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Tiroteio mata 27 pessoas em escola nos EUA

Isso não faz o menor sentido pra mim. Em todas as épocas e lugares o porte de armas sempre foi algo tão normal para todos os tipos de pessoas. Por mais que as armas de fogo potencializem a destruição das vidas, elas são sim ferramentas para auto-defesa como qualquer arma branca. Um cidadão são não precisa ser temido por portar arma de fogo.

Aí eu vejo essa defesa de 'gun control' como algo até doentio, essa sanha moderna por 'control', pelo controle do Estado sobre tudo o que o indivíduo consome, produz, possui... fora que essa mentalidade pacifista já é algo antinatural per se. Nietzsche já falava disso no século XIX, Evola no século XX. Profetas. Maior sinal da decadência dos homens modernos: auto-castração, valorização das virtudes baixas, idolatria pelo Estado. Tá tudo aí.

"Amareis a paz como um meio para uma nova guerra. E amareis mais a paz breve do que a prolongada. Aconselho-vos não a trabalhar, mas a lutar! Aconselho-vos não à paz, mas à vitória! Dizeis que a boa causa santifica até mesmo a guerra? Eu vos digo é a boa guerra que santifica toda causa! A guerra e a coragem tem feito mais do que a caridade!" (Friedrich Nietzsche)

 
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Nietzsche não conheceu este triste "fenômeno" yankee (com eventuais aparições em outros países), o fato é que certas culturas têm maior propensão para atos bestiais como estes massacres (não vejo nada de errado nos suíços, que prestaram serviço militar, manterem, em suas residências, o armamento individual de seus tempos de caserna, enquanto forem reservistas, afinal foram devidamente treinados no manejo deste tipo de arma - fuzis .223 e pistolas 9mm - e, antes disto, devidamente avaliados psiquiatra e psicologicamente) e já que a propensão existe, é necessário, para o bem de todos, que se limite o acesso a este tipo de ferramenta.

Ótima análise sobre a facilidade de acesso a armas de fogo para pessoas com sérios problemas mentais: http://www.motherjones.com/politics/2012/11/jared-loughner-mass-shootings-mental-illness

Ou seja, é preciso manter os loucos longe de fuzis 30.06 (vendidos no WalMart!) e pistolas Desert Eagle .357 Magnum.

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Desarmamento de uma população só interessa a um lado, um Estado forte e dominador.

A meu ver nestas tragédias que as vezes ocorrem, a arma nada mais é do que uma intermediação, uma manifestação de problemas mais sutis e dificeis de serem percebidos tomando por base as sociedades ocidentais.

Vejamos a atualidade, citando o exemplo que o Paganus deu da "auto-castração", somos até proibidos de ficarmos tristes se pararmos pra refletir, acontece algo e com frases emotivas-imperativas que nos dizem temos que ficar bem imediatamente....não há tempo para uma reflexão sobre o oque houve conosco, é nossa obrigação sempre estar pronto, bem, sei lá....são pequenas coisas que jutando tudo viram uma bola de neve.
 
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E eu não estou dizendo que qualquer imbecil maior de 18 anos deveria ter armas fáceis à mão. Deveria ter algum controle sim, mesmo que provisório.

O que eu discordo é esse sentimentalismo todo em torno da coisa. Como se defender o desarmamento estive ligado um dever moral, um sentimento de compaixão. Maniqueiamos né.
 
