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The Duke of Burgundy, 2014

Sua nota para o filme:

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Bartleby

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Sinopse:
Uma mulher e sua amante testam os limites de sua relação, que envolve práticas sexuais de dominação e submissão.

Diretor: Peter Strickland

Trailer:

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Esse é um filme que (dizem) flerta com o cinema erótico de sei lá que década do século passado (no início dessa resenha citam os nomes de Jess Franco e Jean Rollin - se alguém conhecer, fala aí se há mesmo um paralelo e tal) o que faz sentido porque Duke parece a todo o momento indicar, com as regras fixas e repetitivas criadas pelas amantes (o modo como elas devem se comportar em sua vida sexual é todo esquematizado), o encanto e uma crítica à falha de como aqueles filmes funcionam (supostamente - pois, isso, claro é especulação minha porque não conheço o material que o filme homenageia; mas dá para se ter uma ideia).

De todo modo, o legal é que há a homenagem/flerte/crítica sim; mas o filme não depende disso - ele se sustenta muito bem colocando na balança o desejo sempre crescente da submissa Evelyn com um certo desenrolar de enfado e insegurança quanto a atender às necessidades daquela na pele de Cynthia, a que faz o papel de dominadora.

E com isso o diretor fez um filme bastante sensorial e atmosférico, em que o ambiente tem a consistência de um sonho... e pesadelo, por estabelecer um situação como que presa numa cápsula, que se repete infinitamente (adorei o trailer porque ele pegou bem isso e dá o tom certo do filme para quem for ver), inescapável, em que se quer e não quer estar - enfim, desejo, enfado e horror ao mesmo tempo.

Outra coisa legal é como o filme manipula nossa percepção de realidade, porque fica claro que a relação afetiva (a relação "normal" do dia-a-dia) das duas é separada da sexual. E isso é genial quando:
na cena inicial o fingimento (o roleplaying) parece ser a realidade e confunde nossa percepção do que esta se passando de verdade
. Outro detalhe interessante é que apesar do tema, o filme não é explícito - os atos que as duas mulheres desempenham é em geral sugerido, velado ou ocultado mesmo, deixando espaço para a imaginação...

Ah, e esqueci de falar que as duas estudam borboletas, dão e assistem a palestras sobre o tema, e o uso dos insetos confere maior riqueza simbológica ao filme.

Recomendo muito por tudo isso aí em cima e pela estética visual (cenas lindíssimas e edição que se faz presente - a melhor cena, acho, foi uma em que várias borboletas são mostradas na tela em revoada, e a câmera vai dando zoom até ficar beeeeeem perto delas, enquanto o som simula o de suas asas batendo) e sonora, ambas muito bem trabalhadas - deem uma olhada só na abertura do filme ^^:

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detalhe bobo: a mulher que faz a Evelyn me lembrou bastante a Regina Spektor o_O hahahaahahaha


ah, e outra coisa: queria saber se alguém consegue me explicar o porquê do título: tipo, seria algo como O Duque da Borgonha...
 
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O filme é simplesmente genial e me ganhou por completo.
Um projeto bem audacioso que superou minhas expectativas (tava no topo da minha wishlist de 2014).

A essência do que se vê na tela é aquilo que está no trailer. Há uma história sim, simples e bem contada. Um retrato honesto e tocante de duas pessoas que se amam, apesar de suas diferenças. E de seu sofrimento para superar as mesmas. As atrizes estão ótimas em seus papéis, protagonizando várias cenas marcantes. Mas como bem ressaltou o G. em um trecho do seu comentário, o filme é um espetáculo sensorial e atmosférico. Não assistam ao filme com um sistema de som precário, porque o trabalho nesse aspecto é impecável. Do "tic tac" de um relógio de mesa à uma declaração de amor intensa sussurrada, passando pelo ronronar de um gato e o chamado de acasalamento de mariposas. Sem falar da trilha sonora, do figurino e de uma fotografia de encher os olhos. Uma experiência incrível onde não foram poucos os momentos onde me senti hipnotizado.

G. disse:
ah, e outra coisa: queria saber se alguém consegue me explicar o porquê do título: tipo, seria algo como O Duque da Borgonha...
Durante os créditos finais é exibida uma lista de todos os insetos que apareceram no filme.
Ali descobrimos que Duque-da-Borgonha é o nome de uma borboleta/mariposa.
 
Última edição:
Mas como bem ressaltou o G. em um trecho do seu comentário, o filme é um espetáculo sensorial e atmosférico. Não assistam ao filme com um sistema de som precário, porque o trabalho nesse aspecto é impecável. Do "tic tac" de um relógio de mesa à uma declaração de amor intensa sussurrada, passando pelo ronronar de um gato e o chamado de acasalamento de mariposas.

Puxa, agora fiquei mais doido ainda pra ver o filme, pois acabei de ler sobre um filme de terror anterior que ele havia feito, Berberian Sound Studio, que trabalha justamente o aspecto sonoro.

Influenced by both David Lynch and classic giallo horror, the film starred the great Toby Jones as Gilderoy, a sound engineer who travels to Italy to work on a horror picture called “The Equestrian Vortex” (the film’s director takes exception at calling it a horror film: one imagines Strickland might say the same). Gilderoy begins his meticulous work but finds himself rapidly unraveling. It’s in part a horror film about the effect of horror films, and that we barely see anything of the film-within-the-film only lets your imagination play havoc with the unpleasant squelches and screams that are being created by the sonic wizard (and Jones is absolutely terrific in the part).

Fonte: http://blogs.indiewire.com/theplaylist/the-25-best-horror-films-of-the-21st-century-so-far-20141030
 
Puxa, agora fiquei mais doido ainda pra ver o filme, pois acabei de ler sobre um filme de terror anterior que ele havia feito, Berberian Sound Studio, que trabalha justamente o aspecto sonoro.
Então, eu falei la no censo, para mim o BSS é meu favorito, e, se é um trabalho sonoro estupendo, orgástico mesmo, assista porque é maravilhoso... Só não criei tópico para ele porque estava com preguiça =p ah, e assista com o volume nas alturas <3

Ah, btw, vlw pela lista... Ando em busca dos de horror ultimamente :3

Edit: (hum, se vc curte Giallo - eu não fazia ideia do que era isso ate ler uma lista dos melhores filmes de horror do sec XXI da bfi :lol: - tem uns dois diretores que trabalham em conjunto revisitando o gênero. Não lembro o nome deles, mas vi o indicado pela bfi, Amer, e é mesmo muito bom - só não pisque, porque a edição é bem rápida e o filme exige total concentração sua, por mandar qualquer regra narrativa convencional pro espaço. O outro deles, A Estrada for das lágrimas do seu corpo, esta no meu pen drive esperando sua hora :p )
 
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O Morgoth já comentou, mas esse filme tem os créditos mais pitorescos que já vi faz um bom tempo. Por exemplo, logo no começo, já há um "perfume by Je Suis Gizella". XD No final, há a lista de "featured insects in order of appearance" e o crédito de "human toilet consultants". :lol:
 

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