VAZOU!
Uma das estréias mais esperadas pra esse ano, cujo lançamento estava previsto para 31 de outubro nos EUA, coincidindo com a comemoração do Halloween, caiu na rede ontem. Como bom série maníaco já assisti o primeiro episódio e apesar de decepcionar em alguns momentos, no geral a série foi bem. Esse texto contém spoilers então a partir daqui é por sua conta e risco.
Inspirada na série em quadrinhos de mesmo nome, Walking Dead conta a história do policial Rick Grimes, que se une a um grupo de sobreviventes em meio a um apocalipse zumbi e de que forma os humanos lidam com essa nova realidade. Um mundo mergulhado em caos, onde algumas vezes o próprio homem é mais perigoso do que os zumbis.
Escrita por Robert Rickman e publicada pela Image Comics, Walking dead recebeu o prêmio Eisner de melhor séire na Comic Con desse ano. Antes de falar da série de TV é preciso apresentar algumas credenciais importantes. A direção da série ficou por conta de Frank Darabont, que tem em seu currículo os filmes O Nevoeiro, Um sonho de Liberdade e A espera de um Milagre. No elenco não há grandes nomes. O protagonista Andrew Lincoln é o mais conhecido do elenco, por seu trabalho no filme Simplesmente Amor, interpretando o cara se apaixona pela mulher do melhor amigo, interpretada por Keira Knightley.
Na série acompanhamos o oficial de polícia Rick Grimes ser baleado em um tiroteiro e acordar de um coma, sozinho em um hospital. Não é explicado na série por quanto tempo Rick fica em coma. O fato é que quando acorda o policial encontro um mundo destruído com centenas de mortos e zumbis famintos por carne humana. Uma das cenas mais tensas do episódio é a do protagonista tentando sair do hospital pela escada de emergência com apenas alguns fósforos em mãos. O acender e apagar da luz e a iminência de um ataque a qualquer momento, nos faz prender o fôlego. Ponto pra Darabont.
A partir daí acompanhamos Rick encontrando os sobreviventes Morgan e Duane, pai e filho, que resgatam Rick e explicam o panorama atual ao policial. Descobrimos que houve um epidemia de um vírus que transforma humanos em zumbis, deixando poucos sobeviventes. Rick desconhece o paradeiro de sua esposa e filho e o episódio todo gira em torno dessa preparação do policial para ir em busca de sua família. Descobrimos ao final do episódio que os dois estão vivos na companhia do melhor amigo de Rick, o também policial Shane, escondidos em um refúgio com outros sobreviventes. Além disso Lorie, a esposa, está tendo um relacionamento com Shane.
Acredito que aí residem os pontos fracos da série. O início do episódio lembra muito o clássico Eu sou a lenda, de Richard Matheson, que tem praticamente a mesma premissa. E é justamente a melhor parte pois mostra bem o desespero e opressão que o protagonista sente diante da destruição e morte. O fato de já mostrarem no primeiro episódio que a família do policial está viva também entrega de bandeja o que poderia ser um elemento de suspense da trama. Mas como inicialmente estão previstos apenas seis episódios de uma hora para a série, acredito que não terão muito tempo pra desenvolver estes acontecimentos com mais calma e o ritmo da história será prejudicado.
Para os próximos episódios ficam o reencontro de Rick com a família e a apresentação apropriada do grupo de sobreviventes e a provável tensão entre Rick e Shane, que provalmente deverão se estranhar na disputa por Lorie e maiores informações a respeito dos zumbis e da epidemia.
Confesso que achei a estréia de Walking Dead meio morna, aquém das minhas expectativas, mas não é uma série ruim. Acredito que o triângulo entre Rick, Lorie e Shane e a apresentação dos antagonistas humanos vai acrescentar muito mais drama à série. Agora é aguardar como a trama será conduzida.
fonte: http://maizein.wordpress.com/2010/10/23/the-walking-dead/