Meus amigos, se fosse o desejo do Estado exercer uma forma de controle através do desarmamento, tão certo como a lei da gravidade, ele já o tinha feito. Se não o faz, é porque se vê comparsa nas negociatas da Indústria de Armamentos e, também, porque o controle, nos dias de hoje, nestes tempos de cultura de massas, é feito de maneira dissimulada, menos como proibição - que sempre gera questionamentos - e mais como convite a imitação: de ídolos, de atitudes. Uma forma sutil, portanto extremamente eficaz. Desse modo, mesmo o homem sabendo-se castrado, não enxerga a mão que oprime. Na alma, pela sua natureza "irrealizada de peregrino", pela alienação docemente imposta, sente todo o descompasso e, de alguma forma, quer ir à forra. Só que não há alvo, no que, então, tudo vira alvo. E nesse ambiente de controle estatal, social e também religioso - não podemos nos esquecer -, mesmo um homem "são" não está imune de surtos, de reações desmedidas para pequenos desentendimentos. Sob o efeito da ira, neste cenário que o oprime, uma arma na mão é tragédia - e quantas não ocorrem!

Condicionar "liberdade" ao direito de se armar, não é moralista como seu inverso, mas hipócrita como todo discurso do grande capital. Lembra aqueles anúncios de cigarro que advertem que fumar faz mal.

A humanidade evolui, ou pelo menos deveria. Não podemos jogar tudo no mesmo cesto afirmando que sempre foi assim, que esse ou aquele "profeta" rabiscou tal ideia e que, portanto, está mais que justificada - ele tem cacife para a palavra final. Ninguém, pelo próprio movimento da história, pode ter tamanha pretensão em querer a palavra derradeira.
 
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Meus amigos, se fosse o desejo do Estado exercer uma forma de controle através do desarmamento, tão certo como a lei da gravidade, ele já o tinha feito. Se não o faz, é porque se vê comparsa nas negociatas da Indústria de Armamentos e, também, porque o controle, nos dias de hoje, nestes tempos de cultura de massas, é feito de maneira dissimulada, menos como proibição - que sempre gera questionamentos - e mais como convite a imitação: de ídolos, de atitudes. Uma forma sutil, portanto extremamente eficaz. Desse modo, mesmo o homem sabendo-se castrado, não enxerga a mão que oprime. Na alma, pela sua natureza "irrealizada de peregrino", pela alienação docemente imposta, sente todo o descompasso e, de alguma forma, quer ir à forra. Só que não há alvo, no que, então, tudo vira alvo. E nesse ambiente de controle estatal, social e também religioso - não podemos nos esquecer -, mesmo um homem "são" não está imune de surtos, de reações desmedidas para pequenos desentendimentos. Sob o efeito da ira, neste cenário que o oprime, uma arma na mão é tragédia - e quantas não ocorrem!

Condicionar "liberdade" ao direito de se armar, não é moralista como seu inverso, mas hipócrita como todo discurso do grande capital. Lembra aqueles anúncios de cigarro que advertem que fumar faz mal.

A humanidade evolui, ou pelo menos deveria. Não podemos jogar tudo no mesmo cesto afirmando que sempre foi assim, que esse ou aquele "profeta" rabiscou tal ideia e que, portanto, está mais que justificada - ele tem cacife para a palavra final. Ninguém, pelo próprio movimento da história, pode ter tamanha pretensão em querer a palavra derradeira.

Claro que ninguém está livre de surtos e é claro que existe parceria, extensão do poder estatal também, na aliança entre governo e a indústria de armas. Não estou defendendo o lobby. Mas acho irracional querer impedir o acesso do cidadão a armas de fogo por uma questão de 'possibilidade de despiroque'. Isso é que não faz sentido.

Quanto ao resto do post, fica claro que você crê que a humanidade 'evolui', ou seja, conforme o tempo passa, ela progride para algo melhor. Eu não compartilho desse pensamento.
 
Acredito que a questão está sendo discutida de forma minimalista. O acesso ao armamento é cultural americano. Tendo suas bases no histórico militar do país. Não podemos supor "teorias de conspirações" de um dado governo, para justificar a aquecida industria bélica americana.
Avalio como um dos fatores contribuintes ao grande número de armas na americana o suposto dever de "assegurar" a segurança das outras nações. Gostaria de justificar está frase com uma conversa que tive com um amigo americano. Segundo ele, os EUA, por serem "abençoados por Deus" e serem uma nação belicosa e poderosa, tem o dever de garantir a paz no resto do mundo. Após muito refletir, conclui que ele acha que é um "dever para com Deus" de fazer intervenções armadas ao redor do mundo. Ideia doentia, eu sei, mas isso me deixou um pouco mais apar de como funciona a cabeça do americano.
Julgar uma cultura com a qual não se faz parte é contraproducente e é um ato vazio. É uma reflexao infundada.


