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The Curious Incident of the dog in the night-time (Mark Haddon)

Snaga

Usuário não-confiável!!!
"O Estranho Caso do Chachorro Morto" (Mark Raddon)

Eu estou, simplesmente, adorando esse livro!
Alguém conhece?

Omelete.com disse:
[font=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif]Christopher Boone odeia coisas marrons e amarelas. Perde a fome quando, no seu prato, um tipo de comida encosta em outro. Sabe de cor todas as capitais do mundo e os números primos até 7.507. Adora assistir a documentários no Discovery Channel. Detesta piadas e metáforas, porque quase nunca as entende. Gosta muito de cachorros (que não fazem piadas) e bem pouco de lugares lotados. Quando está nervoso, faz contas mentalmente para se acalmar. [/font]
[font=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif]Chris é o protagonista de O estranho caso do cachorro morto (Editora Record), livro daqueles que quando você termina, fica tentando lembrar há quanto tempo não lia algo tão bom. Seu genial autor, Mark Haddon, conta alguns meses da intrigante vida desse menino de quinze anos que sofre de uma espécie de autismo chamada Síndrome de Asperger. Fã de Sherlock Holmes, o garoto decide investigar a morte de Wellington, o cachorro da vizinha. Tudo porque, de repente, ele é o principal suspeito do crime e acaba sendo preso - emoções demais para Chris. [/font]

[font=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif]Quando conta suas aventuras à sua professora (em uma escola para garotos especiais), ela sugere que escreva um livro, relatando e organizando todas as suas investigações sobre o assassinato. O resultado desse trabalho é o próprio livro O estranho caso do cachorro morto. Assim sendo, a linguagem é bem simples e cativante e há vários gráficos, tabelas e diagramas explicando as pistas - o que pode soar maçante tem o efeito contrário quando sai da cabeça de Chris: deixa o livro ainda mais intrigante. [...]
[/font]
Quem quiser saber mais sobre o livro e seu autor, clique aqui. Ou leia o livro! :mrgreen:
 
Última edição:
Re: "O Estranho Caso do Chachorro Morto" (Mark Raddon)

O livro tem cara de ser legal. Quem sabe eu não leio no futuro?
Ah, o link do submarino está com o produto indisponível para venda.
 
Re: "O Estranho Caso do Chachorro Morto" (Mark Raddon)

Bagrong disse:
Ah, o link do submarino está com o produto indisponível para venda.
Nossa! Nem prestei atenção nisso. =/
Mudei o link.
 
Última edição:
0099450259.jpg


Faz tempo que não crio tópicos aqui no Literatura, e pelo que notei bastante pessoas aqui no fórum leram esse livro também e gostaram. Eu li agora no começo do ano para a faculdade e adorei, foi uma ótima 'descoberta'.

Quando comecei a ler não dava muito para o livro: duh, o garotinho quer saber quem matou o cachorro da vizinha. Mas foi chegar umas páginas para frente para começar a me encantar. Numa sacada genial, o Haddon vai desenvolvendo a história e outras tramas vão surgindo.

Além disso, tem o fato de que Christopher, o personagem narrador, é autista. Claro, o mais divertido é você descobrir isso por conta, mas como tem caso de gente que não consegue captar essas sutilezas (quatro pessoas na minha sala não sacaram hehe), melhor previnir. Por que isso cria um efeito legal? Bem, porque como autista, é óbvio que ele vê o mundo de forma diferente que nós e principalmente, se expressa de forma diferente.

Nesse caso, Christopher fala de questões como traição e Deus de uma forma tão clara que bem, acaba que fica engraçado (é ler para entender). Separei uns trechinhos aqui:

Then he said, 'Holy fucking Jesus, Christopher. How stupid are you?'

This is what Siobhan says is called a rethorical question. It has a question mark at the end, but you are not meant to answer it because the person who is asking it already knows the answer.

Prime numbers are what is left when you have taken all the patterns away. I think prime numbers are like life. They are very logical but you could never work out the rules, even if you spent all your time thinking about them.

Em tempo: tem uma tradução desse livro, mas segundo minha professora ela está ruim pra danar, o cara arruma umas soluções idiotas e ainda por cima faz tradução literal de alguns momentos, como quando o Christopher explica porque não pode fazer piadas.

Enfim, quem não leu ainda corre atrás, porque é o típico caso que deixa claro que literatura infanto-juvenil não é sinônimo de imbecil. :gira:

edit: duh, já tinha tópico.
 
Última edição:
Ana Lovejoy disse:
Quando comecei a ler não dava muito para o livro: duh, o garotinho quer saber quem matou o cachorro da vizinha. Mas foi chegar umas páginas para frente para começar a me encantar. Numa sacada genial, o Haddon vai desenvolvendo a história e outras tramas vão surgindo.

Qual é o problema com a premissa? É genial. É só um cachorro morto, uma coisa totalmente mundana, mas pro personagem é o mistério mais importante do mundo -- a mente dele funciona de tal forma que, a partir do momento que ele resolve descobrir o que aconteceu, a possibilidade de não saber a resposta faz com que ele se sinta tão desconfortável que ele começa a fazer coisas que nunca faria normalmente. Eu achei bastante interessante logo de começo, antes mesmo do cachorro morrer.

Anyway, é foda quando o pai coloca ele de castigo e ele ((in)conscientemente?) utiliza a lógica para manipular a interpretação do que foi dito e formular uma situação na própria mente onde possa continuar a investigação sem tecnicamente estar burlando o castigo. Não dá pra saber exatamente até que ponto ele tem consciência de que o que está fazendo é errado, e em vários outros pontos o livro cria essa ambigüidade -- o autor não é condescendente, basicamente; ele entende que não é porque o protagonista tem um problema mental que ele deve ser tratado como um santo.

