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TSE quer trocar urna eletrônica por voto no celular

Turgon

Mugiwara no Ichimi
Considerado um exemplo no mundo, o sistema brasileiro de voto por urna eletrônica pode estar com os dias contados. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) estuda a possibilidade de o eleitor brasileiro usar o computador e até o celular para escolher seus candidatos de forma online.

Ao todo, 31 empresas manifestaram interesse em desenvolver uma tecnologia com esse fim em um edital lançado pelo tribunal em 28 de setembro. As empresas inscritas são de diferentes portes e perfis: vão desde startups a gigantes como Amazon e IBM.

A ideia é demonstrar a novidade já nestas eleições. Juiz auxiliar da presidência do TSE e coordenador do projeto Eleições do Futuro, Sandro Vieira diz que três cidades brasileiras terão votação online, com candidatos fictícios, já no primeiro turno destas eleições, marcadas para 15 de novembro.

Os colégios eleitorais que experimentarão a tecnologia ficam nas cidades de São Paulo, Curitiba e Valparaíso de Goiás (GO).

"No dia da eleição, três empresas montarão estandes em cada local de votação. O eleitor que quiser participar da simulação receberá as orientações para votar", diz Vieira. "O TSE acompanhará os resultados."

Ele diz que o tribunal não impôs limitações. "A empresa pode oferecer uma opção de voto só pelo computador, ou só por tablet, por celular ou isso tudo", afirma. "Queremos conhecer as opções do mercado.".

É seguro?

As exigências do TSE é que as tecnologias apresentadas preencham três requisitos:

Identificação do eleitor por biometria digital ou facial;
Sigilo de voto;
Mecanismos de auditoria.

Este é o maior desafio, diz o juiz. "Sigilo e auditoria são coisas aparentemente incompatíveis, mas já é possível diante do desenvolvimento tecnológico que temos", afirma.

Uma das empresas inscritas no projeto brasileiro será a responsável pelos testes com votos válidos nas eleições do México marcadas para o ano que vem. Por enquanto, a Estônia é o único país no mundo que, desde 2004, oferece votação online segura, diz Vieira.

Urna eletrônica é cara.

De acordo com o magistrado, o principal objetivo do TSE é baixar o custo das eleições e reduzir o número de eleitores que deixam de votar a cada pleito.

"O voto online seria cômodo neste ano de pandemia", diz o juiz. "Será muito útil ao eleitor que estiver em trânsito. Hoje ele está preso a uma seção eleitoral, mas no futuro poderá votar de qualquer lugar do mundo."

Vieira lembra que a urna eletrônica, embora eficaz, custa caro. O TSE espera gastar R$ 699 milhões com a compra de novos equipamentos somente neste ano. Com vida útil estimada em dez anos, elas são utilizadas em até quatro campanhas eleitorais.

"E tem os gastos extras, como refeições dos mesários, deslocamento das urnas e manutenção. A cada três meses, elas são retiradas do depósito para receber uma carga na bateria", diz.

Sobre os custos da nova tecnologia, o coordenador diz que ainda não é possível falar sobre isso porque não se sabe qual tecnologia será escolhida.

Após a demonstração, o tribunal decidirá se adotará integralmente alguma ferramenta, se contratará parte dela ou se desenvolverá sua própria tecnologia baseada nos resultados.

Se tudo der certo nas demonstrações deste ano, os primeiros testes serão realizados em 2021 para que o futuro presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, decida se deve implantar um projeto-piloto com votação real em algumas seções eleitorais na eleição de 2022.


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A princípio eu gosto bastante da ideia. Irá evitar filas e tornar muito mais cômodo o processo de votos. Claro que a segurança e manipulação de votos precisam ser perfeitas.

O ruim que entra no mesmo caso das aulas online, aonde uma parcela da população não teve acesso ou por falta de planos de internet não conseguiram realizar suas aulas.
 
