercebidos nos quadrinhos, mas que com eles soa mais bizarro. Sei que principalmente estando adulto não é fácil fazer essa separação, mas se não for feita, perdemos totalmente a experiência estética e nostálgica que o filme proporciona.
 
Última edição:
Vi com as crianças, achei bem sessão da tarde, bem infantil. Mas não dá pra esperar mais que isso, então o saldo foi positivo.
 
Finalmente vi.

Foi dentro do que esperava seguindo é claro o jeito inocente e divertido dos diálogos e roteiros de uma típica animação da turma da Mônica e por isso ratifico o que postei antes de ver o filme, que não faço nenhum tipo de julgamento em relação a atuação e os diálogos dos atores adultos do filme, pois tudo foi feito pra divertir as crianças e fico só imaginando como deve ter sido uma emoção gigantesca pro Maurício que esperou tanto tempo (bem mais do que o seu colega Ziraldo) e realizado seu sonho com direito a fazer uma pontinha no filme, o que ficou muito justo e bacana.

dos que fazem parte do core da Turma da Mônica, senti falta do Franjinha.

Nesse filme, o Maurício queria enfatizar o Floquinho, mas ele deixou em aberto que existe projeto de um futuro filme destacar o Bidu que é justamente o cãozinho do Franjinha e por isso ele teria ficado de fora desse filme, mas que ficará prometido um grande destaque a ele num próximo. Tomara, pois gosto muito desse personagem.


No começo eu estranhei demais as vozes dos personagens principais, da turma. Estava acostumado com a voz da animação, que é dublada por adultos. E os atores são crianças, então as vozes são bem diferentes. Além disso, acho que originalmente eles não são atores profissionais, então a atuação deles não ficou 100% natural.

Pra mim foi o que levou mais tempo também, já que durante muito tempo estivemos sempre habituados aqueles mesmos timbres de vozes da animação, mas achei justo deixar as vozes naturais das crianças, pois poderia soar muito mais artificial dubla-las.

A única coisa que teve que ser artificial mesmo e não tinha como ser diferente, foi usar efeitos especiais pra dar o tom verde ao Floquinho que é um Lhasa Apso que normalmente é branco e já convivi alguns anos com um dessa espécie e a pelagem dele cresce bastante mesmo, que se não tosar de vez em quando cobre totalmente os olhos. Escolheram a raça que realmente é a mais próxima de ser ele.

No geral achei bacana e torço pra que o filme tenha sido bem visto, pois o Maurício já ventilou em entrevistas que tem projetos pra seguir abordando outros núcleos de personagens como o Chico Bento. Agora é só esperar.
 
Semana passada fiz uma sessão cinema em casa com as crianças pra assistir, botei Elizabeth, Rafa, meu afilhado Gu e eu no meio, na maior empolgação. Eu estava realmente doida pra ver a turma da mônica em carne e osso porque lembro de acompanhar os quadrinhos desde criança sempre que eu tinha a oportunidade - a gente não tinha dinheiro pra fazer assinatura, mas sempre que dava pegava de algum amigo ou primo pra ler ou a mãe comprava. Lembro de ter visto muitos dos desenhos quando era menor. Enfim, o que eu não estava preparada era pra ver a emoção das crianças, elas amaram tanto, foi tão legal. A Elizabeth literalmente chorou de emoção quando ouviu o Cebolinha falando dos planos infalíveis, a Rafa e o Gu deram muita risada, como eles são os mais novinhos, estão acostumados mais a assistir o Cine Gibi e Mônica Toy, mas isso não tirou nada da diversão deles. Enfim, achei um filminho bem bacana pra ver com a família e especialmente pra quem já curtia os desenhos ou quadrinhos antes.
Achei muito legal a participação do Mauricio
a exclamação/pergunta "é verde!!??

Edit.: todo mundo A-DO-ROU o Louco :dente:
 

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