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The Dying Earth, Jack Vance

Gigio

Usuário
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Publicado em 1951, "The Dying Earth", do escritor Jack Vance, é considerado um livro canônico da literatura fantástica. Apesar de não ter sido o primeiro no estilo (sempre existe um conto raro do século XVIII com as mesmas premissas, etc), teve um impacto tão grande que dá nome a todo um subgênero, cujo elemento fundamental é a ambientação um tanto peculiar: o fim da Terra.

Um dia fora um um mundo elevado, de montanhas nebulosas e rios ligeiros, e o Sol fora uma esfera branca e fulgurante. Eras de chuva e vento bateram e poliram o granito e o Sol se tornou vermelho e fraco. Os continentes submergiram e se ergueram. Em um milhão de cidades torres foram levantadas, e tornaram-se pó. No lugar dos velhos povos, poucos milhares de estranhas almas vivem. O mal está na Terra, o mal destilado pelo tempo... A Terra está morrendo, e no seu crepúsculo...

O importante no gênero é essa atmosfera de tempo irrecuperável, mas as condições variam conforme a obra. No caso do Vance, o Sol está próximo de se apagar, e algumas vezes os personagens se perguntam o que será das coisas quando a noite for eterna, mas em geral continuam a viver suas próprias aventuras mais limitadas no tempo.

"Dying Earth" é especial também por realizar uma curiosa fusão entre ciência e magia. É como se a humanidade, tendo explorado toda a Ciência no seu período maduro, reencontrasse, no seu fim, seu princípio lendário: o mundo está dominado pela magia e pelos grandes magos. Mas mesmo o período áureo da magia já foi ultrapassado, e muitos dos mais poderosos encantamentos se perderam.

Entre as influências deixadas pelo livro, conta-se o cenário do "The Book of New Sun", a série multipremiada de Gene Wolfe. Outra, curiosa, está no sistema de memorizações mágicas, absorvido pelo RPG D&D, e até mesmo algumas magias foram aproveitadas, como o famoso "Leque Cromático". Há pouco foi organizada também uma coletânea de contos em homenagem ao trabalho de Vance, organizada por George R. R. Martin ("Crônicas do Gelo e do Fogo"), e com contribuições de vários grandes nomes da literatura fantástica, entre eles Robert Silverberg e Neil Gaiman.

"The Dying Earth" não está disponível em português, mas, sei lá, achei que valia a pena comentar... (E também porque o Lucas disse para fazer mais resenhas das coisas de FC... :timido: )
 
Li um livro do Vance recentemente, Marune: Alastor 933, e gostei muito da escrita dele, "científica" sem ser empolada. E paguei cincão nele XD
 
Rahmati disse:
Li um livro do Vance recentemente, Marune: Alastor 933, e gostei muito da escrita dele, "científica" sem ser empolada. E paguei cincão nele XD

Lembro mesmo de você ter comentado sobre o "Marune" no tópico "O que você está lendo?". :sim:

E acho que entendo o que você disse sobre a escrita dele. No caso do "Dying Earth", o Vance se concentra no desenvolvimento da história, criando o tempo todo, sem economia de ideias. É um ritmo bem rápido e direto. Me lembra mais "As Mil e uma Noites" do que outras obras de fantasia mais modernas...
 
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Publicado em 1951, "The Dying Earth", do escritor Jack Vance, é considerado um livro canônico da literatura fantástica. Apesar de não ter sido o primeiro no estilo (sempre existe um conto raro do século XVIII com as mesmas premissas, etc), teve um impacto tão grande que dá nome a todo um subgênero, cujo elemento fundamental é a ambientação um tanto peculiar: o fim da Terra.

Um dia fora um um mundo elevado, de montanhas nebulosas e rios ligeiros, e o Sol fora uma esfera branca e fulgurante. Eras de chuva e vento bateram e poliram o granito e o Sol se tornou vermelho e fraco. Os continentes submergiram e se ergueram. Em um milhão de cidades torres foram levantadas, e tornaram-se pó. No lugar dos velhos povos, poucos milhares de estranhas almas vivem. O mal está na Terra, o mal destilado pelo tempo... A Terra está morrendo, e no seu crepúsculo...

O importante no gênero é essa atmosfera de tempo irrecuperável, mas as condições variam conforme a obra. No caso do Vance, o Sol está próximo de se apagar, e algumas vezes os personagens se perguntam o que será das coisas quando a noite for eterna, mas em geral continuam a viver suas próprias aventuras mais limitadas no tempo.

"Dying Earth" é especial também por realizar uma curiosa fusão entre ciência e magia. É como se a humanidade, tendo explorado toda a Ciência no seu período maduro, reencontrasse, no seu fim, seu princípio lendário: o mundo está dominado pela magia e pelos grandes magos. Mas mesmo o período áureo da magia já foi ultrapassado, e muitos dos mais poderosos encantamentos se perderam.

Entre as influências deixadas pelo livro, conta-se o cenário do "The Book of New Sun", a série multipremiada de Gene Wolfe. Outra, curiosa, está no sistema de memorizações mágicas, absorvido pelo RPG D&D, e até mesmo algumas magias foram aproveitadas, como o famoso "Leque Cromático". Há pouco foi organizada também uma coletânea de contos em homenagem ao trabalho de Vance, organizada por George R. R. Martin ("Crônicas do Gelo e do Fogo"), e com contribuições de vários grandes nomes da literatura fantástica, entre eles Robert Silverberg e Neil Gaiman.

"The Dying Earth" não está disponível em português, mas, sei lá, achei que valia a pena comentar... (E também porque o Lucas disse para fazer mais resenhas das coisas de FC... :timido: )
Preparei uma lista das obras de Jack Vance em português aqui: https://tavernadesmade.blogspot.com/2020/12/obras-de-jack-vance-em-portugues.html?m=1
 

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