Particularmente, eu não gosto de fazer esse tipo de coisa (top 10/5 e coisas assim).
1 - Evangelion: na maioria das coisas produzidas, ou você tem uma história profunda e personagens rasos, ou uma história rasa e personagens profundos. Evangelion consegue ser profundo nos dois quesitos, dando a impressão que, quando andar na rua, você pode trombar com um Shinji, uma Rei ou um casal de malandros a lá Misato e Kaji.
2- Gankutsuou: lindo, maravilhoso e espetacular do começo ao fim. Ponto fraco (e ao mesmo tempo o ponto forte) é que você não simpatiza com o Conde, sim com Albert. Também é o ponto forte porque consegue abordar, magistralmente, uma história já diversas vezes já contada pelo mundo. Fica a dica pra quem quiser ler o livro O Conde de Monte Cristo e sacar mais do que estou falando.
3- Abenobashi Mahou Shouten Gai (Bairro Mágico Abenobashi): você ri do começo ao fim pela zuação (e apenas zuação, não chega a ser uma crítica, acredito) feita nos mais diversos mundos que eles visitam. Entretanto, a série tem uma profundidade imensa em seus personagens e uma sacada genial que só olhos mais atentos podem perceber. Ele é tão triste quanto engraçado.
4- Paranoia Agent: outra série profunda e inteligente. Parece uma série sem sentido, mas se eu comentar muito dela por aqui é perigoso cometer spoiler, mas fica a dica do episódio em que 3 pessoas querem se matar e não conseguem. Curiosamente, o mais engraçado da série (e a série é engraçada).
5- Excel Saga: hilário e insano. Ao melhor estilo Monty Python, Anime Experimental Charlatão Excel Saga, se vale do ridículo ao extremo pra esfregar na cara toda a ridicularidade que ronda as séries de animê e a cultura pop no geral. Casa episódio escracha um tema (um dos mais hilários é o episódio onde é proibido todo tipo de piada, para ficar um animê profundo).
6- Ouran: gosto de críticas à sociedade, principalmente se elas forem bem feitas a ponto de nem os fãs mais hardcores de um determinado estilo perceberem (e, conseqüentemente, adorarem a obra). Esse é um animê que não é shojo, mas se vale do traço shojo pra ridicularizar e escancarar a ridicularidade que rondam esse estilo de mangá. Beira ao extremo e eu me mato de rir com a série. Só o final que dá uma pisada no meu saco, mas tudo bem.
7- Kino no Tabi: uma menina e sua motoca falante passam por diversas cidades conhecendo sua população e o que rola por lá. Parece ridículo e infantil, porém é um dos animês mais intragáveis para fãs de animê. É altamente filosófico e completamente profundo, poucos vão conseguir assistí-lo completamente. Fica a recomendação de estarem com humor pra vê-lo, tipo de animê que precisa preparação.
8- Beck/Mongolian Chop Squad: é muito bom saber que tem japonês que aprecia a boa música. Um animê sobre banda (e um animê bom) com altas referências aos mais clássicos variados clássicos do rock. Não existe poder, não existe nada realmente bizarro (tirando o cachorro remendado), é uma história sobre um garoto introspectivo que tem a vida transformada pela música. Vale muito à pena.
9- Nana: shojo, é verdade, mas uma excelente série. Trilha sonora é sofrível, confesso, mas são poucos os animês que conseguem abordar os temas lá abordados com tamanha naturalidade (relações amorosas) e sem aquelas frescuras costumeiras dos japoneses (poxa, nesse aqui rolam transas!!). Não vejam pela música, e sim pela história e pela inversão d papéis que acontece.
O décimo fica pra depois, mamãe veio limpar aqui e me desconcentrou total =/