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Tropa de Elite (2007)

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Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

Provavelmente não, mas esse tipo de intolerância é andar pra trás, não é solução e pode se tornar o primeiro passo pra uma coisas muito piores.
Posso estar sendo ingênuo, mas pra mim, diminuiria sim o consumo. Muita gente deixaria de fumar por medo de ser preso. Pq não experimentar hoje, se vc pode ser tratado de modo diferente, por ser uma classe financeira/social "superior"?

E eu tenho sérias dúvidas do que é pior do que a guerra civil/urbana que eu vejo no RJ (onde moro, não sei como é a situação de outros lugares) todo dia.

Pois é, por que não legalizam logo e abaixam esses preços absurdos. Não é como se alguém fosse deixar de ser bilionário, digo, olha o quanto as indústrias de álcool e tabaco faturam.
Eu sou a favor da legalização, se for pra dimunuir a violência. O ponto é, do jeito que está, não dá! Ou reprime ou legaliza!
 
Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

Pra mim você viajou, tirou conclusões demais, V, vamos deixar pra lá, porque você entendeu tudo errado o que eu quiz dizer, mas já vi que é seu jeito, normal.

Eu avisei que eu estava (semi-)brincando, você que decidiu não acreditar nesse aviso.

Mas tipo, eu fui a pessoa que mais criticou os voice-overs nesse tópico, então é claro que eu não vou gostar do que você insinuou nas suas três linhas, mesmo não tendo sido dirigido a ninguém em específico. Eu nem fiquei ofendido nem nada, só achei meio ridículo e resolvi brincar um pouco.

Você que tirou conclusões demais e achou que eu estava falando sério.

angeloalvarenga disse:
E olha, se você não é paga pau de americano, tudo bem, eu entendi, nunca mais falo isso porque eu vi que você não gosta, fica bravão... rsrsrs

Outra conclusão errada é achar que eu fiquei bravo. Pergunta pra quem me conhece.

Aliás, pergunta pras pessoas com quem essa exata situação já aconteceu. Acontece até hoje com pessoas que me conhecem há anos. Tem algo sobre a internet que faz todo mundo ficar ultra-sensível.

Alguém devia escrever uma tese sobre isso. :think:
 
Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

V
Vamos fazer o seguinte então, esqueçamos os mau entendidos de ambas as partes e vamos começar do zero, pois não quero que fique com má impressão de mim, e pelo jeito você também é gente boa!
Na próxima vez vou com mais cautela, pois sinceramente não tinha encarado o que disse como brincadeira, so meio burro as vezes, mas nem tanto né, pô... kkk
Abração!
 
Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

Essa debate de hoje com o Padilha foi na minha antiga faculdade, onde hoje em dia faço um curso de extensão. Pena que na hora que cheguei pro curso, o debate já tinha acabado.
 
Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

Posso estar sendo ingênuo, mas pra mim, diminuiria sim o consumo. Muita gente deixaria de fumar por medo de ser preso. Pq não experimentar hoje, se vc pode ser tratado de modo diferente, por ser uma classe financeira/social "superior"?

E eu tenho sérias dúvidas do que é pior do que a guerra civil/urbana que eu vejo no RJ (onde moro, não sei como é a situação de outros lugares) todo dia.

Exemplo de país com forte opressão a usuários: Cuba.

Echtelion disse:
Eu sou a favor da legalização, se for pra dimunuir a violência. O ponto é, do jeito que está, não dá! Ou reprime ou legaliza!

Tem que ver também que o RJ é meio que um caso especial nesse sentido.
 
Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

Exemplo de país com forte opressão a usuários: Cuba.
Pois é, eu sei. Tudo tem seus prós e contras. A medicina lá é excelente mas eles vivem numa ditadura.

Tem que ver também que o RJ é meio que um caso especial nesse sentido.
Geografia complicada, muitos morros de difícil acesso. Governo ineficiente e/ou conivente a anos. Uma cidade muito visitada/observada/na mídia, qualquer coisa gera repercussão internacional. Violência, violência e violência.


Ou tenta fazer alguma coisa, ou vai ser a primeira cidade brasileira literalmente na mão do tráfico. Se já não está totalmente...
 
Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

Pois é, eu sei. Tudo tem seus prós e contras. A medicina lá é excelente mas eles vivem numa ditadura.

