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Trump x Clinton

Quem você votaria?


  • Total de votantes
    24
  • Votação encerrada .
trump-simpsons.png


Simpsons acertam mais uma :lol:

Agora a minha curiosidade é se vão acertar o que os roteiristas previram depois dele assumir... Quem tiver curiosidade procure na rede..
 
Nível de precisão : de fazer inveja ao Ibope. :lol:

Acontece que:

Só pra constar: o número que o Fea postou do site http://fivethirtyeight.com era a probabilidade de vencer de cada um deles. A comparação com margem de erro e precisão do Ibope não se aplica.

Além disso, o FiveThirtyEight não faz ele mesmo pesquisas de intenção de voto. Ele coleta as inúmeras pesquisas, feitas por diferentes institutos, e aplica uma metodologia estatística para analisar conjuntamente essas pesquisas, conjugando também fatores circunstanciais e de eleições passadas. É atualmente o modelo mais preciso de predição de eleições. Naturalmente não é perfeito, como nenhum modelo de previsão do comportamento humano poderia ser. Mas se você comparar com outras pesquisas de probabilidade do tipo, verá que o FiveThirtyEight era o que dava maiores chances para o Trump. no NYT, por exemplo, as chances dele eram de 15%.

E se você ler esse artigo que postei:

Esse gráfico aí é bacana mesmo. Tava vendo um artigo do Nate Silver que fala justamente sobre as perspectivas estaduais: Election Update: The State Of The States

Verá que o Nate Silver declara: "But even if Clinton’s win probability inches up by another percentage point or two, she’ll still be the probable but far-from-certain winner. That means tomorrow is going to be very exciting — not only because the result is uncertain but because an unusually large number of states will potentially have a say in the outcome."

Afinal, 30% de chances está muito longe de ser algo impossível.

E ainda há muitas coisas que as pesquisas não conseguem refletir. Um exemplo é o que mencionei num post que fiz no facebook:

Vitória do Trump um tanto inesperada, visto que a grande maioria das pesquisas apontava que suas chances giravam em torno de 15% a 30%. Do ponto de vista das estatísticas eleitorais, essa vitória traz algumas questões interessantes para investigação.

Uma dessas questões diz respeito ao que se chama de "social desirability bias", ou algo como "viés da desejabilidade social", onde as pessoas respondem as pesquisas não de acordo com o que realmente pensam (ou intencionam votar), mas sim de acordo com o que acreditam que será bem visto pelas outras pessoas. Assim, nas pesquisas eleitorais é possível que muitos futuros votantes em Trump não declararam essa sua intenção de voto, por medo de serem mal vistos por sua escolha.

Esse tipo de viés não é novo em eleições. Um exemplo é aquilo que foi chamado de "Bradley effect", quando nas eleições de 1982, o democrata Tom Bradley era o grande favorito para vencer o governo da Califórnia, mas acabou inesperadamente derrotado, contrariando todas as projeções. Neste caso, cogita-se que o "efeito Bradley" ocorreu pelo fato do democrata ser negro, e muitas pessoas terem declarado votar nele apenas para não parecerem racistas. Em pesquisas pós-eleitorais, observou-se que a proporção de votos de pessoas brancas em Bradley foi consideravelmente menor do que se esperava com base nas projeções de pesquisas de intenção de voto.

Na Inglaterra, um caso desse viés é o "Shy Tory Factor", onde, em 1992 e em 2015, as pesquisas de intenção de voto no partido conservador apontavam valores muito menores do que aqueles que se observaram na prática. O "Fator Tory Envergonhado" sugere que muitos conservadores tiveram vergonha de se declarar como tal através das pesquisas.

É possível que dessa vez tenha ocorrido em solo americano um "Shy Trump Factor", mas que é preciso ser levado em consideração junto com as peculiaridades do sistema eleitoral americano (como o voto indireto, e a sua não-obrigatoriedade). De toda forma, desejo muito boa sorte aos EUA nesses próximos anos - assim como desejaria caso Hillary fosse eleita -, pois eles irão precisar. E o mundo todo também.
 
Minhas gargalhas pra irrelevancia analítica de vosmecês:

AHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUHAUHAUHAUHAUHAUAHU
 
Muito textão para fugir da explicação mais simples e óbvia : as pesquisas desde sempre eram forjadas pela grande mídia (inimiga declarada de Trump) para direcionar os votos e criar um clima de "já ganhou" pro lado da Hillary.

Mas enfim. Que venham as lágrimas e os memes.
 
Muito textão para fugir da explicação mais simples e óbvia : as pesquisas desde sempre eram forjadas pela grande mídia (inimiga declarada de Trump) para direcionar os votos e criar um clima de "já ganhou" pro lado da Hillary.

Mas enfim. Que venham as lágrimas e os memes.

