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The National

Phantom Lord

London Calling
BIOGRAFIA

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O The National surgiu em Ohio, mas se mudaram pra efeverscente Nova York, de onde tantas outras coisas interessantes vem pipocando. Brice Dessner, Matt Berninger, Bryan Devendorf, Aaron Dessner e Scott Devendorf lançaram o primeiro disco, homônimo, sob a alcunha que os tornou mundialmente conhecidos em 2001. A conquista foi se dando aos poucos, com o segundo álbum, “Sad Songs for Dirty Lovers”, em 2003, e o com EP “Cherry Tree”, de 2004. Quando lançaram “Aligator”, em 2005, já eram um pequeno fenômeno. O disco foi considerado “álbum do ano” por diversas publicações. Quem era fã, era muito fã e muitos outros vieram influenciados por esses. A adorável melancolia das canções defendida com extraordinária propriedade pelo frontman Matt Berninger tornou-se marca registrada da banda.

Em 2008, eles vieram ao Tim Festival, depois do lançamento do quarto disco, “Boxer”. O show começou com metade da lotação da tenda e terminou com a o lugar lotado e com o publico aclamando entusiasticamente a banda. Desde então, eles estavam esperando uma oportunidade de retornar. Eis que seu novo disco “High Violet” os catapulta para um posto ainda mais elevado no cenário indie, sendo considerado unanimemente uma pequena e irretocável obra prima por bíblias como o site especializado Pitchfork e pelo lendário semanário inglês NME.



DISCOGRAFIA

2001 - The National
2003 - Sad Songs for Dirty Lovers
2004 - Cherry Tree[EP]
2005 - Alligator
2007 - Boxer
2008 - The Virginia EP
2010 - High Violet


Este texto sobre o último álbum(High Violet) diz muito sobre a banda:

High Violet | The National

Tenho quase certeza de que conheço o narrador das canções do The National: é um homem de trinta e poucos anos, intensamente melancólico, que, depois de uma noite terrível, acordou com a sensação de que as paredes do quarto ganharam uma consistência macia, feito colchão de água. As cortinas perderam a cor (o que aconteceu com elas?). O teto decolou para Marte. Ele tenta se concentrar, mas só consegue pensar em três ou quatro frases sem sentido, que giram em torno da cama numa ciranda enervante.

Ok, vocês mataram a charada: eu sou o narrador das canções do The National. Bingo. Muito prazer. Puxe uma cadeira, por favor. A vida… não… vai… fácil… meu…. irmão.

Bem, talvez eu não seja verdadeiramente o narrador das canções do The National. Talvez todos nós tenhamos nossas manhãs de narrador-das-canções-do-The-National, quando o cotidiano embaralha as nossas roupas, some com os nossos livros, derruba lama no piso da sala e, de surpresa, nos deixa mudos, congelados, estirados na cama, sem corpo, quase dissolvidos no ar (nem que por alguns dez minutos, e eles duram para sempre).

Esse protagonista recorrente, que aparece em faixas agoniadíssimas como Mr. November e Mistaken for strangers, retorna especialmente tenso em High violet, o quinto disco do The National. Um sujeito inseguro e atormentado, que luta em silêncio para se livrar de uma rotina infernal. “Eu vivo numa cidade que a tristeza construiu. Ela está no meu mel, no meu leite”, ele admite, em Sorrow. A canção-autorretrato oferece um perfil psicológico até muito preciso desse homem em queda (que poderia ser confundido com o vocalista Matt Berninger, mas vamos fazer de conta que é tudo ficção, ok?).

Antes, na primeira música do disco, o narrador confessa que está preso a um amor terrível. A dor é uma companhia silenciosa. “Eu não consigo dormir sem uma pequena ajuda”, diz. Mas, ainda assim, não se entrega. “Não vou te seguir à toca do coelho. Eu disse que iria, mas sua pele e seus ossos disseram não”, ele conta. Enquanto isso, as guitarras rasgam a melodia, os versos se repetem (dão voltas ao redor da cama) e o drama permanece sem solução.

