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mata o branquelo detta walker
O livro A Bússola de Ouro foi publicado pela primeira vez em 1995 e faz parte da trilogia Fronteiras do Universo, do escritor britânico Philip Pullman. O segundo livro da saga chama-se A Faca Sutil e o terceiro A Luneta Âmbar.
A Bússola de Ouro mostra o início da aventura de uma órfã de 12 anos de idade, Lyra Belacqua, em um universo paralelo ao nosso. Nesse universo existem bruxas boas, ursos guerreiros, instituições que querem dominar o mundo e o papa se chama Calvino. Há também os dimons (daemons), que são as "almas" dos humanos separadas de seus corpos com forma de animais falantes. Os dimons das crianças mudam de formas, os dos adultos não. O dimon de Lyra chama-se Pantalaimon e sua forma mais comum é a de um arminho. Lyra é sobrinha de Lorde Asriel e vive na cidade catedrática de Oxford, entre brincadeiras não tão inocentes nos telhados e catacumbas da cidade, guerreando com os garotos gypcios e não obedecendo aos seus tutores, até perceber que várias crianças começam a sumir raptadas pelos Gobblers. Depois que seu amigo Roger é raptado, Lyra passa a ser criada pela Sra. Coulter, e descobrindo alguns de seus segredos, foge com os gypcios para o Norte. Conhece o urso polar Iorek Byrnison. Ajuda-o por duas vezes e é ajudada por ele. Parte para Bolvangar para libertar seu amigo Roger e outras crianças, que sofrem experiências fatais de separação de dimons. Lembre-se que os dimons são as "almas" delas. Aqui começam as críticas do autor à Igreja, pois os Globbers não são outros senão as autoridades religiosas, incluindo a Sra. Coulter.
Nesta aventura toda, Lyra utiliza-se do aletiômetro, uma bússola dourada capaz de responder a qualquer pergunta. E também descobre sobre o Pó, que apesar de no livro não ficar claro o que é, no filme é definido como livre-arbítrio (free will). Este Pó tem relação direta com a maldição bíblica de Gênesis - tu és pó e ao pó voltarás - e é considerado pelos vilões da trama como o mal universal. O que faz Lyra concluir exatamente o contrário sobre ele. A crítica à Igreja (e de certa forma à Ciência) se fazem presentes novamente, como se o livre-arbítrio fosse domesticado ou até anulado pela Igreja. Como o Pó aparece em crianças e mais abundantemente em adolescentes (idade em que se começam a tomar decisões por conta própria), estes são as cobaias favoritas da Igreja. A relação com a pedofilia e com a bitolação mental infantil também não são mera coincidência. No final, o livro traz uma reviravolta já prevista por uma das bruxas: Lyra será traída por alguém próximo antes de continuar sua jornada.
Philip Pullman segue uma grande escola de escritores britânicos que escrevem sobre mundos fantásticos: C. S. Lewis (As Crônicas de Nárnia), J. R. R. Tolkien (O Senhor dos Anéis), Terry Pratchett (Discworld), Douglas Adams (O Guia do Mochileiro das Galáxias) e J. K. Roling (Harry Potter). Mas ao contrário dos outros, Pullman é o primeiro destes a considerar a Religião como um mal e a criticá-la abertamente. Se bem que eu, particularmente, não acho que a crítica de Pullman seja tão sem sentido ou mordaz. Ele só mostra algo que está visível a todos. Vê aquele que quer. Sente-se ofendido aquele em quem a carapuça servir. Documentários como Zeitgeist são bem mais ácidos.
É dito que o título da série em inglês His dark materials é baseado na obra de John Milton, O Paraíso Perdido, que diz: His dark materials to create more worlds, ou Seus materias escuros foram usados para criar outros mundos. Parece que a idéia sobre o Pó também foi retirada do mesmo livro.
Como não poderia fugir à regra, o filme é inferior ao livro. Corta partes importantes, muda as seqüências dos acontecimentos e o torna mais leve, deixando de mostrar as críticas à Igreja e as mortes infantis. O nome da instituição dominante é trocado de Igreja para Magistério. Uma das cenas fora de ordem é a entre a Estação Experimental (Bolvangar) e a Fortaleza dos Ursos (Svalbard). Várias coisas que Lyra faz em Bolvangar não são narradas. O filme também acrescenta o personagem malévolo Fra Pavel que nem existe no livro.