Manter a segurança (nos quesitos de integridade, autenticidade e não-repudiação) é fácil, mas a questão do sigilo do voto (eu tava quase chamando de "confidencialidade" aqui, mas os requisitos para uma votação à distância são mais abrangentes que esse modelo clássico) e no fim acaba dependendo de confiança cega em sistemas remotos.

Na boa, isso é uma baita cilada.
 
O voto por correio existe há bastante tempo nos EUA, não?
Sim. De acordo com este vídeo, milhões de pessoas já o utilizam com frequência.
Ninguém nunca alegou que houvesse fraude.
Só o cuzão do Trump, que busca uma desculpa para sua iminente derrota.

Eu acho que, se é pra ser eletrônico e abandonar de vez o papel (já não parece haver possibilidade de retorno ao papel aqui no Brasil), que seja mesmo online, à distância. Simples e rápido. Ficar indo até a seção, pegar fila (às vezes ônibus), debaixo de sol (sempre é dia quente), etc. etc. é uma chatice. Para nem falar em todo o custo e transtorno que é manter as urnas eletrônicas funcionando, como explicado na matéria. Espero novidades sobre os testes. :)
 
Manter a segurança (nos quesitos de integridade, autenticidade e não-repudiação) é fácil, mas a questão do sigilo do voto (eu tava quase chamando de "confidencialidade" aqui, mas os requisitos para uma votação à distância são mais abrangentes que esse modelo clássico) e no fim acaba dependendo de confiança cega em sistemas remotos.

Na boa, isso é uma baita cilada.
Eu acho que o sigilo até pode ser afetado no começo (talvez na primeira eleição), ainda mais para a população de mais idade que irá recorrer aos filhos para explicar como se cadastrar e votar. O ideal seria um sistema bem simples de cadastro e voto, para que fosse de fácil acesso para todos.

Isto poderia ser minimizado com testes, fazendo uma espécie de treinamento para aqueles que quisessem ou até mesmo vídeos explicativos. Algo bem simples e didático.
 
Acredito que só não evoluímos pra um sistema 100% remoto porque bem ou mal, as atuais urnas eletrônicas com todas as limitações que tem, ainda apresentam um funcionamento e transmissão de dados de uma forma totalmente independente da Internet, minimizando ao máximo a possibilidade hackeamento e fraudes. Isso já foi bastante discutido aqui principalmente pelo @Diego Aranha que se não me engano era do depto de informática do TSE ou coisa assim.

De minha parte já gostaria que tudo pudesse ser feito a distância há tempos.

O voto por correio existe há bastante tempo nos EUA, não?

Levando em conta a precariedade dos nossos correios, com um elevado número de extravios e danos de embalagens, greves frequentes, eu jamais pensaria em querer ter essa opção aqui.
 
Última edição:
Concordo nesse quesito que a urna é cara para o pouco tempo de uso que é dado a ela, mas voto por aplicativo ainda não é seguro, nem todos possuem celulares que tenham identificadores como digitais, além de que esses dispositivos podem ser facilmente rackeaveis, já vi varias pessoas abrirem celular alheio com digital falsa. E se a empresa que manipula esse dados for vinculada a alguém da alta cúpula, pode também ser facilmente manipulada.
Não sei dizer se é minha aversão as tecnologias, mas esse tipo de plataforma não é adequada para uso de votação, o voto de cabresto facilmente poderia retorna com a desculpa de "ajudinha" e os analfabetos digitais seriam facilmente manipulados nesse quesito, e aqueles que moram em zonas perigosas seriam os que mais sofreriam em seus votos com essa modalidade.
 
Levando em conta a precariedade dos nossos correios, com um elevado número de extravios e danos de embalagens, greves frequentes, eu jamais pensaria em querer ter essa opção aqui.
Eu não quis dizer que a gente deveria ter no Brasil votação por correio (ou pelo menos não necessariamente), e sim que talvez valha a pena tentar pensar num jeito seguro de poder votar sem ser de forma presencial. Mas obviamente votar pela internet também tem seus problemas, alguns deles já mencionados pelo pessoal aí em cima.

