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Top 10 Obras Literárias Difíceis

Ah, entendi, são apenas notas explicando o que é aquilo que é citado, como em um dicionário, né. Mas voce tem razão, pra quem é leigo no assunto realmente isso já ajuda a boiar menos durante a leitura, hehe
Quando você disse que essas notas dessa versão "recriavam" as frases de uma maneira mais fácil de se entender eu imaginei que seria mais ou menos como fizeram com o Ivanhoé, do Walter Scott, que recebeu uma versão simplificada, pra crianças.
 
[align=justify]Os Sertões é um livro que está na minha lista de releituras.

Uma coisa que sempre é citada quando Os Sertões chega a pauta é a fortuna crítica da obra. A novidade e a inovação dos métodos investigativos que o Euclides da Cunha utilizou, bem como a profundidade, a abrangência e o esmero em busca de detalhes etc. contribuem para que essa obra seja clássica mesmo, um manancial da qual derivaram outras abordagens, tanto literárias como sociológicas, historiográficas, antropológicas etc.

Acho que para ter uma noção maior a respeito do que Os Sertões representam para a Literatura Brasileira bem como para a História Intelectual, teríamos que ler mais sobre as ciências da época e as abordagens sociológicas-históricas-geográficas-antropológicas-etc. feitas na época. O Euclides da Cunha parece ter mergulhado de cabeça nos mais ínfimos aspectos a serem analisados e levados em conta na interpretação do todo. Perceber as influências, notar os avanços e compreender a relevância dele para o que veio depois dele é fundamental para ter noção da grandiosidade dessa obra.[/align]
 
Acredito que minha aversão a este livro se deva ao fato de ter nascido e crescido em uma cidade que tem um verdadeiro fanatismo pelo autor, devido ao fato dele ter morado temporariamente aqui, enquanto supervisionava a construção de uma ponte, e durante esse período ter escrito trechos do livro. Por causa disso os estudantes daqui são submetidos a uma imposição maciça do livro, e também da vida do autor. Talvez no futuro eu dê mais uma chance ao Os Sertões, tentarei ler com mais imparcialidade.
 
Grande Sertão, realmente...
A alguns anos eu peguei esse livro para ler, 2 vezes... peguei meio que aleatoriamente, movida pela curiosidade, sem pensar: "está na hora de ler Rosa", nas duas vezes. Isso não é justificativa, eu sei. Mas enfim: acho que li um parágrafo na primeira e duas páginas na segunda vez. Tenho a impressão de que NUNCA conseguirei ler esse livro, e é o único livro que me causou essa impressão. Tenho a impressão de que não vou entender a linguagem e vou me perder, sei lá. De que não estou "preparada" para a obra... não sei. E olha que eu li MUITO pouco.

Não me batam!!!
 
Lucas_Deschain disse:
Os Sertões é um livro que está na minha lista de releituras.

Uma coisa que sempre é citada quando Os Sertões chega a pauta é a fortuna crítica da obra. A novidade e a inovação dos métodos investigativos que o Euclides da Cunha utilizou, bem como a profundidade, a abrangência e o esmero em busca de detalhes etc. contribuem para que essa obra seja clássica mesmo, um manancial da qual derivaram outras abordagens, tanto literárias como sociológicas, historiográficas, antropológicas etc.

O que mais me impressionou em Os Sertões, Lucas, foi a mudança, a quase revolução que o sertão e a guerra de Canudos causou na cabeça e no espírito do Euclides da Cunha.

Eu li, logo em seguida a "Os Sertões", "O Mistério de Os Sertões" (da socióloga e pesquisadora Regina Abreu) e estou lendo "Euclides da Cunha" (espécie de biografia histórica de Walnice N Galvão e Florestan Fernandes) e é de se admirar como aquele evento mexeu com as ideias e ideais do escritor.
Ele que foi pra o Nordeste com aquelas ideias positivistas todas e ainda representando a oligarquia do sudeste (cafeeira paulista) e tudo aquilo virou de cabeça pra baixo quando se deparou com os sertanejos e, principalmente, com o sertão baiano.

E confesso que o livro virou de pernas pra o ar minhas ideias (e preconceitos) também, viu? =/
 
[align=justify]Gostei das indicações Clara, quando for encarar OS Sertões de novo vou ver se não descolo esses livro para aprofundar. Ainda sobre Os Sertões, bom, A Guerra do Fim do Mundo (do nosso controverso Llosa) é dedicada ao Euclides da Cunha, e (eu já disse isso em outra ocasião) o Domingos Faustino Sarmiento, autor de Facundo - Civilização e Barbárie no Pampa Argentino também tinham Euclides em alta conta, dizendo que sua obra tinha uma envergadura invejável entre outras cositas mas.

Temos que encarar Os Sertões como um estudo sobre a Guerra de Canudos, logo, por esse status, Euclides da Cunha procurou esmiuçar os caracteres mais diversos que levaram ao movimento conduzido por Antônio Conselheiro. O que ele estava tentando compreender ali era justamente porque e de que maneira o conflito veio a acontecer, por isso é que ele explora cada "migalha de potencial" envolvida no evento: as condições geográficas (com direito a jargão e uma compreensão profunda do ambiente como palco e delineador do evento histórico), os caracteres antropológicos e sociológicos (quem eram esses homens envolvidos, como estava organizada sua sociedade, que tipo de culto mantinham, como se alimentavam, como era seu cotidiano, como se comportavam etc.); para que, tendo isso como base ele pudesse construir sua hipótese a respeito do que lá aconteceu.

Está me dando cada vez mais vontade de reler.[/align]
 
eu com isso aqui

Temos que encarar Os Sertões como um estudo sobre a Guerra de Canudos, logo, por esse status, Euclides da Cunha procurou esmiuçar os caracteres mais diversos que levaram ao movimento conduzido por Antônio Conselheiro. O que ele estava tentando compreender ali era justamente porque e de que maneira o conflito veio a acontecer, por isso é que ele explora cada "migalha de potencial" envolvida no evento: as condições geográficas (com direito a jargão e uma compreensão profunda do ambiente como palco e delineador do event.... :blabla:

perdi a vontade. boring. :tedio:
 
o problema dOs Sertões é o racismo do Euclides que atrapalha a imparcialidade do texto... Um problema grave, diga-se de passagem, que chega até mesmo a invalidar em determinadas partes os relatos dele...

Mas fora isso, a parte mais "sexy" do livro é a Terra. E tenho dito.
 
Realmente existia esse tipo de pensamento na época, de bairrismo e até mesmo de separatismo. Que chegou a culminar até em algo mais sério, como a revolução paulista de 1932.
 
Não sei se foi a imaturidade dos meus 18 anos, mas quando tentei ler Assim Falou Zaratrusta, morri três vezes e não entendi lhufas. Aí fui me aventurar a ler Primeiras Histórias. Morri pela quarta vez. Mas o Rosa não me escapa. Quando ele menos esperar, pego ele de jeito ;)
 
Mavericco disse:
A Editora Ateliê tem uma edição com cerca de três mil notas de rodapé esclarecendo o significado dos termos e, se preciso, "recriando" a frase de forma mais "didática"....

Até fiquei interessado, mas R$108,00...

http://www.atelie.com.br/shop/detalhe.php?id=239
 

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