Além disso, tem o fato de que Christopher, o personagem narrador, é autista. Claro, o mais divertido é você descobrir isso por conta, mas como tem caso de gente que não consegue captar essas sutilezas (quatro pessoas na minha sala não sacaram hehe),

Essas quatro pessoas da sua sala são oficialmente retardadas. Oficialmente. Pode dar a má nótícia pra elas.
 
V disse:
Qual é o problema com a premissa? É genial. É só um cachorro morto, uma coisa totalmente mundana, mas pro personagem é o mistério mais importante do mundo -- a mente dele funciona de tal forma que, a partir do momento que ele resolve descobrir o que aconteceu, a possibilidade de não saber a resposta faz com que ele se sinta tão desconfortável que ele começa a fazer coisas que nunca faria normalmente. Eu achei bastante interessante logo de começo, antes mesmo do cachorro morrer.

Bom, eu até estava para transcrever o primeiro capítulo aqui, mas deu preguizz. Enfim, por começo eu entendo '1º capítulo' e o primeiro capítulo tem apenas o Christopher narrando a situação na qual encontrou o Wellington - aqui você não sabe que ele é:

a) autista
b) que a morte do cachorro é "para o personagem o mistério mais importante do mundo"
c) que ele fará coisas que ele nunca faria normalmente

Se não fossem todas essas coisas que você apontou, que foram apresentadas depois, a história seria boba sim - por isso que, como eu disse, de início eu não botava fé.

Vale lembrar que é extremamente importante para a 'experiência literária' não começar sabendo que o moleque abraçado com o cachorro é um autista, e ir descobrindo a partir das coisas que ele fala.

O que provavelmente significa que estamos arruinando a experiência literária de muita gente hohohohoho

Anyway, é foda quando o pai coloca ele de castigo e ele ((in)conscientemente?) utiliza a lógica para manipular a interpretação do que foi dito e formular uma situação na própria mente onde possa continuar a investigação sem tecnicamente estar burlando o castigo. Não dá pra saber exatamente até que ponto ele tem consciência de que o que está fazendo é errado, e em vários outros pontos o livro cria essa ambigüidade -- o autor não é condescendente, basicamente; ele entende que não é porque o protagonista tem um problema mental que ele deve ser tratado como um santo.

Sim, eu gosto muito disso. Desde o começo o Christopher deixa claro que ele não mente porque é bonzinho, mas porque não consegue mentir (tem lá no capítulo 37 - aliás, genial o negócio dos números primos para os capítulos :lol: ) : If I think about something which didn't happen I start thinking about all the other things which didn't happen


Essas quatro pessoas da sua sala são oficialmente retardadas. Oficialmente. Pode dar a má nótícia pra elas.

:rofl:

A primeira pergunta da professora foi "Vocês perceberam que o menino é autista, né?" o que leva a crer que ela deu aula para outras pessoas que também não perceberam hehe
 
É realmente fantástico esse livro.

Eu conheço uma pessoa com Síndrome de Asperger (que é o que Christopher tem) e essa pessoa é exatamente como o narrador do livro.

O interessante é que Christopher é "feliz" dentro de suas limitações. Ele se basta, por exemplo, somente contando números e os elevando ao cubo...
 
Aff, finalmente aprendi como se escreve o nome da síndrome do Christopher!! Eu só ouvia minha professora falando e não sabia como escrever hehehe

Agora posso pesquisar sobre isso XD
 
Ah Ana, eu não sabia até ontem, quando resolví ler a orelha do livro! =] Eu descobri o nome de verdade lá, antes pensava que era só autismo pura e simplesmente...
 
Meu livro não tem orelhas :cry:

Então é por causa dessa síndrome que ele apresenta aqueles outros sintomas tipo do personagem do Jack Nicholson em Melhor Impossível? :eh:

Ó, tirei lá da wiki:

A síndrome ou o transtorno de Asperger (doença rara; código CIE-9-MC: 299.8) está relacionada com o autismo, diferenciando-se deste por não comportar nenhum "atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou de linguagem". O termo "síndrome de Asperger" foi utilizado pela primeira vez por Lorna Wing em 1981 num jornal médico, que pretendia desta forma honrar Hans Asperger, um psiquiatra e pediatra austríaco cujo trabalho não foi reconhecido internacionalmente até à década de 1990. A síndrome foi reconhecida pela primeira vez no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, na sua quarta edição, em 1994 (DSM-IV).

Alguns sintomas de Asperger são: dificuldade de interação social e empatia; interpretação muito literal da linguagem; dificuldade com mudanças, perseveração em comportamentos estereotipados. No entanto, pode isso ser conciliado com desenvolvimento cognitivo normal ou alto. Quando adultos, podem seguir uma profissão, casar-se, e até mesmo, há indivíduos com Asperger que se tornam professores universitários. Uma Asperger de sucesso chama-se Temple Grandin, nos Estados Unidos, uma engenheira e zoóloga, professora universitária.
 
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Acho que não...
Ele gosta de verdades absolutas e é muito perfeccionista (por exemplo, não usa banheiros públicos), mas as "manias", como a da cor vermelha, acho que são só manias mesmo! (claro que a doença ajuda a desenvolver manias...)
A Síndrome como um padrão, até onde eu sei, causa coisas do tipo:
- Não gostar de ser tocado
- Mania de matemática
- Querer decorar TUDO (tudo mesmo, até ordem que os ônibus passam)
- Não entender piadas
- Gostar de verdades absolutas
E etc.
 
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