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Trânsito de SP não será problema para ônibus sem motorista, diz empresa que testa a tecnologia

Fúria da cidade

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Ônibus sem condutor em teste na China (Divulgação)

Rafael Balago

Ônibus capazes de rodarem sem um condutor estão em testes na China. Os veículos são capazes de seguir um itinerário, parar nos pontos e aguardar que os passageiros subam e desçam. Os movimentos são controlados por um sistema que recebe informações de câmeras, sensores e dados de uma central e vai tomando as decisões sobre quais movimentos fazer.

Estes modelos capazes de rodar sem motorista deverão custar em torno de 10% a mais do que um veículo tradicional, estima Ubiratan Resende, diretor geral da Via Technologies no Brasil, empresa que realiza testes com ônibus autônomos na China. O vídeo abaixo mostra o coletivo autônomo em operação.
“Estes veículos devem entrar em operação no país entre sete e dez anos”, projeta ele. “Estimamos que o custo não vai dar muito impacto. Um ônibus urbano custa em torno de R$ 300 mil, e um sistema autônomo deve custar 10% disso”, contou ao blog.

Para ele, o trânsito pesado de cidades como São Paulo não será um problema para a nova tecnologia. “É mais difícil a configuração para situações de alta velocidade do que para as de trânsito caótico”, considera Resende. “O veículo é capaz de detectar tudo o que está em volta, como carros, motos e pedestres, e tomar as decisões mais adequadas”.

As câmeras enviam imagens a softwares de reconhecimento, que conseguem identificar movimentos, como um passageiro erguendo o braço. “O sistema pode ser configurado até para reconhecer alguém atrasado correndo até o ponto para pegar o ônibus”, diz Resende.

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Interior do ônibus autônomo em testes na China (Divulgação)

Para o diretor, as falhas de sinalização no asfalto e as deficiências da internet sem fio do país também não serão impeditivos para que a tecnologia avance no país. “Temos um sistema de navegação usado em aeronaves e barcos em alto mar. Em teoria, não ter a sinalização faz diferença, mas se consegue trafegar mesmo sem ter sinalização boa.”

A expectativa é que os ônibus autônomos comecem a ser usados primeiro em ambientes fechados, como em áreas internas de empresas e campus de universidades, e depois em corredores e faixas exclusivas. A última fase será enfrentar a rua ao lado de todos os demais veículos.

Sistemas de apoio a direção também podem ser instalados em ônibus comuns. Um deles é capaz de alertar ao motorista possíveis riscos, como uma moto ou bicicleta em um ponto cego dos retrovisores ou se o veículo está “comendo” a faixa e rodando fora do espaço em que deveria.


A Via realiza testes com sistemas de apoio em um ônibus em Curitiba, para adaptá-los ao trânsito nacional, e comercializa-o em pacotes que podem incluir outros serviços, como contagem de passageiros e rastreamento das rotas. O custo de instalação varia entre R$ 7.000 e R$ 25 mil por veículo.

Além da parte financeira, a adoção de ônibus sem motorista também terá de lidar com as questões legais. Em São Paulo, uma lei criada em 2001, e derrubada pela Justiça em 2017, exigia dois empregados a bordo de cada ônibus. A mudança abriu caminho para a retirada gradual dos cobradores. Depois de debater o fim deste cargo, a cidade pode ter que discutir em breve também a situação dos motoristas.

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Eu ainda teria receio de embarcar.
 
Eu ainda teria receio de embarcar.
Nem me fale, seria tenso andar de ônibus com o Gasparzinho dirigindo.

“O veículo é capaz de detectar tudo o que está em volta, como carros, motos e pedestres, e tomar as decisões mais adequadas”.
Que nem no filme Eu, Robô. Lá a coisa não correu bem.
 
De um lado não escondo que é triste ver que é a extinção definitiva de uma categoria que dava emprego pra muita gente.
 
Acabaram até com os cobradores (pelo menos aqui onde eu moro), para o desespero da categoria e também dos motoristas. Acho zoado o próprio motorista ter que ficar recebendo o dinheiro e dar o troco. O cara tem que se concentrar em dirigir, garamba!
 
Quanto a automação total e eliminação do fator humano, uma coisa é uma linha de metrô totalmente sem condutor, como o caso da linha Amarela de São Paulo, que já andei algumas vezes e funciona muito bem, porque as plataformas de todas as estações são totalmente seguras protegidas por vidros que impedem totalmente que alguém caia na via e aí as composições só precisam parar de estação em estação apenas.

Já numa via urbana com ônibus, as variáveis pra se lidar são bem maiores. Existem casos por exemplo de numa falta de energia elétrica a noite, o passageiro negociar com o motorista poder descer num ponto alternativo que considere ser mais seguro. Num ônibus sem motorista, infelizmente não haverá essa possibilidade, pois a tendência é de sempre parar em locais programados.

Fora o fato que se alguém passar muito mal, (um risco de enfarte). Quantos motoristas já não foram solidários, desviaram um pouco o trajeto e já ajudaram a levar o passageiro até um pronto-socorro mais próximo possível? Nessas horas eu ainda prefiro o fator humano.
 
Concordo plenamente. É claro que a tecnologia é uma coisa maravilhosa (estou usando um computador neste exato momento, não estou?) mas de vez em quando ela traz algumas desvantagens.
 
Acabaram até com os cobradores (pelo menos aqui onde eu moro), para o desespero da categoria e também dos motoristas. Acho zoado o próprio motorista ter que ficar recebendo o dinheiro e dar o troco. O cara tem que se concentrar em dirigir, garamba!
Mas cobrador e catraca é um atraso bizarro se você compara com transporte público rodoviário de países como alemanha.
A dificuldade em embarque e desembarque e a falta de organização dos horários dos onibus é algo que só se percebe que existe quando você passa um tempo não convivendo com isso. E boa parte se deve pelo fato de quase todo governo estadual ser refém de empresas de onibus mafiosas.


Mas enfim.
De qualquer forma é ainda pior ficar discutindo mais onibus como solução de transporte público de massa em vez de focar em transporte ferroviário.
 
Cobrador em ônibus é altamente inviável especialmente quando o ônibus passa em regiões perifiéricas de alto risco de assalto, fora a dificuldade normal de falta de troco e sendo pior ainda quando o motorista acumula essa função.
 

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