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Tolkien e Arthur!

Não se sabe se Merlin é um homem que existiu de fato e isso de ser um título só existe nas brumas, livro ótimo, claro, mas que É UM COMPLETO ABSURDO HISTÓRICO, SEM COMPROMISSO COM REALIDADE ALGUMA, as histórias de Artur são permeadas dessas influências cristãs, francesas, porque a protoversão de nossa famosa Saga de Artur vem do romance "La Mort D'Artur" de Thomas Mallory, francês, baseado no poema de Chretien de Troyes.

O possível Artur histórico deve ter sido um comandante galês do início do séc V que lutou com seus colegas britânicos, unificando por juramentos e alianças vários reinos em um campanhas para deter o avanço saxão. Se quiserem conhecer esse Atur, além das Crônicas de Artur (ficção histórica de Cornwell, que faz mais sentido que lendas absurdas e graais) tmos os textos de historiadores romanos como Gildas, o saxão Beda, Nennius, entre outros...

Acontece que não dá para dizer que Lancelot é tão bravo, ele pode ter sido uma bichona chorona que pagava muito ouro aos bardo para cantar seus falsos feitos, já que a história ignora seu nome, pode ter sido invenção de Mallory, assim como o reino de Artur, Camelot, cujo verdadeiro nome era Dumnonia...

Nimue pode ter sido uma louca que traiu seu amante, Merlin, como uma druida qualquer e Morgana era mesmo uma feiticeira, embora talvez não tenha existido. O periodo arturiano é chamado de Idade das trevas não à toa, é muito obscuro tudo aquilo...

E ele era galês, repito, não creiam em papo de rei de Inglaterra, que isso é balela, provavel que nem rei ele era...
 
Le Morte D'Arthur só tem o título de francês. Malory era inglês e escreveu o livro em inglês.
 
Nossa, que coisa, me confundi com os autores...enfim, não importa, detalhes triviais.A lenda de Artur com Excalibur, Távola Redonda, donzelas mágicas e dragões é lenda, simplesmente. O herói galês´data do séc. V e também duvido que fosse um deus, se ele é tão antigo, provavelmente foi divinizado ao morrer...

Um guerreiro comandante que nunca foi rei e lutou contra os saxões, a lendária batalha do Monte Baddon que trucidou com os ingleses foi obra de Artur e ocorreu de fato.
Lancelot é lenda, assim como Galahad, talvez Merlin entre outrod. As histórias galesas originais falam de Derfel, Ceinwyn, Cei, Gwydre (filho de Arur, Gwenhwyfar (nome galês de Guinevere), Arthur (nome galês derivado de Arth=urso). Enfim, como explicar essas origens galesas?
 
Milhares de anos depois, eu sei, mas gostaria de fazer uma observação neste tópico:

Lancelot não foi 'criado' por Mallory, mas por Chrétien, que você citou, e que era contemporâneo de Geoffrey de Monmouth, historiador. Ele é também o primeiro autor a citar o Santo Graal.

Aliás, não se pode afirmar que Mallory foi o primeiro a romanticizar (de romântico, não de romance) as lendas arturianas; além de Chrétien, houve muitos autores do tempo de Eleanor da Aquitânia (1124-1204) que fizeram recriagens da história, muitas vezes a pedido dela, por exemplo o próprio Chrétien, Thomas d'Anglaterre (autor da versão mais antiga que se tem conhecimento do romance Tristão e Isolda), Wace (mais conhecido por sua obra Roman de Brut, que não tem relação com Artur), Benoît de Sainte-Maure (também é mais lembrado não por tratar de Artur, mas por Le Roman de Troie). Havia também outros autores mais autônomos, como Béroul e von Eschenbach. Todos eram poetas, a maioria francesa e o único que teve de fato algum contato com algum texto original galês, se é que existiu, foi Monmouth, que estudou em Oxford. Mas mesmo este autor eu não acredito que era mais historiador que romancista.

Além de tudo isso, quando você cita 'as histórias galesas originais', não há muita evidência do que elas tenham sido. Como você mesmo disse, ao que tudo indica Artur habitou aquelas terras no século V, mas pelo menos até o século X a língua galesa não possuía um documento em prosa. Há um texto arturiano chamado Culhwch e Olwen (no galês original, Culhwch ac Olwen), também conhecido como Mabinogion, que é provavelmente o conto arturiano mais antigo que se tem notícia, datado do século XI. Um detalhe é que há gente que vê uma grande semelhança nessa história com o conto Beren e Lúthien, do Tolkien. E de fato, concordo que as evidências de que essa obra influenciou o Mestre são assustadoras. Quem quiser dar uma olhada:

http://home.comcast.net/~mithrandircq/Silmarillion_sources.htm
 
E as lendas d eprincesas, castelos e heróis não se basearam todas em Artur?

Interessante esse arroubo de erudição, mas a informação principal é que as lendas de Artur passaram por um longo e intenso processo de elaboração e adaptação...

Não só Artur foi divinizado (Rei Artur), como foi cristianizado (Santo Graal, ecoando narrativas galesas pagãs sobre caldeirões mágicos) e anglicizado (de herói galês a soberano inglês, que eram seus inimigos).

Isso, pelo menos no plano religioso, não era difícil de se fazer, se levarmos em conta o possível estado caótico do enfraquecido druidismo britânico sofrendo com o domínio cristão (como as várias vidas de santos galeses como Cadoc, que "sofriam" nas mãos de Artur, chamado de Inimigo de Deus, por ser pagão e/ou por favorecer a justiça e combater a corrupção eclesiástica, já que era lembrado como um líder justo).


Basta lembrar também o caos do sistema semitribal, semimonárquico e pósromano da Britânia no século V em constante atrito com outros reinos celtas, pictos e sofrendo as invasões saaxãs, colonizadores e genocidas germânicos...


Eis as fontes originais desse Artur histórico: se separarmos o ódio cristão a Artur, podemos ver que essas histórias das vidas dos santos galeses podem corresponder à veracidade histórica amis do que os próprios Gildas, Nennius e Bede, considerados "suspeitos".
 
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