Simples e óbvia mas sem provas, né? Uma coisa é a mídia declaradamente favorecer um candidato, e não dá pra negar isso. Outra coisa é atestar que houve manipulação direta das pesquisas realizadas, uma afirmação que carece de comprovação factual.

A Hillary inclusive tá na frente no voto popular, conforme previsto. A questão mais sensível no sistema eleitoral americano diz respeito aos swing states, onde pequenas mudanças podem conduzir a grandes diferenças de resultados. E em vários desses estados a disputa estava bem apertada mesmo, de modo que a vitória do Trump não é totalmente inesperada - vide o próprio texto que eu citei. Ou seja: tem explicação política e estatística bem fundamentada para o resultado. Mas se vocês preferem colocar tudo na conta de uma teoria conspiracionista e sem provas, paciência.
 
Não foi surpresa a vitória do Trump. A derrocada dos Democratas começou com a perda da maioria no Congresso lá atrás durante o segundo mandato do Obama. A lenta recuperação da economia teve efeito negativo entre os eleitores republicanos. Some-se ainda o fato de que o candidato Democrata que tinha apelo entre os jovens era o Sanders e não a Hillary. Além de não ter carisma, a campanha demorou a apresentar proposta imediatas e ficou só na brisa das pesquisas. Acho que subestimaram a capacidade de articulação dos conservadores e o ódio pelos mexicanos.
 
Nussa... Pelo que pude ver a quantidade exorbitante de palhaços na imprensa governista pró-democrata dos EUA se fingindo de "jornalista sério" foi impressionante. Rios de dinheiro fácil não declarado igual aqui na nossa praia.

Canais oficiais perdendo a compostura... Se eu fosse um deles iria desejar refundar a mídia oficial e mudar certos gerentes de internet e redes sociais. Faz tempo que não via um lobby tão forte para apertar o botão de extinção mundial quando o lobby esquerda descontrolada hollywood/mídia atual.

A mídia daqui fica apontando populismo do Trump enquanto o populismo da Bolívia e Venezuela ficou tudo bem por tanto tempo. Um nível baixo em textos que desinformam com jornais que estão por fora de como andam as tensões que movem Putin para apoiar Trump ou dos movimentos e interesses na Ásia.

Daqui uns 2 anos poderemos avaliar o resultado do jogo do apoio russo a eleição em relação ao mundo, se foi jogo duplo, se foi sobrevivência, se foi expansionismo. Até lá a imprensa precisa respeitar as autoridades e honrar melhor a profissão. Não é a toa que o FBI tem política de não divulgar investigações com menos de 60 dias de uma eleição (mesmo que fure como houve). Aqui no Brasil a nata da imprensa vê investigação federal de político importante e tudo passa de boa... O cidadão continua elegível e atuante em candidaturas.
 
Essa falta de apelo de Clinton entre os eleitores jovens (que é o forte dos Democratas) pode ter sido crucial mesmo. Como o voto não é obrigatório, boa parte não fez questão de sair de casa.
 
Trump ganhou com os votos dos trabalhadores médios. Eleitores históricos dos democratas nos Grandes Lagos votaram nele, e isso foi crucial.
 
Michigan e Flórida explicam bem o resultado final: eram estados com vantagem para Hillary nas pesquisas, mas que viraram para o Trump. Só nesses dois estados são 45 colégios eleitorais, valor mais que suficiente para ter mudado totalmente o resultado.

Dos 12 swing states, as projeções do FiveThirtyEight erraram 5. Pegando as probabilidades de voto e contrastando com os resultados vemos o seguinte (em parênteses o número de colégios):

Wisconsin (10) - Votos projetados: Hillary: 49,6%; Trump: 44,3%. Quem venceu: Trump, com 47,9% dos votos (contra 46,9% da Hillary)
Michigan (16) - Votos projetados: Hillary: 48,4%; Trump: 44,2%. Quem venceu: Trump, com 47,6% dos votos (contra 47,3% da Hillary)
Pensilvânia (20) - Votos projetados: Hillary: 48,9%; Trump: 45,2%. Quem venceu: Trump, com 48,8% dos votos (contra 47,7% da Hillary)
Carolina do Norte (15) - Votos projetados: Hillary: 48,2%; Trump: 47,5%. Quem venceu: Trump, com 50,5% dos votos (contra 46,7% da Hillary)
Florida (29) - Votos projetados: Hillary: 48,1%; Trump: 47,5%. Quem venceu: Trump, com 49,1% dos votos (contra 47,8% da Hillary)

Exceto pela Carolina do Norte, todas as disputadas foram muito acirradas nos estados em que houve surpresa. Em Michigan, a diferença foi de meros 0,3%. Na Florida, com todos seus 29 colégios, foi de 1,3%. E todas as diferenças verificadas caem dentro da margem de erro de qualquer pesquisa eleitoral, que tradicionalmente trabalham com margens em torno de 3% a 5%, com intervalo de confiança de 95%. Isto é, há 95% de probabilidade de que os resultados estejam dentro de um intervalo de mais ou menos 3/5 pontos. Então, apesar da surpresa no resultado, nada de tããão excepcional assim. E nada que aponte para uma "conspiração da mídia para forjar resultados das pesquisas".
 
