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Trump x Clinton

Quem você votaria?


  • Total de votantes
    24
  • Votação encerrada .
É que esqueço as vezes como a galerinha da esquerda fala merda as vezes.

Mas até que esse é um perigo real para por em conta. Se o Trump logra ganhar essas eleições, esse estilão do cara sincero-destruidor-do-politicamente-correto fica tortalecido. Se este dominó cai, pode levar junto o dominó francês no ano que vem, com a Marine Le Pen, e balançar o alemão, com a Frauke Petry e sua AfD ganhando não o governo, mas fragilizando a grande coalizão. E uma miríade de outros nacionalismos dentro da Europa.

Em 2018, uma eleição de Trump leva os votos de um Bolsonaro da vida para cima. Mas é verdade que aqui no Brasil a influência é mínima, porque um cara desse jamais ganhará a eleição e porque a capacidade de um candidato ao Executivo puxar votos para seu partido num Legislativo intrinsecamente fisiológico é muito limitada por aqui.

Enfim, dá uma sobrevida a esse discurso que já começa a mostrar seus ponos frágeis. O "politicamente correto" é em larga parte não uma conspiração globalista do Grupo Bilderberg e dos Illuminatti, mas a extensão do princípio do "não falar para não ofender" que temos no nosso dia-a-dia para o macro nacional. Quem fala mal de imigrantes, muçulmanos, negros ou mulheres tende a perder quase todos os votos desses grupos e muitos votos de brancos que têm amigos dentre esse grupo. Isso além das consequências para a paz e a coesão social do próprio país.

O Slogan de campanha dele é "America First". Deixou claro em várias declarações que acha a política externa americana uma tragédia, e inclusive culpa esse exagero americano em se meter em tudo pelos problemas vividos pelo povo americano. Ele quer focar mais no seu próprio quintal:

Texto do tio do Fela (que também é um economista respeitado, mesmo sendo parente daquele lixo)
O retorno do Isolacionismo - Globo
America em primeiro Lugar - A política externa de Donald Trump - Exame
Slogan de Trump remete campanha isolacionista do período entre-guerras - Folha

Fora que Trump já deixou claro também que quer paz e amizade de Russia e China. Não pela "Paz mundial", mas porque tem negócios milionários nos dois países. :lol:

O Trump como empresário de sucesso já demonstrou que precisa ser beeem relativizado, né? Qualquer um que passe a maior parte do tempo vendendo a própria imagem merece a desconfiança de que seu maior ativo seja exatamente essa imagem.

De todo jeito, ele já defendeu a Guerra do Iraque no passado, fala, ao mesmo tempo em que defende esse isolacionismo, em aumentar a capacidade militar do país... o discurso dele contém contradições demais. Nenhuma proposta dele é confiável. A impressão que fica é que Trump na Casa Branca ficaria refém da ala do GOP que conseguisse gritar mais alto, e isso inclusive em temas militares.

A intervenção Russa já é uma realidade. Sua influência na Turquia e na Siria mostram que hoje, Moscou já tem uma força diplomática que não tinha desde a URSS. Os EUA vão ter que aceitar que não são mais a única potência do mundo novamente. Porque além da Rússia, a China vem se expandindo muito, investindo pesado na "Nova rota da seda" e abraçando boa parte da Ásia. São novos tempos, e a "beligerância" de Clinton se torna muito perigosa nesse cenário.

A Hillary é uma merda para a política externa mesmo. Mas, pelo pouco que tenho acompanhado, não está tão claro assim qual postura que ela terá ante a Rússia e China. Ach que dependerá das circunstâncias.
 
Quem conhece você sabe disso, trouxa! Humilde conhecedor de tudo.

Gente, depois de 3 anos de fórum o n00b aprendeu a xingar, que fofo! Ele falou "Trouxa" Nhoim :abraco:

Mas até que esse é um perigo real para por em conta. Se o Trump logra ganhar essas eleições, esse estilão do cara sincero-destruidor-do-politicamente-correto fica tortalecido. Se este dominó cai, pode levar junto o dominó francês no ano que vem, com a Marine Le Pen, e balançar o alemão, com a Frauke Petry e sua AfD ganhando não o governo, mas fragilizando a grande coalizão. E uma miríade de outros nacionalismos dentro da Europa.

Em 2018, uma eleição de Trump leva os votos de um Bolsonaro da vida para cima. Mas é verdade que aqui no Brasil a influência é mínima, porque um cara desse jamais ganhará a eleição e porque a capacidade de um candidato ao Executivo puxar votos para seu partido num Legislativo intrinsecamente fisiológico é muito limitada por aqui.

