DA P NUM ACABA COM A NOSSA GRAÇA POR FAVOR? ME OFENDI COM O "GENTE NAO MUITO QUALIFICADA"....
Por isso que sempre perdem
Normalmente os vilões que dependem de legiões se dão muito mal... a única exceção claro foi Moriarty.
A graça está em tornar a coisa factível, não? Ou seja, tornar possível a vitória das forças de Morgoth/Sauron.
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Em primeiro lugar, para que isso seja possível é necessário que o Lorde do Mal seja um pouco diferente, de modo que ele não termine como bebê chorão birrento - no caso de Morgoth - ou um olho com conjutivite paranóico obsessivo - no caso de Sauron.
Não sei se o problema é nascer muito poderoso, ou seja, ser um individuo que possui muito poder inerente à sua essência. Na luta contra Fingolfin, Morgoth foi patético em terminar com medo de ser ferido (uma vez que nunca havia sido, e tinha levado uma picada de agulha com a ferroada do rei elfo).
(em termos humanos, também é meio patético termos tanto medo de uma abelha... tudo bem ter medo de um enxame de abelhas africanas, mas de uma abelha?)
Talvez a resposta seja em LIMITAR o poder. Assim como Moriarty (que em termos físicos não é um Hércules, aliás este herói por ter força demais fez a cagada de matar o próprio filho numa bebedeira e daí que ele se auto-puniu com 12 trabalhos), Gandalf é um dos poderes do mundo, mas resolveu vestir um andrajo mortal e humano, que literalmente CONTÉM seu poder.
Ao não dispor do poder ilimitado de sua forma natural, o indivíduo PRECISA ser mais engenhoso. Gandalf poderia ficar fazendo corpo novo (descartando o antigo) para viajar grandes distâncias, mas nunca o fez. Essa capacidade tem um limite também pra Sauron, que terminou daquele jeito zoiudo.
Ou seja, de certa forma, Gandalf conseguiu poupar-se. Quando temos enormes poderes, a gente costuma imaginar que é poder infinito, e abusa e gasta demais.
Mas limitar no sentido de Sauron é enganoso. Ele não pensou estar se limitando na ocasião da forja do Anel, mas ampliando seu poder. Eventualmente - já que ele usou parte de si mesmo na confecção do artefato - qualquer um concluíria que era um mal negócio. Mas o problema da ganância é que a pessoa não consegue ter um panorama geral dos custos x benefícios x prejuízos, e só fica pensando no que vai conseguir.
OK, ao limitar o poder do Lorde do Mal, automaticamente ele terá de desenvolver bons relacionamentos com seus subalternos. Ele não poderá vigiar a todos, e mesmo que pudesse, que perda de tempo quando podia estar tramando algo, ou seja é importante ter subalternos confiáveis.
Confiavel não no sentido de ser obediente apenas, mas de ser capacitado a improvisar e vencer adversidades. E para isso é necessário inspirar lealdade em pessoas competentes, porque covardes não costumam ter coragem de experimentar novas idéias e planos (preferem o que sempre deu certo).
Exemplo de lealdade que não ajuda muito: a que o povo alemão tinha em Hitler. Ele eliminava quem tinha idéias diferentes (ou avisava que algumas ideias dele iam dar merda)
Novamente, somente na ficção temos alguém assim... nem mesmo o Barão Harkonnen consegue inspirar lealdade em seus subalternos...
O problema de Melkor é que ele confia muito que a maldade instilada naqueles que desviaram-se da luz do Oeste vá produzir os frutos que ele quer. Tipo Palpatine, ele não força seus Anakyns a ficar com eles, mas deixa tão deformado comparado com antes que ele não tem escolha a não ser continuar servindo o lado negro.
Agora, ter apenas controle mental sobre todos os seus subalternos também é perda de tempo. Primeiro porque seus subalternos ficam patéticos como o Rei de Rohan (controlado por Saruman/Lingua de cobra) e segundo porque perde muita energia em controla-los.
Para conseguir subordinados competentes, ironicamente ele teria de ter atributos de herói, como tolerância aos subordinados que discordassem dele, confiar que eles vão ser capazes de fazer as coisas sem que ele toda hora precise fazer ele mesmo. Hmmm... Femto/Grifitts seja qualificado para Lorde do Mal, ainda mais que ele tem os Apóstolos nada burros a seu lado.
Então... tecnicamente eles precisam ser do tipo heróico, mas sem as auto-enganações que heróis fazem sobre não pedir para ninguém segui-los, que ele quer um mundo melhor (e não um mundo para ele), etc.