E nada que aponte para uma "conspiração da mídia para forjar resultados das pesquisas".

Aqui eu penso que nem tanto, é fato que a imprensa americana vem de uma crise de identidade que é um cenário favorável a corrupção. Em situação de pobreza profissional (jornais em falência e TV competindo com internet) e prostituição de mercado é muito mais fácil de haver incluindo acordos verbais no estilo PT, sem provas escritas e documentos que deixem rastros entre as partes que apoiam uma causa.
 
Tem gente ainda em processo de derretimento cerebral.

É incrível como as pessoas aderem a narrativas massificadas, repetem aquilo como mantras e depois que a realidade lhes bate no rosto, ficam lá, paradas, estupidificadas, revoltadas em como o real não se curvou às suas caixinhas mentais. Seria engraçado se não fosse trágico.
 
Aqui eu penso que nem tanto, é fato que a imprensa americana vem de uma crise de identidade que é um cenário favorável a corrupção. Em situação de pobreza profissional (jornais em falência e TV competindo com internet) e prostituição de mercado é muito mais fácil de haver incluindo acordos verbais no estilo PT, sem provas escritas e documentos que deixem rastros entre as partes que apoiam uma causa.

Uma coisa é algo poder acontecer. Claro que uma fraude é sempre possível. Outra coisa é ela de fato acontecer. Nesse caso, sem as devidas provas, podemos apenas conjecturar e fazer hipóteses. E sinceramente, me parece uma hipótese bastante ousada afirmar que os 30 (ou algo próximo disso) institutos de pesquisa dos EUA realizaram fraudes. Institutos que possuem reputação a zelar, e cujas metodologias estão sob constante escrutínio público. O próprio site do Nate Silver avalia a qualidade das metodologias e previsões desses institutos para tentar obter o panorama mais realista possível do que está acontecendo.

Mas o ponto que eu levantei com as estatísticas em questão é que não há nada nelas que possa sugerir ou apontar para a ocorrência de fraude. Antes o contrário: se os resultados finais estão dentro das margens de erro das pesquisas, então ou essas pesquisas não foram fraudadas, ou a fraude foi muito mal feita. Nesse cenário, se eu tivesse encomendado uma pesquisa fraudada, eu estaria nesse momento pedindo meu dinheiro de volta.

Enfim, é preciso saber discernir entre as previsões que de fato foram feitas pelos vários institutos de pesquisa e aquilo que a mídia faz com esses números para defender alguma visão.
 
Uma coisa é algo poder acontecer. Claro que uma fraude é sempre possível. Outra coisa é ela de fato acontecer. Nesse caso, sem as devidas provas, podemos apenas conjecturar e fazer hipóteses. E sinceramente, me parece uma hipótese bastante ousada afirmar que os 30 (ou algo próximo disso) institutos de pesquisa dos EUA realizaram fraudes. Institutos que possuem reputação a zelar, e cujas metodologias estão sob constante escrutínio público. O próprio site do Nate Silver avalia a qualidade das metodologias e previsões desses institutos para tentar obter o panorama mais realista possível do que está acontecendo.

Mas o ponto que eu levantei com as estatísticas em questão é que não há nada nelas que possa sugerir ou apontar para a ocorrência de fraude. Antes o contrário: se os resultados finais estão dentro das margens de erro das pesquisas, então ou essas pesquisas não foram fraudadas, ou a fraude foi muito mal feita. Nesse cenário, se eu tivesse encomendado uma pesquisa fraudada, eu estaria nesse momento pedindo meu dinheiro de volta.

Enfim, é preciso saber discernir entre as previsões que de fato foram feitas pelos vários institutos de pesquisa e aquilo que a mídia faz com esses números para defender alguma visão.

Não no sentido de poder apenas, no sentido de acontecer a falta de ética na dura mesmo. Quem compra as pesquisas são os veículos para usar nas campanhas. Quando se constrange a decisão do eleitor publicamente obviamente vai comprometer a coleta de dados que é a entrevista que influencia os gráficos e os caras vão mentir quando apresentarem dados parciais sem ressalvas. Daí vão inflar no valor da pesquisa e os institutos vão ficar calados porque ganharam dinheiro. É o típico comerciante ladrão. As margens de erro vão estar todas lá, os especialistas vão estar todos com suas respectivas certificações em dia e o veredito vai estar decidido.
 

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