Enfim, dá uma sobrevida a esse discurso que já começa a mostrar seus ponos frágeis. O "politicamente correto" é em larga parte não uma conspiração globalista do Grupo Bilderberg e dos Illuminatti, mas a extensão do princípio do "não falar para não ofender" que temos no nosso dia-a-dia para o macro nacional. Quem fala mal de imigrantes, muçulmanos, negros ou mulheres tende a perder quase todos os votos desses grupos e muitos votos de brancos que têm amigos dentre esse grupo. Isso além das consequências para a paz e a coesão social do próprio país.

Ah concordo que essa onda de candidatos que não se dizem políticos e/ou com essa perfil "falo o que penso" é perigoso sim, principalmente com candidatos de visões extremistas.

Repito o que já falei: Trump não é nada além de um Doria piorado e mais perigoso. O problema é que do outro lado tem a Clinton e sua política externa. Eu não dou a mínima para o que eles podem fazer dentro dos EUA, minha preocupação é o aumento do intervencionismo que a candidata democrata parece gostar. Eu me preocupo mais com o aumento das tensões entre Russia e EUA do que com o Trump, entende? A situação na Siria piora a cada dia, e Clinton já disse nos debates que irá aumentar a participação americana, inclusive deixando a entender que irá colaborar com os "rebeldes moderados" a derrubar Assad, enquanto Moscou já disse que defenderá Assad. Esse conflito pode aumentar a ponto de termos sim uma guerra real e ampla que arrastaria vários outros países, como China e OTAN.


O Trump como empresário de sucesso já demonstrou que precisa ser beeem relativizado, né? Qualquer um que passe a maior parte do tempo vendendo a própria imagem merece a desconfiança de que seu maior ativo seja exatamente essa imagem.

Ele tem um ego maior que sua fortuna. :lol:

De todo jeito, ele já defendeu a Guerra do Iraque no passado, fala, ao mesmo tempo em que defende esse isolacionismo, em aumentar a capacidade militar do país... o discurso dele contém contradições demais. Nenhuma proposta dele é confiável. A impressão que fica é que Trump na Casa Branca ficaria refém da ala do GOP que conseguisse gritar mais alto, e isso inclusive em temas militares.

A Hillary é uma merda para a política externa mesmo. Mas, pelo pouco que tenho acompanhado, não está tão claro assim qual postura que ela terá ante a Rússia e China. Ach que dependerá das circunstâncias.

Nada no que o Trump fala é certo, na real. Mas com a Clinton o certo é que a política externa vai ser uma merda. O histórico dela não deixa dúvidas desde quando Assange vazou suas ações desde 2013. Ele mesmo chegou a dizer que votar em Hillary era votar em Guerra.

Na real é bem o que já disseram aí. Votar no menos pior. Como alguém que mora longe dos EUA, eu prefiro Trump, pela tendência a ser mais isolacionista que a Clinton.
 
Eu não acompanho em detalhes o que a Hillary tem feito e suas ideias, mas se ela assumir o governo no velho estilo "Margareth Thatcher" aí concordo com muitos aqui que seria algo realmente preocupante pro mundo de uma forma geral.
 
Se basearmos por debates o Trump vai conseguir a façanha de frustrar profundamente os republicanos e quebrar um longo tabu, já que desde os tempos do F.Roosevelt os democratas após o término do mandato de um representante do seu partido, não conseguiam emplacar nas urnas um sucessor por esse mesmo partido (Lyndon Johnson em 1963 não conta porque este assumiu devido a morte do J.Kennedy)
 
Na boa, Trump é muito fraco nos debates. Pqp.

Ele parece à primeira vista o "sincerão" que "fala o que sente" e, por isso, não cai na tentação do "politicamente correto". Na hora de um embate de verdade, fica patente que, na real, o que ele faz é só tentar captar o que o povo quer ouvir e falar de uma maneira escrachada. Como o humor público em campanha eleitoral varia em questão de semanas, ele cai em contradições demais.

Agora o cenário tá pintado: Trump virtualmente derrotado e republicanos com chances reais de derrota no Arizona do McCain, no Utah dos mórmons e até no Texas há chances remotas de "azular".

Cagadaça também aquele tanto de candidato nas primárias, desunindo a base toda do partido. Vão pagar caro, mas justo.
 
Os Republicanos devem estar passando por dois sentimentos; de vergonha por terem deixado a zoeira de Trump ir longe demais em detrimento de outros candidatos mais qualificados, e de raiva por aguentar outro Clinton na Casa Branca.
 