Eu não tenho problemas com ditaduras... tenho problemas com desmandos (manda uma coisa hoje e amanhã é diferente)

OK, não temos fome em Cuba, mas não temos também culinária (foi a primeira baixa). Não tem ninguém sem educação, mas não há cultura (visto que não há liberdade de expressão, para avisar o Fidel que a braguilha tá aberta)

Geografia complicada, muitos morros de difícil acesso. Governo ineficiente e/ou conivente a anos. Uma cidade muito visitada/observada/na mídia, qualquer coisa gera repercussão internacional. Violência, violência e violência.

Ou tenta fazer alguma coisa, ou vai ser a primeira cidade brasileira literalmente na mão do tráfico. Se já não está totalmente...

Mais uma tese? :mrgreen:

Com o adiantamento da estréia, espero que não tirem de cartaz antes de meados de novembro :think:
 
Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

Eu não tenho problemas com ditaduras... tenho problemas com desmandos (manda uma coisa hoje e amanhã é diferente)

OK, não temos fome em Cuba, mas não temos também culinária (foi a primeira baixa). Não tem ninguém sem educação, mas não há cultura (visto que não há liberdade de expressão, para avisar o Fidel que a braguilha tá aberta)
:lol:

Mais uma tese? :mrgreen:

Com o adiantamento da estréia, espero que não tirem de cartaz antes de meados de novembro :think:
E pq não? :mrgreen:
 
Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

O que o Pagador de Promessas tem a ver com Tropa de Elite. Estou confuso.


Ambos focam na crítica social. Com a diferença de que O Pagador levou a Palma de Ouro em Cannes. Só usei este filme porque não creio que Tropa de Elite irá levar uma premiação por sua denúncia sobre o abuso de poder das polícias do Brasil.



Você já sabia que ele era um "docudrama" (pensem nesse termo por um segundo)?

Docudrama é diferente do documentário tradicional, já que foca na imparcialidade jornalística e pessoas reais. O enfoque do docudrama já visa atingir o emocional do espectador.

Posso estar errado, afinal sei pouco de cinemas, mas a utilização de atores não descaracteriza o sentido de docudrama?

Em outras notícias, eu também estou confuso sobre o que saber o gênero de antemão tem a ver com gostar do filme e/ou com voice-overs, e o que tudo isso tem a ver com O Pagador de Promessas.[/QOUTE]

O livro saiu antes do filme. E tem pouca coisa parecida. Já respondi o porquê de falar do Pagador..., foi o único filme do qual lembrei que tinha sido premiado por sua critica social.



Documentários também são filmes. Pq esse preconceito com documentários. O que eles fizeram pra te chatear.

Quem disse que não gosto? Só não acho que Tropa de Elite seja um docudrama, na minha opinião.



Mas o Homem-Aranha não é baseado numa história real que aconteceu de verdade (dica: tem um Homem-Aranha no filme) e não é um filme de social criticism então o Peter Parker poderia teoricamente usar e abusar à vontade de pensamentos moralmente duvidosos apesar de que ele não faz isso, na verdade ele é um rapaz até bem consciente, aquela coisa de "com grandes poderes vêm grandes responsabilidades", aquilo é uma boa mensagem, o Cap. Nascimento poderia aprender umas coisinhas com o Sr. Peter Parker.

P.S.: Na verdade os v.o. nos filmes do Aranha são bem esparsos. Se você juntar os três filmes, não chega na quantidade de Tropa de Elite.


Aqui, eu concordo.
 
Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

Ambos focam na crítica social. Com a diferença de que O Pagador levou a Palma de Ouro em Cannes. Só usei este filme porque não creio que Tropa de Elite irá levar uma premiação por sua denúncia sobre o abuso de poder das polícias do Brasil.

Certo, certo. No caso, a "denúncia social" de O Pagador de Promessas fala sobre o que, a pobreza? Não é algo que gere alguma ambigüidade ou diferenças de pontos de vista, creio eu.

Vamos ver se eu lembro do filme. O burro fica doente, o cara faz a promessa, o burro fica melhor, o cara tenta pagar a promessa mas é constantemente ferrado pela sociedade malvada, e aí tem aquele final na igreja, onde ele é ferrado pelo padre malvado. Talvez o ponto seja como a pobreza leva as pessoas a buscarem cegamente a religião? Ou que a socieade é malvada? Eu preciso rever esse filme.