A estória deixa de ser adolescente-adulta para comprimir-se no formato infanto-juvenil. Altera-se de uma experiência racional crítica para uma puramente visual. O filme empobrece uma estória muito bem articulada de crítica moderna. Como o filme termina antes que o livro, para quem leu, fica a impressão de que cortaram os últimos 5 minutos do filme. Uma sensação realmente frustrante. Para os que somente assistiram ao filme, algumas partes ficam sem sentido, sem nexo, sem história. Muitos detalhes visuais, pouco enredo.
A capa da 2ª edição do livro já vem baseada no cartaz do filme que estreou em dezembro de 2007, pela New Line. Além de criticar a Religião, a estória traz também conceitos de metafísica, física quântica, filosofia e simbologia bíblica. O livro vale a pena ser lido, já o filme... vale a pena procurar algo mais inteligente para fazer.
A Faca Sutil é o segundo livro da trilogia Fronteiras do Universo, do britânico Philip Pullman. Depois do final de A Bússola de Ouro, que termina com Lyra atravessando o portal para um mundo desconhecido atrás de seu pai, seria de esperar que a história recomeçasse exatamente onde parou. Mas não.
Ela começa em outro mundo, o nosso, e traz como personagem principal o menino Will Parry. Apesar de ter apenas 12 anos, Will é procurado por assassinato. Assim como Lyra, no primeiro volume, as crianças continuam a serem apresentadas praticando atos adultos, inclusive criminosos. Fugindo, Will atravessa um portal e cai em um universo paralelo, a estranha cidade de Cittàgazze onde existem somente crianças. Ali Will conhece Lyra. Mesmo de mundos diferentes, os dois unem forças para: primeiro, levar Lyra para o universo de Will em busca de informações sobre o Pó; segundo, encontrar o pai de Will, desaparecido em uma misteriosa expedição ao Pólo Norte; e por último, descobrir onde está o pai de Lyra e o que está tramando.
O mundo em que Will e Lyra se encontram é uma espécie de universo intermediário entre todos os outros e similar ao da primeira história de As Crônicas de Nárnia, O Sobrinho do Mago, de C. S. Lewis. A diferença é que no universo intermediário das Crônicas não existem habitantes nem construções, apenas um bosque com vários lagos. É como se o universo intermediário de Lewis evoluísse para o de Pullman. E enquanto nas Crônicas passava-se de um mundo ao outro entrando em lagoas diferentes, no das Fronteiras uma faca é usada para abrir portas no ar, a tal da Faca Sutil, chamada assim por possuir dois gumes, um que corta qualquer material e outro que abre portais dimensionais no ar.
Enquanto Lyra possui a Bússola de Ouro, a Faca Sutil - depois de alguma luta - acaba nas mãos de Will. Não só o destino dos objetos mágicos parece entrelaçado, mas o das crianças e o de seus pais.
Alguns detalhes do filme A Bússola de Ouro que não aparecem no livro homônimo são encontrados em A Faca Sutil. Por exemplo, no filme há o personagem Fra Pavel (Frei Pavel no segundo livro, sutilmente modificado para evitar confrontos com a igreja), um membro do Magistério que também possui uma Bússola de Ouro, mas que, diferente de Lyra, só consegue manuseá-la depois de complicadas pesquisas em um manual antigo.
Como citado antes, as crianças não são seres tão inocentes na visão de Pullman. Em A Bússola de Ouro, Lyra faz brincadeiras perigosas - como afundar um navio que era a casa de alguns gípcios por maldade - fuma e mente descaradamente. Em A Faca Sutil, Will mata um homem acidentalmente no começo e uma mulher no final, mas por vingança. Talvez a forma de crescimento que Pullman vê nas crianças é não deixarem de fazer o que sempre fizeram, mas praticarem os mesmos atos, os mesmos erros com um verniz mais "adulto". Uma análise superficial na sociedade em que vivemos mostrará que a cada dia mais crianças têm praticado estas ações adultas sem o menor constrangimento ou culpa, sejam bons ou ruins.