Cai vantagem de Hillary Clinton sobre Trump após investigação do FBI
Corrida presidencial está mais apertada, diz pesquisa divulgada hoje (30).
Na sexta, chefe do FBI disse que investigará e-mails suspeitos de Hillary.


A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, reduziu sua vantagem na corrida presidencial dos Estados Unidos sobre o rival republicano, Donald Trump, mostrou neste domingo (30) uma pesquisa conjunta feita pela "ABC News" e pelo "Washington Post".

Hillary aparece apenas um ponto percentual à frente de seu adversário, com 46% das intenções de voto, contra 45% do republicano, diz a pesquisa. Na pesquisa anterior, da última quinta-feira (27), a democrata tinha 47% da preferência, contra 45% de Trump.

No estado da Flórida, Trump ultrapassa Hillary com 46% da preferência dos eleitores consultados, contra 42%. Cerca de um terço dos consultados disseram que estão menos propensos a votar em Hillary depois que o diretor do FBI James Comey revelou na sexta-feira (28) uma investigação sobre novos emails envolvendo a democrata.

Pesquisas anteriores mostravam que a democrata havia ampliado a diferença sobre Trump, após a divulgação de um vídeo gravado em 2005, no qual faz comentários vulgares sobre as mulheres, e também pela série de denúncias de abuso sexual que sofreu ao longo da semana.

Suspeita sobre e-mails

O diretor do FBI, James Comey, disse que a agência vai investigar novos e-mails que surgiram com relação ao uso de um servidor privado que Hillary fez quando ocupava o cargo de Secretária de Estado. O FBi vai verificar se esses e-mail contêm informações secretas, disse.
O FBI tomou conhecimento da existência de e-mails que parecem ser pertinentes à nossa investigação", escreveu Comey aos legisladores em carta divulgada por eles. "Manifestei meu acordo a que o FBI tome as medidas investigativas apropriadas" para que os peritos analisem estes e-mails, acrescentou.
Em uma carta enviada a republicanos da Câmara dos Representantes, Comey afirmou que "não pode prever quanto tempo levará para completar esse trabalho adicional".

Fonte

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O TRUMP É O POLÍTICO DA VIRADAAA O TRUMP É O POLÍTICO DO AMOOOOR!

Força Trumpão!
 
Demorou hein. Tamo falando há tempos que essa mulher tá metida até o pescoço em escândalos.

HILLARY PRESA AMANHÃ
 
Caso de polícia federal. E pelo visto do mesmo estilo que aconteceu aqui com instituições e conselhos aparelhados que ficavam calados vendo tudo ir para o vinagre oferecendo análises "imparciais". A moral da tropa estava querendo estourar.

 
Vai ser a eleição mais estranha que já vi. Tanto Trump quanto Hillary conseguem sabotar suas próprias campanhas. O eleitorado americano é paradoxal em alguns estados como a Flórida, onde há uma maior concentração de imigrantes cubanos que agora podem comprar charutos sem limites, mas vão votar no Republicano; e do lado Democrata, a candidata perde votos em função de emails que passaram pelos filtros do FBI, da CIA, do ICAAN, do Prism, do MI5 e do serviço secreto russo e que só agora resolveram procurar por conteúdo secreto. E o pior é que ela nem sabe o que tem e em explica.
 
A casa tá caindo bonito pra Clinton :tsc:
estive na terra da liberdade não tem 1 semana e posso dizer para vcs: a grande maioria das pessoas normais (ou seja, aqueles que não veem fox news) estão cagando para o caso da Hillary.
O medo do Trump é bem sério. Sério ao ponto das TVs (tirando a fox news) e rádios (novamente, menos a fox news) estarem literalmente bombardeando a postura do FBI sobre o caso.

E o medo do Trump é sério ao ponto da Hillary estar com 30 pontos na frente do trump com eleitores latinos na florida.
antes de vc falar alguma coisa, obama "levou" a flórida por 1% em 2012, por conta dos latinos e negros.

Vai ser apertado. Mas pelo poder de satã, nada de Trump
 
E além disso nunca é demais lembrar que a eleição lá não será resolvida toda na próxima Terça e sim já está em pleno andamento desde 29 de Setembro com votos que foram enviados pelo correio por exemplo e com esse tipo de antecipação consegue-se fazer com que uma significativa parcela do eleitorado se antecipe mesmo e aí um grande deslize de última hora ou um grande "podre" descoberto de um ou de outro não necessariamente poderá ser decisivo para rapidamente mudar tudo como acontece aqui em que todos votam de uma vez no mesmo dia, sem falar que ter mais votos também não é garantia nenhuma se não tiver maior número de delegados.

Como o sistema deles é um "universo a parte" pra tentar entender melhor segue aqui...