Enfim, você tocou num ponto interessante. Parte de Tropa de Elite realmente deve ter o objetivo de "denunciar o abuso de poder das polícias do Brasil", mas não é esse o foco principal do filme, e é uma denúncia que fica meio perdida na transmissão: o ponto do filme é a dificuldade do policial honesto em cumprir o seu trabalho (como eu já mencionei), sendo que o abuso de poder acaba ficando no espectro das "coisas necessárias" que os "heróis" (esse é um termo usado em drama) têm que fazer pra cumprir os seus objetivos. Esse conflito moral poderia ser apresentado de forma ambígua, caso um dos "heróis" não ficasse martelando opiniões o tempo todo no nosso ouvido.

PS eu já estou andando em círculos aqui.

Na verdade não[/URL].

Enfim, documentários tradicionais também freqüentemente tentam atingir o lado emocional, e docudramas buscam realidade jornalística. É uma linha tênue, e algo bem difícil de fazer direito.

Aparentemente esse artigo pode ser informativo, apesar de prosaico. Eu não li inteiro, mas parece ser focado em TV.

O livro saiu antes do filme. E tem pouca coisa parecida. Já respondi o porquê de falar do Pagador..., foi o único filme do qual lembrei que tinha sido premiado por sua critica social.

O Pagador de Promessas foi baseado numa peça de teatro.

Ou seja, nao é algo que queira representar a realidade fielmente.

Elring disse:
Quem disse que não gosto? Só não acho que Tropa de Elite seja um docudrama, na minha opinião.

Mas é... docudramas estão na moda, especialmente aqui no Brasil, onde os filmes sérios com mais chances de sucesso são os de crítica social que mostram as coisas de forma literal e explícita*.

O diretor veio dos documentários, o filme tem um estilo documental (enfatizado pelos voice-overs) e é adaptado de um livro baseado em depoimentos, tratando de um assunto que está nas notícias o tempo todo, etc.


*Compara o tamanho do público desse filme com o de Casa de Areia, que tem metáforas.
 
Última edição:
Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

O maior problema pra mim foi todas as vezes que o Capitão Nascimento pegava alguém para torturar e essa pessoa sempre tinha a informação que ele queria. Ou quando o Matias marca com o playboy, que obviamente odiava ele E tinha contato com os traficantes, o encontro no pé do morro, que me jogou totalmente pra fora do filme. É muita conveniência.
 
Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

O maior problema pra mim foi todas as vezes que o Capitão Nascimento pegava alguém para torturar e essa pessoa sempre tinha a informação que ele queria.
Eu não tive essa impressão. Mas até que não é conveniência se for pensar, porque a Fernanda Machado disse que o ajudaria, lembra? Ela conhecia a mulher do cara. E ela ajudaria se eles não fizessem nada com ela, mas eles acabam fazendo :beam:
 
Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

Recebi o filme hoje em portugal e vou ver, espero que seja fixe. Já tenho a banda sonora e é engraçada.
 
Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

O maior problema pra mim foi todas as vezes que o Capitão Nascimento pegava alguém para torturar e essa pessoa sempre tinha a informação que ele queria.

Realmente, isso foi uma das poucas coisas que não gostei do filme. Vá que ele encontrasse alguém que realmente não soubesse de nada sobre os traficantes? O que ele ia fazer? Torturar até a morte?

Gostei do filme, achei acima da média. Eu ri bastante com certas situações - principalmente no treinamento - que me lembraram um pouquinho a primeira parte de Nascido para Matar, do mestre Kubrick.
 
Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

Eu gostei bastante do filme, mas confesso que o voice-over foi excessivo, principalmente no começo do filme. Já no final, não lembro se havia ou não em demasia - por exemplo, na cena do Matias causando na passeata, eu não me recordo de ouvir voice-over (assisti ao filme no cinema). Ainda quanto a essa polêmica, acredito que o voice-over sirva para dar um lado humano ao Nascimento nas cenas mais fortes. Penso eu que são desnecessários, tendo em vista as cenas dele com sua família, que servem para esse propósito.
 
Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

A cena da passeata é aberta, como muitas outras, com um voice-over. E se não me engano, o Capitão Nascimento comenta que nunca há passeatas quando morre um policial, e algo sobre "ficar fodido com ricos fazendo essas coisas".


O maior problema pra mim foi todas as vezes que o Capitão Nascimento pegava alguém para torturar e essa pessoa sempre tinha a informação que ele queria.