O livro traz mais mortes que o primeiro. Os perseguidores são em maior número que os fugitivos. Aparecem novos personagens, como os perigosos Espectros e os Anjos, deixando o clima tenso e preparando o leitor para a grande guerra que ocorrerá no terceiro livro da série, A Luneta Âmbar. Novamente, como nas Crônicas de Nárnia, o final caminha para uma grande batalha final entre o bem e o mal (talvez esta fórmula seja de sucesso, vou consultar o Joseph Campbel), só que nas Fronteiras do Universo definir claramente quem é o bem e quem é o mal é uma tarefa um pouco mais complicada.
É quase um consenso que os episódios finais das grandes séries – em livros ou tevê – nunca agradarão a todos. Talvez até faça sentido afirmar que os que detestaram o final são em número igual ou superior aos que gostaram. Os seguidores (leitores ou telespectadores) mais exaltados culpam imediatamente os autores (escritores, roteiristas ou diretores), apontando-os como pessoas incapazes de chegarem a um desfecho à altura da série. Outros mais bondosos, até assumem certa parcela da culpa, admitindo terem criado grandes expectativas antes do final. E como diz um pensamento budista "grandes expectativas resultam em grandes frustrações".
É claro que estas não passam de tentativas para explicar porque o final não agradou tanto quanto o começo, ou mesmo o meio, da história. É uma tentativa de justificar porque A Luneta Âmbar não me agradou, enquanto os dois volumes anteriores sim. O livro A Luneta Âmbar encerra a trilogia Fronteiras do Universo, do escritor britânico Phillip Pullman. Os volumes anteriores são A Bússola de Ouro e A Faca Sutil. Ao contrário do citado no parágrafo anterior, comecei a ler sem grandes expectativas, pois a pessoa que me emprestou o livro revelou que ele não era bom como os anteriores. E tenho de admitir, ela estava certa.
A Luneta Âmbar revela todos os mistérios levantados nos volumes anteriores, amarra todas as pontas soltas. Os mocinhos vencem os vilões. O universo - ou universos, já que é uma história de viagens dimensionais - é salvo. Aparecem novos personagens importantes, uns para ajudar, outros para atrapalhar. Mesmo assim, é um livro longo e chato. É longo porque é chato, e é chato porque é longo. O leitor ficará aborrecido antes de ler um terço do livro. As páginas parecem travar o tempo e o desenrolar da história não flui naturalmente. Tudo parece forçado e fora de lugar. Estarei eu exagerando? Veja alguns dos motivos que me levaram a pensar assim.
1º problema: a falta de iniciativa e ação dos protagonistas e antagonistas.
Os escritores consagrados não cansam de dizer que o sucesso de uma boa história é a ação. Mas a ação praticada pelos protagonistas, afinal, a história gira em torno deles. Nada mais natural que eles é quem roubem o trem ou vão atrás de quem roubou, matem ou busquem vingança porque mataram um amigo, fujam ou persigam, corram ou cansem de correr e enfrentem o psicopata assassino, virem um monstro verde ou queiram destruir o monstro verde, etc e etc e etc. Qual seria a necessidade de um personagem principal que não faz nada, que não ajuda a trama avançar, que deixa a impressão que tudo aconteceria com ou sem ele? Imediatamente me vem à memória o principal defeito da 5ª temporada da série 24 Horas: o protagonista, Jack Bauer, não resolvia nada, só era capturado várias vezes pelos vilões, e sem os velhos amigos das temporadas anteriores, o velho Jack já era. São os personagens secundários que salvam o dia. Em A Luneta Âmbar, Will e Lyra estão tão ruins em seus papéis que não lembram nem de longe as suas atuações anteriores: A Bússola girava em torno de Lyra e A Faca em torno de Will, mas A Luneta passou a girar em volta dos personagens secundários. Não é Will quem salva Lyra. Nenhum dos dois vence os antagonistas - a Autoridade e Metraton -, aliás, o grandes vilões dão menos trabalho que os seus subalternos. Melhor, não dão trabalho algum e mostram ser - assim como os protagonistas - irrelevantes para a trama.
2º problema: personagens ruins ou desnecessários ou ambos.