De forma mais ou menos explícita, essa história triste se repete no disco inteiro. Em alguns momentos, ganha tom de crônica tragicômica. É o caso de Bloodbuzz Ohio, que relata um encontro familiar. “Eu nunca pensei em amor quando lembro da minha casa. Eu ainda devo dinheiro ao dinheiro que devo ao dinheiro”, diz, antes de deitar a cabeça no carro, desamparado. “Eu sinto medo de todo mundo”, confessa, em Afraid of everyone.

Esse homem comum não está, no entanto, num beco sem saída. Em Little faith, ele aponta para uma discreta salvação. “Eu não quero ser o fantasma de ninguém”, avisa, em Anyone’s ghost. “Não serei um fugitivo”, promete, em Runaway. Mas terminamos o disco sem saber se esse desejo de libertação foi concretizado. É tudo muito vago, confuso (de propósito). Fluxo de consciência. Pesadelo.

A cada disco, a banda parece procurar uma sonoridade adequada para ilustrar esses sentimentos conflitantes e destrutivos, essa “reunião secreta no fundo do cérebro” (como explicam em Secret meeting). Em Alligator, os momentos delicados eram alternados aos mais raivosos. Esquizofrenia pura. Já em Boxer, as melodias definem uma atmosfera de monólogo íntimo, sussurrado, quase doce, Tindersticks meets Joy Division, mas tão desesperado quanto.

Agora cá estamos. Em High violet, os arranjos soam tão febris e instáveis quanto as confissões do narrador. As maior parte das músicas lembra o repertório de Boxer, mas caminha para desfechos violentos, ruidosos, de catarse. Elegância manchada de sangue. Aposto que, no palco, elas provocam taquicardia.

É de doer. Em Afraid of everyone, Sufjan Stevens acompanha Berninger no vocal (“Sua voz roubou minha alma”, eles cantam), enquanto a bateria de Bryan Davendorf vai empilhando efeitos até estourar em golpes agressivos. Terrible love, outro veneno, vai se afogando em distorção. O aparato luxuoso do disco (que usa vários instrumentos de sopros, cordas, além de piano) e os convidados especiais (além de Sufjan, tem Justin Vernon e Nico Muhly na folky Vanderlyle crybabe geeks, talvez a única grande surpresa do disco) só aparecem quando precisam aparecer – e, geralmente, são as cerejas explosivas desses hinos dark.

É um paradoxo dos bons: enquanto a banda se mostra mais segura do que faz e certa do som que procura (correndo o risco de esgotar um formato que ela refina desde o primeiro disco), o narrador das histórias parece cada vez mais fragilizado, desencantado, um homem condenado a viver dentro de canções tristes e de manhãs traiçoeiras. Mas temos o direito de cobrar algo diferente? Esse é o mundo do The National. E, às vezes, esse é o nosso mundo.


http://superoito.wordpress.com/2010/04/21/high-violet-the-national/



VÍDEOS:

Lucky You

Karen

Fake Empire

Slow Show

Gospel

Anyone's Ghost

Vanderlyle Crybaby Geeks

Afraid Of Everyone




The National é uma das melhores bandas que surgiram nos anos 2000,ao menos na minha opinião.
Incrível como a banda consegue compor canções soturnas,melancólicas e um tanto tensas,aliadas a lindas melodias.
Alguém por aqui gosta ou conhece a banda?


Lembrando que eles estão no Brasil para shows(ontem em Sp e sexta no Rio) e também são queridinhos de Barack Obama.
 
Última edição por um moderador:
The National é uma das melhores bandas que surgiram nos anos 2000,ao menos na minha opinião.
Incrível como a banda consegue compor canções soturnas,melancólicas e um tanto tensas,aliadas a lindas melodias.
Alguém por aqui gosta ou conhece a banda?

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a taizze vive falando da banda, eu sempre tive curiosidade, mas só esse ano fui ouvir - primeiro porque ela aparece em um livro que eu gostei muito (heheh) e logo a em seguida eles fizeram uma participação especial em the mindy project aí garrei amorzinho. minha favorita é this is the last time, mas amo o clipe (e a música) dessa aqui:

 

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