O Brasil apresenta um comportamento pacifista e diplomático. No entanto percebo uma patologia contraditória no que diz respeito a questão do desarmamento. Segundo o resultado do referendo de 2005, sobre o Estatuto do Desarmamento, lei 10823. O artigo em questão era:

art. 35 - É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6º desta Lei".

Vendo os comentário no tópico, pude notar alguns usuários a favor do desarmamento em grade escala, salvo para organizações militares. Acredito, mesmo sem bases estatísticas, que a maioria da população brasileira seria a favor desta alternativa.
Tenho minhas pequenas bases fundamentadas no comportamento global da geração dos milleniums (nascidos nos anos 80/90) que tem um reflexo negativo ao porte de arma.
Vejo uma discrepância no que se faz e no que se pensa.
Lembram-se do sucesso de Tropa de Elite? Por que do sucesso?

Acho igualmente vazio analisar o comportamento do assassino de Newtown com base em um perfil psicológico ainda não divulgado. O que se sabe é que a CNN divulgou que ele apresenta "uma forma de autismo". É preconceito afirmar que ele é um psicopata apenas com este dado. Não posso falar com propriedade, mas baseado em relatos de pessoas que conviviam com ele, acredito que se trata da Síndrome de Asperger. O paciente com Asperger não é psicopata. Caso contrario, eu estaria morto.
 
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Well... Não consigo entender uma sociedade (apesar de conhecê-la bem) que exige que o cidadão cumpra mais pré-requisitos para possuir e guiar um carro do que para possuir a versão civil do fuzil AK-74 (sem fogo automático, mas qualquer metalúrgica de quintal pode produzir a peça que possibilita o disparo de rajadas).

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Paganus defendendo a posse de arma? Por isso que o mundo tá acabando! Paz, amor e fraternidade foram varridos até dos religiosos de hoje :lol:

A posso de arma deveria ser exclusiva para policiais, exército e outras forças. Dar arma para qualquer pessoa, mesmo aquela que treina, tem porte legalizado e psicologicamente são, não vai impedir a criminalidade. No caso americano, não tem solução. Eles jamais irão mexer na Constituição para restringir a compra de armas.
 
Paganus defendendo a posse de arma? Por isso que o mundo tá acabando! Paz, amor e fraternidade foram varridos até dos religiosos de hoje :lol:

A posso de arma deveria ser exclusiva para policiais, exército e outras forças. Dar arma para qualquer pessoa, mesmo aquela que treina, tem porte legalizado e psicologicamente são, não vai impedir a criminalidade. No caso americano, não tem solução. Eles jamais irão mexer na Constituição para restringir a compra de armas.

A ligação entre religião e pacifismo é uma ilusão. As Cruzadas não foram só um acontecimento político, elas fundaram toda uma concepção religiosa e mística da guerra, basta ver a espiritualidade das ordens religiosas de cavalaria e como isso existe até hoje.

Procure o 'Metafísica da Guerra' do Evola pra ter uma ideia disso. A guerra e todo o valor mitológico do guerreiro é um ponto central em todas as grandes tradições religiosas. Isso vai desde as mitologias indo-europeias até a jihad islâmica, as Cruzadas de que já falei, a guerra dos bizantinos contra os invasores turcos, aryas contra sudras etc etc etc.

Exemplo

Bota fé no homem, Paganus!

Fé só em Deus. Teocentrismo FTW!!! :issoaih:

O problema não é crer ou descrer no homem, é descrer ou crer na modernidade enquanto coloca o homem no cerne e não o ideal do homem que se deseja cultivar.
 