Começo pelos antagonistas. Seriam personagens que dariam excelentes vilões se não fossem caracterizados como personagens planos e não redondos. Explico, os personagens planos são os atores coadjuvantes, que não precisam de detalhes e somem do mesmo modo como apareceram, puf!, sem que ninguém perceba. Os dois grandes vilões do universo são insuportavelmente fracos e descartados facilmente. Faz-nos pensar como é que alcançaram o posto de dominantes de mundos se caíram tão fácil. A Autoridade, a origem de todo mal mostrado na trilogia, morre de inanição, chorando e gritando como um bebê. É patético. Metraton, o superanjo fodão, líder das forças do mal, é derrotado em uma briga corpo-a-corpo com dois humanos que não tinham poder algum. Os vilões dos livros anteriores, a sra. Coulter e o Lorde Asriel, poderiam render mais, mas são desperdiçados. As intrigas e estratégias feitas por eles não resultam em nada. A mudança em suas personalidades soam falsas devido à rapidez com que são expostas ao leitor.
Ama, a menina que habita páginas e páginas no início do livro, assim que salva Lyra é descartada como se fosse necessária somente ali. Ela foi usada, abusada e jogada fora.
Balthamos e Baruch, os anjos “homossexuais” apaixonados, só sabem lamentar não poderem viver as suas paixões carnais igual a quando eram humanos. Balthamos então chega a dar raiva, por suas covardias e falta de foco.
As criaturas mulefas e tualapi, bem como o universo em que vivem, mostram uma ótima criatividade do escritor (o corpo dos mulefas lembram motos e o dos tualapi barcos à vela), mas deixam a pergunta no ar: “Para que eles servem?” Caberia a mesma resposta se a pergunta fosse sobre o mundo deles, as árvores gigantes, o Pó e o óleo das nozes gigantes: servem só para acrescentar mais páginas inúteis ao livro.
A doutora Mary Malone, do "nosso" universo, assim como Will, em A Faca deixa a impressão que será essencial no desfecho. Mas o que ela faz é extremamente chato. Além de dar uma de antropóloga, vivendo e aprendendo sobre os mulefas, ela sobe nas árvores gigantes e não descobre nada, inventa a tal da luneta âmbar só para ver o pó que todos vêem menos ela, e contar uma histórinha de romance muito ordinária que teve quando era freira que abriu os olhos de Lyra para a vida. A dra. Malone faz muita coisa sem fazer nada. É difícil de acreditar que ações tão pequenas tenham efeitos tão grandiosos quanto o livro quer passar. As críticas inteligentes à igreja que aparecem em A Bússola, que são o grande diferencial da série, viraram argumentos grosseiros e fúteis. Pullman usa Mary para atacar o celibato e o Padre Gomez o fanatismo. Mas o escritor sai do aspecto geral para exemplos particulares, e não consegue criticar o problema, só os personagens.
O Padre Gomez, assassino religioso com a missão divina de matar Lyra, é inverossímil ao extremo. Ele recebe o perdão antecipado pelo assassinato que pretende cometer, mas sente-se mal na possibilidade de ferir Will em algum descuido por ele estar perto de Lyra, para logo em seguida matar sem remorsos um tualapi só para mostrar quem manda no pedaço. A consciência do homem mais parece uma montanha-russa! O seu fim também é fútil, fazendo com que o leitor faça questão de apagar a sua figura da memória como se ele nem mesmo tivesse entrado na história. Eu já apaguei e não notei diferença alguma.
3º problema: cenas inúteis e irrelevantes para a trama.
O objeto que dá o título ao livro é inútil na trama. Enquanto a bússola de Lyra, ou alietômetro, responde a qualquer pergunta que ela faça e a faca de Will de um lado corta qualquer material que exista e do outro abre portais interdimensionais, o que faz a luneta? Ela deixa que dra. Malone veja o Pó. Só isso. Emocionante, não?
As viagens através de várias dimensões feitas por Will e Lyra em A Faca são meios de se atingir um objetivo. Ou eles estão fugindo ou precisam chegar em outro lugar sem serem vistos. Agora eles passam de um universo ao outro em uma velocidade vertiginosa, às vezes apenas para dormir em um lugar calmo. São tantas dimensões que confunde.