É de se imaginar que eles não catavam transeuntes aleatórios que estivesse andando na favela sem qualquer critério, mas sim iam em busca de pessoas que eles sabiam (ou desconfiavam) que tinham as informações que eles queriam.
 
Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

O melhor filme nacional que já vi.
Eu adorei. Com voice-over, sem voice-over não importa. Seria bom de qualquer maneira.
Mas não pelas técnicas de gravação ou pelo som, ou pela agitação do roteiro. E sim pelo talento dos atores (tirando a mulher do Capitão Nacimento) e pelo impacto do tema "Trafico de Droga".

Enfim, o filme vale pela mensagem:
- E ai maconherinho, beleza? Cigarro inocente né? Então seu dinheiro mata 10 por dia na favela.
E isso vale pra todos. Vale pra mim, pra você que tá lendo, pra ator da globo que manda a empregada aproveitar que tá ali no morro e comprar "uns dois" pra ela. Vale para todos.

Para o meu gosto (não sou nenhum especialista em cinema nem quero ser) todos os atores foram excelentes menos a Senhora Nacimento.
Pelo amor de Deus. A garota não estava com nenhuma vontade de fazer aquele papel.
Como a Cris (irmã da Annë) disse:
- Talvez ela seja uma daquelas que fumam macona e fazem manifestações pela paz...

Enfim... Eu gostei e quero ver outra vez...
 
Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

primula disse:
Com o adiantamento da estréia, espero que não tirem de cartaz antes de meados de novembro

E pq não? :mrgreen:

Porque quero assistir de novo com o Mayoros, meu morzinho. É o tipo de filme romântico que gosto de assistir com ele. Lembra-me 1996 ou 1995 quando saímos pela primeira vez para assistir mortal combat a meu pedido.

Menekupo disse:
- E ai maconherinho, beleza? Cigarro inocente né? Então seu dinheiro mata 10 por dia na favela.

Cuidado Mene. Não use uma figura de linguagem tão restritiva.

A seguir leia somente se viu o filme. Não quero usar spoiler porque encheu a paciência lá no tópico do Naruto e brocha na hora da discussão.

********

A palavra que ficou durante todo o filme foi SISTEMA.

Mas o que me chamou a atenção foi a abordagem tão bem colocada e estruturada ao longo do filme em mostrar que a polícia ficou desse jeito por causa do sistema e o sistema reclama que a polícia é assim.

A polícia basicamente está a serviço de "uns neguinhos folgados". E se vamos para a sala de aula do professor de Filosofia "imparcial"(vide comentário abaixo), esses mesmos neguinhos folgados reclamam da truculência da polícia, truculência não dirigida aos folgadinhos mas para proteger os folgadinhos.

Aqui cabe uma justiça poética, quando Nascimento pega o playboy (adorei não usarem maurícinho :mrgreen:) e enfia a cara do FDP no buraco do estatística gritando que quem matou o homem não foi o Bope, mas toda a sociedade. De certa forma, sim ele foi truculento e engraçado que ele foi truculento justo com o playboy!

E a sociedade-sistema corrompe porque somos culturalmente assim. Somos compreensivos demais, tolerantes demais com o errado (coitado, deixa ele), mas não somos tolerantes com o certo (ihhhh mané, trouxa).

Partindo do menino de rua, temos pena a seguir do pedinte, que temos pena do trabalhador humilde mas que faz coisas questionáveis, depois para o menino rico que andou em más companhias e se desencaminhou, compreendendo a pressão e angústia de pai ocupado que não teve tempo de educar o filho e estragou o garoto com brinquedos caros, passando a mão na cabeça do compadre que perdeu de pouco a eleição por "difamação, indo para o Renan que na cara dura nos dá um tapa merecido por termos chegado a este ponto.

Porque ao mesmo tempo, logo depois de ter pena (míseros 10 anos) transformam um menino em homem, um desencaminhado em ladrão compulsivo, um corrupto leve em assassino e por aí vai.

Aí todo mundo que antes era tão compreensivo pede redução penal, pena de morte, etc..

Mas o pior de tudo é que as pessoas não querem tomar o fardo da responsabilidade. A culpa é toda da truculência da polícia. E realmente eles são truculentos e não sou simpática à corrupção deles porque recebem baixos salários. Se fosse assim, professores dão a vida para formar cidadãos e todos eles recebem propina para deixar passar algum aluno mau preparado para a vida? E os professores de periferia que colocam em risco suas vidas, porque eles não se corromperam? (mas endurecem)

Por fim, o que mais me deixou eufórica não foi a vingança, mas o tapa na cara de que este tipo de cultura da corrupção é traiçoeira. Tava achando que tava levando vantagem, mermão? Mas se todo mundo leva, quem tá no prejuízo?

