Imagine querido Rama, não estou indo além de colocações simples, problematizações, fique calmo.
E, estou embasando-me justamente nas
Cartas, pois é exatamente daí que surgem as descrições. Não te contradisse, apenas levantei a questão de talvez não ser algo tão simples. Concordo com a questão do poder inato.
E, hahaha, tirei de cargas d'água onde você mesmo buscou, mas não de forma à uma análise comparada, mas sim a uma exegese das passagens. Primeiramente, Valfenda causa sim a mesma sensação, de passagem demorada e londa do tempo "normal" aos humanos, assim como Lórien.
Porém, o fato que me coloca diante da questão de ser "mais retirado dos ciclos naturais" está, já que força minha colocação embasada com um amigo (hehehe) nos apêndices de
O Senhor dos Anéis, onde é dito, além da passagem acerca de Amroth e Lórien em
Contos Inacabados, que a região praticamente tornou-se morta com a partida de Galadriel, mesmo com a habitação de alguns grupos élficos. Vide ainda o trecho acerca de Aragorn e Arwen, ainda nos apêndices de
O Senhor dos Anéis, onde Lórien definha já na Quarta Era, enquando é dito, inclusive em
Cartas, que Valfenda ainda contínua sendo o Último refúgio élfico no domínio de Eldarion, na mesma Quarta Era.
A partir destes fatos, e trechos (que preferiria nem sequer mencionar) temos essa noção, senão clara, vívida, de que Lórien definha sem o poder do Anel, enquanto Valfenda não. E Lórien era um reduto élfico não muito mais velho que Valfenda, fundado na Segunda Era, e habitado por elfos silvestres. Valfenda foi eregido em contraposição aos ataques de Sauron contra os elfos de Eregion. Portanto, embasado nesses fatos, coloco essa
hipótese, de que os anéis élficos, apesar de manterem habilidades inatas, não o fazem da mesma forma, havendo diferença entre os três.
E, quanto a suposição de Narya, é este sim um argumento não embasado, que extravasou.
A única dedução a ser feita é, como citado nos apêndices de
O Senhor dos Anéis, a colocação feita por Círdan acerca dos poderes de Narya, e sua compatibilidade com Ólorin, visto também em trechos de
Contos Inacabados. Não estou citando páginas e capítulos pois alguns dos livros não estão em mãos, deculpe-me.
Agora, bem embasado, e de fato pautando minha
hipótese nos trechos mencionados, e após releitura da descrição de Bilbo acerca de sua temporada em Valfenda, e da impressão causada por Lórien, afirmo que isso é irrelevante a meu trato da questão, que pautei acima.
De fato, já extravasei certas vezes com você querido amigo, mas desta vez creio que não, e ao redarguir minha colocação não aceitrarei nada fora de contexto, ou não pautado, nem leituras puramente pessoais, olha lá hein!
Ah, e como já disse a muitos outros colegas, ao analisar qualquer documento, é do viés de deu analista que seja crítico, que entenda que um documento não fala por si só, e que não há verdade absoluta, seja uma obra literária, ou um documento de Estado. O analista não é isento, e está imbuído de seus interesses e parcialidades, portanto, basear-se simplesmente no que foi escrito não só é insuficiente, com ingênuo.
E isso, não sou eu quem digo, mas algumas pessoas mais ilustres, como Marc Bloch, Walter Benjamin, Carl Marx, e alguns outros que analisam o fator histórico como impressindível a visão humana.
Abraços querido amigo.
ps: e vê se não fica bravo comigo, eu não fui rude, e sabe que sou seu amigo, apenas tive de ser estritamente formal, mas você quem pediu...