Há outras cenas que não acrescentam nada: Will quebrar a faca; o mundo intermediário entre o mundo dos vivos e o dos mortos; a conversa com as Hárpias; a luta na usina de energia; a batalha universal onde nenhum dos personagens principais tem um papel relevante e o final que poderia salvar o livro, mas dá o golpe de misericórdia como sendo um grande fiasco.
4º problema: referências e citações para dar um ar intelectualizado.
As citações e o uso de personagens bíblicos, como Enoque, por exemplo, não ajudam na história e parecem colocadas ali só para que o leitor fique ciente que o escritor leu a Bíblia. Pelo menos, Gênesis. Em seus agradecimentos finais, o escritor revela quais livros o influenciaram na escrita de A Luneta:
"Eu roubei idéias de todos os livros que li em minha vida. (...) há três obras com relação às quais - mais do que todas as outras -, devo reconhecer, tenho dívida de gratidão. Uma é o ensaio Sobre o Teatro de Marionetes, de autoria de Heinrich von Kleist (...) A segunda é Paraíso Perdido de John Milton. A terceira são as obras de William Blake." (pg. 525-6)
Pena que a qualidade de A Luneta Âmbar não chegue nem perto das obras que inspiraram o autor. Parece que ele as usou somente nas citações, que diferente dos outros volumes, aparecem no começo de cada capítulo.
5º problema: nenhum final memorável.
Como o tema central da história é a grande batalha final entre o bem e o mal, muitos personagens ou morrem ou viram purpurina no ar ou não vivem felizes para sempre. Muitos se sacrificam para salvar outros. Mas nenhum final é memorável. Os únicos que morrem deixando saudade são os cavaleiros galivezpianos Tialys e Salmakia, a meu ver os dois melhores personagens da trama. Fica a velha impressão de que A Bússola e A Faca fizeram sucesso e os ediores pressionaram o autor para escrever o final logo, mesmo que fosse mal acabado e bobo. A Faca é inferior à parte anterior como uma fotocópia de um original. E A Luneta é pior, a fotocópia da fotocópia. O gostinho de mistério, o de querer continuar lendo, vai acabando à medida em que as explicações idiotas vão sendo dadas.
A Luneta Âmbar ganhou o Prêmio Whitbread como Livro do Ano, apesar de ser o pior dos três livros da saga. Provavelmente aconteceu o mesmo que com o último livro de As Crônicas de Nárnia de C. S. Lewis, A Última Batalha, que ganhou o Prêmio Carnegie Award de Melhor Livro Infanto-Juvenil do Reino Unido em 1956, apesar de ser o mais fraco dos sete volumes. Talvez seja um costume britânico premiar os últimos volumes de uma série, mais pelo reconhecimento atrasado do conjunto da obra do que pelo valor do volume em si.
Philip Pullman ainda lançou outro livro, Oxford de Lyra, que traz Lyra com 15 anos de idade, 2 anos após o final da trilogia. O livro deve ser evitado pelos que não leram a trilogia por conter spoilers. Segundo o escritor
"A Oxford de Lyra é uma espécie de degrau entre a trilogia e o livro que virá em seguida. Achei que seria divertido acrescentar alguns documentos e miscelâneas do mundo de Lyra, como, por exemplo, um mapa da Oxford que ela conhece, e conforme eu fazia isso, sentia que a história começava a ganhar forma. Do telhado da torre da faculdade de Jordan, Lyra e Pantalaimon vêem uma revoada de pássaros no céu sobre o Jardim Botânico – uma revoada comportando-se de forma muito estranha. Durante a investigação sobre a causa dos pássaros estarem se comportando daquela maneira, Lyra aprende algo sobre si mesma e sobre seu relacionamento com a cidade onde vive; e algo sobre o próprio aprendizado. Mas junto com a história, há fotografias e outras miscelâneas do mundo de Lyra e do nosso, e se você olhar atentamente, poderá achar algumas pistas sobre o curso futuro da história de Lyra" (Fonte: Editora Objetiva).
O "livro que virá em seguida" já tem título, chama-se The Dust Book ("O Livro do Pó").
Se você pretende ler a trilogia Fronteiras do Universo, talvez seja bom ter em mente o pensamento filosófico de que mais vale a jornada e não o destino. Portanto, curta a paisagem, tire fotos nas paradas e pontos turísticos, aproveite o percurso, pois o final não trará nada de interessante.