A ONG estava na favela porque era "amiga" do traficante. Mas que aliança mais frágil... quando surge uma mísera suspeita o amigão se torna um monstro.

O policial corrupto é passado para trás pelo superior direto. Tudo amizade. Que amigos, heim?

Por mais errada que seja o Bope, e ela também tem grandes chances de estar maculada pela nódoa da corrupção agora de acordo com o autor, vemos que um ambiente sem corrupção gera amizades de verdade. Não vou entrar nos méritos e nas merdas do Bope. Estou falando de mostrar o que significa ter amigos de verdade, de não ficar se iludindo achando que compra segurança. Segurança frágil e falsa da corrupção.

Manfred von Richtoffen tão seguro de sua segurança comprada com dinheiro desviado da DERSA. Quem diria que sua filhinha querida quem os mataria? Mas mesmo se não fosse ela... Ives Otta não morreu nas mãos do segurança de seu pai?

O que importa é mostrar não apenas a pouca vergonha, mas mostrar que não vale a pena porque não é verdadeira a riqueza e a boa vida. Tem de ficar esperto senão te apagam, cara. Não que os caras do Bope não morram. Morrem. Mas quando morrem a perda é sentida de forma real.

E não apenas luto forçado para mostrar a força do NOVO chefão (que afinal acaba ganhando com a morte do antigo traficante chefão). Grandes amigos, né?

E fica ainda mais evidente a imagem, quando realçamos o contraste. Daí a importância de mostrar o protagonista com uma certa dose de recompensa. Perdeu a mulher? (grande coisa eu também não gostei daquele chuchu aguado) Não pode ver o filho? Tudo bem, mas ainda assim ele teve mais do que tem o corrupto que acha que está abafando (cade a família dele? só pode ficar nas boates e azarando prostitutas?), mas na verdade precisava mesmo é ficar esperto e atento o tempo todo para não se foder. E ficar em tensão o tempo todo por conta de fogo amigo é foda.


*A aula de Filosofia do Direito ilustra bem a mentalidade novo-burguês medíocre de nossa "intelectuária", a mesma que forma um monte de administradores de empresa que não conhecem chão de fábrica, que se bota a opinar sem nem ao mesmo conhecer mais que um ângulo de um fato.

Falei "imparcial", porque é o que acontece com vários professores "esclarecidos": eles só querem ouvir aquilo que ele acha certo. E o certo não é ficar do lado da polícia. Mas também não devia ser certo ficar do lado do traficante.

Repetindo a analogia do contraste da imagem, aquela classe toda "cheia de razão, revoltada com a truculência", e não deixando o Matias falar é o máximo da tragicomédia: liberdade de expressão tão somente para quem tiver a mesma opinião. Essa cena fica ainda mais forte quando no enterro de Neto, a menina chega para Matias e ele pergunta "o que você veio fazer aqui?"

Ela responde na defensiva "Eu não vim aqui discutir", mas a réplica foi ainda melhor "eu não estou discutindo, eu perguntei o que você veio fazer aqui?"

Pode haver algo mais tapa de pelica? Repensando a frase de James Watson, que de neutra todo mundo interpretou de forma racista, é a mesma coisa. A malícia está normlamente nos ouvidos e não necessariamente na boca. Aqui, a intolerância não estava na figura da polícia (Matias) mas da sociedade. Afinal é a sociedade que tem pena do menino de rua, também pede redução da maioridade penal e pena de morte. Não é coerente como a polícia: ela é apenas truculenta e não tem pena de "gente safada".
 
Última edição:
Re: Tropa de Elite (Brasil, 2007)

O hype do filme tá enorme no meu trabalho, na faculdade e entre meus amigos.

Finalmente um substituto para SPARTAAAAAAAAAA

Agora algumas das frases comuns são:

"PEDE PRA SAIR", "Sr número "x", o senhor é um fanfarrão", "você é um moleque", "ninguém vai subir nessa porra", "vai jogar no chão? vai enfiar no cu?", "NINGUÉM VAI SUBI", "ESSA PICA nÃO É MAIS MINHA" "JÁ AVISEI QUE VAI DAR MERDA ISSO" etc

Muito foda xD
 

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