Saiba quais são os principais recursos de segurança em caso de incêndio
Porta corta-fogo
A porta corta-fogo protege a saída de emergência, que não pode ter materiais inflamáveis. Para segurança, ela deve possuir uma barra “anti-pânico” como sistema de abertura. Só com a pressão das mãos sobre a barra a pessoa destrava e abre a porta.
Saídas de emergência
As saídas de emergência são obrigatórias, porém a quantidade e a posição onde devem ser colocadas são determinadas por uma avaliação técnica feita por um engenheiro ou arquiteto.
Treinamento de funcionários
No caso do treinamento de funcionários da casa para saber agir em caso de incêndio, é adotado o que estabelece as leis trabalhistas. “O Ministério do Trabalho pela CLT tem reivindicações, normas que obrigam afazer treinamento dos funcionários, brigadas de incêndio, Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) etc.”, explica Carlos Wengrover Rosa.
Pirotecnia
Não há lei que proíba um show de fogos de artifício em ambientes fechados, de acordo com os especialistas. No entanto, para que a pirotecnia possa ser feira é preciso da liberação do Corpo de Bombeiros, que avaliará as condições do local. “A Constituição de 1988 coloca a responsabilidade da segurança contra incêndios para órgãos militares, ou seja, brigada militar e corpos de bombeiro. As prefeituras são responsáveis pelos prédios”, diz Rosa.
Materiais inflamáveis
Qualquer material derivado de petróleo é inflamável, o que inclui tecidos de sofás e de roupas. Esses materiais são vetados no revestimento das saídas de emergência. No entanto, a lei do Rio Grande do Sul não estabelece restrições ao isolamento acústico.
“Este isolamento é feito por uma espuma de polietileno, altamente inflamável, e que libera gases tóxicos quando entra em contato com o fogo”, explica Luís da Silva Souza, engenheiro civil especializado em segurança do trabalho e bacharel em Física. Segundo ele, quando é um ambiente fechado e ainda mais quando tem material inflamável, não se pode ter nenhuma atividade com fogo. “Não pode nem ter faísca num lugar com esse tipo de material.”
Extintores
Os extintores são obrigatórios e devem ser checados uma vez por ano. Quem calcula a quantidade do dispositivo e onde ele deve ser instalado também é o especialista técnico. Segundo as normas do Inmetro, existem três tipos de fogo: o fogo gerado por combustíveis líquidos, por líquidos inflamáveis e por equipamentos elétricos. Cada extintor, explica o órgão, traz as suas especificações.
Sprinkler
Uma rede instalada no telhado do prédio com diversos dispositivos com água resolveria quase que definitivamente um incêndio como o que aconteceu em Santa Maria, de acordo com o diretor do Instituto Sprinkler Brasil (ISB), Marcelo Lima. Esses dispositivos, os chamados sprinkler, cobrem uma área de 10 a 14 metros quadrados e conseguem, segundo Marcelo, conter a fumaça e o calor logo no início, o que evita possíveis mortes por asfixia. No entanto, a obrigatoriedade vai depender da avaliação de cada situação.
“Com o calor, o sprinkler dispara jatos de água sobre a fumaça e sobre o fogo, o que garante um nível bom de oxigênio para sustentar a vida, perto de 21%”. O diretor do ISB explicou ainda que, sem esse tipo de dispositivo, em menos de 60 segundos a taxa de oxigênio cai bruscamente eliminando qualquer possibilidade de uma pessoa conseguir respirar.
Dispositivo de extração de fumaça
São dutos no teto que ajudam na circulação de ar e na evacuação da fumaça, caso comece um incêndio. No entanto, o dispositivo não ´e obrigatório em todos os estados.
Detector de fumaça
O detector de fumaça aciona automaticamente um alarme sonoro sobre a existência de um incêndio. Ele pode ser equipado ainda com um dispositivo de localização, que envia um sinal de emergência ao Corpo de Bombeiros. No entanto, não é obrigatório em todos os estados, apenas o alarme de emergência manual, acionado por um botão.