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Todos os Homens do Presidente (All the Presidents Men, 1976)

TODOS OS HOMENS DO PRESIDENTE, ETC

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(não, não é um filme político gay)


Semana passada eu fui a uma palestra do Aydano Motta, repórter do jornal O Globo, e logo no começo ele revelou o fator determinante que o fez querer seguir a carreira de jornalista: o filme "Todos os Homens do Presidente", o qual assistiu ainda jovem. A partir daí, ele tinha convicção de que seria essa sua futura profissão. Esse fato, somado a inúmeros comentários e elogios a respeito do filme, me deixou bem curioso e com altas expectativas. Como acontece em casos assim, acabei me decepcionando. O filme é muito bom, mas não uma obra-prima como eu esperava.

Não é difícil perceber por que Motta disso aquilo. Do início ao fim, o longa mostra com perfeição o dia-a-dia de dois jornalistas que, após uma série de reportagens, resultaram na renúncia do então presidente dos EUA Richard Nixon. Presenciamos desde a grande e confusa sala de redação até o gabinete dos editores, que, com diálogos extremamente verossímeis, retrata perfeitamente o ambiente do Whashigton Post - e de qualquer outro grande jornal.

Carl Bernstein (Dustin Hoffman) e Bob Woodward (Robert Redford) começaram com uma matéria sobre uma "simples" invasão da sede democrata e acabaram desvendando o fraudulento processo envolvendo o manejamento do dinheiro do Gabinete de Reeleição do presidente. "Todos os Homens..." mostra passo-a-passo dessa investigação, fornecendo um turbilhão de nomes e meias-verdades. Basicamente, aos poucos eles vão obtendo peças mas sem no entanto formar o quebra-cabeças completo.

O filme não mexe com sentimentos. Não invade a privacidade e a vida pessoal dos personagens. Pouco sabemos sobre seus caráteres. As relações entre eles são puramente profissionais, e os diálogos não saem em momento algum do âmbito de ofício; um rápido comentário dos protagonistas sobre o nascimento da filha de um dos personagens chega a soar engraçado, pois simplesmente parece não fazer parte da personalidade deles se preocupar com a vida de alguém. É tudo um grande jogo de interesses onde se faz nada mais que o exercício do trabalho. E isso pode ser um defeito para muitos.

Mas essa não é uma história para se emocionar ou sentir medo. É uma trama política que, no máximo, exala um "quê" de tensão. A única saída é encarnar o espírito da dupla principal e sentir sua sede de informação. Nessa vertente, é cumprido o objetivo de expor uma investigação com todos os seus detalhes, desde o completo caos até o quebra-cabeças (quase) montado. É cumprido o objetivo de revelar o processo real da busca pela verdade e de delatar a hipocrisia que ronda o governo americano. Ainda que, nesse sentido, "Todos os Homens..." não supere o mais recente "JFK", não deixa de ser um interessantíssimo thriller político.

Baseado na história real publicada por Bernstein e Woodward, o filme conta com ótimas atuações que só ressaltam essa veracidade dos fatos retratados. Jason Robards, que interpreta o editor executivo, levou o Oscar por seu papel, além de uma indicação de Atriz Coadjuvante para Jane Alexander. Vale a pena conferir - pricipalmente se você pensa em algum dia ser jornalista. ;P

[70]

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Essa cena aí é foda, etc =D
 
O filme é foda porque os protagonistas não tem que crescer-como-pessoas enquanto atingem seus objetivos, são só dois caras fazendo o trabalho deles. A direção é bastante naturalista - tem uma hora que o Redford tenta usar o telefone mas faz algo errado por distração que parece que foi sem querer e eles continuaram filmando.
 
