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Notícias Tucanato insiste na privatização da TV Cultura

Bilbo Bolseiro

Bread and butter
TUCANATO INSISTE NA PRIVATIZAÇÃO DA TV CULTURA


João Sayad já demitiu mais de mil funcionários e extinguiu mais de uma dezena de produções

Por Eliane Parmezani

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Falar em desmonte da Fundação Padre Anchieta não é força de expressão. A mantenedora da TV Rá Tim Bum (a cabo), do canal digital Multicultura, da Univesp TV, das rádios Cultura Brasil e Cultura FM, além da TV Cultura, enfrenta uma avassaladora ingerência política por parte dos últimos governos tucanos paulistas – Serra e Alckmin. Tal ingerência não é explícita, mas ganha contornos cada vez mais nítidos desde a posse do atual presidente, João Sayad.


Uma carta-manifesto encaminhada ao Conselho Curador no dia 15 de maio, assinada por sindicatos, movimentos sociais, jornalistas da imprensa alternativa, pesquisadores, artistas plásticos, ex-funcionários da TV Cultura e defensores da democratização da comunicação, entre outros, resume a situação atual da FPA.

Diz, no primeiro parágrafo, o seguinte: “O momento que vive a Fundação Padre Anchieta suscita preocupações de várias ordens. Em primeiro lugar, pela perda da capacidade de produção própria em função das opções administrativas e grande quantidade de demissões. Em segundo, por opções editoriais que afetam sua dimensão de serviço público, como a inclusão do programa da Folha de S. Paulo em sua grade. Em terceiro, por uma falta de clareza no projeto estratégico, que parece não ter bem resolvida a tomada dos índices de audiência como indicadores. Finalmente, pela opção do Conselho Curador por um acompanhamento mais distante do processo que se desenvolve no cotidiano das rádios e da televisão, o que faz com que ele não cumpra papel importante que teria na defesa do caráter público das emissoras.”

O quadro indica um momento de crise institucional sem precedentes.

Fonte: Site Terra

Lamentável, é o único canal aberto cuja maioria da programação é boa, e até isso vão destruir agora.



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Privatização só pode ser justificada em organizações que não funcionam. A Cultura é sabidamente um veículo de alta qualidade de processo, clareza e informações. São os clássicos roda viva e afins que deixam isso claro.

Esse trecho aqui é especialmente lamentável:
"que parece não ter bem resolvida a tomada dos índices de audiência como indicadores".
Não ter comprometimento em aumentar a audiência é algo ruim, de acordo com a infeliz colocação da diretoria da fundação. É claro que a cultura não tem esse comprometimento como valor principal, e é por isso que seus programas tem uma qualidade muito acima da média. Que esse manifesto seja ouvido!
 
Última edição:
Sem dúvida, foi justamente por não ter obrigação excessiva com audiência que o canal pôde oferecer essa programação diferenciada e de qualidade. Inverter essa condição vai fazer o nível de sua grade despencar vertiginosamente.
 
É simplesmente lamentável ver o único canal aberto que sempre considerei de boa qualidade chegar a esse ponto, até porque quando se trata de qualidade, fatores como audiência tem que ficar sempre em último plano mesmo.

Sei que a Cultura por total incompetência do governo já está não agora, mas há vários anos com dificuldade para se manter. Se não houver outra alternativa, só acho aceitável a privatização se ela for parcial com o governo sendo majoritário e ainda tendo controle total sobre a programação ou então se for vendida contanto que em primeiro lugar se imponha obrigatoriamente a preservação total, a integridade e a mesma qualidade da programação característica da emissora, pois se alterar priorizando audiência passará a ser mais um canal medóocre como outro qualquer. Até porque hoje não há como competir em audiência com Globo, Record, Band ou SBT se não tiver muito investimento, mas com bem menos que isso é possível manter uma emissora com uma programação bem mais seletiva e de qualidade.
 
Sim, o ideal seria que se vão intervir no controle da emissora que fosse apenas pra garantir um mínimo de verbas pra que ela pudesse continuar a oferecer uma programação de qualidade, sem interferirem na grade, mas sabemos que isso é praticamente uma utopia, infelizmente. E como você mesmo disse, não há como competir com os outros canais mais populares, pra isso só criando programas ainda mais apelativos e vulgares que os dessas emissoras, o que dá arrepios e náuseas só de pensar.
 
Se forem lutar por audiência o nome deverá ser alterado, não mais será Cultura como os programas da Globo/SBT/Record/Band/RedeTV não possuem isso, e eles brigam muito por audiência.
 
Eu acho que a questão da audiência ali está querendo dizer mais como um norteador do que está ok e do que precisa melhorar, e não como atrás do qual correr, como o fazem as grandes emissoras, que brigam por cada pontinho.

Aparentemente, a questão da audiência está completamente ignorada atualmente, sendo que no mínimo um monitoramento da mesma deveria ser feito, para verificação de aumento ou diminuição de interesse na programação. Às vezes a solução nem é retirar ou remodelar um programa; readequá-lo à grade, mudando algum horário, pode colaborar com a audiência, no sentido de que mais pessoas estariam se sentindo contempladas pela programação.

Eu acho muito triste pensar que essa emissora pode simplesmente deixar de existir do jeito que a conhecemos há tanto tempo, com a programação de qualidade que sempre ofereceu, por puro desinterese do governo.
 
A questão de audiencia é um pouco complicado não acham? Com a expansão dos canais a cabo acredito que todas as tvs abertas tenham tido uma redução no número absoluto de expectadores. E o foco da TV Cultura nunca foi ser uma TV massificada então como cobrar dela o índice de audiencia? Por que encarar a TV cultura de forma tão empresarial? (opps isso eu sei a resposta... porque é o PSDB!)
 
Por que encarar a TV cultura de forma tão empresarial? (opps isso eu sei a resposta... porque é o PSDB!)

Só um detalhe a esclarecer. A crise da TV Cultura sabe quando foi iniciada? Dentro do mandato do ex-governador Fleury que era do PMDB (pra mim o pior governador da história recente de SP), o mesmo que arruinou também com o Banespa e já naquela época ainda inicio da década de 90 pela primeira vez se cogitou uma possível privatização que só não foi levada adiante porque no mandato seguinte do tucano e já falecido Mário Covas que permitiu dar a TV Cultura um novo fôlego financeiro, conseguindo por alguns anos pelo menos dar uma ligeira estancada na crise.
 

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