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interessante o debate. acho que sobre a questão do desarmamento algumas perguntas devem ser feitas:

1) o cidadão tem o direito à legítima defesa?

2) a proibição de vendas de armas lesa essa direito?

3) existe causalidade entre quantidade de armas de taxa de homicídio?

as duas primeiras perguntas são subjetivas, dependem da sua opinião sobre até onde vai o direito do Estado. já a terceira pergunta é objetiva e é uma questão de analisar os dados existentes. pesquisando um pouco, não me pareceu existir muito consenso entre violência e armas de fogo.

de acordo com o Global Study on Homicides da ONU há uma relação, mas não é uniforme em diferentes regiões do mundo.

encontrei também um blog que analisando os dados da Wikipedia mostra que há sim uma relação entre posse de arma e violência.

acho que também vale lembrar que a questão das armas não é oito ou oitenta: ou o cidadão é completamente desarmado, ou então pode andar como o Rambo no meio da rua. é possível permitir que um cidadão compre arma, mas não ande armado. e se eu quiser praticar tiro como esporte? não posso comprar uma arma e deixá-la guardada no clube de tiro?
 
Nos EUA se não me engano a interpretação é justamente essa. Não é porque a pessoa possui uma arma que ela vai ser uma assassina. Não é porque vende-se fast food que a população é gorda. Não é porque alguem diz algo que outra vai escutá-la e executar o que ela falou. Um coisa não é necessariamente causa-efeito da outra.
 
Não é porque a pessoa possui uma arma que ela vai ser uma assassina.

Mas um assassino ou potencial assassino pode comprar uma arma facilmente. Como é mostrado no documentário Tiros em Columbine, o Michael Moore vai abrir uma conta no banco e de brinde recebe uma espingarda e sai de boa com ela no ombro. Não foi parado por nenhum policial ao fazer isso. Diferente do que aconteceu quando ele tentava entrar no prédio da GM ou na Bolsa de Valores.

Não é porque vende-se fast food que a população é gorda.

Nos EUA é sim, e muito.
 
Nos EUA se não me engano a interpretação é justamente essa. Não é porque a pessoa possui uma arma que ela vai ser uma assassina. Não é porque vende-se fast food que a população é gorda. Não é porque alguem diz algo que outra vai escutá-la e executar o que ela falou. Um coisa não é necessariamente causa-efeito da outra.

eu concordo com vc, mas também não acho que seja imoral o Estado agir em determinados aspectos. por exemplo, uma vez eu vi um estudo que indicava que a venda de fast food próximo a escolas aumentava o risco de obesidade infantil. por outro lado, em outras regiões (sem escolas por perto), esse efeito era insignificante. isso significa que o Estado deveria intervir contra a venda de fast food do lado de escolas? recentemente nós vimos ações com o objetivo de proibir a venda de refrigerantes e frituras em escolas. isso é certo? é muito complexa a discussão sobre o papel do Estado e o bem-estar social versus as escolhas individuais.

sobre as armas em particular, fica a dúvida se os EUA são um caso excepcional. eu não sei dizer, por exemplo, se o alto número de armas por pessoa induz um maior número de chacinas. e em outros países, como é isso? por mais que em outros países o número de armas por pessoa seja muito menos, se observarmos essas chacinas com frequencia muito menor do que nos EUA, o que isso significará? não pode ser o caso de que esses surtos de violência são causados por outros fatores além das armas? fatores esses que seriam mais fortes nos EUA do que em outros países?

o ponto é que em primeiro lugar a causalidade entre armas e violência não é óbvia. e mesmo se fosse, é muito incomum uma variável (violência) ser causada apenas por um fator (armas).

a proibição da vendas de armas pode ser um tiro de canhão pra matar uma mosca - e ainda corre o risco de errar a mosca.
 

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