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Tolkien n' Roll - Parte II

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<img src="images/stories/colunas/lothloryen.jpg" style="border: 0px solid #000000; margin: 5px; float: right; width: 300px; height: 225px" alt="lothloryen.jpg" title="lothloryen.jpg" width="300" height="225" />Sauda&ccedil;&otilde;es Folks<br />
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Dando prosseguimento ao tema abordado na <a href="colunas/cronicas-de-loryen/tolkien-na%80%99-roll/" target="_blank">coluna anterior</a>, resolvi me concentrar nessa semana em um exemplo extremo de como a obra de Tolkien pode influenciar um estilo de m&uacute;sica &agrave; primeira vista t&atilde;o d&iacute;spar de tudo o que representa a mitologia Tolkieniana, mas ao mesmo tempo, totalmente conexo &agrave; rela&ccedil;&atilde;o de bem e mal t&atilde;o difundida ao longo dessas obras. Trata-se da banda de Black Metal norueguesa Burzum.&nbsp;
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O Burzum surge na década de 90, e pertence a chamada segunda onda do Black Metal que teve como palco dominante a fria e soturna Noruega. Ideologicamente o Burzum não é uma banda satânica, pois seu mentor e único membro, Varg Vikernes (ou Count Grishnáckh) credita a figura de Satã a uma criação cultural judaico-cristã, cultura essa combatida pelo Burzum.
Varg exalta a mitologia nórdica e cultua Odin como seu Deus. Também é adepto das idéias neo-nazistas de superioridade racial.

Interessante como surgem sempre novas tentativas de "trazer à tona" o "paganismo", como crença e religião, tirando-o do âmbito dos estudos acadêmicos. Ao que parece, isso é sempre feito na forma de resistência a cultura/religiosidade dominante, ou aquela que se elege como "inimiga e opressora".

Lembro-me de ter lido em algum dos muitos artigos ou livros sobre o nazismo e a Segunda Guerra, que vieram parar em minhas mãos, que os nazistas tentaram trazer a luz dos tempos modernos a crença na mitologia nórdico-germânica, promovendo rituais e coisas do tipo. Heinrich Himmler, o Reichsführer-SS, todo poderoso chefe das temidas SS e Gestapo, aparece em algumas imagens participando desses ritos. Hermann Göring, o Reichsmarschall da Força Aérea e segundo na hierarquia nazista, também declara em 1946, quando preso pelos americanos, que quando ele morresse executado pelo inimigo, haveria um lugar para ele no Walhalla, a morada dos guerreiros mortos no combate.

Até onde eles realmente acreditavam nisso tudo, eu não sei - pois muitos deles se declaravam católicos ou protestantes - mas certamente era para dar "base" para sua dita superioridade racial, buscando no passado mítico nórdico-germânico (por isso a tão valorizada obra musical Wagneriana) as origens "puras e imaculadas" do "povo ariano".

Isso acontecendo numa época de efervescência ideológica, onde sempre havia um "inimigo" a se destruir, pois esses não eram "puros", "não faziam parte", como judeus, eslavos, ciganos, comunistas e etc., não se justifica mas entende-se. Era preciso se impor, de alguma forma. Mas trazer tudo de "podre" que se produziu a partir disso, para os dias atuais, me parece um grande retrocesso e é lamentável por isso. Principalmente quando se usa talento para isso!


Muito boa a continuação do artigo!!!
 
Ótimo artigo.

Isso mostra não só como Tolkien pode influenciar alguém mas, também, como qualquer coisa pode ser usada como pretexto para a prática do mal.

É incrível como existe gente demente nos dias de hoje... Não só gente demente pra FAZER o que o Varg faz, mas também gente demente pra ACEITAR ou, pior ainda, APOIAR isso tudo. Sinceramente, não entra na minha cabeça.
 
Ótimo artigo!! Gostei bastante da parte II, dá pra ver muito bem como Tolkien influencia todos os tipos de pessoas, "boas" ou "más", o que de certa forma se traduz, mais uma vez, na grande universalidade de sua obra!
 
Além dele ser doente a música é ruim, ''exceto (talvez) aos ouvidos daqueles para quem somente o sórdido soa vigoroso''.

Lembrei de uma entrevista com um muçulmano: ele dizia que há pelo menos 50 passagens no Alcorão em que explicitamente é dito que a paz é o caminho, mas que há uma meia dúzia em que, se lidas isoladamente dos conceitos básicos do próprio Alcorão, poderiam ser usadas para justificar a violência e o terrorismo, e que é justamente nessas passagens que alguns líderes radicais baseiam seus discursos.

Não concordo com o autor do artigo quando ele diz "o que muitas vezes leva a interpretações inusitadas, porém, válidas da obra de Tolkien". Interpretações como a exemplificada no artigo não são válidas, visto que não estão em harmonia com o todo exposto nas obras, estariam de acordo com no máximo uma pequena parte mutilada e deturpada. Só haveria coerência na cabeça do próprio doente que leu.
 
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