Por que a eleição para presidente nos EUA cai numa terça-feira e outras 19 curiosidades

Na próxima terça-feira, dia 8 de novembro, o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton disputarão o cargo mais poderoso do mundo. Os Estados Unidos elegem seu presidente a cada quatro anos desde 1789. Em uma eleição cheia de particularidades e regras (algumas de difícil entendimento), cerca de 220 milhões de americanos estão aptos a ir as urnas. O Blog do Curioso selecionou 20 curiosidades sobre a votação mais aguardada do planeta.

1. As eleições norte-americanas ocorrem a quatro anos, sempre na terça-feira seguinte à primeira segunda-feira de novembro. A origem da data, estipulada em 1845, está no fato de, à época, os Estados Unidos serem um país rural: como sábado era um dia normal de trabalho e domingo era dia de descanso, seria preciso escolher um dia útil. Com quarta-feira fora da jogada por ser o dia das compras, foi escolhida a terça-feira e assim ficou.

2. Ao longo dos anos, várias tentativas foram feitas para transferir a votação para o fim de semana, mas a tradição fala mais alto. Como se trata de um dia útil, cerca de um quarto dos eleitores, em média, não costuma comparecer às urnas. O voto é facultativo, ao contrário do que acontece no Brasil.

3. Ao todo, os americanos já elegeram 52 presidentes. De 1852 para cá, apenas candidatos do Partido Democrata ou do Partido Republicano foram eleitos presidentes, com considerável vantagem para os republicanos (28 a 13). Antes disso, foram dois Whigs (inclusive o último antes da bipartidarização, Millard Fillmore, em 1850), quatro democratas-republicanos, um federalista, um sem partido (o primeiro, George Washington) e mais três democratas.

4. Partidos dominantes da política norte-americana, Democrata e Republicano possuem, respectivamente, um burro e um elefante como seus símbolos. O burro nasceu em 1828, quando o nacional republicano John Quincy Adams associou a teimosia do animal às propostas do democrata Andrew Jackson. Eleito, Jackson adotou o apelido por outro viés: como símbolo de coragem (nos Estados Unidos, a palavra “burro” não é associada à falta de inteligência). Apenas em 1870 a mascote pegou. A causa foi um desenho feito pelo chargista Steve Nast que caiu no gosto do eleitor democrata. Quatro anos depois, ele fez sucesso também com o elefante que desenhou para os republicanos. O animal foi escolhido porque também pode ser visto de duas formas: pela arrogância e pela pomposidade (para os inimigos) ou pela força e pela dignidade.


5. Antes da eleição propriamente dita começar, os partidos realizam prévias em cada um dos Estados para definir o seu candidato. Os filiados aos partidos votam e o candidato que tiver mais votos soma delegados (proporcionais ao tamanho do estado) do colégio eleitoral à sua candidatura. Ao final das prévias, aquele que somar mais delegados se torna o candidato oficial. Ao longo dessa jornada, alguns renunciam ao perceber que não possuem mais chances. Dessa forma, podem apoiar alguma outra campanha e transferir automaticamente os seus delegados para ela.

6. Cerca de 40% do eleitorado norte-americano vota bem antes do dia da eleição pessoalmente ou pelo correio. Por isso, inclusive, a votação já está acontecendo desde o dia 29 de setembro, 40 dias antes da data oficial. A medida visa diminuir as intermináveis filas do prazo final. Os votos, porém, são apurados apenas depois do fechamento das urnas na terça-feira decisiva.

7. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não existem apenas os partidos democrata e republicano nos Estados Unidos. Ao todo, são 75 legendas das mais variadas ideologias (algumas restritas a causas locais, como o Partido Independentista Portorriquenho ou o Partido da Independência Sulista) que concorrem a cadeiras na Câmara, no Senado e, eventualmente, ao governo dos estados.

8. Desses 75, quatro concorrem em eleições presidenciais: os mais famosos são o Partido Verde, que em 2016 tem Jill Stein como candidata, e o Partido Libertário, cujo candidato é o governador do Novo México, Gary Johnson. O Partido Reformista e o Partido da Constituição não possuem candidatos este ano.

9. Não entram nessa conta os chamados “candidatos independentes”, que não se filiam a nenhum partido e lançam candidaturas avulsas nas prévias. Como qualquer um pode preencher a ficha de candidatura, esse ano foram mais de 1.500 aspirantes ao lugar de Barack Obama. Inclusive há, pelo Partido da Nutrição, um filho de imigrantes brasileiros, Rod Silva, de 38 anos, cujo lema era “Make America Healthy Again” (“Faça a América Saudável de Novo”) em alusão ao “Make America Great Again” (“Faça a América Grande de Novo”) do republicano Donald Trump. Rod tem 44 anos e é sócio de uma cadeia de 55 restaurantes que surgiu em 1995 como alternativa aos fast-foods e que oferece uma alimentação mais saudável. Ele nasceu em Newark, no estado de Nova Jérsei.