V disse:
A direção é bastante naturalista - tem uma hora que o Redford tenta usar o telefone mas faz algo errado por distração que parece que foi sem querer e eles continuaram filmando.
Não sei de que cena específica você está falando, mas eu tive a mesma impressão em algumas partes. Umas duas vezes o personagem do Redford tá falando com alguém e ele sem querer se confunde e troca o nome do interlocutor, como se o excesso de informações estivesse sendo confuso até pra ele. :lol: E tem também aquela parte que ele diz: "Tem alguém aí que saiba falar inglês-- quer dizer, espanhol??" :lol:
 
Ristow disse:
V disse:
A direção é bastante naturalista - tem uma hora que o Redford tenta usar o telefone mas faz algo errado por distração que parece que foi sem querer e eles continuaram filmando.
Não sei de que cena específica você está falando, mas eu tive a mesma impressão em algumas partes. Umas duas vezes o personagem do Redford tá falando com alguém e ele sem querer se confunde e troca o nome do interlocutor, como se o excesso de informações estivesse sendo confuso até pra ele. :lol: E tem também aquela parte que ele diz: "Tem alguém aí que saiba falar inglês-- quer dizer, espanhol??" :lol:

Sim, isso é foda. Coisas assim acontecem o tempo todo na vida real.
 
Eu assisti faz um tempinho e lembro que tinha adorado. Precisava revê-lo pra escrever melhor. Acho que é o filme mais sério do Robert Redford que eu vi, e o que mais me marcou. Ele foi feito no mesmo ano que o Rede de Intrigas, outro filme que eu recomendaria!

A piadinha do filme político gay foi foda hein? :lol: Nunca tinha pensado nisso.
 
Eu adoro esse filme. É simples, mas tem essa força e inspiração jornalísitca que é foda. Faz quem não se interessa se interessar e quem já se interessa ficar mais ligado e tenso com o desenrolar do trabalho dos dois. Ainda mais que o Bob Woodward e Carl Bernstein são os dois jornalistas americanos mais famosos por causa desse episódio, etc.

Os atores estão geniais, e Dustin Hoffman comanda.
 
Notícia de hoje que saiu no site da Folha. Olha que legal. :mrgreen:

"Washington Post" confirma identidade de fonte do caso Watergate

da Folha Online

O jornal americano "Washington Post" confirmou nesta terça-feira que o ex-funcionário do FBI [polícia federal dos EUA] Mark Felt, 91, é o "Garganta Profunda"-- fonte secreta que passou as informações do caso Watergate.

Bob Woodward, um dos dois repórteres do jornal que investigaram e denunciaram o caso na época, confirmou que Felt foi a fonte, mantida secreta por mais de 30 anos.

"Woodward confirma que Felt era o "Garganta Profunda", publicou nesta terça-feira o "Washington Post" em sua versão na internet. "Ele disse que Felt ajudou o jornal em um momento de relações tensas entre a Casa Branca e a maioria da hierarquia do FBI", diz o texto.

A confirmação acontece horas depois que o próprio Felt revelou o segredo em entrevista publicada na revista americana "Vanity Fair".

"Eu sou o cara que costumavam chamar de "Garganta Profunda", afirmou o ex-agente à revista. Felt, que vive em Santa Rosa, na Califórnia, era o número 2 do FBI no início da década de 70, durante a administração de Nixon. Segundo a revista, até 2002, ele manteve o segredo até mesmo de sua família.

No filme o Garganta Profunda fica encoberto por sombras, justamente pra não mostrar o rosto de alguém que até então tinha sua identididade escondida.
 
Nunca assisti esse, mas já vi Todas as Garotas do Presidente e sempre que na escola ou em algum lugar falava sobre o Garganta Profunda eu já associava com a Kirsten Dunst e a Michelle Williams. :lol:
 
Pois é, e os repórteres tinham combinado de revelar que era ele só depois da sua morte, era um pacto entre eles.


Sir Vëon disse:
(...) em algum lugar falava sobre o Garganta Profunda eu já associava com a Kirsten Dunst e a Michelle Williams.

:lol:
 
Agora só falta quererem fazer um remake desse filme para mostrarem a cara do Garganta...
Ou um filme sobre a história do Garganta. Pena que títulos como Garganta Profunda, Por Dentro de Garganta Profunda, entre outros, já têm dono...


Sir Vëon disse:
Nunca assisti esse, mas já vi Todas as Garotas do Presidente (...)
Também vi esse filme! Esse ex-FBI quer o crédito pelo trabalho alheio! :)
 
Esse é um dos melhores filmes de todos os tempos. Todos eles. Sem exceção. Todos os tempos que você puder imaginar. Ristow: 70? Você é retardada.
 

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