Aliás, eu mencionei os EUA: lá também é possível votar antes da data, então não precisa ir todo mundo votar no mesmo dia; tem o período de "early voting" e a maioria dos estados lá permitem isso.
 
Última edição:
Eu acho extremamente perigoso, o risco de criarem bots para fraudar as votações é enorme, fora que isso iria dificultar a votação para muitos que não tem acesso a tecnologia.

Tem o fator que muitos iriam se oferecer para fazer a votação para quem não tem o conhecimento, e fazer o voto em quem quisesse, fraudando de outra forma também.

Acho muito mais viavel eles evoluirem a tecnologia da urna eletronica, tornado-a mais viavel, assim como evoluir o processo eleitoral também, não necessitando de tantos mesarios.
 
Última edição:
Aliás, eu mencionei os EUA: lá também é possível votar antes da data, então não precisa ir todo mundo votar no mesmo dia; tem o período de "early voting" e a maioria dos estados lá permitem isso.

Uma votação com início antecipado podendo votar em qualquer dia da semana até acho interessante, pois eu trabalho nos finais de semana e algumas vezes meu voto foi em trânsito ou justificado.

No papel, a ideia até seria boa pra diluir melhor o público e as aglomerações no período de pandemia que estamos vivendo.
 
Se não me engano, algo entre 70 a 80% da população têm acesso à internet. E o resto?
E o problema do sigilo não é só da auditoria, ou de um possível vazamento de dados. Na urna sou só eu e a urna. Fora de lá, isso não existe. É coação, venda/compra de votos, e daí pra baixo.
Num mundo ideal parece legal. No mundo real não cabe. Muiiiiiita coisa precisa melhorar ainda antes que isso possa ser levado a sério.
 
se podemos transferir dinheiro através de uma chave pix atrelada ao nosso celular, pq não podemos votar?
simplesmente pq sem a presença de uma urna isolada o voto pode ser coagido e acredito que esse é o medo.
Quando estamos na frente da urna, só nós e a urna saberão o que digitamos, mas no celular rodeado de pessoas pode ser que não funcione assim.
O problema é mais cultural e de confiança do que de sistema em si.
 
Acho que ninguém duvida que tecnologia seja o problema, pois já somos capazes de fazer milhares de transações bancárias via aplicativo o tempo todo. É mais a confiança de ser algo totalmente inviolável mesmo.
 
O problema é o voto de cabresto. Eu, candidato a prefeito, através de meus confiáveis assessores de campanha, delego R$50 para cada eleitor que comprovar voto em mim. Simplesmente votando na presença de um "assessor" dá uma onça pro eleitor.

Outro é a comprovação de que quem votou é o próprio eleitor.

Nem entro nos méritos da tecnologia em si (segurança, auditoria etc).
 
Pois é, eu mesmo tô considerando não ir votar, depois regularizo a situação.... O problema nem é tanto a escola em si, mas o caminho. Sempre tem bastante aglomeração, gente caminhando em várias direções... Provavelmente só nesse dia toparia com mais pessoas que topei no ano inteiro, já que tenho conseguido evitar aglomerações..... Há quem diga que o risco de contaminar-se ao ar livre é quase zero, mas mesmo assim, sei lá...
 
Aumentaram em uma hora o horário de votação, mas o impacto disso na diluição das aglomerações será pouco relevante. A chance de elevado percentual de abstenção é realmente muito grande.
 
Ainda bem que meu colégio normalmente é bem tranquilo para se votar. Provavelmente irei acordar cedo e votar. Evitar o máximo de aglomeração.
 
Ainda bem que meu colégio normalmente é bem tranquilo para se votar. Provavelmente irei acordar cedo e votar. Evitar o máximo de aglomeração.

Parece que o horario entre as 7h e as 10h esta reservado para pessoas mais velhas, eu sempre acostumei acordar cedo para votar, agora vou ter que esperar um pouco.
 
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