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Traficante bate em árvore e morre esmagado por 500 kg de maconha

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
[h=4]Homem ainda não identificado tenta escapar de cerco da polícia, perde controle do carro e morre prensado pela droga que transportava[/h]

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Traficante bate em árvore e morre esmagado por tabletes de maconha no Mato Grosso do Sul​

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda não identificou o corpo do traficante que morreu prensado por meia tonelada de maconha na tarde nesse sábado (14) no município de Bataguassu, estado do Mato Grosso do Sul. O suspeito, que transportava a droga em um veículo com placa de São Paulo, bateu contra uma árvore após ser perseguido por fugir do cerco policial da BR-267.

Segundo os patrulheiros, o condutor saiu em disparada sentido ao distrito de Casa Verde e adentrou em uma estrada do Assentamento Santa Clara, já no município de Bataguassu, altura do km 102. Durante a perseguição, ele perdeu o controle do carro, saiu atropelando cercas e colidiu a poucos metros de uma igreja do local. Com a violência do impacto, a droga que estava sendo transportada se desprendeu e avançou sobre o banco do motorista, matando-o na hora.

O boletim da PRF informou que a droga transportada era trazida do Paraguai e seria levada para a região Sudeste. O corpo do homem ainda passa por perícia do Instituto de Medicina e Odontologia Legal de Três Lagoas. O veículo e as centenas de tabletes de entorpecentes, de pesagem inicial estimada em mais de 500 kg, foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil.

Fonte

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Quem disse que maconha não mata?!
 
Isso aí me fez lembrar da história da Maconha da Lata.

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Verão da Lata​

No dia 25 de setembro de 1987, 18 latas semelhantes às encontradas em supermercados para vender leite em pó foram encontradas boiando próximas ao litoral do município de Maricá, no Rio de Janeiro, distante cerca de 60 quilômetros da capital. Assustados após abrirem algumas delas, os pescadores locais entregaram o carregamento para a Polícia Militar. Como ficou comprovado depois, cada uma delas continha aproximadamente 1,5 kg de maconha. Seria o primeiro registro oficial do episódio que entraria para a história como o "verão da lata".

No final de agosto, a Polícia Federal do Rio recebeu um comunicado dos EUA de que o navio Solana Star, que vinha da Austrália, estava no litoral do Rio de Janeiro carregando 22 toneladas de maconha, que seriam depois repassadas para outros dois barcos com destino à Miami. A tripulação descobriu que o barco estava sendo procurado e despejou todo seu arsenal no mar. Por volta de 20 de setembro, diversas latas começaram a ser encontradas no litoral do Rio de Janeiro e São Paulo.

A história completa do Solana Star e suas cerca de 15 mil latas foi contada recentemente pelo jornalista carioca Wilson Aquino no seu livro "Verão da Lata". "A ideia surgiu conversando com a galera mais jovem, eles achavam que isso aí era um folclore, papo de maconheiro, uma "viagem" (risos)". Com cerca de 200 páginas e recheado de fotos, a obra tem uma linguagem bastante semelhante à da televisão, o que é confirmado pelo autor. "Primeiro surgiu a ideia de fazer um documentário para cinema ou TV. Aí entrei em contato com a editora e o dono sugeriu fazer um 'documentário impresso' já que havia bastante material fotográfico", conta ele.


Repressão


O episódio aconteceu num momento em que o país estava em um período de transição entre o final da ditadura e a democracia plena. Aquino conta que houve uma verdadeira "caça ao tesouro" de parte da população para descobrir as latas, mas o medo de ser pego era muito grande. "Hoje em dia é tranquilo, você pode até ser liberado depois de responder alguma bobagem. Na época tinha porrada mesmo, ninguém gostava de maconheiro, principalmente a polícia. Era um período pós-ditadura, então as pessoas ainda tinham muito medo", diz ele.

Aquino conversou com diversos policiais da época, mas conta que apesar de muitos deles na época terem ligações com os antigos órgãos de repressão da ditadura, sua atitude uma vez que as latas se espalharam foi de relativa permissividade. "Os caras com que eu conversei são maduros, a maioria já deve estar aposentada, eles hoje têm outra visão. Eles próprios acharam que isso não causou uma convulsão social. Mas houve alguma repressão, em todo cais tinha uma operação da polícia", conta.

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Também pesava o fato de que poucos traficantes terem se envolvido com a venda do conteúdo das latas. "Achei legal que não houve registro de traficante profissional. A polícia nunca apreendeu lata em boca de fumo. A sociedade mesmo se incumbiu de detonar tudo sem a interferência do intermediário. Era tudo de Iemanjá ou Netuno direto para o usuário (risos)", conta Aquino. Das cerca de 15 mil latas jogadas no mar, apenas pouco mais de 2 mil chegaram a ser apreendidas pela polícia.


A tripulação


Após jogarem as latas no mar, a tripulação do Solana Star pediu autorização para entrar com o navio no Porto do Rio para reparos no motor. O barco ficou atracado e quase todos os integrantes, com exceção do cozinheiro Stephen Skelton, saiu nos dias seguintes do país. Quando a polícia brasileira reconheceu o Solana Star como o barco que estava sendo procurado, apenas Skelton, que foi imediatamente preso, estava no país.

"Ele foi condenado à uma pena de 20 anos, mas ficou só um ano preso. O próprio STF achou que a quantidade apreendida no barco era muito pequena para condenar o cara por tráfico internacional", conta Aquino. Não havia como provar a relação de Skelton com as latas encontradas no litoral, e a quantidade encontrada no barco era ínfima. "O Supremo viu que era exagero e liberou o cara", diz o autor.

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Já o responsável pelo comando da operação foi preso em Miami na véspera ao tentar embarcar no Brasil, mas por uma falha de comunicação entre as policias dos dois países não se sabe que fim ele levou. "Esse intercâmbio entre as policias não ocorreu, não informaram para a polícia daqui que fim levou o cara. Eles só estavam mesmo querendo que a polícia brasileira evitasse que esse carregamento chegasse aos EUA", diz Aquino.


Influência


Em relação à influência do carregamento do Solana Star na cultura brasileira da época, Aquino acredita que ela não foi muito além de ter batizado o nome de algumas bandas de reggae e ser tema de algumas marchinhas de carnaval. O jornalista acredita, no entanto, que a qualidade do produto vendido no Brasil mudou desde então. "A maconha vendida aqui no Rio de Janeiro era solta, de qualidade duvidosa, causava muita irritação e tosse. Depois começou a surgir uma maconha de mais qualidade, o que a gente chama hoje em dia de 'prensada'. Isso a gente pode atribuir ao verão da lata", conta ele.

O autor se diz favorável à descriminalização, mas acha que a legalização da maconha seria uma questão mais complexa no Brasil."Acho que a descriminalização na prática já está ocorrendo. Mas legalizar requer outros estudos: você tem que considerar quem vai poder vender, quem vai poder comprar, aonde, quanto seria cobrado...é uma coisa mais complicada", conclui ele.

Fonte

 
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