10. Para poder se candidatar de fato, porém, é preciso ser americano, ter mais de 35 anos e ter vivido pelo menos 14 deles no país, além de apresentar um gasto de no mínimo 5 milhões de dólares ao longo da campanha. Cumprir essas exigências não garante que o nome apareça nas cédulas. As regras variam de estado para estado, mas, em geral, é preciso apresentar um número de petições muito alto e outras garantias. Por isso, em alguns estados, nem mesmo os Libertários ou o Partido Verde aparecem nas cédulas.

11. Nas eleições presidenciais norte-americanas, o resultado não é decidido a partir do número absoluto de votos, como no Brasil. Cada estado possui um número de delegados que decidirá o novo presidente. O número de delegados é o mesmo da soma de deputados e senadores que aquele estado possui. Ao todo, são 538 delegados nomeados pelos partidos e, portanto, é preciso atingir 270 votos nesse colégio para se eleger.

12. O voto popular é absolutamente decisivo: em 48 dos 50 estados norte-americanos mais o distrito federal, vale a máxima do “Winner Takes All” (“o vencedor leva tudo”). O candidato que mais receber votos tem direito a escolher todos os delegados. Por exemplo: se um candidato vence na Pensilvania, nomeia 20 delegados e, assim, soma 20 votos para o seu colégio eleitoral.

13. As exceções são os estados de Maine e Nebraska, onde o território é dividido em distritos. Em cada distrito, elege-se um delegado. No Maine, por exemplo, são quatro. Dessa forma, se um candidato vence em três distritos e o outro em um, ele terá três delegados e o adversário um para o seu colégio eleitoral.

14. É justamente por causa desse sistema que um candidato pode ser eleito sem receber a maioria dos votos. O caso mais famoso foi o de 2000, quando o democrata Al Gore recebeu mais votos que o republicano George W. Bush (48,38% contra 47,87%), mas perdeu a disputa no colégio eleitoral por 271 a 266. Isso aconteceu porque Bush venceu em um número maior de estados (30 a 20, tendo Al Gore vencido ainda no Distrito Federal), tendo portanto somado um número maior de delegados. Em resumo: vale mais vencer em 10 estados por um voto de diferença do que em um estado por 10 mil votos de vantagem. Isso aconteceu outras duas vezes, também com triunfo de um republicano sobre um democrata: em 1876 (Rutheford J. Reyes sobre Samuel J. Tilden) e em 1888 (Benjamin Harrison sobre Grover Cleveland).

15. Na eleição de 2000, as redes de TV americanas apontaram Al Gore como vencedor dos 25 delegados da Flórida com base nas pesquisas eleitorais. No entanto, a apuração da urnas revelou que Bush foi o escolhido no estado. O resultado mudou a eleição. Al Gore chegou a pedir a recontagem dos votos em quatro condados, sem sucesso.

16. É praticamente impossível eleger ao menos um delegado sem ser candidato de republicanos ou de democratas. De 1948 pra cá, isso só aconteceu em 1968, quando o independente George Wallace arrebatou 46 dos 538 delegados (13,5% do total) e ficou em terceiro.

17. O antigo Partido Progressista foi o último a conseguir terminar uma eleição à frente de um democrata ou republicano. O ex-presidente Theodore Roosevelt ficou em segundo lugar em 1912 com 88 delegados, contra apenas oito do republicano William Howard Taft. O democrata Woodrow Wilson foi eleito com 435 votos.

18. Se por um acaso mais de dois candidatos conseguirem delegados e o primeiro colocado não atingir 270 votos no Colégio Eleitoral, a Câmara dos Deputados elege de maneira indireta o presidente, ficando o Senado responsável por eleger o vice.

19. Em 2008, o democrata Barack Obama se tornou o primeiro negro eleito presidente dos Estados Unidos. De quebra, foi o candidato mais votado da história, recebendo 69.498.516 votos (52,9% dos válidos). Proporcionalmente, porém, o recordista é o democrata Lyndon B. Johnson, que teve 61,05% dos votos válidos em 1964.

20. No Colégio Eleitoral, o recorde é do republicano Ronald Reagan (que tinha George H. Bush, o “Bush pai”, como vice). Em 1984, o ex-ator teve 525 votos dos delegados contra apenas 13 do democrata Walter Mondale.
 
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